Busque Saber

28.10.11

Gisele Bündchen - exemplo interessante!



Contextualizar-se com o próximo a partir do movimento horizontal e com Deus, a partir do vertical... Isso dá o que pensar! A cruz corresponde ao Mandamento do Amor que Jesus sublinhou como sendo o mandamento mais importanteem Mateus 22.37-39.

Falar de “cura” e de “salvação” é referir-se a Jesus Cristo. Jesus foi intitulado de “Salvador”. Quem lê os Evangelhos percebe Jesus como o sujeito de inúmeras “Histórias de Cura”. Como entendê-las? Penso que Bartimeu, o cego de nascença curado por Jesus, nos ajude nesta empreitada.

Olhemos para nós mesmos: Somos pessoas “cegas” quando estamos no escuro; quando há sombra ao nosso redor. Estamos “cegos” quando não vemos mais a saída. Experimentamos “cegueira”, quando só nos envolvemos com nossos próprios problemas. Estamos “cegados” quando só permitimos que o passado ocupe espaços em nós; quando permitimos que só o “vivido” nos nos importe; quando não damos mais mínima importância para o dia de hoje.

Nessa hora é importante “ver a vida” com outros olhos. Nosso objetivo não é sanar uma deficiência visual, mas oportunizar pessoas à margem, boa reocupação no “centro da roda”; promover chances de sua luz não se esconda mais debaixo da mesa; abrir possibilidades para a saída dos profundos “buracos” da depressão. Sim, estou apontando para um “novo caminho”. Uma nova rota que fica evidenciada na afirmação que se faz sobre Bartimeu: - “Ele seguiu Jesus”!

A cura assim como Jesus a entende é um caminho que leva à re-orientação. Não se trata de tratamento fácil, especialmente quando se faz da doença um vício. São muitas as pessoas que “optam” por “carregar” doenças em suas vidas, porque veem as mesmas como um “peso” mais leve de ser carregado do que a própria existência. Nestes casos, nem sempre pode-se ligar diretamente o “novo caminho” com a cura física ou psicológica, mas própria vontade; com a própria decisão: - Chega! É o suficiente! Eu vou mudar!

Sabe-se que a jovem médica indiana Mary Verghese sofreu um grave acidente, logo após a sua formatura. Ela, paraplégica, “batalhou” muito. Alguns anos depois escreveu um livro com o título “A dádiva da dor” onde diz que “pediu pés a Deus e Este lhe deu asas”. Todo esse sofrimento oportunizou à referida médica a se tornar a mais apta para compreender e se envolver com seus pacientes mutilados e leprosos. Todo esse seu interesse em prol dos mesmos fez com que desenvolvessem melhores métodos de operação cirúrgica. Para muitas pessoas à beira do desespero, os seus métodos acabaram oportunizando cura e salvação.

Aqui lembrei de uma frase dita pela famosa modelo Gisele Bündchen: - “Tudo aquilo que você não se dedica 100%, você acaba se dando mal.” Graças a Deus, Jesus se dedicou de corpo e alma a nós! Sigamos seu exemplo! Vem aí o Advento e é tempo de recomeçar!

25.10.11

A Manipulação de Pessoas!


Estávamos comendo uma porçãozinha de camarão ao bafo no bar do Arante: o Ariovaldo; o Genivaldo e eu. A conversa corria solta. Tempos bons aqueles da nossa Santa Cruz do Sul dos anos 70. Quarenta anos tinham se esvaído em dias e agora estávamos ali, “ministros eclesiásticos”. Papo vai, papo vem, desembocamos no tema “manipulação de pessoas”. Saí dizendo que sim, que era possível “manipular-se” pessoas. Que desconfiava serem muitos os líderes eclesiásticos que articulavam esta “arte”. Deixei-lhes claro minhas dúvidas sobre o assunto quando perguntei:

- Será que a “manipulação” faz bem para quem a “sofre”?

O Ariovaldo logo se fez senhor do assunto se dizendo “manipulador”, mas com emendas: sempre tinha muito cuidado ao “manipular” indivíduos.

