Busque Saber

18.1.14

ALEGRIA E MAGIA

Foi um belo momento,
Mesmo assim dele abdiquei,
Saí dali - passo lento
Para onde nem mesmo eu sei.
Agarra-se em mim o instante
Nas horas vadias do dia.
Dói tê-lo feito obstante,
Represa d’alegria e magia. 

13.1.14

SUICÍDIO II

As razões para o suicídio não são suficientemente exploradas até o momento. Uma coisa é certa. O suicídio é, muitas vezes, o resultado de uma crise psicológica. Para tal contribuem as crises traumáticas que são acionadas por experiências dolorosas, como a perda de uma pessoa querida e ou infortúnios que, de repente, acontecem. Lesões físicas e psicológicas graves causam traumas que, muitas vezes, podem levar ao suicídio. Além disso, as mudanças de vida podem causar enormes crises que também desembocam no desejo de suicídio. Aqui pode se pensar na perda que acontece quando os filhos saem de casa; quando a mudança para uma casa de repouso se faz necessário; quando acontece a separação da esposa e ou do esposo e também quando há problemas financeiros.  Nestes casos as vítimas estão se afogando nestas dificuldades. Hoje as causas mais comuns de suicídios são os diagnósticos de transtornos mentais. Cerca de 90% dos suicídios na sociedade ocidental são atribuídas a ele.

Medo

A palavra “medo” vem do verbo grego “agchain” e deriva do verbo latino “angere”. As duas palavras apontam para a ideia de “choque” ou “amarrar o pescoço” Na verdade, quase todas as pessoas têm em suas vidas pensamentos suicidas, mas isso ainda não é um sinal de doença mental. As pessoas que já sofrem de uma doença mental como depressão, são mais propensas a experimentação de uma crise. Para estas pessoas também aumenta o risco de suicídio.

A taxa de suicídio é altamente dependente da idade e do sexo. As pessoas mais idosas são, em média, mais suscetíveis ao risco de suicídio. Em média, os homens também são mais propensos ao suicídio do que as mulheres. Isso se explica, entre outras coisas, pelo fato que os homens, muitas vezes, usam de métodos brutais - como enforcar-se, por exemplo. Nesses casos, na maioria das vezes, a ajuda chega tarde. As mulheres quase sempre tentam se envenenar o que, muitas vezes, ainda possibilita ajuda que lhes permite a salvação.

O desejo de suicídio é, muitas vezes, a expressão de uma posição mental instável que não passa nenhuma réstia de esperança para que a pessoa adoentada seja liberta do seu mal. Aqui a morte parece ser a libertação; o fim para a crise psicológica; o momento do término do fardo que se carrega; que se suporta. Nestes casos a morte é considerada como um alívio. Se uma pessoa está presa nesta espiral de pensamentos, os pensamentos de suicídio podem ir sendo gradualmente concretizados a partir de um planejamento cuidadoso. Nesse momento ainda só ajuda uma “boa ajuda”; um bom apoio psicológico. Às vezes medicamentos de emergência podem ser usados nestes casos.

O que se pode fazer?

Na Alemanha existe a ARCHE que oferece prevenção ambulatorial às pessoas que pensam em suicídio e também intervenção em crise. Essa Instituição também auxilia parentes de pessoas que já se suicidaram a encontrar um novo norte. As pessoas que sofrem têm a chance de compartilhar sua crise em uma entrevista psicológica. O apoio emocional imediato pode, muitas vezes, evitar o ato do suicídio. Com a educação e conversas abertas sobre este assunto também se combate os tabus que cercam este tema.
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Suicídios impulsivos podem ser prevenidos se as vítimas recebem apoio de fora. Além disso, às vezes, é útil dialogar-se com a pessoa que vive uma crise psicológica ou tem pensamentos suicidas. Claro que sempre é preciso tato. Muitos evitam isso, mas pode ser uma grande ajuda para a pessoa que pensa em se suicidar se alguém se coloca ao seu lado e faz ela ver o peso que sua atitude pode trazer para as pessoas que ficam depois que ela se for.  


Que tal se nós organizássemos um grupo nestes moldes nos círculos onde Deus nos colocou para vivermos a Bela Vida? A propósito: Quem tiver tempo, assista ao Filme “Escafandro e Borboleta”. Às vezes não nos damos conta dos presentes que Deus nos alcança... Abraços!

10.1.14

SUICÍDIO

Quando uma pessoa próxima de nós falece de forma inesperada, ela sempre deixa um vazio na família; na roda de amigos. Essa realidade mexe conosco por causa da solidão que se experimenta e é claro: o medo vem a tiracolo. A verdade é que ninguém nunca está preparado para o enfrentamento de um momento destes.

