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13.1.14

SUICÍDIO II

As razões para o suicídio não são suficientemente exploradas até o momento. Uma coisa é certa. O suicídio é, muitas vezes, o resultado de uma crise psicológica. Para tal contribuem as crises traumáticas que são acionadas por experiências dolorosas, como a perda de uma pessoa querida e ou infortúnios que, de repente, acontecem. Lesões físicas e psicológicas graves causam traumas que, muitas vezes, podem levar ao suicídio. Além disso, as mudanças de vida podem causar enormes crises que também desembocam no desejo de suicídio. Aqui pode se pensar na perda que acontece quando os filhos saem de casa; quando a mudança para uma casa de repouso se faz necessário; quando acontece a separação da esposa e ou do esposo e também quando há problemas financeiros.  Nestes casos as vítimas estão se afogando nestas dificuldades. Hoje as causas mais comuns de suicídios são os diagnósticos de transtornos mentais. Cerca de 90% dos suicídios na sociedade ocidental são atribuídas a ele.

Medo

A palavra “medo” vem do verbo grego “agchain” e deriva do verbo latino “angere”. As duas palavras apontam para a ideia de “choque” ou “amarrar o pescoço” Na verdade, quase todas as pessoas têm em suas vidas pensamentos suicidas, mas isso ainda não é um sinal de doença mental. As pessoas que já sofrem de uma doença mental como depressão, são mais propensas a experimentação de uma crise. Para estas pessoas também aumenta o risco de suicídio.

A taxa de suicídio é altamente dependente da idade e do sexo. As pessoas mais idosas são, em média, mais suscetíveis ao risco de suicídio. Em média, os homens também são mais propensos ao suicídio do que as mulheres. Isso se explica, entre outras coisas, pelo fato que os homens, muitas vezes, usam de métodos brutais - como enforcar-se, por exemplo. Nesses casos, na maioria das vezes, a ajuda chega tarde. As mulheres quase sempre tentam se envenenar o que, muitas vezes, ainda possibilita ajuda que lhes permite a salvação.

O desejo de suicídio é, muitas vezes, a expressão de uma posição mental instável que não passa nenhuma réstia de esperança para que a pessoa adoentada seja liberta do seu mal. Aqui a morte parece ser a libertação; o fim para a crise psicológica; o momento do término do fardo que se carrega; que se suporta. Nestes casos a morte é considerada como um alívio. Se uma pessoa está presa nesta espiral de pensamentos, os pensamentos de suicídio podem ir sendo gradualmente concretizados a partir de um planejamento cuidadoso. Nesse momento ainda só ajuda uma “boa ajuda”; um bom apoio psicológico. Às vezes medicamentos de emergência podem ser usados nestes casos.

O que se pode fazer?

Na Alemanha existe a ARCHE que oferece prevenção ambulatorial às pessoas que pensam em suicídio e também intervenção em crise. Essa Instituição também auxilia parentes de pessoas que já se suicidaram a encontrar um novo norte. As pessoas que sofrem têm a chance de compartilhar sua crise em uma entrevista psicológica. O apoio emocional imediato pode, muitas vezes, evitar o ato do suicídio. Com a educação e conversas abertas sobre este assunto também se combate os tabus que cercam este tema.
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Suicídios impulsivos podem ser prevenidos se as vítimas recebem apoio de fora. Além disso, às vezes, é útil dialogar-se com a pessoa que vive uma crise psicológica ou tem pensamentos suicidas. Claro que sempre é preciso tato. Muitos evitam isso, mas pode ser uma grande ajuda para a pessoa que pensa em se suicidar se alguém se coloca ao seu lado e faz ela ver o peso que sua atitude pode trazer para as pessoas que ficam depois que ela se for.  


Que tal se nós organizássemos um grupo nestes moldes nos círculos onde Deus nos colocou para vivermos a Bela Vida? A propósito: Quem tiver tempo, assista ao Filme “Escafandro e Borboleta”. Às vezes não nos damos conta dos presentes que Deus nos alcança... Abraços!

Um comentário:

Unknown disse...

Olá Renato! Posso entender um pouco seu estarrecimento diante da morte da Leila pelo seu comentário acima..... no caso dela, parece que nada se encaixa muito logicamente na descrição acima..... realmente, a vida parece ter outros desdobramentos além dos presentes em nosso imaginário...e, por vezes, estes nos pegam de surpresa. Ainda que não conheça os detalhes da decisão da Leila, imagino que tenha sido uma decisão consciente e voluntária dela, e, como tal, no mínimo, merece nossa atenção e respeito. Além disso, sabemos que decisões dessa natureza e auto-violência têm muitos desdobramentos não visíveis aos demais, inclusive institucionais, diante dos quais a auto-vítima não vê alternativas de resolução, tanto pessoais quanto institucionais. às vezes os mais próximos, como família, amigos etc, percebem sinais... outras vezes nem isso. Já que agora não podemos mais fazer nada por ela, a não ser entrega-la nas mãos do benigno e gracioso Pai, que cuidará dela certamente.... aos que ficam, resta-nos o luto pela perda inestimável de uma colega e irmã no Reino.... mas também podemos tentar entender a mensagem que, em sua fúria desmedida e contida, ela deixa pra nós. Assim, seu sacrifício não será em vão... mas, quem sabe, sua pregação. abraço Rubens

OLHA SÓ!