Busque Saber

26.5.14

MALEDICÊNCIAS

Pastor! Eu sou caluniado no meu trabalho. O que devo fazer? Devo me defender com palavras duras ou devo silenciar diante desta situação?

Caro Júnior! Fofocas e calúnias acontecem na vida privada e também na vida profissional. A fofoca sempre é nociva. O detalhe é que o desejo de espalhar rumores sempre está presente no ser humano. A Bíblia não contradiz essa afirmação. Para ela o “o homem é mau desde a sua mocidade”. Outro dia ouvi de alguém que “que junto às lacunas que existem na comunicação sempre estão presentes veneno e lixo”.

Na Bíblia, a língua humana é, muitas vezes, citada quando se fala em conflitos, ódios, mentiras e calúnias. Já notaram que aqui e ali se diz que alguém falou isso ou aquilo com a “língua afiada”. Isso mesmo! É interessante que as palavras carregadas de mal; as palavras que são imprudentes e difamatórias sempre têm grande impacto na sociedade. O Apóstolo Tiago escreve sobre isto: “Com a língua pode-se acender uma pequena fogueira que, por sua vez, pode incendiar uma grande floresta”. Ele estava certo. A mulher e o homem, nem sempre conseguem dominar sua língua.  

Em última análise, o ato de se semear a discórdia com as palavras caluniosas é o mesmo que agir diabolicamente. Sim, exatamente este é o método do diabo: O incitamento de uma pessoa contra a outra. A palavra grega para diabo é “diabolos” e significa “confundir duas pessoas”.

Como lidar com a fofoca? Ora, no Novo Testamento se conta que Jesus também sofreu uma série de difamações e calúnias. Para os sacerdotes e os escribas o Filho de Deus sempre foi um espinho incômodo; uma pedra no sapato. Foi por isso que tentaram, com precisão mortal, prejudicar a sua posição social. “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. Foi assim que Jesus orou na hora da maior necessidade em favor de Seus adversários. Eis uma indicação clara de como lidar com o sentimento de impotência e desamparo: Orando!


As pessoas que têm a intenção de prejudicar outras são infelizes. Elas agem assim porque estão aprisionadas atrás das grades dos seus medos; porque temem que alguém lhes tire ou que elas não alcancem aquilo que elas entendem lhes ser de direito. O ciúme e a inveja determinam a vida destas pessoas. Basicamente, essas pessoas merecem a nossa pena, porque uma vida nestes termos é errada. Serenidade e confiança em Deus são as armas mais fortes na luta contra o mal e a hostilidade oriunda da fofoca.

24.5.14

FOFOCA

Hoje me caiu na vista a palavra de Tiago 4.11: Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Refleti sobre a mesma e nasceu o texto abaixo.

A palavra “fofoca” não está contemplada nesta tradução do Grego para o Português. No entanto, a palavra acima nos desafia a não escandalizarmos e a não caluniarmos quem quer que seja. Ela é uma palavra clara, uma vez que atitudes que denigrem o próximo são completamente condenáveis. Quem faz fofoca não almeja outra coisa do que obscurecer; colocar a vida da irmã e ou do irmão em maus lençóis; tornar mais fraca a pessoa que se quer atingir. Noutras palavras: Quem faz fofoca carrega más intenções no seu coração e, junto, mostra falta de coragem para resolver suas questões numa conversa frente a frente com a pessoa que o incomoda. É interessante observar que toda a pessoa que faz fofoca não quer que seu nome seja mencionado.

Outro dia li o diálogo de duas senhoras num livro: Uma delas teria dito para a outra: - A Júlia me disse que você comentou com ela a respeito daqueles detalhes que eu reparti contigo sobre ela. Você não lembra que eu te pedi encarecidamente para não contar nada? A outra senhora reagiu dizendo: - Como a Júlia é maldosa. Na oportunidade eu exigi dela que não contasse nada para ti sobre aquilo que eu tinha contado a teu respeito. A colega retrucou: - Pois é! Eu também falei para a Júlia que eu não contaria nada para ti sobre o conteúdo que ela me falou. Por favor! Não conte para ela isso que eu lhe falei!

No mundo em que vivemos existem bem poucas pessoas que nunca disseram ou dizem algo negativo sobre os outros. Conheço pouquíssimas pessoas que não fazem fofoca e admiro-as por causa disso. Uma delas me confidenciou que, se num dado momento, ela não tem nada de bom para dizer a respeito da outra pessoa, então ela se esforçará para não emitir nenhuma palavra; nenhum juízo de valor. Outra pessoa me afirmou que sempre tenta descobrir na irmã ou no irmão algum detalhe que lhe possa lembrar a pessoa de Jesus Cristo. Uma terceira pessoa tentou falar algo negativo sobre alguém e aí ela mesma quebrou sua linha de pensamento dizendo: Não! Isso que eu iria dizer não seria construtivo!

Paulo ouviu dizer que na Comunidade de Corinto havia discórdias. Ele chamou as pessoas que se desentendiam para um diálogo e, junto, escreveu uma carta deixando explícito que ficara sabendo daqueles desentendimentos através da família de Cloé (Pois, meus irmãos, algumas pessoas da família de Cloé me contaram que há brigas entre vocês. (1 Coríntios 1.11)). Com certeza esta família não fez fofoca para Paulo, mas só o informou do acontecido com o objetivo de que o problema fosse solucionado.

O apóstolo também escreveu uma carta muito intensa onde citou Himeneu, Alexandre e Fileto (Entre elas estão Himeneu e Alexandre, que eu já entreguei a Satanás para que aprendessem a não blasfemar mais (1 Timóteo 1.20)). (As coisas que os falsos mestres ensinam se espalham como a gangrena. Dois desses mestres são Himeneu e Fileto (2 Timóteo 2.17)). Ora, estes homens estavam destruindo a Igreja com suas conversas dúbias, daí que Paulo usou o referencial da verdade para colocar tudo em pratos limpos.  

Paulo também pediu que Timóteo tivesse cuidado com Fígelo, Hermógenes e Demas (Você já sabe que todos os irmãos da província da Ásia, inclusive Fígelo e Hermógenes, me abandonaram (2 Timóteo 1.15)). (Pois Demas se apaixonou por este mundo, me abandonou e foi para a cidade de Tessalônica (2 Timóteo 4.10)). Notem que Paulo abdica de ter estes homens perto de si, pessoas que já tinham andado nos caminhos cristãos, mas que, no momento, estavam “largando a mão do arado e olhando para trás”. Isso não era fofoca. Era uma chamada para as pessoas cristãs que estavam unidas no combate ao mal dentro da sua Comunidade Cristã.