Fiquei estupefato. Reagi observando que quem “manipula pessoas” também tem ascendência sobre estas mesmas; que pode “usar” estas “pessoas manipuladas” ao seu bel prazer; que “usando-as”, também se lhes estaria roubando o “livre arbítrio”.

- Calma Renato! – disse o Genivaldo que carinhosamente chamávamos de Gê. Não há necessidade de “manipularem-se pessoas” se estas já fazem aquilo que esperamos que elas façam. Aliás – continuou ele – é interessante notar que a maioria das “pessoas manipuladas” nem se apercebem que estão sendo “usadas”.

Confesso que não conseguia entender direito o rumo da nossa conversa. Meus dois colegas pareciam incrivelmente familiarizados com aquela temática. Mesmo assim argumentei:

- Pô Genivaldo! Uma pessoa sempre fica agressiva logo depois de perceber que está sendo “manipulada”. Só essa constatação já me faz pensar que isso não é bom. O Ariovaldo não se conteve e abriu seu “discurso” como se abre um “jogo de cartas”:

- Isso é verdade. No momento em que uma pessoa descobre que está sendo “manipulada” ela acaba expressando muita raiva, mas isso é administrável...

- Ô Ariovaldo. A raiva é compreensível, visto que toda forma de “domínio” sempre está “fantasiada” de ataque. É óbvia a necessidade do “sopro” de ventos de resistência.

- Sim, Renato! Sei disso, mas note que eu sempre exerço a “manipulação” sobre pessoas que se mostram mais inseguras. É assim que as pessoas mais fortes; mais auto-confiantes; mais seguras de si e em paz consigo mesmas não são tão suscetíveis à “manipulação” que exerço. Isto não quer dizer que não seja possível “manipulá-las”. Para “manipular-se” estas ditas cujas mais “estabilizadas”, há que se ser mais “esperto” e isso, amigão, eu sou. Vocês já devem ter notado. Cada indivíduo carrega pelo menos uma, duas, três ou mais fraquezas em si. Uma destas tais já são suficientes para servirem de “trampolim” no sentido de se encaminhar uma “boa manipulação”.

O Genivaldo não se conteve. Serviu-se de mais dois camarões. Arrematou o momento com um gole de cerveja e se saiu assim:

- Claro que é preciso cuidado ao “manipular-se” pessoas. Entretanto, formas extremas de “manipulação” são como que “parentes” da chantagem. É por isso que esse assunto da “manipulação” precisa ser tratado com cuidado. Cá pra mim tenho uma técnica muito simples de “manipular” indivíduos. Sempre só “manipulo” quem está em “pé de igualdade” comigo na família; no trabalho e ou até nas relações de profunda amizade. Vocês estão “carecas de saber” que os pais estão acima dos filhos; que os patrões estão acima dos seus empregados; que os irmãos mais velhos estão acima dos mais novos e que o “ministro eclesiástico” está, quase sempre, acima dos membros da sua Comunidade... Ora, nestas circunstâncias é fácil exercer-se “manipulação”.

Nesta hora eu pensei em pedir a conta. Sair dali daquele lugar. Deixar meus amigos a sós. Aquilo não podia ser verdade, mas o problema é que era. Mas daí então eu resolvi ficar mais um pouco, enquanto o Ariovaldo falava de suas experiências como “manipulador”:

- Tenho para mim que quem quiser ousar “manipular”, faça-o com pessoas que sejam iguais. Eu só “manipulo” quem esteja no meu nível ou abaixo de mim.

- Me explica melhor isso Ari... (Meus colegas perceberam o espanto retratado nos meus olhos e pareciam se divertir comigo. Mesmo assim continuaram extremamente abertos.)

- Para que uma pessoa faça exatamente o que você espera, diga-lhe o que fazer de forma tão clara que ela não tenha outra saída senão fazer aquilo que você lhe sugeriu. Parece difícil, mas não é. Exemplifico: - Fulano! O que eu gosto em você é a sua honestidade. Quando se diz uma tal palavra para alguém, nesse alguém desperta a necessidade de se comportar do jeito sugerido. A pessoa que acabou de ouvir que nós a “vemos” como “honesta”, se vê “honesta” e, ato contínuo, passa a valorizar esse “juízo de valor”. A partir de então ela vai se esforçar, com “unhas e dentes”, para ser “honesta”; ela fará de tudo, aplicará todas as suas energias no sentido de se tornar uma pessoa cada vez mais “honesta”. Concorda comigo Gê?