No entanto, o enfrentamento da morte fica bem mais difícil quando a pessoa que está próxima de nós decide acabar com sua vida. Nestas horas nos perguntamos pelo “por que” dessa atitude. Neste instante a raiva também se instala em nós pelo fato de não entendermos este ato de nos deixar a sós.

O psicólogo Dr. Elmar Basse (Hamburgo - Alemanha) explica porque muitas pessoas optam por cometer suicídio; como podemos reconhecer os gritos silenciosos que estas pessoas dão e, depois, ajudá-las.

O que leva algumas pessoas a cometerem suicídio? O estresse duradouro e problemas como sentimentos de culpa; falta de dinheiro; pressão social; derrotas e amor não correspondido podem fazer com que uma pessoa enfraqueça muito o seu corpo físico e a sua psique. Uma vez que este sentimento de dor é constante, a pessoa começa a ficar esgotada. As pessoas que experimentam um vazio em sua vida mostram-se muito instáveis e isso quer dizer que estão gravemente doentes. Nestas horas importa muito o jeito de se lidar; cuidar delas. Isso é assim porque não existe receita pronta de como fazê-lo.

Como reconhecer pessoas potencialmente suicidas? Um sinal muito claro é quando a pessoa que quer suicidar-se muda seu comportamento emocional; muda o seu jeito de pensar e de relacionar-se. Ela sinaliza desejos de morte quando articula fantasias da não vida com representações bem plásticas. Além disso, os avisos que estas pessoas emitem também se mostram nos planos concretos que articulam de forma muito clara. Em muitos casos estes sinais externos não podem ser reconhecidos, porque a pessoa que os articula se fecha em si mesma. Cuidado, quando, de repente, a pessoa com tendência suicida começa a pensar positivamente. Este comportamento pode ser fruto do fato de que ela já tomou sua decisão de suicídio e não se encontra mais sob pressão de levá-lo a cabo.

Ao percebermos estes sinais frequentes, como devemos nos comportar? O primeiro passo é abordar a pessoa com carinho e compartilhar com ela que percebemos algumas mudanças no seu caráter. Nesta hora é bom perguntarmos pelo por que daquela mudança de espírito. Ou seja, devemos tentar construir uma ponte de contato com esta pessoa e, em seguida, trabalhar em conjunto para encontrar as devidas soluções. Se esta pessoa tem abertura com algum parceiro; amigo; parente; conselheiro ou psicólogo, este poderia perguntar-lhe sobre seu estado de espírito. Uma pessoa que sofre deste mal não pode ser colocada diante da parede. É preciso muita calma para dialogar-se com ela nesta situação. Há casos em que se deveria até chamar amigos ou parentes para ajudar. Se necessário, até uma ambulância.

Nestes casos vale a pena um tratamento psicológico? Sempre depende de como o paciente aceita um tratamento psicológico; se ele permite que alguém se aproxime dele. Esta realidade se assemelha com uma visita ao médico por causa de dor no braço – por exemplo. O fato de irmos até ele precisa somar-se com a atitude de que voltemos novamente para dentro do contexto onde vivemos com a esperança de que aquela dor vá melhorar.

As pessoas suicidas são mesmo mestres em esconder seus sentimentos? A maior parte dos homens tem uma postura mais defensiva; tem mais dificuldade de falar das suas dores e dos seus problemas. As pessoas do sexo masculino temem ser entendidas como pessoas fracas. No mundo masculino, muitas vezes, a auto - estima é definida pelo desempenho que se tem. Daí que, no ambiente profissional, os homens não têm muitos contatos aos quais poderiam recorrer. É em vista disso que eles preferem dissimular e ocultar seus problemas.

Por que muitos suicídios acontecem tempos depois da crise ocorrida? Em muitos casos o tempo realmente difícil só começa após a crise. O motivo desse comportamento? Ora, é que durante a crise o organismo da pessoa está ocupado com uma variedade de detalhes que estão intimamente ligados à luta contra os problemas experimentados; com a busca de possíveis soluções. Então, quando este indivíduo encontra a saída de todo este mal, o seu organismo ainda está preparado para a ação, mas agora os desafios sumiram. Aqui surge o perigo dele cair num buraco emocional.


O que o ato do suicídio diz a respeito da natureza de um homem? Os homens tendem a tirar sua vida com métodos mais agressivos do que as mulheres. Jogar-se na frente do trem, por exemplo, é um ato particularmente cruel. A vontade de viver construída dentro do seu organismo deve ter sido muito atordoada, pelo menos no referido momento. Quem vai suicidar-se não reflete racionalmente sobre o método pelo qual se suicidará. Trata-se muito mais de uma ação de emergência na percepção de desespero absoluto.

OLHA SÓ!