Primavera!
O inverno, quase acabado A vida um tanto cinzenta E eu, no fim dos cinqüenta Esperando pelo sol Pra me aquecer no arrebol Levantar o meu astral Extrair de todo o mal Que esse frio promove É água que desce e chove Um tempo nada ideal... Tirar o casaco não dá Proíbe a meteorologia Mas eu, cheio de mania Mostro minha objeção A droga do casacão Que pesa no meu corpo Me traz algum desconforto Chega de usar capuz Eu careço de mais luz Preciso doutro horto... Ói aí a primavera A perspectiva da flor Que vem gerar amor Sonho sempre querido Momento não comprimido Época de alegria Vivência da magia Adeus sapato apertado Nada de cadarço amarrado Vou passear com ousadia... Sim, vem aí o regozijo travestido em esplendor Meus ossos já sentem o vigor Nada mais parece simplório É Deus quem se faz notório E me desafia a louvar Coisa boa poder cantar Hinos na Teologia urdidos Orações, graças, pedidos Não posso me apequenar ...