Busque Saber
14.4.14
13.4.14
A Festa e o Tempo!
A festa foi transcorrendo,
E te percebi preocupada.
Há algo que não entendo,
Lá, bem no fim desta estrada.
O tempo nunca me espera
E sempre me faz trapaça.
Parece que nada prospera
Em mim, sob esta couraça.
DOMINGO DE RAMOS
Quem é a mulher? Quem é o homem? Há quem responda estas
perguntas afirmando que a pessoa é gerada e alimentada pela sua querida mãe; que ela vê, ouve, sente paixão e tem desejos; que numa hora ela é adorada
e noutra desprezada; que aqui e ali ela experimenta alegria, já lá e acolá, perigos; que num momento ela crê, mas dali a pouco já experimenta dúvidas; que numa
hora ela pode captar as mensagens sem aprendê-las; que, noutra, ela aprende tudo; que, de repente ela edifica, mas daí destrói; que ela se atormenta por causa disso; que ela dorme,
acorda, vigia, cresce e, mais tarde, definha; que tudo isso pode ser verdade
num período de 80, 90 anos e que, daí então, ela se deita com seus pais e não
acorda nunca mais.
Será que a nossa vida pode ser definida assim, de forma tão
simples? O apóstolo Paulo parece não concordar com isso. Para ele a Comunidade
Cristã tem outra perspectiva da vida. Em Filpenses 2.5-11, num hino antigo cantado na Comunidade Primitiva se reflete o caminho percorrido por Jesus Cristo. Ele não ficou no “bem
bom” ao lado de Seu Pai, mas veio até o chão onde tu e eu nos encontramos. Chão
cheio de defeitos, de fraquezas e de dificuldades.
Porque Jesus fez esse caminho para baixo? Ora, para estar conosco; para nos animar. Às vezes me paro a pensar: Se fossemos nos concentrar nos nossos sofrimentos;
nas nossas lutas; na nossa caminhada no meio deste mundo tão duro, por causa
dos muitos conflitos experimentados – teríamos que chorar. Que coisa! Há uma força que nos ajudou a chegar onde chegamos... E esta força
não pode ser chamada de morte; de demônio e nem tampouco de melancolia.
É a Comunidade Cristã que nos proporciona o privilégio de conhecermos a pessoa de
Jesus Cristo e isso, através do Batismo, da Palavra de Deus pregada; da
Confirmação de Fé; da Ceia do Senhor; da comunhão. É Ele quem nos fortalece
para passarmos pela história e, ao cabo dela, experimentarmos a graça de vivermos Momento Novo ao lado de Deus.
Se Jesus Cristo já derrubou todas as muralhas que nos separavam do nosso
Pai do Céu, caminhemos em direção ao mesmo. A Comunidade Cristã nos ajuda. Vem!
Pega na sua mão... Abana os teus ramos!
12.4.14
PÁSCOA - RESSUREEIÇÃO - MORTE e VIDA
Vem aí a Páscoa. Dietrich Bonhoeffer disse que "Quem sabe o que é Páscoa
nunca se desesperará!" Foi refletindo sobre esta palavra do nosso mártir luterano que ousei escrever umas linhas a respeito. Boa leitura! Bom Proveito!
O que é que Páscoa te lembra? Procurar ovinhos no pátio; comida boa; feriadão?
Ah! Sim, tem algo a ver com Jesus.
Isso mesmo! No Natal nós festejamos o nascimento de Jesus. Mas o que
festejamos por ocasião da Páscoa? A crucificação? A ressurreição? Sabemos o que
estas duas palavras expressam? Uma grande teóloga chamada Dorothea Sölle disse
certa vez: “Dizer que Jesus ressuscitou só tem sentido se tivermos clareza que também
ressuscitaremos depois da morte. A ressurreição é um fato e falar dela sem a
perspectiva de experimentá-la é algo completamente sem sentido.”
Se tu não tens nada a ver com a Páscoa, ou melhor, se, para ti, a Páscoa
é somente um feriado, então tens um grande problema para resolver. Na Páscoa a
morte e a vida; o sepultamento e a ressurreição estão muito próximos. Essa
verdade vale para os dias de hoje e cada pessoa pode experimentá-la. Ou seja, a
Páscoa pode ser um novo começo. Saia desse estado de desesperança; de culpa e
te abre para uma nova vida.
O teólogo Eberhard Jüngel escreveu algo sobre a Páscoa: “A diferença
entre a Páscoa e um passeio é que o passeio não muda a nossa vida. Os passeios acabam
exatamente ali onde começam. A Páscoa, entretanto é uma viagem sem fim.
Esse teólogo quis sugerir que terminássemos com o nosso passeio e
começássemos algo novo; que nos deixássemos inspirar pela Páscoa; que não nos
deixássemos envolver pelos festejos da Páscoa de dois mil anos atrás, mas sim por
uma ressurreição aqui e agora. Trata-se da tomada de uma decisão bem pessoal.
Vamos lá! Sepulta tua inveja, tua raiva, tuas desavenças com pessoas e
pendura tua culpa na Cruz. Aliás, foi para isto que Jesus morreu nela. Deixa
que Ele te perdoe e começa a viver uma nova vida. Experimenta isso! Depois,
procura alguém que possa te auxiliar nesta caminhada.
Eu ainda quero repartir mais dois versos bíblicos contigo: Em João 14.6
se lê que “Jesus é o caminho, a verdade e a vida.” Em João 3.7 se lê que “Precisamos
nascer de novo.” Ora, estas duas pequenas frases bíblicas têm muito a ver com a
Páscoa. Sim, a Páscoa é uma chave que abre o nosso entendimento para a
compreensão destas duas palavras. Você as entendeu?
18.1.14
ALEGRIA E MAGIA
Foi um belo momento,
Mesmo assim dele abdiquei,
Saí dali - passo lento
Para onde nem mesmo eu sei.
Agarra-se em mim o instante
Nas horas vadias do dia.
Dói tê-lo feito obstante,
Represa d’alegria e magia.
13.1.14
SUICÍDIO II
As razões para o
suicídio não são suficientemente exploradas até o momento. Uma coisa é certa. O
suicídio é, muitas vezes, o resultado de uma crise psicológica. Para tal
contribuem as crises traumáticas que são acionadas por experiências dolorosas,
como a perda de uma pessoa querida e ou infortúnios que, de repente, acontecem.