Para terminar, conta-se que um pastor possuía um caderno preto. Toda vez que uma pessoa o procurava para contar fofocas, ele pegava o referido caderno nas mãos e ouvia a mesma. Terminadas a história, ele dizia que iria anotar todas aquelas informações no referido caderno e que, depois, pediria que a pessoa assinasse o escrito. Uma vez assinado o referido documento, ele o levaria para a pessoa que tinha sido a razão daquela conversa. Sabe-se que tal pastor nunca conseguiu escrever uma página sequer no tal caderno.  Reflitamos sobre isso!

13.5.14

GRATIDÃO

Olá! Faz algum tempo, recebi um presente. Curioso, desembrulhei-o e vi que o seu conteúdo era Graça Preciosa. Por que aquilo? – pensei! Pois refleti sobre o assunto e percebi que Deus, sempre simpático, me alcançava o privilégio de viver a vida, mesmo em meio às decepções; aos objetivos não alcançados; ao sofrimento e a toda dor que, porventura, viesse me visitar.
                                                                                                            Andei e continuo andando por aí. Na brincadeira, ouço da boca de muitas pessoas que elas são ricas de preocupações, de dívidas, de problemas, de trabalho e até da falta do mesmo. Nosso bate-papo se aprofunda e elas deixam transparecer que não são portadoras de muitas posses.

É interessante! O povo afirma que não é infeliz a pessoa sem bens. Ora, a felicidade nos visita quando deixamos de nos concentrar nas pessoas milionárias. Ela se torna real na nossa vida quando nos concentramos naquelas e naqueles que mal e mal tem o que comer. Coisa boa poder libertar-se do “mais, mais, mais”; desse jeito de pensar que sempre gera convulsões sociais, desastres ecológicos, crueldades em massa e desperdícios mil.

Ao nos criar, Deus não pensou que algumas “cédulas verdes” trariam brilho aos nossos olhos. Para Ele esse tal brilho seria verdade a partir da percepção de um mundo marcado por riachos, poços, lagos, montanhas, mangues, trigo, cevada, videiras, figueiras, romãzeiras, oliveiras, mel, pão, casas, gado, ovelhas, prata, ouro. Que bela riqueza esta que se dá longe do luxo e da avareza que só se pautam na acumulação.

Quem lê o capítulo 8 de Deuteronômio, percebe que a escravidão e o deserto são assuntos passados para o povo de Israel. Agora as mulheres e os homens israelitas só têm um objetivo em mente: caminhar para a terra prometida. Antes de morrer, Moisés adverte o povo de Deus para que preste atenção naquilo que verdadeiramente importa. O problema é que este assunto foi ficando velho e os tempos difíceis vividos no deserto foram sendo esquecidos.

Quando nos esquecemos do presente de Deus, começamos a nos lembrar diuturnamente do nosso trabalho duro; a nos desentender sobre a renda familiar com nossas esposas e nossos maridos; a olhar por cima dos muros para ver como há vizinhos que se dão bem e então sentir inveja. Se nos avaliarmos, perceberemos que estamos vivendo na Terra Prometida como se vivêssemos cotidianamente em qualquer lugar do planeta.

Fazer o quê? Mudarmos o jeito de encarar a vida sendo pessoas gratas. Gratos pelo que somos e por tudo o que ainda desfrutaremos se não estivermos com os nossos pensamentos plantados noutro lugar. A dificuldade de agradecer se origina na não percepção da preciosidade da vida; da concentração no presente que Deus continua dando (pão, casa, esposa, esposo, empregados...); da não visualização do Doador de toda a riqueza. Aqui, preciso citar o texto de Deuteronômio 8.11: “Nunca esqueçam o SENHOR, nosso Deus, e tenham o cuidado de obedecer aos Seus mandamentos e às Suas leis, que hoje eu estou dando a vocês.”

Aha! Quem se submete às “Regras do Jogo”, expressa gratidão a Deus. Já quem só vê a si como o senhor da situação nunca agradecerá; nunca se submeterá a Deus. É essa a sua lei; o seu deus. Quer dizer, o “não agradecimento” é um ato de sobrevivência extremamente perigoso.

Creiam! A “gratidão” nos faz pessoas "ricas". Podemos dizer "é lindo e suficiente" em vez de "quero mais, mais, mais!" Nada de brigar com o mundo injusto que insiste nessa segunda opção? Libertemo-nos da inveja, da satisfação venenosa que se acumula em nós. Agradeçamos a Deus pelas nossas forças, mesmo mergulhados na fraqueza. Perdoemo-nos. Não nos sintamos menores se carecermos da força dos outros. Que Deus nos dê da Sua alegria. Que Ele expulse de nós toda a inveja. Que Ele nos faça perceber a benção que derrama sobre nossas irmãs e nossos irmãos em suas casas. Que Ele queime o musgo mesquinho que se forma sobre as nossas cabeças. Que Ele acabe com a disputa anti-cristã que faz ninho nos nossos ombros. Que Ele renove os cômodos do nosso coração. Que Ele permita que nos alimentemos; que ouçamos e que sempre renovemos nosso coração na Sua Palavra. Que possamos perceber o Seu amor como o maior; o mais bonito e o mais nobre de todos os tesouros! Amém!


25.4.14

PAZ - COMO VIVÊ-LA? (João 20.19-23)

Oi Pessoal! Amanhã, domingo Quasidomogeniti, eu vou refletir com nossa Comunidade Luterana um tanto alicerçado no texto abaixo. Compartilho-o com vocês. Abraços! 

Os discípulos de Jesus tinham vivido dias bem melhores. Agora, depois da crucificação do seu mestre, eles estavam se escondendo com medo dos judeus, apesar de também serem judeus. Estavam se camuflando de cristãos no meio da escuridão, tal como soldados se camuflam para não serem tão percebidos nos campos de batalha. Agindo assim, davam mostras que não tinham coragem de dar testemunho na rua, nas calçadas.

Que coisa! Aqueles discípulos, até então íntimos de Jesus, agiam como as pessoas que se enclausuram por causa do medo da reação negativa que as outras pessoas podem explicitar se eles se colocarem; se eles disserem a que vieram. Simplesmente não viam saída para o seu problema. Tudo parecia escuro. Agora teriam que viver a sua fé a portas fechadas. Ai que desespero.

Espera aí! O cristianismo não é uma proposta para ser vivida atrás de portas fechadas. O cristianismo não uma idéia de Deus para ser vivida com timidez. O cristianismo não uma filosofia onde se segura dinheiro e onde se poupa para poder usufruí-lo depois de amanhã. Se a necessidade cristã é para agora, se viva o agora. Deus promoverá o amanhã. A Páscoa nos traz a chave que abre a porta da vivência na claridade da liberdade que, diante de nós, desnuda a esperança. Os discípulos aprendem isso passo a passo.

