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26.10.07

Mensagem Luterana!


No dia 24 de abril de 1983 eu estava em Dourados, no Mato Grosso do Sul. Na oportunidade participei do XII Concílio do Distrito Eclesiástico do Norte do Paraná. No final do mesmo, fui convidado a escrever a mensagem dos referidos conciliares a todas as Comunidades que integravam o nosso Distrito. Abaixo o texto de 25 anos atrás...

Nós, conciliares do XII Concílio do Distrito Eclesiástico do Norte do Paraná, realizado em Dourados - MS, nos dias 22 a 24 de abril de 1983, estamos cônscios da realidade escravizante que nos cerca, isto é, deuses falsos nos envolvem sutilmente de múltiplos lados: dentro da família, do trabalho, do lazer e, inclusive na segurança de nossa fé cristã. Somos incitados a nos submeter à lavagem cerebral com a propaganda que emerge dos diversos meios de comunicação de massa. No momento hoje vivido, estamos cientes do bombardeio a que estamos submetidos em todos os níveis.

Nossa siatuação, como cristãos, diante dos graves problemas do nosso país, no qual há pessoas desprovidas de emprego, de educação, sem perspectiva de fururo, sem condição financeira, mesmo para sua própria subsistência, gera em nós uma pergunta: "Até onde vai nossa fé em Deus ou até onde nós nos engajamos no buscar e servir a Deus sobre todas as coisas?"

A partir daí, sentimos urgência em levar adiante o lema: EU SOU O SENHOR TEU DEUS (Temer e amar a Deus, e confiar Nele acima de todas as coisas), como ideal cristão para o âmago das nossas famílias, a partir da vivência num testemunho vivo, santo e agradável a Deus, no Evangelho de Jesus Cristo.

Dourados, 24 de abril de 1983

22.10.07

Deus veio em trajes civis!

Oi gente querida! Abaixo compartilho um artigo que escrevi para o jornal "Joinville Luterano" n° 43 de Nov/Dez 2007. Nele repearto um pouquinho dos sentimentos que vivi em Munique, por ocasião dos tempos de Advento. A foto acima, tirei-a num parque, perto da casa onde eu morava, no bairro Maxvortadt. Abraços!

Janeiro de 2001 já expirava quando o avião pousou no aeroporto de Munique. Não lembro da conversa que entabulamos com minha nova colega, durante aquele trajeto de 60km, que nos levaria ao nosso apartamento na Arcisstraße 44. Recordo que o sol estava morno e que o branco da neve acumulada nas calçadas e nos canteiros machucava os nossos olhos. Sim, ali estava eu, um ramo da família Becker que, num certo dia de 1860, precisou imigrar de Darmstadt ao sul do Brasil, por causa de dificuldades. Diante de nós abria-se um leque de seis anos. Quanta coisa para observar, aprender e vivenciar durante aqueles 2.190 dias...

Os primeiros 11 meses nos foram um tanto difíceis. Tudo era novo para nós que tínhamos marcas de uma década florianopolitana “tatuadas” na mente e no corpo. A ordem era clara: teríamos que nos adaptar dentro daquele contexto de primeiro mundo e isso, o quanto antes.

Jamais esquecerei do tempo de advento, daquelas quatro semanas de alegria por causa da esperança que sempre antecedem as festas natalinas. O dia clareava lá pelas 08.00h da manhã e começava a escurecer por volta das 16.00h. O povo alemão se mostrava alegre porque os institutos de metereologia já tinham adiantado que o natal seria “branco” ou seja, que a neve estaria cobrindo com, pelo menos 20cm de expessura, todo e qualquer m² de área da capital bávara.