- Claro que sim! A primeira coisa a se fazer é descobrir aquilo que você gostaria de “ver” na pessoa que você vai “manipular”. Depois, formular-lhe com muito jeito a “sua convicção”. Deve-se escolher o momento certo para fazê-lo (kairós). A pessoa a ser “manipulada” precisa perceber que você não está caçoando dela, mas que você está falando sério; que você está verdadeiramente interessado nela. Diga-lhe o que precisar ser dito e faça-o com muita convicção. Os resultados virão em seguida.

Os colegas não paravam de “martelar” sobre os seus “sucessos”.

- Sabe Renato, o Genivaldo está certo. Eu até vou mais longe. Também é possível “manipular-se pessoas” fazendo uso da Psicologia Reversa. Quem usa este método não pode logo dizer ao “futuro manipulado” aquilo que “gosta nele”. Há quem defenda a tese que, ao “manipularmos” com base na Psicologia Reversa, devamos expressar o contrário daquilo que verdadeiramente queremos que seja feito; que a pessoa em “manipulação” quererá resistir e não fazer o que estamos pedindo, mas exatamente aquilo que esperamos que ela fizesse, a partir do nosso “desejo escondido”. A primeira vista isso parece lógico, mas não é. Quase sempre é assim que uma “pessoa resistente” até nem queira resistir a uma determinada idéia que esteja sendo posta. Ela quer ir contra, isso sim, à pessoa que colocou a tal idéia “sobre a mesa”. Em casos como estes de nada adianta a Psicologia Reversa. Se uma pessoa não quer fazer aquilo que esperamos dela, aí temos que partir para a “manipulação” propriamente dita.

- Boa Genivaldo! Tenho pra mim que a verdadeira Psicologia Reversa também pode ser descrita de forma diferenciada: Organiza-se uma situação onde a pessoa a ser “manipulada” não tenha outra saída senão fazer exatamente aquilo que se espera dela. Esse método se parece muito com o que já repartimos há pouco. O fato é que a “manipulação” funciona apenas em determinadas circunstâncias. Vou dar outro exemplo para explicar isso que acabei de afirmar. Prestem atenção na ordem que vou proferir: - Atenção! A partir de agora está terminantemente proibido pensar-se em ursos polares. No que é que vocês dois estão pensando? Isso mesmo! Vocês acabaram de se tornar vítimas do sucesso da aplicação da Psicologia Reversa. O princípio é simples. Provoquem um momento em que a pessoa não tenha outra saída senão pensar exatamente naquilo que você deseja que ela pense. Façam isso a partir de “ferramentas”, tais como frases do exemplo de há pouco; pela “impostação da voz” para sublinhar esta ou aquela idéia. Podem crer, sempre dá certo!

- Que coisa! Nunca imaginei isso que vocês acabaram de repartir, assim, com tanta transparência. Isso não seria “auto sujestão”?

O Ariovaldo mal podia esperar a hora de começar a repartir seus pontos de vista sobre este novo assunto:

- Gente, a “auto-sugestão” é uma área muito complexa da Psicologia, mas cá entre nós, quem é que se preocupa com “complexidade”. Tiramos a essência desse saber e usamos esta “ferramenta” de uma forma prática, quando ela nos for útil e acabou a história. Fala-se de “auto-sugestão” quando se induz a própria pessoa a manipular-se. Além da “auto-sugestão” também há a “hetero-sugestão”. Um bom exemplo para “hetero-sugestão” é o “efeito placebo”. Prescreve-se medicamentos para que uma pessoa os ingira e, consequentemente, cure sua doença. A pessoa crê na eficácia e no “poder” desse remédio e, de fato, a cura acontece algum tempo depois. Quer dizer, se induz um tipo de “manipulação” que vem “de fora”; uma “manipulação” que promove o fim desejado: a cura. Concorda Genivaldo?