O primeiro passo é o Ressuscitado quem dá. Jesus quebra a fechadura do esconderijo onde eles se camuflam. Ele adentra no meio do círculo fechado e tímido e diz, em alto e bom som, Paz! Nada de guerra! Sejam solidários entre as pessoas! A glória é toda de Deus!...     

O segundo passo quem dá são os discípulos. Eles identificam Jesus com o Ressurreto porque suas feridas ainda não cicatrizaram. Eles percebem que o sofrimento ainda se mostra evidente e isso lhes evidencia que a Páscoa não é apenas um sonho. Essa visão lhes deixa claro que o sofrimento opressivo está com seus dias contados.

O terceiro passo é oportunizado pelo Espírito da Liberdade que promove a paz no ambiente onde Jesus e os Seus se encontram. Não há a mínima necessidade de sentir medo das ações que acontecem do lado de fora do aposento.

A Comunidade vive a verdade da nova vida quando ela pratica o gesto da paz que o Jesus explicitou. O momento não tem nada a ver com relações estreitas. Pelo contrário. Temos que chamar o pecado pelo nome e isso até o momento em que o Espírito da Liberdade também tome conta da situação no contexto em que vivemos.

Oração: Senhor Deus! Agradecemos-te pela paz que tu compartilhaste conosco a partir de Jesus Cristo. Alinha os nossos passos em direção à Tua paz e isso, a partir da força do teu Espírito Santo. Amém!   


21.4.14

Luciano do Valle - Pensamentos sobre a Solidão e o Abandono!

O narrador esportivo Luciano do Valle faleceu um pouco antes da Páscoa. Cresci ouvindo-o narrar partidas de futebol, sempre movido pela emoção. Entristeci-me com sua morte. Ontem à noite ouvi o testemunho emocionado de muitos jornalistas que trabalharam junto com ele. Neto, Raul Quadros e Renata Fan explicitaram no ar o seu luto de uma forma muito comovente. Foi pensando nessas pessoas que escrevi, alicerçado no Salmo 25.16 (Volta-te para mim e tem compaixão, porque estou sozinho e aflito.), a reflexão abaixo:

Vocês certamente também já fizeram esta experiência? Lá de vez em quando eu experimento uma grande sensação de solidão e abandono. Nestas horas não há ninguém que me conforte. A solidão, esse sentimento que se experimenta mesmo quando a esposa ou o esposo; quando as filhas ou os filhos; quando as irmãs ou os irmãos da Comunidade estão próximos, é muito cruel.

Sim, sempre há aqueles momentos em que a gente preferiria ficar só; não contar com a ajuda de ninguém e, de preferência, não receber ajuda de quem quer que seja. Recentemente eu vivi um momento assim quando havia muitas “nuvens escuras” sobre a minha cabeça: Pensamentos oriundos da solidão; do abandono; da reflexão sobre um futuro que se mostra incerto. 

De repente eu tive a sensação de que ficaria só e de que não poderia mais trocar experiências com ninguém. Confesso que me senti muito infeliz, tal como os jornalistas que citei acima. O que eu fiz? Saí a caminhar sem objetivo pelo nosso bairro da Itoupava Central - Blumenau. Enquanto eu caminhava fui pego pela chuva repentina e me abriguei numa destas paradas de ônibus cobertas que existe a beira da estrada. Agora, ali, naquele lugar, eu tinha tempo para refletir sobre mim e o meu humor, enquanto a chuva caia.

Davi estava fugindo de alguns inimigos e escondeu-se deles. Ali, no seu esconderijo, ele teve tempo para pensar sobre a sua vida. Àquela reflexão ajudou-o a voltar-se para Deus; a dar-se conta que precisava pedir ajuda a Ele (A Ti, Senhor, elevo a minha alma. Deus meu, em Ti confio! (Salmo 25.1-2a)). Notem que Davi não ficou sentado, passivo, mergulhado nos seus pensamentos sombrios. Nada disso! Davi se mostrou ativo, enquanto buscou contato com Deus através da oração. Ele se mostrou confiante em Deus quando expôs os seus sofrimentos e os seus medos diante Dele. Davi procurou a ajuda de Deus para poder livrar-se da perseguição que experimentava; para fugir da solidão e da "miséria" que o assolavam.

O mesmo aconteceu comigo, lá debaixo do telhado daquela parada de ônibus. Eu tive tempo para ter contato com meu irmão Jesus. Quanto mais tempo eu ficava ali, tanto mais eu ficava surpreso comigo mesmo. A minha vida nem era tão ruim como eu imaginava. Sempre existe Alguém bem especial que se coloca ao meu lado. E esse Alguém é Jesus que me escuta; que me entende; que me leva a sério; que não me ridiculariza; que não desmerece meus pensamentos com palavras do tipo: - Mas isso nem é tão grave assim!

Essa pessoa é Jesus que acolhe as minhas preocupações com seriedade; que sempre se dispõe a estar do meu lado quando eu preciso. Coisa boa! Eu posso contar-Lhe tudo o que acontece comigo. Impressionante! Se eu não quiser contar-Lhe, não preciso fazê-lo, uma vez que Ele já sabe de tudo. Mesmo assim me fez bem dialogar com Ele. Ele tinha tempo para me dar; para me ouvir.

A chuva não parou de cair, mas os meus pensamentos estavam mais claros e alegres. Daí então eu tomei a decisão de voltar para casa caminhando na chuva mesmo. Incrível aquele sentimento de liberdade que eu experimentei. O salmista escreveu: “Os meus olhos se elevam continuamente ao Senhor, pois Ele me tirará os pés do laço.” (Salmo 25.15). E assim foi. O Senhor me libertou daquela rede de pensamentos sombrios.

O evangelista Mateus nos fortalece neste intento de chegarmos mais perto de Deus quando reescreve o Seu recado: “Vinde a mim, todos os que estais cansados ​​e sobrecarregados, Eu vos aliviarei.” (Mateus 11.28) Volte-se para Jesus Cristo. Dê do seu tempo a Ele. Ele quer nos libertar dos nossos pensamentos de solidão. Eu experimentei alívio, enquanto esperei a chuva passar naquela parada de ônibus da Rua Dr. Pedro Zimmermann. Abraços!




18.4.14

JESUS - A CRUCIFICAÇÃO!


Lucas 23.37-38

Jesus foi preso no Jardim do Getsêmani e, depois, levado até Pilatos. Fazia pouco tempo que Ele tinha sido aclamado como Rei pelo povo quando entrou na cidade de Jerusalém. Agora não queriam mais nada com Ele. Até os discípulos saíram do Seu lado com medo de serem considerados da “turma”; da Comunidade.