Lesões físicas e psicológicas graves causam traumas que, muitas vezes, podem
levar ao suicídio. Além disso, as mudanças de vida podem causar enormes crises
que também desembocam no desejo de suicídio. Aqui pode se pensar na perda que
acontece quando os filhos saem de casa; quando a mudança para uma casa de
repouso se faz necessário; quando acontece a separação da esposa e ou do esposo
e também quando há problemas financeiros.
Nestes casos as vítimas estão se afogando nestas dificuldades. Hoje as
causas mais comuns de suicídios são os diagnósticos de transtornos mentais. Cerca
de 90% dos suicídios na sociedade ocidental são atribuídas a ele.
Medo
A
palavra “medo” vem do verbo grego “agchain” e deriva do verbo latino “angere”.
As duas palavras apontam para a ideia de “choque” ou “amarrar o pescoço” Na
verdade, quase todas as pessoas têm em suas vidas pensamentos suicidas, mas
isso ainda não é um sinal de doença mental. As pessoas que já sofrem de uma
doença mental como depressão, são mais propensas a experimentação de uma crise.
Para estas pessoas também aumenta o risco de suicídio.
A taxa de suicídio é altamente dependente da idade e do sexo. As pessoas mais idosas são, em média, mais suscetíveis ao risco de suicídio. Em média, os homens também são mais propensos ao suicídio do que as mulheres. Isso se explica, entre outras coisas, pelo fato que os homens, muitas vezes, usam de métodos brutais - como enforcar-se, por exemplo. Nesses casos, na maioria das vezes, a ajuda chega tarde. As mulheres quase sempre tentam se envenenar o que, muitas vezes, ainda possibilita ajuda que lhes permite a salvação.
O desejo de suicídio é, muitas vezes, a expressão de uma posição mental instável que não passa nenhuma réstia de esperança para que a pessoa adoentada seja liberta do seu mal. Aqui a morte parece ser a libertação; o fim para a crise psicológica; o momento do término do fardo que se carrega; que se suporta. Nestes casos a morte é considerada como um alívio. Se uma pessoa está presa nesta espiral de pensamentos, os pensamentos de suicídio podem ir sendo gradualmente concretizados a partir de um planejamento cuidadoso. Nesse momento ainda só ajuda uma “boa ajuda”; um bom apoio psicológico. Às vezes medicamentos de emergência podem ser usados nestes casos.
O que se pode fazer?
Na Alemanha existe a ARCHE que oferece prevenção ambulatorial às pessoas que pensam em suicídio e também intervenção em crise. Essa Instituição também auxilia parentes de pessoas que já se suicidaram a encontrar um novo norte. As pessoas que sofrem têm a chance de compartilhar sua crise em uma entrevista psicológica. O apoio emocional imediato pode, muitas vezes, evitar o ato do suicídio. Com a educação e conversas abertas sobre este assunto também se combate os tabus que cercam este tema.
.
Suicídios
impulsivos podem ser prevenidos se as vítimas recebem apoio de fora. Além
disso, às vezes, é útil dialogar-se com a pessoa que vive uma crise psicológica
ou tem pensamentos suicidas. Claro que sempre é preciso tato. Muitos evitam isso,
mas pode ser uma grande ajuda para a pessoa que pensa em se suicidar se alguém
se coloca ao seu lado e faz ela ver o peso que sua atitude pode trazer para as
pessoas que ficam depois que ela se for.
Que
tal se nós organizássemos um grupo nestes moldes nos círculos onde Deus nos
colocou para vivermos a Bela Vida? A propósito: Quem tiver tempo, assista ao
Filme “Escafandro e Borboleta”. Às vezes não nos damos conta dos presentes que
Deus nos alcança... Abraços!
10.1.14
SUICÍDIO
Quando
uma pessoa próxima de nós falece de forma inesperada, ela sempre deixa um vazio
na família; na roda de amigos. Essa realidade mexe conosco por causa da solidão
que se experimenta e é claro: o medo vem a tiracolo. A verdade é que ninguém nunca
está preparado para o enfrentamento de um momento destes.
No
entanto, o enfrentamento da morte fica bem mais difícil quando a pessoa que está
próxima de nós decide acabar com sua vida. Nestas horas nos perguntamos pelo “por
que” dessa atitude. Neste instante a raiva também se instala em nós pelo fato
de não entendermos este ato de nos deixar a sós.
O
psicólogo Dr. Elmar Basse (Hamburgo - Alemanha) explica porque muitas pessoas
optam por cometer suicídio; como podemos reconhecer os gritos silenciosos que
estas pessoas dão e, depois, ajudá-las.
O
que leva algumas pessoas a cometerem suicídio? O estresse duradouro e problemas
como sentimentos de culpa; falta de dinheiro; pressão social; derrotas e amor
não correspondido podem fazer com que uma pessoa enfraqueça muito o seu corpo
físico e a sua psique. Uma vez que este sentimento de dor é constante, a pessoa
começa a ficar esgotada. As pessoas que experimentam um vazio em sua vida
mostram-se muito instáveis e isso quer dizer que estão gravemente doentes. Nestas
horas importa muito o jeito de se lidar; cuidar delas. Isso é assim porque não
existe receita pronta de como fazê-lo.
Como
reconhecer pessoas potencialmente suicidas? Um sinal muito claro é quando a pessoa que quer suicidar-se muda seu comportamento emocional; muda o seu jeito de
pensar e de relacionar-se. Ela sinaliza desejos de morte quando articula
fantasias da não vida com representações bem plásticas. Além disso, os avisos que
estas pessoas emitem também se mostram nos planos concretos que articulam de
forma muito clara. Em muitos casos estes sinais externos não podem ser reconhecidos,
porque a pessoa que os articula se fecha em si mesma. Cuidado, quando, de repente, a pessoa
com tendência suicida começa a pensar positivamente. Este
comportamento pode ser fruto do fato de que ela já tomou sua decisão de
suicídio e não se encontra mais sob pressão de levá-lo a cabo.
