Busque Saber

17.5.12

TITANIC x VIDA MINHA



Do texto do Evangelho de João 15.9-17, destaco o verso 13: - Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos. 

Estamos em maio, em plenas celebrações da Semana de Oração para a Unidade dos Cristãos. Para tal, me reporto ao mês de abril de 1912. Aquele mês ficou na História. Sabem por quê? É que, naqueles dias, afundou o grande navio de passageiros “Titanic”, que fazia sua viagem ianugural. Na época se dizia que aquele grande transatlântico era inafundável. O fato é que não foi sso que se viu, pois um “iceberg” fez um rasgo de vários metros no seu casco. Essa rasgadura permitiu a entrada de muita água nos porões da embarcação. Daí então, aquele peso desproporcional fez com o navio desaparecesse nas águas escuras e geladas do Atlântico Norte. Hoje sabe-se que o referido sinistro selou a morte de 1500 passageiros por afogamento.  

O filme “Titanic” nos conta a história desse desastre do ponto de vista de um jovem casal apaixonado. A Rosa, uma moça de 17 anos de idade, nos é apresentada como uma menina mimada da “classe alta”. Ela estava viajando com o objetivo de se casar com um homem muito nobre e rico nos EUA. É que a família da Rosa tinha perdido todos os seus bens e seus pais esperavam que aquele casamento arranjado os reabilitasse financeiramente. A jovem Rosa viajava com medo do futuro que lhe esperava e, nas suas reflexões, ela não encontrava nenhuma saída para os seus desassossegos. Esse sentimento fez com que ela se encaminhasse à popa do navio com o intuito de jogar-se ao mar para morrer e, assim, fugir do problema. Neste momento Jaques, um jovem pintor, a impede, a partir de uma boa conversa sobre o sentido da vida, de praticar aquele ato. Como não podia deixar de ser, o casal se apaixonou.  

Quando o “Titanic” bateu no “iceberg” e o navio se encheu de água, Jaques se colocou ao lado da sua nova namorada. Saltou com ela para dentro da água. Ali, perto deles, no mar revolto, flutuava uma porta de madeira. Esta porta, no entanto, só suportava o peso de uma pessoa. Jaques colocou Rosa sobre a mesma e ficou com seu corpo imerso na água gelada. Rosa sobreviveu.

Anos mais tarde ela testemunhou que seu namorado tinha lhe salvado a vida. Que, para salvá-la, ele teria “plantado” nela a vontade de viver novamente; que ele lhe teria ensinado a optar pelo verdadeiro valor da vida, enquanto descartasse as propostas de superficialidade que a enredavam; que ele teria se importado com ela, apesar da sua morte ser iminente; que ele teria permanecido sempre corajoso ao seu lado, sempre animando-a a lutar pela sua vida, durante todas aquelas dramáticas horas, antes do afundamento; que ele a teria colocado sobre a porta flutuante para que ela pudesse se salvar; que ele, antes dele morrer, a teria desafiado a viver uma vida livre e feliz pois, caso contrário, aquele seu sacrifício estaria sendo em vão. 

Nesta história nós encontramos muitos paralelos com o que Jesus fez por nós, cristãs e cristãos do mundo todo. - Como é que vai o nosso “caso de amor” pessoal com Jesus Cristo? - Como foi que Ele nos salvou? - Ele também nos libertou de hábitos negativos? - O que mudou na nossa vida, desde o momento em que nos achegamos a Ele? - Já permitimos que o Senhor Jesus nos mostrasse o que realmente vale a pena nesta vida? - Estamos felizes e livres, enquanto atuamos alicerçados nas nossas Igrejas? Estamos aproveitando as oportunidades que Deus nos dá nas cidades em que moramos? - Cremos que Jesus está sempre ao nosso lado, embora raramente sintamos Sua presença? 

Sim, o sacrifício de Jesus Cristo também não deve ser em vão para nós, cristãs e cristãos!