Eles tinham testemunhado tantos milagres; eles sabiam que Jesus era inocente; que Jesus era o Messias, o Filho de Deus, mas mesmo assim não tiveram "peito" para se colocar ao Seu lado. Pedro também deixou Jesus na mão quando negou conhecê-Lo ainda nas primeiras horas da madrugada.

Jesus foi condenado à morte, sofreu gozações, apanhou; foi pregado vivo à cruz e, no final das contas, para rebaixá-lo ainda mais, escreveram e pregaram uma tabuleta com os dizeres “Jesus Nazareno o Rei dos Judeus” sobre a Sua cabeça na cruz (João 19.19-20). Quer dizer, Jesus sofreu todo este menosprezo até o último suspiro, para levar a cabo a missão que Seu Pai Lhe tinha confiado. Num dado momento alguém O desafiou a se ajudar a sair daquele estado de sofrimento (Lucas 23.37).

É óbvio que Jesus poderia ter abdicado da proposta de morrer na cruz por nós, mas Ele não fez isso. Ficou ali, fiel a Deus e ao Seu amor a mim e a ti. Quer dizer, Ele levou Seu Projeto até o fim. Foi pregado à cruz e ficou só. Os discípulos e o mundo, todos o deixaram na mão; todas as pessoas pareciam desconhecê-Lo. E o pior de tudo. Parecia até que Seu próprio Pai o tinha abandonado.

O fato é que o Rei Jesus Cristo morreu como um indigente, como uma pessoa solitária. Depois de morto, algumas pessoas chegaram à conclusão que Ele tinha de fato sido um rei. Outras pessoas reconheceram esta verdade bem mais tarde. O incrível é que, ainda hoje, muitas pessoas não reconhecem este fato. Em qual destes grupos tu te enquadras? Chega mais perto de Deus. Aproxima-te do Filho de Deus que morreu na cruz também por ti.

Detalhe: Ele não ficou retido na morte dentro do túmulo. Mas isso já é assunto para o Domingo de Páscoa!
                                                                                



16.4.14

Amar é rebaixar-se?

Amanhã, Quinta-feira Santa, dia 17 de abril de 2014, 19h, eu trabalharei esta Palavra com quem vier ao nosso Culto do Tríduo Pascal na Igreja do Salvador. Boa Leitura!

Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes! (João 13.7)

Não é fácil educar uma criança. Quem tem crianças pequenas em casa ou trabalha como professora haverá de concordar comigo. Educadoras e educadores que estão iniciando na profissão logo vão se dar conta que não basta gostar do que se faz. Também há os momentos onde se devem colocar limites. Claro que isso não é muito agradável de ser feito.

A cena na qual Jesus é inusitada. Jesus lava os pés dos Seus discípulos. Mas o que é isso? É o que o texto lido testemunha. Jesus se ajoelha e faz o serviço que, numa casa judia, era o serviço de um escravo. Pois é isso que Jesus se transforma: um escravo.

Suas amigas, seus amigos e seus discípulos não compreendem aquela atitude de gente pequena na escala de valores. Pedro toma a Palavra e tenta colocar ordem naquela história. O que está em cima precisa ficar em cima e quem está em baixo que fique embaixo – pensa ele.

Demorou certo tempo para que as pessoas que estavam na volta compreendessem a mensagem que Jesus quis dar com a lavação dos pés dos seus discípulos. Jesus continuaria se rebaixando até a morte e até o interior do túmulo. Só então aquelas pessoas entenderiam que ao lado de Deus não existe hierarquia, mas só o amor que se inclina para servir sem ver nisso nenhum motivo de vergonha.

Hoje, nesta quinta-feira Santa, nós somos convidadas e convidados a assumir esse ato de Jesus na nossa vida; a aceitarmos Sua Palavra que diz: Aquilo que vocês fazem a um destas pequeninas irmãs, a um destes pequeninos irmãos, é a Mim que vocês fazem (Mateus 25.40). Que o Senhor permita que tu e eu possamos ensaiar nas outras pessoas aquilo que Ele já fez para nós. Amém!





13.4.14

A Festa e o Tempo!


A festa foi transcorrendo,

E te percebi preocupada.

Há algo que não entendo,

Lá, bem no fim desta estrada.

O tempo nunca me espera

E sempre me faz trapaça.

Parece que nada prospera 

Em mim, sob esta couraça. 

DOMINGO DE RAMOS


Quem é a mulher? Quem é o homem? Há quem responda estas perguntas afirmando que a pessoa é gerada e alimentada pela sua querida mãe; que ela vê, ouve, sente paixão e tem desejos; que numa hora ela é adorada e noutra desprezada; que aqui e ali ela experimenta alegria, já lá e acolá, perigos; que num momento ela crê, mas dali a pouco já experimenta dúvidas; que numa hora ela pode captar as mensagens sem aprendê-las; que, noutra, ela aprende tudo; que, de repente ela edifica, mas daí destrói; que ela se atormenta por causa disso; que ela dorme, acorda, vigia, cresce e, mais tarde, definha; que tudo isso pode ser verdade num período de 80, 90 anos e que, daí então, ela se deita com seus pais e não acorda nunca mais. 

Será que a nossa vida pode ser definida assim, de forma tão simples? O apóstolo Paulo parece não concordar com isso. Para ele a Comunidade Cristã tem outra perspectiva da vida. Em Filpenses 2.5-11, num hino antigo cantado na Comunidade Primitiva se reflete o caminho percorrido por Jesus Cristo. Ele não ficou no “bem bom” ao lado de Seu Pai, mas veio até o chão onde tu e eu nos encontramos. Chão cheio de defeitos, de fraquezas e de dificuldades.

Porque Jesus fez esse caminho para baixo? Ora, para estar conosco; para nos animar. Às vezes me paro a pensar: Se fossemos nos concentrar nos nossos sofrimentos; nas nossas lutas; na nossa caminhada no meio deste mundo tão duro, por causa dos muitos conflitos experimentados – teríamos que chorar. Que coisa! Há uma força que nos ajudou a chegar onde chegamos... E esta força não pode ser chamada de morte; de demônio e nem tampouco de melancolia.

É a Comunidade Cristã que nos proporciona o privilégio de conhecermos a pessoa de Jesus Cristo e isso, através do Batismo, da Palavra de Deus pregada; da Confirmação de Fé; da Ceia do Senhor; da comunhão. É Ele quem nos fortalece para passarmos pela história e, ao cabo dela, experimentarmos a graça de vivermos Momento Novo ao lado de Deus.


Se Jesus Cristo já derrubou todas as muralhas que nos separavam do nosso Pai do Céu, caminhemos em direção ao mesmo. A Comunidade Cristã nos ajuda. Vem! Pega na sua mão... Abana os teus ramos!

12.4.14

PÁSCOA - RESSUREEIÇÃO - MORTE e VIDA

Vem aí a Páscoa. Dietrich Bonhoeffer disse que "Quem sabe o que é Páscoa nunca se desesperará!" Foi refletindo sobre esta palavra do nosso mártir luterano que ousei escrever umas linhas a respeito. Boa leitura! Bom Proveito!

O que é que Páscoa te lembra? Procurar ovinhos no pátio; comida boa; feriadão? Ah! Sim, tem algo a ver com Jesus.

Isso mesmo! No Natal nós festejamos o nascimento de Jesus. Mas o que festejamos por ocasião da Páscoa? A crucificação? A ressurreição? Sabemos o que estas duas palavras expressam? Uma grande teóloga chamada Dorothea Sölle disse certa vez: “Dizer que Jesus ressuscitou só tem sentido se tivermos clareza que também ressuscitaremos depois da morte. A ressurreição é um fato e falar dela sem a perspectiva de experimentá-la é algo completamente sem sentido.”
  
Se tu não tens nada a ver com a Páscoa, ou melhor, se, para ti, a Páscoa é somente um feriado, então tens um grande problema para resolver. Na Páscoa a morte e a vida; o sepultamento e a ressurreição estão muito próximos. Essa verdade vale para os dias de hoje e cada pessoa pode experimentá-la. Ou seja, a Páscoa pode ser um novo começo. Saia desse estado de desesperança; de culpa e te abre para uma nova vida.

O teólogo Eberhard Jüngel escreveu algo sobre a Páscoa: “A diferença entre a Páscoa e um passeio é que o passeio não muda a nossa vida. Os passeios acabam exatamente ali onde começam. A Páscoa, entretanto é uma viagem sem fim.

Esse teólogo quis sugerir que terminássemos com o nosso passeio e começássemos algo novo; que nos deixássemos inspirar pela Páscoa; que não nos deixássemos envolver pelos festejos da Páscoa de dois mil anos atrás, mas sim por uma ressurreição aqui e agora. Trata-se da tomada de uma decisão bem pessoal.

Vamos lá! Sepulta tua inveja, tua raiva, tuas desavenças com pessoas e pendura tua culpa na Cruz. Aliás, foi para isto que Jesus morreu nela. Deixa que Ele te perdoe e começa a viver uma nova vida. Experimenta isso! Depois, procura alguém que possa te auxiliar nesta caminhada.

Eu ainda quero repartir mais dois versos bíblicos contigo: Em João 14.6 se lê que “Jesus é o caminho, a verdade e a vida.” Em João 3.7 se lê que “Precisamos nascer de novo.” Ora, estas duas pequenas frases bíblicas têm muito a ver com a Páscoa. Sim, a Páscoa é uma chave que abre o nosso entendimento para a compreensão destas duas palavras. Você as entendeu? 

18.1.14

ALEGRIA E MAGIA

Foi um belo momento,
Mesmo assim dele abdiquei,
Saí dali - passo lento
Para onde nem mesmo eu sei.
Agarra-se em mim o instante
Nas horas vadias do dia.
Dói tê-lo feito obstante,
Represa d’alegria e magia. 

13.1.14

SUICÍDIO II

As razões para o suicídio não são suficientemente exploradas até o momento. Uma coisa é certa. O suicídio é, muitas vezes, o resultado de uma crise psicológica. Para tal contribuem as crises traumáticas que são acionadas por experiências dolorosas, como a perda de uma pessoa querida e ou infortúnios que, de repente, acontecem. Lesões físicas e psicológicas graves causam traumas que, muitas vezes, podem levar ao suicídio. Além disso, as mudanças de vida podem causar enormes crises que também desembocam no desejo de suicídio. Aqui pode se pensar na perda que acontece quando os filhos saem de casa; quando a mudança para uma casa de repouso se faz necessário; quando acontece a separação da esposa e ou do esposo e também quando há problemas financeiros.  Nestes casos as vítimas estão se afogando nestas dificuldades. Hoje as causas mais comuns de suicídios são os diagnósticos de transtornos mentais. Cerca de 90% dos suicídios na sociedade ocidental são atribuídas a ele.

Medo

A palavra “medo” vem do verbo grego “agchain” e deriva do verbo latino “angere”. As duas palavras apontam para a ideia de “choque” ou “amarrar o pescoço” Na verdade, quase todas as pessoas têm em suas vidas pensamentos suicidas, mas isso ainda não é um sinal de doença mental. As pessoas que já sofrem de uma doença mental como depressão, são mais propensas a experimentação de uma crise. Para estas pessoas também aumenta o risco de suicídio.

A taxa de suicídio é altamente dependente da idade e do sexo. As pessoas mais idosas são, em média, mais suscetíveis ao risco de suicídio. Em média, os homens também são mais propensos ao suicídio do que as mulheres. Isso se explica, entre outras coisas, pelo fato que os homens, muitas vezes, usam de métodos brutais - como enforcar-se, por exemplo. Nesses casos, na maioria das vezes, a ajuda chega tarde. As mulheres quase sempre tentam se envenenar o que, muitas vezes, ainda possibilita ajuda que lhes permite a salvação.

O desejo de suicídio é, muitas vezes, a expressão de uma posição mental instável que não passa nenhuma réstia de esperança para que a pessoa adoentada seja liberta do seu mal. Aqui a morte parece ser a libertação; o fim para a crise psicológica; o momento do término do fardo que se carrega; que se suporta. Nestes casos a morte é considerada como um alívio. Se uma pessoa está presa nesta espiral de pensamentos, os pensamentos de suicídio podem ir sendo gradualmente concretizados a partir de um planejamento cuidadoso. Nesse momento ainda só ajuda uma “boa ajuda”; um bom apoio psicológico. Às vezes medicamentos de emergência podem ser usados nestes casos.

O que se pode fazer?

Na Alemanha existe a ARCHE que oferece prevenção ambulatorial às pessoas que pensam em suicídio e também intervenção em crise. Essa Instituição também auxilia parentes de pessoas que já se suicidaram a encontrar um novo norte. As pessoas que sofrem têm a chance de compartilhar sua crise em uma entrevista psicológica. O apoio emocional imediato pode, muitas vezes, evitar o ato do suicídio. Com a educação e conversas abertas sobre este assunto também se combate os tabus que cercam este tema.
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Suicídios impulsivos podem ser prevenidos se as vítimas recebem apoio de fora. Além disso, às vezes, é útil dialogar-se com a pessoa que vive uma crise psicológica ou tem pensamentos suicidas. Claro que sempre é preciso tato. Muitos evitam isso, mas pode ser uma grande ajuda para a pessoa que pensa em se suicidar se alguém se coloca ao seu lado e faz ela ver o peso que sua atitude pode trazer para as pessoas que ficam depois que ela se for.  


Que tal se nós organizássemos um grupo nestes moldes nos círculos onde Deus nos colocou para vivermos a Bela Vida? A propósito: Quem tiver tempo, assista ao Filme “Escafandro e Borboleta”. Às vezes não nos damos conta dos presentes que Deus nos alcança... Abraços!

10.1.14

SUICÍDIO

Quando uma pessoa próxima de nós falece de forma inesperada, ela sempre deixa um vazio na família; na roda de amigos. Essa realidade mexe conosco por causa da solidão que se experimenta e é claro: o medo vem a tiracolo. A verdade é que ninguém nunca está preparado para o enfrentamento de um momento destes.

No entanto, o enfrentamento da morte fica bem mais difícil quando a pessoa que está próxima de nós decide acabar com sua vida. Nestas horas nos perguntamos pelo “por que” dessa atitude. Neste instante a raiva também se instala em nós pelo fato de não entendermos este ato de nos deixar a sós.

O psicólogo Dr. Elmar Basse (Hamburgo - Alemanha) explica porque muitas pessoas optam por cometer suicídio; como podemos reconhecer os gritos silenciosos que estas pessoas dão e, depois, ajudá-las.

O que leva algumas pessoas a cometerem suicídio? O estresse duradouro e problemas como sentimentos de culpa; falta de dinheiro; pressão social; derrotas e amor não correspondido podem fazer com que uma pessoa enfraqueça muito o seu corpo físico e a sua psique. Uma vez que este sentimento de dor é constante, a pessoa começa a ficar esgotada. As pessoas que experimentam um vazio em sua vida mostram-se muito instáveis e isso quer dizer que estão gravemente doentes. Nestas horas importa muito o jeito de se lidar; cuidar delas. Isso é assim porque não existe receita pronta de como fazê-lo.

Como reconhecer pessoas potencialmente suicidas? Um sinal muito claro é quando a pessoa que quer suicidar-se muda seu comportamento emocional; muda o seu jeito de pensar e de relacionar-se. Ela sinaliza desejos de morte quando articula fantasias da não vida com representações bem plásticas. Além disso, os avisos que estas pessoas emitem também se mostram nos planos concretos que articulam de forma muito clara. Em muitos casos estes sinais externos não podem ser reconhecidos, porque a pessoa que os articula se fecha em si mesma. Cuidado, quando, de repente, a pessoa com tendência suicida começa a pensar positivamente. Este comportamento pode ser fruto do fato de que ela já tomou sua decisão de suicídio e não se encontra mais sob pressão de levá-lo a cabo.

Ao percebermos estes sinais frequentes, como devemos nos comportar? O primeiro passo é abordar a pessoa com carinho e compartilhar com ela que percebemos algumas mudanças no seu caráter. Nesta hora é bom perguntarmos pelo por que daquela mudança de espírito. Ou seja, devemos tentar construir uma ponte de contato com esta pessoa e, em seguida, trabalhar em conjunto para encontrar as devidas soluções. Se esta pessoa tem abertura com algum parceiro; amigo; parente; conselheiro ou psicólogo, este poderia perguntar-lhe sobre seu estado de espírito. Uma pessoa que sofre deste mal não pode ser colocada diante da parede. É preciso muita calma para dialogar-se com ela nesta situação. Há casos em que se deveria até chamar amigos ou parentes para ajudar. Se necessário, até uma ambulância.

Nestes casos vale a pena um tratamento psicológico? Sempre depende de como o paciente aceita um tratamento psicológico; se ele permite que alguém se aproxime dele. Esta realidade se assemelha com uma visita ao médico por causa de dor no braço – por exemplo. O fato de irmos até ele precisa somar-se com a atitude de que voltemos novamente para dentro do contexto onde vivemos com a esperança de que aquela dor vá melhorar.

As pessoas suicidas são mesmo mestres em esconder seus sentimentos? A maior parte dos homens tem uma postura mais defensiva; tem mais dificuldade de falar das suas dores e dos seus problemas. As pessoas do sexo masculino temem ser entendidas como pessoas fracas. No mundo masculino, muitas vezes, a auto - estima é definida pelo desempenho que se tem. Daí que, no ambiente profissional, os homens não têm muitos contatos aos quais poderiam recorrer. É em vista disso que eles preferem dissimular e ocultar seus problemas.

Por que muitos suicídios acontecem tempos depois da crise ocorrida? Em muitos casos o tempo realmente difícil só começa após a crise. O motivo desse comportamento? Ora, é que durante a crise o organismo da pessoa está ocupado com uma variedade de detalhes que estão intimamente ligados à luta contra os problemas experimentados; com a busca de possíveis soluções. Então, quando este indivíduo encontra a saída de todo este mal, o seu organismo ainda está preparado para a ação, mas agora os desafios sumiram. Aqui surge o perigo dele cair num buraco emocional.


O que o ato do suicídio diz a respeito da natureza de um homem? Os homens tendem a tirar sua vida com métodos mais agressivos do que as mulheres. Jogar-se na frente do trem, por exemplo, é um ato particularmente cruel. A vontade de viver construída dentro do seu organismo deve ter sido muito atordoada, pelo menos no referido momento. Quem vai suicidar-se não reflete racionalmente sobre o método pelo qual se suicidará. Trata-se muito mais de uma ação de emergência na percepção de desespero absoluto.

29.12.13

Esquecer o entardecer!

Sim, brinquei com os meninos,
Mas nunca suas fraldas troquei.
Até penso que não me inspirei
Naqueles dias meio inquilinos, 
Que alargaram minha história,
Marcada por sensibilidades,
Árvores frutificando saudades,
Raízes alimentando memórias!

Com o Natal veio companhia,
Diálogos, muita conversação.
Foi enorme a minha emoção!
Seria aquila uma nova via?

O Filho de Deus veio aqui
E misturou-se com a gente.
Ele quis ser nosso parente
Contextualizando-se guri!
Se era divina Sua natureza,
Abdicou desse bom legado 
E, chamando-nos pro lado, 
Doou-nos da Sua grandeza! 

Que vontade de agradecer;
Perdoar o gesto ausente;
Viver bem mais contente
E esquecer o entardecer!

Ano Novo de 2014 - Oração!


23.12.13

Jesus encheu Suas Fraldas!