Ao
percebermos estes sinais frequentes, como devemos nos comportar? O primeiro passo
é abordar a pessoa com carinho e compartilhar com ela que percebemos algumas mudanças no
seu caráter. Nesta hora é bom perguntarmos pelo por que daquela mudança de
espírito. Ou seja, devemos tentar construir uma ponte de contato com esta
pessoa e, em seguida, trabalhar em conjunto para encontrar as devidas soluções.
Se esta pessoa tem abertura com algum parceiro; amigo; parente; conselheiro ou
psicólogo, este poderia perguntar-lhe sobre seu estado de espírito. Uma pessoa
que sofre deste mal não pode ser colocada diante da parede. É preciso muita
calma para dialogar-se com ela nesta situação. Há casos em que se deveria até chamar
amigos ou parentes para ajudar. Se necessário, até uma ambulância.
Nestes
casos vale a pena um tratamento psicológico? Sempre depende de como o paciente
aceita um tratamento psicológico; se ele permite que alguém se aproxime dele. Esta
realidade se assemelha com uma visita ao médico por causa de dor no braço –
por exemplo. O fato de irmos até ele precisa somar-se com a atitude de que voltemos
novamente para dentro do contexto onde vivemos com a esperança de que aquela
dor vá melhorar.
As
pessoas suicidas são mesmo mestres em esconder seus sentimentos? A maior parte
dos homens tem uma postura mais defensiva; tem mais dificuldade de falar das
suas dores e dos seus problemas. As pessoas do sexo masculino temem ser
entendidas como pessoas fracas. No mundo masculino, muitas vezes, a auto -
estima é definida pelo desempenho que se tem. Daí que, no ambiente profissional, os homens não têm muitos contatos aos quais poderiam recorrer. É em vista disso
que eles preferem dissimular e ocultar seus problemas.
Por
que muitos suicídios acontecem tempos depois da crise ocorrida? Em muitos casos
o tempo realmente difícil só começa após a crise. O motivo desse comportamento?
Ora, é que durante a crise o organismo da pessoa está ocupado com uma variedade
de detalhes que estão intimamente ligados à luta contra os problemas experimentados; com a busca de possíveis soluções.
Então, quando este indivíduo encontra a saída de todo este mal, o seu organismo ainda está preparado
para a ação, mas agora os desafios sumiram. Aqui surge o perigo dele cair num
buraco emocional.
O
que o ato do suicídio diz a respeito da natureza de um homem? Os homens tendem
a tirar sua vida com métodos mais agressivos do que as mulheres. Jogar-se na
frente do trem, por exemplo, é um ato particularmente cruel. A vontade de viver
construída dentro do seu organismo deve ter sido muito atordoada, pelo menos no
referido momento. Quem vai suicidar-se não reflete racionalmente sobre o método
pelo qual se suicidará. Trata-se muito mais de uma ação de emergência na
percepção de desespero absoluto.
29.12.13
Esquecer o entardecer!
Sim, brinquei com
os meninos,
Mas nunca suas fraldas troquei.
Até penso que não me inspirei
Naqueles dias meio inquilinos,
Que alargaram minha história,
Marcada por sensibilidades,
Árvores frutificando saudades,
Raízes alimentando memórias!
Com o Natal veio companhia,
Diálogos, muita conversação.
Foi enorme a minha emoção!
Seria aquila uma nova via?
O Filho de Deus veio aqui
E misturou-se com a gente.
Ele quis ser nosso parente
Contextualizando-se guri!
Se era divina Sua natureza,
Abdicou desse bom legado
E, chamando-nos pro lado,
Doou-nos da Sua grandeza!
Que vontade de agradecer;
Perdoar o gesto ausente;
Viver bem mais contente
E esquecer o entardecer!
Mas nunca suas fraldas troquei.
Até penso que não me inspirei
Naqueles dias meio inquilinos,
Que alargaram minha história,
Marcada por sensibilidades,
Árvores frutificando saudades,
Raízes alimentando memórias!
Com o Natal veio companhia,
Diálogos, muita conversação.
Foi enorme a minha emoção!
Seria aquila uma nova via?
O Filho de Deus veio aqui
E misturou-se com a gente.
Ele quis ser nosso parente
Contextualizando-se guri!
Se era divina Sua natureza,
Abdicou desse bom legado
E, chamando-nos pro lado,
Doou-nos da Sua grandeza!
Que vontade de agradecer;
Perdoar o gesto ausente;
Viver bem mais contente
E esquecer o entardecer!
23.12.13
Jesus encheu Suas Fraldas!
Lembro
dos meus dois meninos ainda crianças. Eu fazia gato e sapato com eles. Jogava
bola, brincava na areia, levava eles para comer sorvete e também aos Cultos que
eu celebrava. Uma coisa eu quase nunca fiz: trocar suas fraldas. Alguns de
vocês se lembram. Elas eram de pano. Tinha que fazer um monte de dobras . Hoje
tudo parece ser mais fácil com o advento das descartáveis.
Quando
a Maria trouxe Jesus ao mundo ela o enrolou em fraldas – assim diz o
evangelista Lucas. Tudo normal, mas notem que esta ação tem um grande
simbolismo.
O
fato de que Jesus usou fraldas mostra que ele foi gente como a gente é e
“funcionava” como as crianças recém-nascidas dos nossos dias funcionam. Ele
também “molhava”, “enchia” suas fraldas diariamente. Ele era gente como nós,
Emanuel - Deus conosco, conforme Mateus 1.23.
Não
só isso. O fato de Jesus usar fraldas também mostra que Ele se rebaixou demais
para estar conosco. O apóstolo Paulo chega a escrever que Jesus tinha a
natureza de Deus, mas que Ele não tentou ficar igual a Deus no nosso meio
(Filipenses 2.6); que Ele veio e tocou a Sua vida junto a nós na forma de
natureza pecaminosa (Romanos 8.3). O evangelista João escreve que Ele abdicou
da glória celeste para estar do nosso lado (João 17.5). Gente querida! Jesus
veio do trono de Deus vestir fraldas aqui no chão onde tu e eu pisamos.
Por
outro lado esta atitude também mostra que o Filho de Deus se contextualizou por
completo com o nosso jeito de viver. Ele experimentou tudo o que nós
experimentamos. Problemas, tentações, tristezas e, por último até as nossas
culpas e pecados. Vamos e convenhamos!
Isso é muito pior que fraldas cheias.