- Óbvio que sim! Já um exemplo bem conhecido de “auto-sugestão” é a tal profecia que se “auto-realiza”. Há pessoas que temem passar por alguma situação futura. Passa o tempo e elas acabam acontecendo tal e qual foram previstas. A pessoa mesma “cria” os “ingredientes” para que a “profecia” se cumpra. Ela mesma faz a “profecia” acontecer. Isto geralmente acontece assim porque, inconscientemente, as pessoas acabam “fomentando” a realização do próprio temor. Ou seja, as próprias pessoas se “auto-manipulam” de forma involuntária, para chegar ao ponto previsto pela tal profecia que tanto temiam que se concretizasse.

Nesse momento tocou meu telefone celular. Era a Valmi. Tinha chegado visita na José Boiteux. Despedi-me e fui para casa. Não vi o tráfego e nem tampouco se o sinal era verde ou vermelho. Foram vinte quilômetros “embebidos” de “pensamentos estranhos”. Pastores, colegas meus, formados pela mesma Faculdade de Teologia “manipulavam pessoas” das suas Comunidades.

Num dado momento da pequena viagem me lembrei do texto de Mateus 16.17-19 onde se lê: “Jesus afirmou: - Simão, filho de João, você é feliz porque esta verdade não foi revelada a você por nenhum ser humano, mas veio diretamente do meu Pai, que está no céu. Portanto, eu lhe digo: você é Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e nem a morte poderá vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino do Céu; o que você proibir na terra será proibido no céu, e o que permitir na terra será permitido no céu.”

Estaria Jesus “manipulando” Pedro? Será que os “presbitérios comunitários” também não desenvolviam esta prática? E quanto às lideranças gerais da Igreja. Sim, eu tinha que continuar pensando naquele assunto...

21.10.11

Médicos cura d´almas - Isso é possível I?


A gente experimenta ócio. Daí então “cai” um livro antigo na mão. Folheia-se o dito cujo e lá no meio das palavras se lê: “O homem é incuravelmente religioso”. Você vai concordar comigo que se trata de uma frase interessante – certo? Quem a escreveu? O nome do sujeito é Nikolaj Berdjajew, um filósofo religioso de origem russa. As perguntas continuam “bombardeando”... Será que esse ex-maxista quis se referir à religião como algo ilusório ou doentio, tal como seu compatriota Marx? Pode ser, mas, pelo menos, a nível de Brasil há fortes indícios de que mais e mais pessoas até andam procurando contato com o sagrado.

Sim, as pessoas precisam de “cura e salvação”. Sei que lá nos tempos idos os sacerdotes também eram considerado médicos. Será que nossos atuais “profissionais da saúde” não deveriam ensaiar voltar a sê-lo? Converso com pessoas que precisaram cuidados hospitalares como eu. Eles testemunham de “frieza” na comunicação. Indiretamente me dizem que gostariam que seus “cuidadores” ensaiassem ser curas d´alma durante a consulta. Sublinho, grifo, grito este desejo.

Não, a religião não é uma “doença” da qual se precisa “curar” as pessoas. Pelo contrário! Quanto mais se experimentar confiança a partir da religiosidade, maior será a vontade de se envolver com Deus. A conjugação da fé em Deus com a confiança de que Ele está por perto, sempre promove mais vida equilibrada; mais vidas que não almejam excessos, apenas o suficiente. Ora, a recuperação da saúde passa pelo relacionamento com Deus, sempre passou.

Certa vez um curioso luterano perguntou para um católico praticante: - Escuta aqui ó meu! Porque é que tu fazes o sinal da cruz? Esse teu gesto não tem nada a ver com magia? O sujeito lhe respondeu: - Amigão! Com o movimento horizontal eu me contextualizo com meus próximos. Já com o vertical, me lanço nos braços de Deus. Sim, faço-o meio de forma inconsciente, mas é isso mesmo que te respondi!