Na rua o frio era intenso. Mesmo assim os seus transeuntes passeavam nela com casacos pesados. Sobre as suas cabeças via-se chapéus esbranquiçados pela neve fina que caia. Já dentro dos inúmeros bares e restaurantes, gente alegre a festejar momentos sem fim com amigas e amigos forjados no trabalho e nas relações do dia-a-dia. No centro de Munique, no Marienplatz, estavam centenas de barracas onde podia-se saborear bolachas dos mais variados tipos. As cucas e os doces de mel eram fresquinhos pois recém tinham chegado de Nürnberg. O Glühwein, uma bebida semelhante ao nosso quentão, era servido em xícaras especiais. Uma multiplicidade de lembrancinhas de toda sorte de tipos e cores podia ser adquirida aqui e ali. Perto da prefeitura, estava um enorme pinheiro de natal com cerca de 15m de altura. Seus galhos encurvavam-se pelo peso do gelo acumulado. E, no meio de tudo, turistas, muitos turistas, algazarra organizadíssima, gente falando alto, agitação sem medida.

Já no interior dos templos, espaço para que as pessoas pudessem se ensimesmar, buscar silêncio diante de Deus que se fez menino para crescer conosco, nos entender e nos indicar o bom caminho rumo à Casa do Pai. Nossos olhos se detinham nos presépios, um mais bonito do que o outro. Vaquinhas, burrinhos e pastorzinhos de ouro puro, tudo muitíssimo bem guardado por seguranças eletrônicas e também não. As luzes das velas, os corais afinadíssimos, os órgãos de tubo e os muitíssimos profissionais a serviço de uma religiosidade tradicionalizada davam tudo de si para o bem de todas e de todos. Pois não é que entramos neste clima!

Naqueles dias, uma das maiores redes de televisão da Alemanha, entrevistou pessoas alegres que circulavam pelas calçadas. A pergunta que faziam era simples: - Você sabe o que se festeja no dia 25 de dezembro? Entre outras respostas, uma certa porcentagem de passantes entrevistados respondeu que se tratava da festa do Nicolau (um rei que numa certa época decidiu presentear crianças). Aquela desinformação me impressionou. O secularismo, essa força que distorce a fé cristã num jeito mundano de ser, age devagar e, enquanto atua no indivíduo, apaga da sua cabeça toda e qualquer perspectiva de esperança por momentos de paz, de amor, de justiça e de perdão que, um dia, o Criador sonhou para todas e todos nós.

Enquanto meditava sobre este comportamento que marca uma parcela do povo alemão, comprei uma pequena árvore de natal que também enfeitamos com estrelinhas de palha e um pequeno presépio com figurinhas de gesso. Lá fora, muita neve e muito frio. De cada janela raios de luz. Luminosidade que simbolizava alegria ou seria apenas a possibilidade de mais um feriado? Do Brasil vinham cartas e telefonemas que nos desejavam um Feliz Natal. Era o nosso povo querido dando a entender que as temperaturas beiravam os 30 graus positivos. Que nos pinheirinhos, no meio de todo aquele calor latino, queimavam velinhas. Que a alegria estava palpável enquanto se saboreavam panetones. Ouvi de algumas e alguns que se festava o dia em que Deus veio até nós, o seu povo, em trajes civis.

20.10.07

Como e por que falar de Jesus aos outros?


Oi gente querida que me lê! Outro dia fui convidado a repartir sobre este tema com um segmento da nossa Comunidade Evangélica. Abaixo, reparto o conteúdo com todas e todos vocês. Abracos!

Por que falar de Jesus aos outros? Como se faz isso? Para introduzir este tema, quero ler o texto escrito pelo evangelista Mateus que ele intitulou de "A grande Comissão": “16 - Seguiram os onze discípulos para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes designara. 17 - E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram. 18 - Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. 19 - Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 20 - ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.” (Mateus 28.16-20)

Quem lê este pequeno texto quase sempre desconsidera o verso 17 e sabem porquê? Porque ele dá a entender que os discípulos estavam um tanto desunidos no que tange àquele acontecimento. Uns criam que Jesus Cristo, o Filho de Deus ressuscitado estava ali, diante deles. Já outros duvidavam deste fato. Interessante isso!

Me impressiona que este encontro dos discípulos com Jesus tenha suscitado estes dois tipos de reações. Eles tinham estado com seu Mestre durante alguns anos e conheciam-se muitíssimo bem. Eles tinham ouvido da Sua própria boca de que Ele iria morrer e depois ressuscitar. Além disso, aquele encontro tinha sido previamente programado. Foi por isso que eles tinham ido àquele lugar (16).

Olha gente! Este tipo de dúvidas também acontece hoje entre as pessoas cristãs. As vezes pode acontecer que um certo palestrante não saiba transmitir a Palavra como um ou outro esperava. E que, em vista disso, algumas pessoas participantes não se disponham a dizer: “Aqui estou, envia-me a mim!"

Isso já aconteceu contigo alguma vez? Tu ouves ou lês a Palavra de Deus num Culto e simplesmente não consegues compreender que Ele, Jesus, está te encontrando ali naquele lugar. Tu ficas fria, frio e até um pouco decepsionada, decepsionado, enquanto outras pessoas ao teu lado parecem ter entendido a Palavra e, por isso mesmo, estarem alegres. Também pode acontecer o contrário: Tu, naquela hora, estás encontrando o bom, o genuíno "alimento espiritual" e, naquele mesmo momento, a tua irmã e ou o teu irmão, que estão bem ao teu lado, permanecem tal e qual como vieram, com “fome de Deus”, pelo fato de não terem reconhecido Jesus.

Fé e dúvida – esta tensão sempre esteve e está presente dentro da Comunidade Cristã. É interessante notar como Jesus lida com esse fato. Ele diz: "Toda a autoridade me foi dada ... Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações ..." (18). Estas palavras foram proferidas para as pessoas que tinham fé mas também para os indivíduos que estavam duvidando. Creio que Jesus levou em grande conta, estas pessoas que demostravam dúvida. Sim, Ele animou-as. Pelo fato de terem experimentado esta experiência de dúvida, elas poderiam melhor compreender as outras pessoas que viéssem a se encontrar na mesma situação.

Jesus, muitas vezes, também dá tarefas às pessoas sem muito preparo para esta ou aquela função. Por isso, não esperem até estarem completamente prontos, com todas as perguntas respondidas mas, hoje mesmo, coloquem-se à disposição de Jesus. Ele quer e pode usar pessoas que estejam em dúvida para o "estaqueamento" de sinais do Seu Reino, aqui e ali.

Presença Deus nos chama para um momento novo... E vocês estão sendo chamadas e chamados para esta nova hora, a partir dos conteúdos aqui apresentados. Vejam só como Jesus nos vê. Em Mateus 5.13-16 se lê: “13 - Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. 14 - Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; 15 - nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. 16 - Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.”

O verso 13 é um texto para ser recortado, plastificado e colado na porta das nossas geladeiras... Todas e todos que fomos chamadas e chamados a seguirmos a pessoa de Jesus Cristo, temos o mandado de sermos “sal da terra”. Gente! Isto está claro para vocês? Até que ponto agimos como “sal” nos dias de hoje? As pessoas não cristãs costumam observar as cristãs e, depois de qualquer deslize, por menor que seja, elas têm prazer em se expressar assim: "É isso, ser uma pessoa cristã?"

Confesso prá vocês que há um tempo atrás eu refletia sobre este texto, mas não conseguia me ver como “sal”. Eu entendia que esta palavra “sal” se referia ao Evangelho. Eu, na melhor das hipóteses, poderia ser apenas um pequeno instrumento que Deus podia usar para levar Seu Evangelho ao mundo. Como cristão, no máximo, eu conseguia me entender como um destes saleirinhos de plástico que se encontram sobre as mesas nas churrascarias, nos restaurantes. Pois eu estava errado! Jesus não diz: "Vocês são meus saleiros", Ele diz:, "Vocês são o sal". Sim, nós somos o sal da terra, aquele sal que traz o verdadeiro sabor ao mundo e que, por tabela, mostra às pessoas quem é o verdadeiro Deus da humanidade. Até hoje as as marcas deste “sal” que brota da cristandade podem ser percebidas dentro da sociedade, lá onde há preocupação com pessoas próximas necessitadas; lá onde se percebe a igualdade das pessoas diante de Deus. Somente quando o sal é posto na comida é que ele pode agir com suas propriedades. Só depois dele estar inserido na comida é que fica claro o seu valor.

Como pessoas cristãs, somos importantíssimos para o mundo. Tu e eu, nós somos os mensageiros e as testemunhas do amor de Deus para os povos. Mesmo se, as vezes, estejamos parados no caminho e ou estejamos sendo ridicularizados por pessoas que não crêem em Deus. Nestas horas devemos sempre lembrar que somos filhas e filhos amados do Pai. Que Cristo veio ao mundo para morrer por nossa causa. Que podemos contar com a ajuda do Espírito Santo, no que se refere à função de levarmos a cabo o nosso chamado de sermos o "o sal da terra".

No que tange aos versículos 14 a 16, é inevitável que toda e qualquer pessoa cristã será mais notada pelo seu comportamento do que pelas suas declarações de fé. Isto no entanto não nos deve impedir de dar testemunho da fé que arde dentro do nosso peito. As pessoas à nossa volta esperam que articulemos com palavras, a fé que palpita dentro de nós. Jesus espera que expressemos o Seu amor por nós e a nossa fé também com palavras e isso, em todos os momentos da nossa vida. Queridas e queridos! Nós somos o veículo do Espírito Santo que proporciona a visão de Deus na face da terra.

O relacionamento de um discipulo com Jesus não deve transparecer como se estivesse alicerçado num relação teatral, simplesmente. O amor de Deus em nós deve aparecer dentro da sociedade como se fosse um “eco” do amor de Deus. Dai porque somos chamados a pedir a Deus que Ele plante em nós dos frutos do Seu Espírito. Nossas falhas e nossas fraquezas estarão sempre aí e é por isso que devemos procurar ir em frente. Deus pode usá-las para levar a cabo a Sua vontade, entre as pessoas que não Lhe querem bem. Na eternidade virá à luz, se algumas pessoas vieram a encontrar o caminho por causa do nosso testemunho, por causa da luz que espalhamos no mundo.

Persuasão

Nos versos de Atos 17.2-4 se lê que “Paulo, segundo o seu costume, foi procurá-los e, por três sábados, arrazoou com eles acerca das Escrituras, expondo e demonstrando ter sido necessário que o Cristo padecesse e ressurgisse dentre os mortos; e este, dizia ele, é o Cristo, Jesus, que eu vos anuncio. Alguns deles foram persuadidos e unidos a Paulo e Silas, bem como numerosa multidão de gregos piedosos e muitas distintas mulheres.” Nas suas viagens missionárias o apóstolo Paulo sempre ia às sinagogas dos judeus para iniciar ali suas evangelizações. A sinagoga era um lugar tradicional de encontro, onde discussões tradicionais sobre fé e cumprimento da Lei eram levadas em grande conta. Paulo não se incomodava com o tradicionalismo das pessoas judias. Ele aproveitava, isto sim, todos os momentos e todas as circunstâncias para expôr o Evangelho da Salvação através de Jesus Cristo. No nosso texto está escrito que ele “arrazoou com eles acerca das Escrituras”.

Arrazoar com alguém sobre as Escrituras... No dicionário a palavra “arrazoar” significa expor ou defender uma causa, um assunto ou um argumento; alegar razões, censurar, repreender, discorrer, falar... Ora, se alguém fôr chamado por Deus para arrazoar ou melhor, para persuadir outro alguém para que este venha experimentar a fé, este primeiro alguém deve ter um certo conhecimento.

Conheço um pastor aposentado da IECLB que, durante anos, se envolveu com oito indivíduos que se reuniam, semanalmente, com o único objetivo de filosofar. Eram pessoas inteligentíssimas que sempre estavam a levantar assuntos dos mais diversos e as suas discussões eram intermináveis. Cada um apresentava argumentos diferentes do outro e, muitas vezes, não se chegava a um denominador comum. Quando meu amigo foi convidado para participar daquele seleto grupo, deixaram-lhe claro que ninguém dos demais queria sequer ouvir falar de Teologia. Que ele estava ali porque gostavam da sua companhia, nada mais. Depois de um longo tempo, quiseram ouví-lo. Dois anos depois o grupo passou a confessar-se cristão.

Vejam, Jesus fez extamente isso com os seus discípulos. Paulo procurou fazer o mesmo com os judeus e os gentios de sua época. Eu também sempre tento seguir as mesmas pegadas com os grupos com os quais me reúno. O fato é que Deus está nos chamando a fazer o mesmo. Enquanto o tempo vai passando, não percam a oportunidade de sofrer aprendizagem, de mudarem seus comportamentos, de se “embagajarem” com esta “boa comida” que aqui, sempre de novo, é servida.

Proclamação

Vou proclamar ao mundo... Pessoas que uma vez encontraram a Jesus Cristo não conseguem mais calar. Elas simplesmente precisam se engajar na proclamação de que a vida integral é possível, já aqui e agora. No texto de João 1.39-42 percebe-se como as pessoas podem vir a conhecer Jesus Cristo. Observem o que o evangelista escreveu: “Respondeu-lhes: Vinde e vede. Foram, pois, e viram onde Jesus estava morando; e ficaram com ele aquele dia, sendo mais ou menos a hora décima. Era André, o irmão de Simão Pedro, um dos dois que tinham ouvido o testemunho de João e seguido Jesus. Ele achou primeiro o seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias (que quer dizer Cristo), e o levou a Jesus. Olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, o filho de João; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro).”

Observaram? São muitas as pessoas que chegam a conhecer Jesus gradualmente, passo a passo. O Filho de Deus as convida para que vejam onde Ele mora (39). Daí elas têm a oportunidade de observar o seu primeiro milagre (2.11). Então Jesus lhes concede um ano para que O conheçam melhor, antes de chamá-los para abandonarem o seu trabalho e para estarem com Ele (Marcos 1.16-20). Só então lhes concede um treino de 2 anos, para que possam ser dirigentes de Sua Igreja. Inúmeras pessoas acabam conhecendo a Jesus através de outras.

No texto que acabamos de ler, percebemos que aqueles homens estavam seguindo a João Batista. João despertou neles o interesse pelas coisas de Deus e, mais tarde, apresentou-os a Jesus. Que fizeram estes homens logo depois? Conforme os versos 40-42 e 45, eles fizeram o mesmo.

Há um sem-número de pessoas que chegam a conhecer a Jesus pessoalmente. No texto lido dá para se observar que cada um daqueles homens acabou por se encontrar face a face com o próprio Jesus. Sempre é assim que quando você apresenta um amigo ou uma amiga a Jesus Cristo, você acaba tendo o mesmo sentimento que João Batista teve em João 3.30 – “Convém que ele cresça e que eu diminua.”

Poder

O nosso amor pode gerar milagres entre as pessoas que nos estão próximas. Importar-se com alguém é um milagre. Pessoas que são amadas, reagem muito melhor às doenças que são acometidas. Em Atos 3.6, Lucas relata um exemplo disso que estou falando. O discípulo Pedro teria dito a alguém: “Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!”

Um certo fazendeiro australiano que, recentemente, ganhou um prêmio no valor de R$7.500.000 testemunhou que daria toda esta fortuna em troca da chuva que não caia. Se ela porventura viesse a cair, acabaria com a seca da sua região.

Na vida damos de cara com situações que são muito mais valiosas do que o dinheiro. Eu não quero dizer que o dinheiro não seja importante. O apóstolo Paulo deixou muito claro em 2 Tessalonicenses 3.10: "...se alguém não quer trabalhar, também não coma." Nós somos chamados a trabalhar para matarmos a fome e saciarmos as nossas necessidades mas nunca "descansarmos" sobre as costas de terceiros. Na Bíblia não há nada que conste contra o fato de se ganhar dinheiros. No entanto, há coisas que simplesmente não conseguimos adquirir com o vil metal.

Isso mesmo! Há certos valores que são muitíssimo mais valiosos do que bens materiais. O apóstolo Paulo sustenta "E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará. " (1 Coríntios 13.3)

Vejam, amor verdadeiro – isso nós não podemos comprar. Nós também não podemos comprar afeição, amizades verdadeiras e nem tampouco a inteligência. Gosto daquilo que o autor do livro de Provérbios escreveu no capítulo 17, versículo16: "De que serviria o dinheiro na mão do insensato para comprar a sabedoria, visto que não tem entendimento?"

Viram? Parece que existem coisas na vida que não podemos alcançar com o dinheiro. Isso também diz respeito ao grande presente que Deus nos fez. Em 1 Pedro 1.18-19 se lê “...sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo."

Gente! Não podemos adquirir ou compar a vida eterna. Ela é um presente que podemos aceitar ou rejeitar, uma vez que Jesus já pagou o preço que nosso antigo amo estipulou para cada uma e cada um de nós – o Seu sangue na cruz.

Oração Em 2 Coríntios 4.4 está sugerido que oremos, que lembremos nominalmente das pessoas que amamos a Deus. É comum que gente querida das nossas relações amem mais o deus deste século que cega o entendimento delas. Elas, uma vez cegas, acabam não tendo a mínima condição de perceber a luz do Evangelho, das Boas Novas, da glória de Jesus Cristo, da Imagem de Deus brilhando perto delas. Ora, se nós temos um semelhante privilégio, com certeza vamos querer que outras e outros também o experimentem. Daí porque oramos pelas pessoas que não tiveram esta chance ainda. Já em Atos 4.29-31 a Palavra de Deus nos sugere que oremos por nós mesmos. Lá e cá vamos precisar tomar decisões que nem sempre são tão fáceis de serem tomadas. Se Deus estiver dirigindo os nossos passos, com certeza vamos chegar mais perto do alvo a ser alcançado. São felizes eternamente as pessoas que desenvolveram um tempo para a hora tranqüila em suas vidas. Nelas, estas mesmas pessoas ouvem a Deus que lhes fala, que lhes dirige a atenção.

Conclusão

Estou terminando com o verso bíiblico que consta na carta aos Romanos 1.16, onde o apóstolo Paulo nos deixa um bom testemunho quando escreve “...não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.”

Particularmente gosto de observar as crianças, quando apontam para os bracinhos com o objetivo de mostrar a força que já adquiriram. O pessoal que vive dentro deste tempo bonito da adolescência já procura mostrar a sua força praticando esportes. Pessoas mais experimentadas em dias procuram dar testemunho da sua força a partir da sua sabedoria, das suas capacidades espirituais. Elas têm experiências que armazenaram durante toda a vida e estas, elas repartem com maestria. Elas aprenderam a ouvir mais do que falar; a se preocupar com os outros; a doar-se em prol de terceiros e a resistir quando o dia não é tão bom. Cada um de nós deseja alcançar essa tal força, também os mais jovens. Como conseguí-la? A gente a consegue através do Evangelho, esse poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.

Deus se ira contra o pecado e os romanos entenderam que Jesus veio salvá-los dessa ira de Deus. Em Gênesis 8.21 se lê: “porque é mau o desígnio íntimo do homem desde a sua mocidade." Quer dizer, pecado não significa algum descaminho psicológico que um ou outro terapeuta possa vir a curar. Pecado é aquele rumo errado que se pode tomar durante toda uma vida. Esse caminho falho que afasta de Deus. Quem toma um tal trilho errado, encaminha-se para a morte eterna. Já as pessoas que se comprometem com o Evangelho, não precisarão pisar em espinhos pois a Boa Nova lhes deixa claro que Deus as tem no coração, visto que aceitaram a pessoa de Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador.

OLHA SÓ!