O
que sempre de novo me impressiona é que com isso Ele nos libertou; limpou-nos
de todos os nossos pecados. Por causa deste feito, nós podemos novamente usar
fraldas limpinhas. Coisa boa deve ser uma fralda limpinha! A gente vê isso no
rosto das criancinhas que fazem esta experiência.
Coisa
boa poder experimentar o perdão completo onde nada fica retido (1 João 1.9).
Coisa boa poder viver essa nova vida e não precisar mais de nenhuma limpeza por
causa de pecados; de desvios.
Reflitamos
sobre esta questão. Agradeçamos a Jesus Cristo não só neste Culto de Natal, mas
todos os domingos. De acordo com a Bíblia o domingo é um dia para louvarmos a
Deus pelo perdão que Ele nos alcançou com sua morte na cruz; para festejarmos a
Sua ressurreição e, por tabela, a nossa também. Que Deus nos abençoe! Amém!
Oração: Jesus Cristo, Senhor e Deus! Nós estamos aqui e jubilamos com os anjos e, tal como os pastores, também nos encontramos estupefatos. Da mesma forma que os reis magos, nós também não conseguimos tirar nosso olhar da Tua luz. Querido irmão Jesus Cristo! Nós nos alegramos de coração com o Teu nascimento. Amém!
18.12.13
BOM NATAL E BOM 2014!
Oi Pessoal! Obrigado por estarem comigo neste espaço de compartilhamento. Carrego vocês no coração. Abraços!
17.12.13
Alegria – Jesus já vem!
Ó vinde, ó vinde Emmanuel! Alegrem-se
todas e todos vocês. Deus nos presenteia com Sua alegria. O
mundo sempre esteve dependente da Filosofia Grega que, de certa forma,
desencaminha a alegria. É por causa disso que a imagem de Deus, a Bíblia e a fé
nos são apresentadas sérias e pesadas; são-nos relacionadas com Mandamentos e
Proibições; tiram-nos as possibilidades de alegria.
A Bíblia nos apresenta Deus como a Fonte da Alegria. Deus nos criou para
sermos abundantemente alegres no Seu Paraíso. Parece mentira, mas abdicamos
deste presente e optamos por uma vivência mais sisuda. Ora, Deus é a Fonte da
Vida e isso já é um sinal de que Ele nos sonha alegres. Deus sempre mostra
alegria santa e pura ao nosso lado. Perceberam? A verdadeira alegria vem de
Deus e, por isso, não pode comungar com o que é pecaminoso prazer.
Isso mesmo! A alegria de Deus é integral, sem
mistura, e sempre nos faz alegres a partir do que é bom. Todas as pessoas
procuram substitutivos para a alegria perdida em pseudo-alegrias que se
alicerçam sobre alguma dor. Dá para se dizer que a alegria de um sempre custa
alguma coisa para o outro. A verdadeira alegria não se baseia na fraqueza da
humanidade, mas do amor que Deus doou às pessoas.
A gratidão e a alegria andam de mãos dadas. As
pessoas que aprendem a agradecer percebem as situações vividas sob a ótica de
Deus. Daí então elas são preenchidas da verdadeira alegria que só Deus promove.
Em rodas de piadas sempre parece haver grande alegria, mas esta ainda não é a
verdadeira alegria. As pessoas que atingem o potencial que Deus lhes pensou
vivem a plenitude da sua vida e é isso que as leva à alegria duradoura.
A oração de gratidão nos leva à presença de Deus;
muda os nossos corações e nos permite a visão de uma nova comunhão. A
proximidade de Deus, somada à nossa gratidão, preenche o nosso relacionamento
com as pessoas; promove-nos a mais pura alegria – a alegria que não tem nada a
ver com a humilhação das pessoas, a alegria não destrutiva e sim criativa.
Alegrem-se! Jesus Cristo já vem libertar todas as
pessoas que se encontram solitárias no exílio da tristeza; da depressão e do
desconsolo. Sim, o tempo que vivemos é marcado por lamentos. Dificuldades que,
em breve, não existirão mais. Acolhamos o Filho de Deus que vem nascer em nós;
que vem vestir vestidos de carne; que vem se tornar gente conosco; que vem nos
acarinhar; que vem nos apontar o caminho, a verdade e a vida. Amém!
15.12.13
Antipatia - Simpatia: Como é que estes dois estados de espírito surgem?
A psicóloga alemã Doris Wolf escreve muitos
artigos para jornais e revistas na Alemanha. Outro dia ouvi um programa de
rádio onde ela colocou boas palavras para os seus ouvintes. Confesso que me
permiti ajudar por suas idéias. Abaixo um pouco daquilo que ela entende sobre o tema “antipatia”.
Às
vezes você é apresentado para uma pessoa e logo percebe que sua “aura” não bate
com a dela. Melhor, você já sabe de antemão que não vai existir a menor
possibilidade de comunhão entre vocês dois.
Muitas
vezes é assim que você também não vai com a “cara” do novo vizinho. Você olha
para ele e pensa: Que sujeito arrogante! Você tem esta mesma sensação quando se
encontra com o namorado da sua amiga. Não há a mínima chance de desenvolver a
mesma amizade com ele, mesmo que sua amiga lhe queira bem.
Você
tem clareza que não se deve ser preconceituoso; que deve tratar todas as
pessoas com tolerância, mas mesmo assim algo o incomoda nesta ou naquela relação.
Feitas
estas colocações, perguntemo-nos: O que pode estar escondido atrás da antipatia
ou da aversão a certas pessoas?
O que se esconde atrás de uma
aversão espontânea?
Há
quem diga: - “Não posso chegar perto daquele sujeito!” - “Quando me aproximo
daquela figura, dá vontade de vomitar!” - “Quando a fulana abre a boca, fico
com vontade de sair correndo!” - “Quando preciso ficar perto do cicrano, me dá
um frio na barriga!” Isso mesmo! É assim que, muitas vezes, descrevemos os
nossos desagrados com certas pessoas.
Não é
segredo que nossa aversão para com algumas pessoas é sentida fisicamente. A
presença de alguns indivíduos simplesmente mexe conosco; arrepia os nossos
cabelos; sentimo-nos desconfortáveis com o cheiro que exalam e o simples fato
de ter que ouvirmos a sua voz já nos causa grande mal-estar. Dá a impressão que
estas pessoas que nos causam tanto mal tenham grande poder sobre nós; que elas exerçam
uma força que nos desestabilize.
É por
isso que muitas pessoas evitam o contato com indivíduos que tenham este perfil.
Se a prevenção deste contato se mostra impossível, reagimos com postura
distante; hostil e até nos mostramos intratáveis e indispostos. Enquanto lidamos
com estas pessoas na rua ou no supermercado sem compromisso, nada é trágico. No
entanto, esse comportamento se complica quando a nossa antipatia se dirige a
alguma pessoa com a qual precisamos conviver diariamente. Neste caso valeria a
pena buscar-se as causas deste descontentamento e, depois, considerar como
poderíamos melhor conviver com esta pessoa.
Causas da Antipatia
1. Nós rejeitamos àquilo que não
gostamos em nós mesmos nas outras pessoas.
Por exemplo, se nós lutamos com o nosso peso ou odiamos as nossas rugas e encontramos uma pessoa que tenha os mesmos problemas que nós, isso pode ser uma causa da nossa antipatia. É como se esta pessoa nos fosse como um espelho. Uma vez que não suportamos essa visão, classificamos a pessoa que está à nossa frente como antipática e até evitamos contato com ela.
2. Nós detestamos perceber que os outros têm o que gostaríamos de ter.
De repente a pessoa que nos está próxima tem uma boa figura; ela vive uma relação matrimonial muito bonita com sua parceira ou seu parceiro e todas as pessoas gostam de estar com ela. Tudo muito bom, tudo muito bem, mas nós nos sentimos um tanto obesos e, em vista disso nos isolamos. Durante estes momentos de isolamento acontece um “fogo” em nós que extingue sempre mais essa nossa parceria. É o outro que nos faz lembrar as nossas fraquezas. Temos inveja dele e é por isso que o rejeitamos.
3. O outro nos faz lembrar de experiências ruins com outras pessoas.
Nosso cérebro armazena todas as experiências negativas e positivas que vivenciamos. Nós salvamos estas impressões em inúmeras “caixinhas”, sempre de acordo com odores; com momentos; com o tom de voz; com sotaque; com postura; com expressões faciais; com gestos ou com as roupas que uma pessoa usa.
Se
uma pessoa nos lembra de alguém com o qual tivemos experiências ruins, tem tudo
para dar errado o relacionamento. Essa pessoa passa a ter a sensação de que não
tem nada a ver com o sujeito que está à sua frente e acaba sendo vítima dos seus
preconceitos.
Por
exemplo, se você tinha uma amiga com voz suave que, mais tarde, se comprovou
ser uma pessoa limitada intelectualmente, você, provavelmente, vai se mostrar
cético e desconfiado ao ouvir uma voz suave.
4. Nós rejeitamos o outro porque é completamente diferente de nós.
Você vive pelos princípios: “Poupar e nada de dívidas!” “Trabalho antes do prazer!” Já seu vizinho faz dívida e dá o seu dinheiro prodigamente. Em vez de cuidar do seu jardim, ele se senta na sua cadeira de praia e bebe um copo de vinho. Esse jeito de ser ameaça os seus princípios e, por isso, você o rejeita.
5. Nós nos sentimos rejeitados pelo outro.
Às vezes interpretamos alguns sinais que algumas pessoas próximas dão como de arrogância; de negação. Nestas horas dizemos: - “Ele quer se colocar!” - “Ele não me atura!” ou - “Ele não quer nada comigo!” Ora, nem sempre isto é o caso. Por trás de um comportamento arrogante, muitas vezes, se esconde uma pessoa insegura e tímida.
É
assim que se nós classificamos uma pessoa de antipática, isso sempre tem a ver
conosco. Não somos nós que tomamos a decisão de classificar alguém como
simpático ou antipático. Se alguém nos é simpático ou antipático isso é o nosso
inconscientes que decide, a partir de experiências passadas. Sim, porque o nosso
inconsciente necessita de apenas 100 milissegundos para fazer um julgamento
sobre uma pessoa que nunca vimos antes.
Como você pode “des-influenciar” a
sua Antipatia.
Mesmo
que nossa mente inconsciente decida por nós sobre a simpatia e a antipatia,
isso não significa que precisamos ficar à sua mercê. Nós podemos resistir
conscientemente.
DICA 1: Leve a sério a primeira impressão,
mas certifique-se de que o seu julgamento é correto.
Dica 2: Pergunte a si mesmo, quando você
não pode suportar alguém: - “O que me incomoda nesta pessoa?” - “Por que esses
aspectos me incomodam?” - “Essa pessoa me faz recordar alguém da minha infância
que não ia com a minha “cara”!”
DICA 3: Essa pessoa lhe faz recordar de
experiências ruins de seu passado que não têm nada a ver com ele? Se esse for o
caso, deixe claro: - “Esta pessoa não tem nada a ver com minha história e eu
vou lhe dar uma chance.”
Dica 4: Essa pessoa possui qualidades ou
características que você não tem, que você poderia aprender, que você poderia
vir a aceitar? Se você se aceitar da forma como você é, então você também pode
aceitar outras pessoas com estas mesmas características.
Dica 5: Se você pede para que as outras
pessoas sejam como você gostaria que elas fossem, então aprenda a ser mais
tolerante. Desenvolva a atitude: - “Ele tem o direito de ser do jeito que é,
mesmo que eu não goste que seja assim.”
Dica 6: Direcione o seu olhar
deliberadamente sobre as características positivas da pessoa que o incomoda.
Dica 7: Desenvolva a compreensão para com
a pessoa que está ao seu lado. Procure as razões para essa pessoa ser como é.
10.12.13
Os Três Reis Magos!
Quem não se lembra de momentos marcantes em sua
vida? Nunca me esquecerei da excursão com minha esposa em 1971; do nosso
casamento em 1977; do nascimento dos nossos filhos em 1980 e 1982; da minha formatura
há 31 anos; da minha Ordenação em 1985; dos encontros pessoais com amigas e
amigos e das tantas experiências que me foram dadas viver!