20.10.11

A alegria! (1998)

Hoje eu estou completando 26 anos de ordenação ministerial. Nunca esqueço do Culto do dia 20 de outubro de 1985 em Cidade Gaúcha (PR). Lá estavam minha família, meus pais, toda a Comunidade que chamávamos PANOPA e o Pastor Regional Rudi Kich. Para comemorar, relembro uma poesia que escrevi em Florianópolis no ano de 1998. Abraços!


A alegria é um bichicho,
engraçadinho,
entocado dentro do meu peito.
Quase sempre moleque,
serelepe,
a fazer "arte" em mim
As vezes fica escondido,
encolhido,
ensimesmado no canto do coração.

17.10.11

Cadê o diálogo?


O João escreveu o Apocalipse. Adorei seu estilo. Estou copiando. Olha só! Eu vi o último dia. Nele os representantes mais dignos de todas as Religiões e Denominações do mundo estavam sentados numa sala de espera. A sala onde eles esperavam se parecia muito com estas saletas de consultórios médicos que estamos acostumados a visitar. A porta estava trancada. Ao invés de folhearem revistas, as pessoas ilustres liam textos sagrados como a Torá; o Novo Testamento; o Corão.

Volta e meia os leitores levantavam seus olhos sobre os “colegas de espera” e perguntavam-se: - O que é que essa gente almeja? Quem será o primeiro, o segundo e o terceiro a ser atendido? Será que o tempo será sufiente para que todos sejamos atendidos? Será que alguns de nós seremos preteridos?

Este era o espírito naquela Sala de Espera. O silêncio dava a impressão de que todos estavam calmos. O comportamento externo de cada um era pacífico, mas o interno nem tanto, porque cada um via o outro como concorrente; como suspeito. Aí então, depois de um longo tempo, a porta se abre e o Senhor chama indistintamente a todos, de uma só vez, à Sua sala. Deus olha para cada mulher e para cada homem sentados ali à Sua frente e sorri. Depois de sorrir, encara-os com uma pergunta bem simples: - Por que vocês não dialogaram entre si, enquanto esperavam? Vocês dispunham de tanto tempo...

11.10.11

Tema e lema da IECLB - 2012!


O tema e o lema da nossa querida IECLB para 2012 será “Comunidade jovem - Igreja viva - Antes que eu te formasse no ventre, te conheci” (Jeremias 1.5a). Escrevi um pequeno texto para cooperar nesta reflexão... Convido à leitura. Ele é o começo de uma reflexão que, seguramente, vai nos envolver!

Sim, foi um bem-te-vi que me acordou. Da janela, vi o pássaro de ventre amarelo vocalizando o meu amanhecer. Tomar café na confeitaria da “vila”, por que não? Surpresa! A Aline e o Henrique também estavam lá. Fiz o meu pedido à atendente e sentei-me ao lado deles.

- Olá pessoal!
- Oi Pastor! Lemos a sua coluna no jornal – disse a Aline.
- Algum detalhe chamou a atenção de vocês?
- Aqui, olhe Pastor: A IECLB já depende e ainda vai depender muito mais dos jovens que se achegam para trilhar os caminhos de fé.
- Grande Henrique! A base da nossa Igreja é a fé em Jesus Cristo. Nele experimentamos o perdão dos pecados, a vida abundante. Crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, todos estão convidados a terem acesso à proposta de paz, amor e perdão que vem de Deus.
- Em um dos nossos encontros da Juventude Evangélica, a Aline também já se referiu à nossa Igreja como “viva”, aberta a todos.
- Bom, Henrique, a nossa Igreja é “vibrante” porque tem a Bíblia como fonte, como norma para a vida. Alicerçados nesta verdade abrimos os nossos ouvidos para os recados que a Palavra de Deus traz.
- A Bíblia é “fonte”, é “norma” para a vida. Uaaau!
- É Aline! Quem lê a Palavra de Deus com responsabilidade, desenvolve vida espiritual sadia, cresce em amor pelos outros, encorpa o louvor a Deus. Sim, cabe-nos continuar oportunizando a fé às próximas gerações.
- Estamos nessa, Pastor! A Aline e eu também sonhamos com uma Igreja que se renova enquanto caminha.
- Sei disso! Vocês, como eu, articulam o fortalecimento da IECLB dentro dos grupos em que participam. Ah! Parabéns pelo debate que organizaram no “campus” universitário.
- Que debate! Amei a fala do palestrante: O amor vê o sofrimento dos outros. A Igreja é o lugar onde as pessoas, em meio às suas crises, encontram apoio...
- Certo, Aline! Dialogar sobre os problemas que machucam os fracos, dar timbre de voz aos que não têm – essa é a nossa tarefa!
- Gente! Preciso ir. A gente se vê e se fala.