14.5.12

ATUALIZAÇÃO TEOLÓGICA DE MINISTRAS E MINISTROS do SÍNODO NORTE CATARINENSE


Era terça-feira, dia 08 de maio de 2012. Foi de repente que muitos de nós, ministras e ministros do Sínodo Norte Catarinense, estávamos sentados em círculo, numa das salas do Lar Filadélfia, em São Bento do Sul (SC). A fala da nossa assessora curitibana, graduada em Administração e pós-graduada em Psicologia Organizacional, Sra. Gudrun Schmidt, soava firme e, ao mesmo tempo, amorosa. Sua expressão corporal nos comunicava excelente conteúdo enquanto suas palavras nos deliciavam. Sim, queríamos nos fortalecer; experimentar valorização; buscar saídas para nossos estresses; trabalhar espírito de grupo; fortalecer laços...

No semblante de todos se lia o desejo ardente de uma “recarga de baterias”. Tal desejo coletivo nos “catapultou” para dentro de uma interação impar. Se na Comunidade somos constantemente chamados a ajudar, ali, naquele lugar, poderíamos ser ajudados. Que sensação incrível aquela! Era hora de tentarmos andar devagar, sem pressa. Uns de nós refletíamos com o hemisfério cerebral direito. Já outros com o esquerdo. Aqueles eram os mais lógicos. Estes os mais criativos.  Por que não ousar ser proativo; objetivar a partir da importância; “negociar” sob a “batuta” do “ganha-ganha” e não do “perde-ganha”; buscar compreender para ser compreendido; fazer acontecer cooperação criativa; renovar pontos de vista? 

Vi “companheiras e companheiros de luta” dispostos a mudar. Nossa turma queria se servir daquela análise; tomar a direção mais eficaz. O compartilhamento dos problemas gerava um vulcão de possíveis soluções. Aqui e ali fluíam a originalidade e a flexibilidade. Não era sonho não! Estávamos navegando rumo a um novo horizonte. O cientista Albert Einstein monitorava o leme do nosso barco. Ouvi-o gritar: “Ninguém de vocês consegue resolver um problema com a mesma atitude de quem o criou!” Sim, éramos diferentes e precisávamos trocar nossos saberes.

Fazer lista de pendências; estabelecer prioridades; pensar prazer e alegria; não perder o foco; equilibrar-se entre a rapidez e a criatividade; imaginar a família, a saúde, a hora tranquila e, primordialmente, distinguir o que é importante do urgente na agenda. Era bom estarmos ali, unidos, em comunhão e amor. 

Se o conteúdo que transmitimos só promove menos de 10% de mudança e se a postura dos nossos corpos, mesclada com o tom da nossa voz, o fazem em torno de 80%, é claro, havia a necessidade de mudarmos de postura. Assim, confiar era preciso; dialogar era necessário e colocar-se na pele do outro era primordial. Estava na hora de buscarmos uma visão compartilhada para ser ministra; para ser ministro. E aí veio o almoço da quinta-feira, do dia 10...

DIACONIA É "AMT" IV


O papel da Igreja gira em torno da Diaconia. Quando Paulo se refere à “diaconia”, ele não tem em mente uma Secretaria, tal como a da Igreja Evangélica de Convfissão Luterana no Brasil - IECLB, na Rua Senhor dos Passos, 202, em Porto Alegre (RS). 

Agora, mesmo que o nosso estilo de vida e as nossas formas de organização não se assemelhem aos do primeiro século, a mensagem básica permanece sendo a mesma: O “amor vivido” é quem determina a “potência de radiação” de nossa Igreja. 

Sem missão a nossa “diaconia” é nada. Para se manter sob a proposta de Deus, a Igreja precisa da “diaconia” e a “diaconia” precisa da Igreja. Igreja sem “diaconia” é Igreja fria. “Diaconia” sem Igreja é algo vazio.

É por isso que precisamos do “amor ação”; de um estilo de vida marcado pela fé e por uma  forma mais eficiente de organização para ajudar pessoas. É desse jeito que vamos conhecer o “amor” com o qual Jesus Cristo nos amou para, então, repassá-lo adiante. Creio que estejamos dando passos nesta direção. Graças a Deus!

DIACONIA É "AMT" III


O cerne da diaconia tem a ver com o amor. O apóstolo Paulo ressalta que esse “amor diaconal” deve ser praticado “sem segundas intenções”. A luta em prol da busca pela “sinceridade do amor” é a idéia básica do Novo Testamento. 

Hoje também importa a autenticidade deste “amor ação”. Quem pratica a “diaconia” expressa a “essencia do amor” a partir da “ação diaconal”. Paulo nos promove o aprendizado do que é o “amor autêntico”. Este amor se molda no encontro com o outro, enquanto se “pratica o acolhimento”. 

Na “diaconia” ninguém se gaba dos trunfos. Nelas as pessoas tem prazer em honrar umas às outras (10b). O “amor” exclui a inércia. Quem ama se mostra animado e serve de forma “fervorosa” ao Senhor (v. 11b). O “amor” nunca está sozinho, mas sempre se faz acompanhar da esperança, da paciência e da espiritualidade. 

O apóstolo nos desafia a alegrarmo-nos na esperança, a sermos pacientes na tribulação e perseverantes na oração (v. 12). É desta forma que ele nos orienta a lançarmos o nosso foco nas necessidades dos outros cristãos. A “forma especial” de se viver o “amor cristão” sempre se dá num clima positivo porque este “amor” sempre se faz acompanhar da alegria, da confiança e da perseverança. A “diaconia” trabalha os problemas a partir do diálogo com Deus. 

O sofrimento da irmandade no mundo importa para a “diaconia”. Isto é assim porque os olhos da “diaconia” sempre são globais. Quando o “Corpo de Cristo” está sofrendo em algum lugar do planeta, os membros desse “Corpo” padecem em qualquer lugar do globo terrestre. Assim, o destino dos coptas no Egito; dos cristãos orientais no Iraque e a divisão do “Corpo de Cristo” na África do Sul devem nos preocupar também. 

Na vida pessoal isso implica em se praticar a bondade; se praticar “diaconia” abrindo as portas do próprio lar. O apóstolo Paulo resume isto com a expresão “hospitalidade aos estranhos”(v. 13b). A abertura para outras pessoas se reflete na abertura de sua própria casa para os visitantes. A “hospitalidade” é uma forma de vida e a disposição de se hospedar visitantes e pessoas carentes é indicadora se a pessoa que atua é auto-suficiente e e ou se ainda é dependente. A prática da hospedagem sempre é um sinal do interesse pelos outros. 

Li de um dos grandes líderes da Igreja que “se alguém quer proclamar o Evangelho, esse alguém precisa amar às pessoas a quem visa entregar a Boa Nova”. A pessoa que queremos ajudar não pode ser entendida como um “objeto da nossa propriedade”, mas deve ser amada com liberdade. O apóstolo nos recorda a atitude tomada por Jesus que sempre ia ao encontro das pessoas motivado pelo “amor”. Jesus até se mostrava amoroso na relação com seus inimigos. Ele sempre deixava esta postura clara aos seus discípulos quando lhes dizia: “Abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis” (v. 14).  

Esse jeito de se viver é marcado pela simpatia; pela “compaixão”. “Alegrar-se com aqueles que se alegram e chorar com os que choram” (v.15). A “diaconia” prospera com a vontade que se tem de “entrar na pele” de quem precisa de ajuda. As pessoas que praticam a “diaconia” precisam ter afinidade com as pessoas oprimidas e marginalizados da nossa sociedade. 

O apóstolo nos desafia a termos o mesmo sentimento uns para com os outros; a abrirmos mão do orgulho e a procurarmos a comunhão com as pessoas que se mostram inexpressivas e insignificantes (v. 16). Sim, a ação de diaconar é colocar-se ao lado das pessoas que procuram ajuda, a partir da fé e das articulações da Igreja.

13.5.12

DIACONIA É "AMT" II

A vida cristã só é possível quando há a aceitação da diversidade no Corpo de Cristo. Paulo não abre mão da compreensão que nos tornamos membros do Corpo de Cristo, através da fé e do Batismo. Assim, inseridos neste “Corpo” e, ainda, conforme a medida da nossa fé, Deus nos dá “funções especiais” para exercermos no referido “organismo”. O grau da nossa crença não tem nada a ver com “acreditar mais ou menos” e sim, com a forma concreta de como exercitamos a nossa fé e de como nos tornamos a pessoa que somos. São as nossas experiências particulares de fé que acabam libertando certos “dons” em nós. Os nossos “dons” e as nossas “habilidades” acabam direcionando as nossas funções como “membros do Corpo de Cristo”.

A imagem da Igreja como “Corpo de Cristo” me fascina desde a minha juventude. Em um “corpo” não existe hierarquia. Não existem membros que sejam menos ou mais importantes. Nesse sentido não há “membros superiores ou inferiores”. Quer dizer, o “corpo” vive da função diferenciada dos seus “membros” que atuam debaixo de uma ordem prescrita. É óbvio que um “corpo” não sobrevive apenas da ação do coração e ou de um pé, mas da ação igual de cada membro que dele faz parte. Todo mundo é necessário em seu “lugar especial”. E a atribuição deste lugar não tem nada a ver se o tal membro é mais valioso do que o outro; se o tal membro tem mais dinheiro do que o outro e ou se o tal membro é oriundo de uma família privilegiada. O lugar de atuação do membro depende, exclusivamente, do lugar que Deus lhe atribui, a partir do “dom” presenteado.

Outro dia encontrei um velho amigo santacruzense. Ele compartilhou que, desde criança, também pensava em seguir a carreira eclesiástica como eu. Que sua mãe tinha adorado a idéia, mas que ele, felizmente, não tinha seguido aquele caminho. Que se tivesse perseguido a dita profissão, hoje, certamente, seria o mais infeliz de todos os homens. Curioso, perguntei-lhe pela sua profissão. Sua resposta veio marcada por brilho nos olhos: “Sou um industriário. Hoje não me passa pela cabeça estar atendendo pessoas numa Paróquia, esperando a aposentadoria aos 65 anos. Eu adoro o meu escritório onde me assento todos os dias sobre a cadeira giratória.” 

Meu amigo continuou sua fala: “Muitos se acham “grande coisa”, quando são chamados de diretores dentro de uma indústria. Mas o que é um diretor? Uma firma precisa de diretor tanto quanto de funcionários. Eu sempre igualei a importância do funcionário comigo. Quando se coordena uma indústria como se fosse um organismo onde cada qual se sente importante no seu lugar de atuação, há grandes perspectivas desta empresa se manter “saudável” por longos e longos anos.

Essa palavra comparilhada pelo meu amigo industriário tem a ver com a ética no trabalho e está de pleno acordo com aquilo que Paulo sugere para a Igreja, quando se reporta à “diaconia”. A “diaconia” acontece no espaço que se compreende entre a Igreja e algumas Empresas Comerciais gerenciadas por pessoas cristãs. Ela, no entanto, só poderá manifestar esse seu “perfil especial”, se os seus sujeitos a entenderem como “simples serviço”.

Sim, “diaconia” não é nada mais do que serviço; obra realizada para todas as pessoas. “Onde não há serviço, há roubo” – disse Martin Luther. Quer dizer, nós não dispomos dos nossos dons para nos darmos bem; para obtermos sucesso. Deus nos dá dons para que possamos fazer o bem ao nosso próximo e ponto final.

É claro que o serviço da Comunidade Cristã não acontece somente dentro da Instituição Igreja. A “obra diaconal individual” ou o “engajamento diaconal comunitário” também são reais nas nossas Igrejas. Seja qual for a forma de se “diaconar”, essa forma tem apenas um “cerne”; o “amor”.





12.5.12

DIACONIA É "AMT" I

Como é que se repassa o amor de Deus que nos presenteou Jesus Cristo aos outros? Como é que se leva o amor com o qual Jesus Cristo nos amou aos próximos? Ora, a “diaconia” visa compartilhar o amor apreendido com as pessoas que circulam à volta. Sim, a “diaconia” é o amor em ação.

A “diaconia” não deve ser apenas entendida como um “guarda-chuva” da “previdência evangélica”. Quem pratica a “diaconia” sabe que as pessoas querem ser amadas porque são seres humanos. O texto que se lê em Romanos 12.4-16 identifica o “ato de amar” como sendo uma ação elementar e suficiente.

A Carta aos Romanos define o “amor” como extremamente prático para a vida. Assim, as pessoas que se engajam na “proposta do amor”, logo se conectam com outras gentes que, por sua vez, também veem além da sombra da torre do templo. É por isso que a “prática do amor” (obras diaconais) acontecem sob um “guarda-chuva comum” articulado pela Igreja. É ali que se reflete a “diaconia” em níveis maiores. Juntos, sempre somos mais fortes; o testemunho se torna mais eficiente.

Na “diaconia” se aprende com o outro. Há que se ter sensibilidade e equilíbrio para lidar com outras pessoas. A Carta aos Romanos nos indica o caminho que nos leva até este dom. Martin Luther traduziu o Novo Testamento do Grego para o Alemão. Para ele a “diaconia” é “Amt” (profissão).

Em Romanos 12.7 se lê: “Ist jemand Diakonie gegeben, so übe er Diakonie.” As traduções mais modernas traduzem a palavra grega “diaconia” assim: “Se ministério (dom), dediquemo-nos ao ministério (dom)”. Quer dizer, se alguém tem o dom para “servir” a comunidade, esse alguém deve executar o serviço; fazer diaconia.

Na tradução da Bíblia na Linguagem de Hoje este verso soa assim: “Se tiverem o dom de prestar serviço a outros, então sirvam bem”. Resumindo, Paulo nos apresenta a palavra “diaconia” como “ajuda prática”; como “capacidade de fazer algo bom para outra pessoa”.

Sim, o apóstolo parte do pressuposto que nem todas as pessoas tenham este “dom” para “servir”. Para ele o “ato de amar” tem a ver com um padrão de vida que se expressa com a fé que se encorpa na vida de todas as pessoas cristãs. Agora, nem todas as pessoas cristãs tem o “dom da diaconia”. Vou publicar mais sobre o assunto...

7.5.12

Vamos jantar juntos?





Lá se foi o tempo em que a maioria das famílias eram compostas de uma mãe que ficava em casa; de um pai que saia para o trabalho em torno de oito horas por dia; de filhos que iam à escola e, depois disso, voltavam para suas casas. Sim, vivemos novos tempos e vocês que leem já perceberam que não é mais tão simples a tal da “convivência famíliar”. 

Vamos deixar por isso? Sugiro que priorizemos nossas famílias, em meio esta época bicuda. Como? Ora, fazendo um Plano de Ação! Lembram do nosso tempo de infância? Não foi no seio familiar que vivemos os nossos melhores momentos? Aqui e agora não vem mais ao caso, se aqueles tempos foram raros ou frequentes. O fato é que lembramos deles.   

À pergunta pelo “que faz uma família feliz” recebe resposta quase unânime da criançada: - Passar tempo juntos!  Os educadores concordam com o fato de que o tempo diário doado aos filhos é insubstituível; de que os pais que, a cada dia, doam cinco minutos do seu tempo aos seus rebentos, fazem muito mais do que aqueles que doam cinco horas em um sábado, por exemplo.

Faz bem quem promove refeições conjuntas. Crianças que se desenvolvem em lares onde os pais se assentam três à quatro vezes por semana com eles à mesa, são menos propensos a experimentar drogas e álcool; têm a sensação de vazio, à falta de aceitação e de amor diminuídas.

Sentem-se à mesa com seus filhos. Dicorram sobre os temas da hora. Ventilem o diálogo de forma divertida e descontraída. As refeições não são audiências repreensivas.  Declarem moratória a todos os dispositivos eletrônicos, enquanto estão à mesa. Que Palavra essa de Jesus em Mateus 18.20: “Onde dois ou três estiverem reunidos em Meu nome, ali estou no meio deles.”

3.5.12

Paul Mc Cartney – On the Run!




O dia 25 de abril amanheceu nublado. Logo que saí de Joinville, percebi que eram inúmeros os carros de estados vizinhos que me ultrapassavam na BR 101. Cheguei a Florianópolis às 16h. Uma hora depois a Vanessa, o Áquila e eu já estávamos no Bolsão do Estacionamento, na Beira Mar Sul. Já na parada de ônibus, vimos um helicóptero e muitos Batedores da Polícia Militar que, montados em suas motos verdes, conduziam o ex-Beatle e sua Nancy num carro de cor prata rumo ao Evento Musical. E não é que de dentro daquele carro prateado ele nos abanou!

Agora era preciso enfrentar a fila para entrarmos no estádio da Ressacada. Crianças, jovens, adultos, pessoas da Terceira Idade mostravam brilho constante nos olhares. Lá dentro, atrás dos muros, ouvíamos Paul que aquecia sua voz com músicas recentes, mas também antigas.  Ficamos na fila durante quatro horas. Eu conversava, mas meus pensamentos insistiam em voar para o final dos anos sessenta.  Sim, eu estava ali e não iria perder um segundo sequer daqueles Momentos Mágicos.  


Sentamo-nos nas cadeiras. Você que me lê, preste atenção no pontinho preto, na arquibancada em cor roxa. Ali nós estávamos. O palco ficava na parte alaranjada. Anunciava-se chuva. Faltava meia hora para o espetáculo de duas horas e 45 minutos. Nos telões “rolavam” imagens; manchetes e velhos recortes de notícias de um passado marcante. O tempo parecia não passar para as 32 mil pessoas que tinham vindo aplaudir aquele artista que não se ostenta como tantos outros.


De repente começou show. A emoção estava ali, presente, tomando conta de todo povo. Sua primeira música foi “Magical Mistery Tour”. Nessa hora começou a chover. Depois dela se seguiram mais 36 lindas canções. A chuva era torrencial, mas ninguém queria que aqueles momentos se acabassem. Era difícil bater palmas porque a água escorria pelas mangas da capa plástica. Mesmo assim se ovacionou o artista e sua Banda.Aliás, diga-se de passagem, músicos de primeira linha.

Fiquei emocionado quando um dos assessores de palco entregou uma guitarra diferenciada a Paul. Ele acariciou-a e disse: - Essa foi minha "companheira" na época dos Beatles. Era hora de ir embora. Caminhávamos sob a aura da emoção. Fomos para para casa agradecido pela possibilidade de assistir tão belo e majestoso show. Vou poder contar aos meus netos que vi e ouvi este artista que marcou a História do Rock no mundo inteiro. Sim, vou sentir saudades do dia 25 de abril de 2012... Depois disso, cheguei no apartamento da minha nora e do meu filho. Tomei banho e deitei na cama. Era alta madrugada, mas eu não conseguia dormir por causa da adrenalina.

1.5.12

Dia das Mães!


Que bom! Pelo menos no Dia das Mães a maioria das pessoas se lembra que devem algum agradecimento às mães. Elas as mães contribuiram e continuam contribuindo muito para a sociedade a partir do seu cuidado. Quero iniciar minha reflexão lendo o de Mateus 4.4b: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.”

A nossa sã consciência; as nossas experiências pessoais e os psicólogos concordam quando definem a mãe como “o princípio e o fim do desenvolvimento de uma pessoa”. É assim que o indivíduo, desde o seu nascimento, cresce num mundo marcado pelo amor e pela segurança gerado por sua mãe. Infelizmente esse assunto ainda não assumiu as proporções que deveria ter assumido.

O homem é um ser biológico. Ele depende do “ninho” por ser extremamente frágil e carecer de muito cuidado. A criança precisa demais de um “ninho” seguro e caloroso. Ali, dentro de um ambiente familiar sólido, a criança carece de cuidado; de tempo e de dedicação. É com este apoio que ela poderá se desenvolver em paz; que ela poderá articular a sua confiança e a sua personalidade; que ela poderá atuar dentro do mundo dando “lucros” ao mesmo.

Nas mãos de quem repousa esta responsabilidade de fazer as pessoas crescerem em equilíbrio para o benefício da sociedade? Nas mãos das famílias e, especialmente, nas mãos das mães. Concentremo-nos neste assunto: Existe uma terefa que seja mais importante do que a de ser mãe e de se dedicar, de corpo e alma, em prol de seus filhos? É imperdoável que, nos últimos anos, tenha-se incutido certo complexo de inferioridade nas mulheres que “apenas” se dedicaram ao lar; que “apenas” se dedicaram a ser boas mães!

A sociedade já começa a sentir as consequências desta ação. Hoje o Brasil é um país que envelhece. Os casais brasileiros, em média, ainda só têm um ou dois filhos. Neste contexto, muitas são as pessoas mais jovens que não vivenciam mais boas bases familiares. O resultado disso se mostra nas muitas mentes emocionalmente instáveis que circulam pelas ruas das nossas cidades, externando posturas de auto-destruição.

A família é insubstituível e nela, a mãe é insubstituível. A mãe é a grande ajudadora que faz acontecer o equilíbrio na sociedade; que promove a transmissão da fé. Os pais e, especialmente as mães, são os primeiros e os mais importantes mensageiros da fé cristã para os seus filhos.


Ninguém de nós aprendeu sobre os assuntos de fé com seu pastor e ou com seu professor de religião. Nós aprendemos este conceito com a nossa mãe que, à noite, orou conosco ao lado da cama quando éramos pequeninos; que, pela primeira vez, nos contou histórias bíblicas sobre Deus. Isso também vale para a religião. A base da religião sempre é colocada no início da vida. O fundamento da vida religiosa sempre vem de casa, quando do tempo da infância vivida. O que se deixa de fazer em prol das meninas e dos meninos nesta época, não é fácil de ser revertido mais tarde.


Daí que eu, do alto dos meus 57 anos, sempre de novo apelo aos jovens pais no sentido de que levem este “compromisso” a sério; de que não se doem apenas para o bem-estar físico das suas crianças, mas, especialmente, para os assuntos da sua alma; da sua espiritualidade. Esta frase também do evangelista Mateus também vale para as crianças: “O homem não vive só de pão”...

Não privemos os nossos filhos daquilo que é mais importante: O relacionamento com Deus! E isso, especialmente nestes tempos caóticos em que estamos vivendo. Será que os jovens pais compreendem a importância de dar lugar a fé na vida familiar? Fazer isso implica em oração contínua. Quem faz esta experiência logo percebe as bênçãos que revertem para a família. Quando Deus se mostra ao nosso lado, daí então somos aliviados das funções mais pesadas no que tange aos compromissos com nossos filhos; com toda nossa família.


Jesus nos diz no Evangelho de João 15.5: “Eu sou a videira e vocês são os ramos. Sem mim nada podeis fazer. Mas se permanecerem em união comigo, vocês ficarão fortes e darão muitos frutos.” Isso se aplica a cada indivíduo. Isto também se aplica à família. Se hoje são tantas as famílias que experimentam falência, será que não é pelo fato de que esteja faltando o fundamento da fé cristã? Não, a família cristã não pode continuar sendo edificada sobre a areia. O seu futuro depende de nós! 

A “Grande Mãe”, Teresa de Calcutá, disse certa vez: “A família que ora unida, mantém-se bem.” É esse o meu desejo para as nossas famílias hoje, no Dia das Mães que se aproxima e no amanhã que virá.

OLHA SÓ!