Todas; todos nós fomos educados dum jeito especial;
temos nossas experiências individuais; seguimos esta ou aquela religião;
optamos por tradições distintas e nos orientamos desta ou daquela maneira. No
meio disso nos vêm pequenos relâmpagos de luz que trazem lembranças à mente.
Percebemos os mesmos? Será que nos damos conta desses flashes? Não estamos por
demais ocupados com os nossos afazeres, a ponto de nos sentirmos engaiolados
como um pássaro que só percebe o que acontece bem pertinho dele?
O profeta Isaías define a religião de uma maneira
muito genial: Levanta os olhos e vê! (Isaías 40.26a) As pessoas que perderam a
capacidade de perceber estes “relâmpagos da vida” já se encolheram em si
mesmas. A Bíblia define esta postura como “pecado”! Não se trata de uma falha
moral, mas de uma falha na percepção de que Deus que está próximo; da falta de
vontade de ter um contato mais estreito com o Mesmo. Para mim a religião
significa abdicar das tradições implantadas; abrir os horizontes; levar a sério
o que Deus diz.
Os três reis magos citados no começo do Evangelho de
Mateus eram a personalização disso que eu acabei de lhes informar: Pessoas
sensíveis que perceberam o brilho da estrela no horizonte.
Há regiões do Brasil onde as pessoas se vestem como
os três reis magos se vestiam e saem a cantar por entre a vizinhança. Depois dos
cânticos entoados esse povo dá sua bênção e deseja bom ano novo às pessoas
visitadas. Nós até conhecemos o nome dos tais três reis: Gaspar, Belchior e
Baltazar. Na verdade sabemos pouco sobre os mesmos. Seus nomes são oriundos das
siglas latinas CMB - Cristus Manisionem Benedikat, ou seja: Jesus Cristo
abençoe esta Casa! É atrás desta bênção que os três reis magos se tornam
indivíduos.
Sua simbologia é muito rica. Na França, na catedral
de Autun, existe uma obra de arte que já tem seus 900 anos de idade. Ela
retrata os três reis dormindo numa cama, sob uma única coberta. Isso quer
simbolizar que eles eram unidos num só pensamento. Quem presta atenção percebe
que eles têm idades diferentes: um moço, um adulto e um idoso. Assim eles se
mostram como o nosso espelho! Sim, eles nos representam nas nossas idades com
seus corpos; com seus pensamentos e com seus espíritos. O fato é que a Estrela
de Belém brilha sobre os três reis que dormem na catedral de Autun.
Na cena seguinte um anjo se aproxima da cama onde os
três reis magos dormem. Ele toca de leve na mão de um dos três. O rei mago
tocado acorda do seu sono egoísta; do seu sono de destruição e vingança; acorda
do sono dos seus medos e das suas depressões. O rei abre seus olhos! Com a
outra mão o anjo aponta para as estrelas que brilham no céu. Esse rei que tem
os olhos abertos, simboliza o espírito humano. Enquanto o seu corpo descansa e
se recupera com o sono, a sua mente é capaz de perceber o céu aberto. O rei com
os olhos abertos simboliza a capacidade do ser humano de poder orar, conversar
com Deus; de perceber a presença de Deus mesmo na escuridão da noite. O anjo
diz: - Levantem-se e sigam aquela estrela. Saiam de dentro da escuridão do seu
dia-a-dia e sejam luzes. Os três se levantam e seguem a tal estrela. Na Bíblia
eles não são retratados como reis, mas como astrólogos; como pessoas que tem a
capacidade de ver além do horizonte; como pessoas que percebem os sinais da
natureza e da vida.
Eles carregam presentes consigo. Ouro, incenso e
mirra. Estes três presentes também são simbólicos. O ouro representa a segurança
material que precisamos para sobreviver: trabalho, salário justo e o pão de
cada dia. O incenso representa a nossa vida espiritual. Uma vida de oração é
crucial na vida de quem é cristão. Não vai longe quem não dialoga teti-a-teti
com Deus. Claro que esta oração não deve se resumir em simples atos de pedir
por quaisquer favores celestes. Orar é mais do que isso. A oração é a vida na
presença de Deus. É uma conversa de amigos. Jesus mesmo definiu a oração como
uma conversa que se tem com o “paizinho”. O ouro está para as nossas relações
aqui no chão e a mirra para as nossas relações com Deus. Mirra! Sim, a mirra é
uma espécie de remédio. Somos chamados a cuidar de nós mesmos. Ninguém pode
amar o céu ou o mundo se não se ama a si próprio. Quando Jesus acessa nossa
vida, ali acontece o amor. Amar os outros como a si mesmo é o desafio que Jesus
nos faz neste início de ano!
Eu desejo que todas; que todos possamos nos
abrir para a vida em 2014, tal como os três reis se abriram para a mesma. Ali
onde a luz de Deus brilha através de uma pessoa, essa pessoa passa a ser bênção
para a outra; passa a ser bênção para a humanidade. Amém!
PAPAI NOEL?
Vocês já devem ter ouvido falar do Bispo Nicolau. Ontem, dia 06 de dezembro, nós festejamos o seu dia. Esse homem viveu no século 3 e era uma pessoa muito respeitada por causa do seu compromisso com a proposta cristã. Depois da sua morte o povo passou a festejar o dia 06 de dezembro como a data na qual se dá presentes.
O reformador Martin Luther tentou melhorar esta tradição. Ele articulou o povo luterano a dar presentes no Dia de Natal. Qual era o seu objetivo? Ora, usar a ideia da troca dos presentes para, com eles, apontar para a querida criança deitada na mangedoura. Daqueles tempos em diante ficou estabelecido que Nicolau ainda só traria pequenos presentes para as crianças. Os grandes presentes ficavam reservados para serem entregues na Noite de Natal e tinham o objetivo de apontar para Jesus Cristo - o Filho de Deus.
Hoje é assim que, em muitas famílias, se confunde o Filho de Deus com o Papai Noel. É lamentável, mas este, desde o século 19, vem assumindo gradativamente o lugar do Filho de Deus nas Festas Natalinas. Suas barbas brancas e seu manto vermelho são fruto de uma propaganda criada pela fábrica de refrigerantes da coca-cola, em 1931. Pena que poucos saibam disso!