Fui para casa motivado por bons pensamentos. Aqueles jovens dariam seguimento ao Projeto do amor de Deus, à Igreja – isso era mais do que certo.
Tal como eles, o jovem Jeremias também teve perspectivas de fazer carreira na cidade grande. Quando Deus o convocou para passar uma mensagem mais densa aos povos, Jeremias não se mostrou muito disposto a mudar o rumo da sua vida e disse: “Eu não sei falar. Sou muito jovem!”.

Deus percebe “temor de mudanças” no futuro profeta e diz: “Jeremias! Fica tranquilo. Eu já penso em ti antes do teu nascimento. Não presta atenção nos teus mil medos. Quero que te does ao mundo em prol de “mais vida”. Jeremias ouviu, refletiu e fez a boa opção. Não se fixou no que não sabia fazer, nas críticas que poderia vir a sofrer, mas ousou confiar o “momento novo” a Deus. Agindo assim, não se solidificou, mas se moveu com liberdade, fazendo história.

Já em casa, escrevi um e-mail: Olá Aline! Olá Henrique! A IECLB conta com pessoas para construir um futuro melhor para o nosso mundo. Vocês têm o perfil da “profetisa” e do “profeta” moderno. Idade e cultura não importam. Se Deus chama, o que vale é a fé, o desejo ardente por mudanças. Essas só acontecerão se movermos as nossas mãos a partir de clara reflexão. Topam o desafio? Acomodei-me na cadeira giratória e dei “enter”. Não demorou e o Henrique entrou na rede:

- Oi! O que eu faço para ser profeta?
- Opa! Um “profeta moderno” tem a tarefa de acabar com os preconceitos, destruir o ódio, construir “pontes” e plantar amor, por exemplo.
- Como faço isso?
- Se você fosse menino, convidaria o seu vizinho mais pobre para brincar. Se fosse parente da pessoa que, depois da briga por causa da herança, decidiu não trocar mais uma palavra que seja com os seus familiares, escreveria um cartão de aniversário. Se percebesse vizinhos recém-chegados, os convidaria para uma xícara de chá. Se fosse pai, doaria tempo e levaria os seus filhos a sério. É isso aí!
- Interessante! Podemos falar mais tarde?
- Beleza!

A vida seguia em frente. Lá longe, o bem-te-vi ainda cantava: Bem-te-vi!

8.10.11

Grande José!


Lembram do José? Do marido da Maria que viveu momentos difíceis antes do seu casamento? O casal tinha combinado abstenção sexual durante o namoro e o noivado. Maria quebrou o trato. Que loucura! Ela lhe falou dum Anjo e duma gravidez estranha. Só faltava essa! Anjos não tinham coisas mais importantes a fazer do que “visitar” jovens mulheres na terra? Anjos não eram assexuados? Anjos eternizavam gerações através do sexo? Não! Aquele tal Anjo não podia ser o pai da criança plantada no útero da sua Maria. Ah sim! Ela dissera o nome do gerador: Espírito Santo. Não podia ser! Até então Deus só falara com profetas. Que história era aquela? Comunicar-se com a humanidade, justamente através da barriga da sua futura esposa? Isso não tinha cabimento! E se o povo ficasse sabendo daquela gravidez extraconjugal? Os amigos fariam piadinhas do tipo: - Nenezinho prematuro esse – hein José! Os parentes iriam franzir a testa e, certamente, sugerir que ele denunciasse Maria às autoridades competentes. O problema é que daí ela seria apedrejada. Não, ele não seria tão radical. Opa! