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13.1.10

O milagreiro do vinho!



Gente querida! Se perguntarmos aos nossos amigos qual o maior milagre que Jesus Cristo fez, eles, com certeza, responderão: - “A transformação de água em vinho!” Interessante! Esse milagre foi captado pela maioria das pessoas, mais até do que a própria ressurreição de Jesus Cristo. Vamos ler sobre este milagre em João 2.1-11...

1. Dois dias depois, houve um casamento no povoado de Caná, na região da Galiléia, e a mãe de Jesus estava ali. 2. Jesus e os seus discípulos também tinham sido convidados para o casamento. 3. Quando acabou o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: - O vinho acabou. 4. Jesus respondeu: - Não é preciso que a senhora diga o que eu devo fazer. Ainda não chegou a minha hora. 5. Então ela disse aos empregados: - Façam o que ele mandar. 6. Ali perto estavam seis potes de pedra; em cada um cabiam entre oitenta e cento e vinte litros de água. Os judeus usavam a água que guardavam nesses potes nas suas cerimônias de purificação. 7. Jesus disse aos empregados: - Encham de água estes potes. E eles os encheram até a boca. 8. Em seguida Jesus mandou: - Agora tirem um pouco da água destes potes e levem ao dirigente da festa. E eles levaram. 9. Então o dirigente da festa provou a água, e a água tinha virado vinho. Ele não sabia de onde tinha vindo aquele vinho, mas os empregados sabiam. Por isso ele chamou o noivo 10. e disse: - Todos costumam servir primeiro o vinho bom e, depois que os convidados já beberam muito, servem o vinho comum. Mas você guardou até agora o melhor vinho.11. Jesus fez esse seu primeiro milagre em Caná da Galiléia. Assim ele revelou a sua natureza divina, e os seus discípulos creram nele.

Sim! Podemos festar...

Jesus transformou água em vinho; caminhou sobre as águas; ressuscitou Lázaro e a filha de Jairo. Desses milagres quase ninguém se lembra. Porque será que o milagre da “transformação de água em vinho” se tornou tão popular? De repente não se esperava tal atitude de Jesus, depois da forte pregação de João Batista que veio preparar Sua chegada... Como imaginar o começo da obra deste homem que, três anos depois, teria que experimentar morte horrível na cruz? Será que cabe uma festa de casamento com comilança e alegria desenfreada nesta história?...

Será que as pessoas que, um dia, serão julgadas pelo Filho de Deus não deveriam ter outras preocupações do que dar pela falta de vinho? Será que o tempo de Jesus Cristo não deve ser um tempo de jejum, de seriedade, de introspecção, de arrependimento? Pois a Festa é, para mim, o maior milagre que a “transformação de água em vinho”. Jesus se sente bem entre os convidados. Ele também se sentiu à vontade na casa do cobrador de impostos, do pecador Zaqueu, com o qual, no nosso modo de pensar, Ele nunca poderia ter tido contato. Gente, a chatice, o tédio, o aborrecimento, o ar rarefeito que volta e meia se faz presente nas nossas Igrejas não tem origem na mensagem de Jesus Cristo.

Notem que Jesus usou “festas de casamento” como exemplo. Ele comparou-se com um noivo. Ele exaltou a abundância e a alegria em palavras e atitudes quando trazia Sua mensagem. Na Festa de Caná Jesus não apenas ajuda o noivo a não ser mal falado, mas lhe arranja vinho para o ano inteiro. Sim porque, vamos e venhamos, 600 litros de vinho deveriam ser mais do que suficientes para festejar as festas de casamentos de toda vizinhança naquele ano. Jesus deixa patenteado que o tempo da graça é tempo de alegria.

Um bom vinho só se degusta em tempos de paz. Na guerra é impossível a fabricação de vinho. Um parreiral precisa de três anos de cuidados para produzir boa uva. Isso não mudou desde os tempos de Jesus. Vai daí que este milagre é o certificado de que o tempo de Jesus começou; que o tempo do medo e da espera já passou; que as nuvens escuras do Deus Sisudo se dissiparam. Gente! Isto é motivo de festa. Em nenhum lugar da Bíblia está escrito que a cristandade não possa festar; que ela não possa ser alegre; que a cristandade não possa dar gargalhada e se divertir. Pena que essa informação ainda não é do senso comum, do domínio de todas as pessoas cristãs.

Quem leu o livro “O nome da Rosa” de Umberto Eco há de se lembrar que as pessoas condenadas à morte no mosteiro da Idade Média eram os monges que procuravam um manuscrito onde se lia sobre a possibilidade de que o ato de sorrir tinha raízes em Deus. Claro que os detentores de poder igrejeiro tentaram esconder esta realidade. Sim, também as pessoas profundamente comprometidas com Jesus Cristo, cristãos de boa cepa, podem festejar; alegrar-se; rirem a vontade. Que coisa boa!

Os potes de pedra do nosso texto eram para armazenar água. Aquela água era para a higiene dos festeiros. Não só para a higiene corporal, mas também para uma higiene, uma limpeza ritual, uma lavagem de toda a sujeira do pecado. Ao imaginarmos aqueles enormes jarros cheios d’água, lembremos da Santa Ceia. Para nós o sangue de Jesus Cristo, vertido na cruz, nos limpa de toda culpa. O vinho é fruto da videira. Foi com vinho que Jesus celebrou, antes da crucificação, Sua última janta com seus discípulos. Também com o vinho será festejada a vitória da vida sobre a morte. Festejemos! O mundo é passageiro e os poderes que o regem só têm força até por ali. Alegremo-nos! Somos cidadãos do reino de Deus. Jesus é a nossa esperança, a nossa certeza, o nosso Deus.

Conclusão

Claro que Jesus também precisa ser respeitado como Deus. Num dado momento Ele dá resposta dura à Sua mãe, quando ela quer forçá-lo a resolver o problema do noivo: - “Não é preciso que a senhora diga o que eu devo fazer. Ainda não chegou a minha hora.” Ele não age assim pelo fato de se sentir incomodado porque vai ser apontado como o “milagreiro do vinho”, mas porque Ele não quer se deixar conduzir, comandar por nenhum partido; por nenhuma Igreja; por nenhuma pessoa; nem mesmo pela sua própria mãe. Ele deve caminhar pelos caminhos pensados pelo Seu Pai desde a eternidade. Jesus tinha clareza: Aquele primeiro milagre seria a primeira estação para o caminho da cruz. Todos teriam a chance de entender que Ele era o Messias, o Cristo, o Prometido. Não teria mias volta. O seu alvo era a salvação da humanidade. Por isso, alegria, mesmo dentro destes tempos difíceis. O caminho de e para Jesus Cristo sempre passa pela cruz, mas trata-se de um caminho de vitória, nunca de derrota. Amém!

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