Como é mesmo o perfil do homem que, verdadeiramente, quer nos presentear no Natal? Em Mateus 27.27-30 nós lemos que este homem veste um manto escarlate sobre o corpo e uma coroa de espinhos sobre a cabeça; que Ele tem nas mãos um pedaço de taquara que usa como cetro e é ridicularizado pelo populacho; que, um pouco mais tarde, Ele é pendurado numa cruz, enquanto oferta Sua vida para nos alegrar com o maior presente que se pode receber: A vida eterna!
Os pequenos presentes são dados no dia dedicado ao Bispo Nicolau – 06 de dezembro. Os presentes maiores são dados na Noite de Natal. Todos estes presentes são apenas para demonstrar o nosso amor uns pelos outros; para demonstrar o amor de Deus em relação a nós. Isso mesmo! Em última análise eles vêm de Deus; eles apontam para Àquele que demonstrou o Seu amor por nós morrendo na cruz. Nós, cristãs e cristãos, cremos que, no final dos tempos, este Jesus que morreu na cruz voltará a nós. Naquele dia ninguém mais poderá fazer piada sobre Ele, uma vez que Ele reinará sobre a humanidade por toda a eternidade. Isto é certamente verdade!
Oração: Querido Pai do Céu! Nós ficamos estupefatos quando nos paramos a pensar no grande amor que o Teu Filho demonstrou por nós. Sim, porque quando Ele morreu na cruz, deu de Si para que nos alegrássemos com o maior presente que se pode receber – a vida eterna. Amém!
O reformador Martin Luther tentou melhorar esta tradição. Ele articulou o povo luterano a dar presentes no Dia de Natal. Qual era o seu objetivo? Ora, usar a ideia da troca dos presentes para, com eles, apontar para a querida criança deitada na mangedoura. Daqueles tempos em diante ficou estabelecido que Nicolau ainda só traria pequenos presentes para as crianças. Os grandes presentes ficavam reservados para serem entregues na Noite de Natal e tinham o objetivo de apontar para Jesus Cristo - o Filho de Deus.
Hoje é assim que, em muitas famílias, se confunde o Filho de Deus com o Papai Noel. É lamentável, mas este, desde o século 19, vem assumindo gradativamente o lugar do Filho de Deus nas Festas Natalinas. Suas barbas brancas e seu manto vermelho são fruto de uma propaganda criada pela fábrica de refrigerantes da coca-cola, em 1931. Pena que poucos saibam disso!
Como é mesmo o perfil do homem que, verdadeiramente, quer nos presentear no Natal? Em Mateus 27.27-30 nós lemos que este homem veste um manto escarlate sobre o corpo e uma coroa de espinhos sobre a cabeça; que Ele tem nas mãos um pedaço de taquara que usa como cetro e é ridicularizado pelo populacho; que, um pouco mais tarde, Ele é pendurado numa cruz, enquanto oferta Sua vida para nos alegrar com o maior presente que se pode receber: A vida eterna!
Os pequenos presentes são dados no dia dedicado ao Bispo Nicolau – 06 de dezembro. Os presentes maiores são dados na Noite de Natal. Todos estes presentes são apenas para demonstrar o nosso amor uns pelos outros; para demonstrar o amor de Deus em relação a nós. Isso mesmo! Em última análise eles vêm de Deus; eles apontam para Àquele que demonstrou o Seu amor por nós morrendo na cruz. Nós, cristãs e cristãos, cremos que, no final dos tempos, este Jesus que morreu na cruz voltará a nós. Naquele dia ninguém mais poderá fazer piada sobre Ele, uma vez que Ele reinará sobre a humanidade por toda a eternidade. Isto é certamente verdade!
Oração: Querido Pai do Céu! Nós ficamos estupefatos quando nos paramos a pensar no grande amor que o Teu Filho demonstrou por nós. Sim, porque quando Ele morreu na cruz, deu de Si para que nos alegrássemos com o maior presente que se pode receber – a vida eterna. Amém!
26.11.13
ADVENTO - DUAS AMIGAS SE ENCONTRAM!
Esta reflexão passa pelo texto de Lucas 1.39-56... No referido texto se lê que duas mulheres se encontraram. Maria subiu um morro a pé com o intuito
de visitar Isabel. Isabel, por sua vez, tinha que cuidar de seu marido,
Zacarias, que tinha ficado mudo depois de ter se encontrado com um anjo de
Deus. As mulheres se alegraram muito com seu reencontro. A tal visita não deixava de ser uma
homenagem recíproca que as amigas se prestavam.
As
duas tinham seus corações repletos de esperança. Esperança de serem libertadas
da vergonha de engravidarem naquelas circunstâncias misteriosas. Elas
certamente seriam alvos de fofocas que, certamente, durariam algumas semanas. No
meio de todas estas questões crescia a vida em seus úteros; cresciam dois
filhos de Deus. É assim que Lucas nos descreve o encontro de Maria e Isabel no
primeiro capítulo do seu livro.
Naquela
época, tal como hoje, uma mulher também não podia caminhar só pelos interiores da região montanhosa. Também não poderia se ausentar de casa pelo período de três meses. Tais atitudes não eram
viáveis no Mundo Antigo que ladeava o Mar Mediterrâneo. Os tempos eram duros. Se uma mulher não conseguisse gerar uma criança sentia muita vergonha. Ter um filho
ilegítimo? Nem se fala. Era uma afronta aos bons costumes. Sim, era como se a honra do clã
fosse atacada.
Eu
fico imaginando aquelas duas mulheres conversando entre si. Como elas se abraçaram e se alegraram; o
quanto elas dialogaram sobre as suas pequenas e grandes preocupações; sobre as
dificuldades e as alegrias da gravidez. Elas devem ter tomado chá, comido
cuca, cochichado e rido bastante. Depois de um tempo também devem ter ficado novamente
sérias pelo fato de não entender bem a fundo as promessas que diziam respeito
àquelas crianças que carregam dentro do seu corpo. No meio de toda esta
comunhão elas sempre colocavam suas mãos sobre a barriga. Quanta esperança!
Assim
também poderia ser o nosso Advento: Tempo bom de esperança! Esperar por alguma coisa da vida e de Deus! Caminhar sobre o morro de preocupações
diárias às quais estamos submetidos. Rir com amigas e com amigos. Experimentar
a boa esperança e crer no impossível. Sim, crer nas idéias que vieram habitar as
nossas cabeças; crer na nossa vitalidade; nesse fruto da maravilhosa bênção que
Deus sempre de novo nos alcança.