Lembro dos meus dois meninos ainda crianças. Eu fazia gato e sapato com eles. Jogava bola, brincava na areia, levava eles para comer sorvete e também aos Cultos que eu celebrava. Uma coisa eu quase nunca fiz: trocar suas fraldas. Alguns de vocês se lembram. Elas eram de pano. Tinha que fazer um monte de dobras . Hoje tudo parece ser mais fácil com o advento das descartáveis.

Quando a Maria trouxe Jesus ao mundo ela o enrolou em fraldas – assim diz o evangelista Lucas. Tudo normal, mas notem que esta ação tem um grande simbolismo. 

O fato de que Jesus usou fraldas mostra que ele foi gente como a gente é e “funcionava” como as crianças recém-nascidas dos nossos dias funcionam. Ele também “molhava”, “enchia” suas fraldas diariamente. Ele era gente como nós, Emanuel - Deus conosco, conforme Mateus 1.23.

Não só isso. O fato de Jesus usar fraldas também mostra que Ele se rebaixou demais para estar conosco. O apóstolo Paulo chega a escrever que Jesus tinha a natureza de Deus, mas que Ele não tentou ficar igual a Deus no nosso meio (Filipenses 2.6); que Ele veio e tocou a Sua vida junto a nós na forma de natureza pecaminosa (Romanos 8.3). O evangelista João escreve que Ele abdicou da glória celeste para estar do nosso lado (João 17.5). Gente querida! Jesus veio do trono de Deus vestir fraldas aqui no chão onde tu e eu pisamos.  

Por outro lado esta atitude também mostra que o Filho de Deus se contextualizou por completo com o nosso jeito de viver. Ele experimentou tudo o que nós experimentamos. Problemas, tentações, tristezas e, por último até as nossas culpas e pecados.  Vamos e convenhamos! Isso é muito pior que fraldas cheias.

O que sempre de novo me impressiona é que com isso Ele nos libertou; limpou-nos de todos os nossos pecados. Por causa deste feito, nós podemos novamente usar fraldas limpinhas. Coisa boa deve ser uma fralda limpinha! A gente vê isso no rosto das criancinhas que fazem esta experiência.

Coisa boa poder experimentar o perdão completo onde nada fica retido (1 João 1.9). Coisa boa poder viver essa nova vida e não precisar mais de nenhuma limpeza por causa de pecados; de desvios.  

Reflitamos sobre esta questão. Agradeçamos a Jesus Cristo não só neste Culto de Natal, mas todos os domingos. De acordo com a Bíblia o domingo é um dia para louvarmos a Deus pelo perdão que Ele nos alcançou com sua morte na cruz; para festejarmos a Sua ressurreição e, por tabela, a nossa também. Que Deus nos abençoe! Amém!

Oração: Jesus Cristo, Senhor e Deus! Nós estamos aqui e jubilamos com os anjos e, tal como os pastores, também nos encontramos estupefatos. Da mesma forma que os reis magos, nós também não conseguimos tirar nosso olhar da Tua luz. Querido irmão Jesus Cristo! Nós nos alegramos de coração com o Teu nascimento. Amém!  

18.12.13

BOM NATAL E BOM 2014!


Oi Pessoal! Obrigado por estarem comigo neste espaço de compartilhamento. Carrego vocês no coração. Abraços!

17.12.13

Alegria – Jesus já vem!

Ó vinde, ó vinde Emmanuel! Alegrem-se todas e todos vocês. Deus nos presenteia com Sua alegria. O mundo sempre esteve dependente da Filosofia Grega que, de certa forma, desencaminha a alegria. É por causa disso que a imagem de Deus, a Bíblia e a fé nos são apresentadas sérias e pesadas; são-nos relacionadas com Mandamentos e Proibições; tiram-nos as possibilidades de alegria.  

A Bíblia nos apresenta Deus como a Fonte da Alegria. Deus nos criou para sermos abundantemente alegres no Seu Paraíso. Parece mentira, mas abdicamos deste presente e optamos por uma vivência mais sisuda. Ora, Deus é a Fonte da Vida e isso já é um sinal de que Ele nos sonha alegres. Deus sempre mostra alegria santa e pura ao nosso lado. Perceberam? A verdadeira alegria vem de Deus e, por isso, não pode comungar com o que é pecaminoso prazer.   

Isso mesmo! A alegria de Deus é integral, sem mistura, e sempre nos faz alegres  a partir do que é bom. Todas as pessoas procuram substitutivos para a alegria perdida em pseudo-alegrias que se alicerçam sobre alguma dor. Dá para se dizer que a alegria de um sempre custa alguma coisa para o outro. A verdadeira alegria não se baseia na fraqueza da humanidade, mas do amor que Deus doou às pessoas.  

A gratidão e a alegria andam de mãos dadas. As pessoas que aprendem a agradecer percebem as situações vividas sob a ótica de Deus. Daí então elas são preenchidas da verdadeira alegria que só Deus promove. Em rodas de piadas sempre parece haver grande alegria, mas esta ainda não é a verdadeira alegria. As pessoas que atingem o potencial que Deus lhes pensou vivem a plenitude da sua vida e é isso que as leva à alegria duradoura.

A oração de gratidão nos leva à presença de Deus; muda os nossos corações e nos permite a visão de uma nova comunhão. A proximidade de Deus, somada à nossa gratidão, preenche o nosso relacionamento com as pessoas; promove-nos a mais pura alegria – a alegria que não tem nada a ver com a humilhação das pessoas, a alegria não destrutiva e sim criativa.

Alegrem-se! Jesus Cristo já vem libertar todas as pessoas que se encontram solitárias no exílio da tristeza; da depressão e do desconsolo. Sim, o tempo que vivemos é marcado por lamentos. Dificuldades que, em breve, não existirão mais. Acolhamos o Filho de Deus que vem nascer em nós; que vem vestir vestidos de carne; que vem se tornar gente conosco; que vem nos acarinhar; que vem nos apontar o caminho, a verdade e a vida. Amém!

15.12.13

Antipatia - Simpatia: Como é que estes dois estados de espírito surgem?


A psicóloga alemã Doris Wolf escreve muitos artigos para jornais e revistas na Alemanha. Outro dia ouvi um programa de rádio onde ela colocou boas palavras para os seus ouvintes. Confesso que me permiti ajudar por suas idéias. Abaixo um pouco daquilo que ela entende sobre o tema “antipatia”.

Às vezes você é apresentado para uma pessoa e logo percebe que sua “aura” não bate com a dela. Melhor, você já sabe de antemão que não vai existir a menor possibilidade de comunhão entre vocês dois.

Muitas vezes é assim que você também não vai com a “cara” do novo vizinho. Você olha para ele e pensa: Que sujeito arrogante! Você tem esta mesma sensação quando se encontra com o namorado da sua amiga. Não há a mínima chance de desenvolver a mesma amizade com ele, mesmo que sua amiga lhe queira bem.

Você tem clareza que não se deve ser preconceituoso; que deve tratar todas as pessoas com tolerância, mas mesmo assim algo o incomoda nesta ou naquela relação.

Feitas estas colocações, perguntemo-nos: O que pode estar escondido atrás da antipatia ou da aversão a certas pessoas?

O que se esconde atrás de uma aversão espontânea?

Há quem diga: - “Não posso chegar perto daquele sujeito!” - “Quando me aproximo daquela figura, dá vontade de vomitar!” - “Quando a fulana abre a boca, fico com vontade de sair correndo!” - “Quando preciso ficar perto do cicrano, me dá um frio na barriga!” Isso mesmo! É assim que, muitas vezes, descrevemos os nossos desagrados com certas pessoas.

Não é segredo que nossa aversão para com algumas pessoas é sentida fisicamente. A presença de alguns indivíduos simplesmente mexe conosco; arrepia os nossos cabelos; sentimo-nos desconfortáveis com o cheiro que exalam e o simples fato de ter que ouvirmos a sua voz já nos causa grande mal-estar. Dá a impressão que estas pessoas que nos causam tanto mal tenham grande poder sobre nós; que elas exerçam uma força que nos desestabilize.

É por isso que muitas pessoas evitam o contato com indivíduos que tenham este perfil. Se a prevenção deste contato se mostra impossível, reagimos com postura distante; hostil e até nos mostramos intratáveis e indispostos. Enquanto lidamos com estas pessoas na rua ou no supermercado sem compromisso, nada é trágico. No entanto, esse comportamento se complica quando a nossa antipatia se dirige a alguma pessoa com a qual precisamos conviver diariamente. Neste caso valeria a pena buscar-se as causas deste descontentamento e, depois, considerar como poderíamos melhor conviver com esta pessoa.

Causas da Antipatia

1. Nós rejeitamos àquilo que não gostamos em nós mesmos nas outras pessoas.

Por exemplo, se nós lutamos com o nosso peso ou odiamos as nossas rugas e encontramos uma pessoa que tenha os mesmos problemas que nós, isso pode ser uma causa da nossa antipatia. É como se esta pessoa nos fosse como um espelho. Uma vez que não suportamos essa visão, classificamos a pessoa que está à nossa frente como antipática e até evitamos contato com ela.

2. Nós detestamos perceber que os outros têm o que gostaríamos de ter.

De repente a pessoa que nos está próxima tem uma boa figura; ela vive uma relação matrimonial muito bonita com sua parceira ou seu parceiro e todas as pessoas gostam de estar com ela. Tudo muito bom, tudo muito bem, mas nós nos sentimos um tanto obesos e, em vista disso nos isolamos. Durante estes momentos de isolamento acontece um “fogo” em nós que extingue sempre mais essa nossa parceria. É o outro que nos faz lembrar as nossas fraquezas. Temos inveja dele e é por isso que o rejeitamos.

3.  O outro nos faz lembrar de experiências ruins com outras pessoas.

Nosso cérebro armazena todas as experiências negativas e positivas que vivenciamos. Nós salvamos estas impressões em inúmeras “caixinhas”, sempre de acordo com odores; com momentos; com o tom de voz; com sotaque; com postura; com expressões faciais; com gestos ou com as roupas que uma pessoa usa.

Se uma pessoa nos lembra de alguém com o qual tivemos experiências ruins, tem tudo para dar errado o relacionamento. Essa pessoa passa a ter a sensação de que não tem nada a ver com o sujeito que está à sua frente e acaba sendo vítima dos seus preconceitos.

Por exemplo, se você tinha uma amiga com voz suave que, mais tarde, se comprovou ser uma pessoa limitada intelectualmente, você, provavelmente, vai se mostrar cético e desconfiado ao ouvir uma voz suave. 

4. Nós rejeitamos o outro porque é completamente diferente de nós.

Você vive pelos princípios: “Poupar e nada de dívidas!” “Trabalho antes do prazer!” Já seu vizinho faz dívida e dá o seu dinheiro prodigamente. Em vez de cuidar do seu jardim, ele se senta na sua cadeira de praia e bebe um copo de vinho. Esse jeito de ser ameaça os seus princípios e, por isso, você o rejeita.

5. Nós nos sentimos rejeitados pelo outro.

Às vezes interpretamos alguns sinais que algumas pessoas próximas dão como de arrogância; de negação. Nestas horas dizemos: - “Ele quer se colocar!” - “Ele não me atura!” ou - “Ele não quer nada comigo!” Ora, nem sempre isto é o caso. Por trás de um comportamento arrogante, muitas vezes, se esconde uma pessoa insegura e tímida.

É assim que se nós classificamos uma pessoa de antipática, isso sempre tem a ver conosco. Não somos nós que tomamos a decisão de classificar alguém como simpático ou antipático. Se alguém nos é simpático ou antipático isso é o nosso inconscientes que decide, a partir de experiências passadas. Sim, porque o nosso inconsciente necessita de apenas 100 milissegundos para fazer um julgamento sobre uma pessoa que nunca vimos antes.

Como você pode “des-influenciar” a sua Antipatia.

Mesmo que nossa mente inconsciente decida por nós sobre a simpatia e a antipatia, isso não significa que precisamos ficar à sua mercê. Nós podemos resistir conscientemente.

DICA 1: Leve a sério a primeira impressão, mas certifique-se de que o seu julgamento é correto.

Dica 2: Pergunte a si mesmo, quando você não pode suportar alguém: - “O que me incomoda nesta pessoa?” - “Por que esses aspectos me incomodam?” - “Essa pessoa me faz recordar alguém da minha infância que não ia com a minha “cara”!”

DICA 3: Essa pessoa lhe faz recordar de experiências ruins de seu passado que não têm nada a ver com ele? Se esse for o caso, deixe claro: - “Esta pessoa não tem nada a ver com minha história e eu vou lhe dar uma chance.”

Dica 4: Essa pessoa possui qualidades ou características que você não tem, que você poderia aprender, que você poderia vir a aceitar? Se você se aceitar da forma como você é, então você também pode aceitar outras pessoas com estas mesmas características.

Dica 5: Se você pede para que as outras pessoas sejam como você gostaria que elas fossem, então aprenda a ser mais tolerante. Desenvolva a atitude: - “Ele tem o direito de ser do jeito que é, mesmo que eu não goste que seja assim.”

Dica 6: Direcione o seu olhar deliberadamente sobre as características positivas da pessoa que o incomoda.


Dica 7: Desenvolva a compreensão para com a pessoa que está ao seu lado. Procure as razões para essa pessoa ser como é. 

OLHA SÓ!