Eu
desejo um bom Tempo de Advento para nós. Um tempo no qual possamos cantar
com Maria: “A
minha alma anuncia a grandeza do Senhor. O meu espírito está alegre por causa
de Deus, o meu Salvador. Pois ele lembrou de mim, sua humilde serva! De agora
em diante todos vão me chamar de mulher abençoada, porque o Deus Poderoso fez
grandes coisas por mim. O seu nome é santo, e ele mostra a sua bondade a todos
os que o temem em todas as gerações. Deus levanta a sua mão poderosa e derrota
os orgulhosos com todos os planos deles. Derruba dos seus tronos reis poderosos
e põe os humildes em altas posições. Dá fartura aos que têm fome e manda os
ricos embora com as mãos vazias. Ele cumpriu as promessas que fez aos nossos
antepassados e ajudou o povo de Israel, seu servo. Lembrou de mostrar a sua
bondade a Abraão e a todos os seus descendentes, para sempre.” Abraços!
22.11.13
QUEM É TUA ROSA?
A
frase de Antoine de Saint- Exupery - Tu és responsável pela tua Rosa – no
livro “O Pequeno Príncipe”, soa nos nossos ouvidos no sentido de que “somos
eternamente responsáveis pela nossa flor; pelas pessoas que cativamos!” Ou
seja, as pessoas cativadas esperam o nosso engajamento em seu favor.
Aparentemente,
essa confiança e essa responsabilidade mútua se dão, especialmente, no
matrimônio. Vocês ainda se recordam da pergunta que a pastora ou o pastor lhes
fizeram quando da Celebração do seu Casamento? Ela ou ele perguntaram: -
“Queres recebê-la; queres recebê-lo das mãos de Deus? Queres caminhar lado a
lado com ele (com ela)? Os casais que disseram este “sim” diante de Deus
tentaram e continuam tentando fazer de tudo para que este Projeto dê certo. Se
ele não der certo, paciência. Tanta coisa não “rola” como pensamos. Todas nós;
todos nós estamos sujeitos ao erro. Então, por que não começar de novo? É por
isso que entendemos o matrimônio como uma bênção e não como um sacramento (que
é e ponto final). No entanto, é importante que, como Igreja Cristã, defendamos
a Instituição do Matrimônio. Ele, o casamento, a união de uma mulher com um
homem, é uma benção de Deus.
Essa
responsabilidade aumenta com a vinda das crianças. Para que as crianças se
desenvolvam com equilíbrio, elas precisam de uma boa base para a vida e esta,
geralmente, é dada pelas mães e pelos pais. Esse alicerce não se dá apenas com
a preocupação pelas necessidades materiais dos filhos, mas também com os
cuidados que alavancam o desenvolvimento mental e emocional saudável das
crianças que nos são confiadas. Neste desenvolvimento também está incluso a
educação cristã. Sim, nossas filhas e nossos filhos carecem de um
encaminhamento cristão. Caso isso não aconteça, elas correm sério risco de
terem que correr atrás do tempo sem nunca encontrar o verdadeiro sentido da sua
existência. Muitas mães e muitos pais até têm este sentimento quando batizam
seus filhos e suas filhas.
A
educação cristã não é apenas uma tradição igrejeira de se praticar a oração do
Pai-Nosso ou dos Dez Mandamentos. Ela inclui mais do que isto. No decorrer da
instrução cristã as crianças aprenderão a confiar. Elas aprenderão que Deus
está ao seu lado. Elas entenderão que Deus as ama tal como são e que Ele estará
sempre com elas. Elas se darão conta que a tolerância que Jesus praticou pode
ser imitada; que não há necessidade de ferir outras pessoas com opiniões. Elas
sentirão todas estas coisas em casa, enquanto praticam a fé cristã. Toda esta
aprendizagem se tornará importante num mundo que sempre se mostra incerto e
frágil, nestes tempos globalizados onde as mudanças são cada vez mais rápidas.
Esta mudança de comportamento é um caminho no qual as crianças precisam ser
acompanhadas. E este empreendimento é uma das tarefas fundamentais das mães e
dos pais; das madrinhas e dos padrinhos. Trata-se de uma tarefa que não pode
ser delegada às professoras de escola dominical ou ao pastor para quando dos
dois anos do período de preparo para a Confirmação.
É
pouco provável que as crianças mudem seu comportamento cristão com as
informações de terceiros, se elas não o vivenciarem em casa. As madrinhas e os
padrinhos se colocam ao lado dos pais nesta empreitada. Na hora do Batismo as
madrinhas e os padrinhos não são lindos simples acessórios para a beleza do
momento, mas pessoas co-responsáveis que assumem o grandioso desafio de levar
suas afilhadas e seus afilhados a vivenciarem a fé cristã verdadeira e
importante. De mães, pais, madrinhas e padrinhos responsáveis brota a vida de
fé que é mil vezes mais importante do que qualquer lição adquirida horas e
horas de ensino religioso. Penso que é maravilhoso receber de Deus tão nobre
tarefa. Devemos “informar” nossas crianças. Nós devemos lhes mostrar o caminho
que faz sentido e leva a Deus. Cabe-nos dar exemplo para elas do que significa
a ética cristã do agir e do decidir. Devemos ser gratos a Deus pelo fato Dele
aceitar as nossas crianças como Suas filhas.
“Tu és responsável pela tua rosa!” Sim, como
mães e pais nos cabe assumir esta responsabilidade com coragem. Talvez essa
intenção seja boa para o ano de 2014 que já está às portas. Que tal orarmos com
nossas filhas e filhos à mesa, ao lado da cama quando vem à noite. Acompanhemos
nossas filhas e nossos filhos ao Culto e mostremos a eles como é importante
adorarmos a Deus. Quando comprarmos um livro ou um brinquedo didático para as
nossas afilhadas e nossos afilhados, leiamos o mesmo, brinquemos com o mesmo,
para que, ao doá-lo, saibamos reagir e, junto, ensinar.
Tenhamos
coragem para realizar ou continuar realizando este projeto no novo ano que vem
aí. Que Deus abençoe vocês e todos nós na realização desta tarefa.
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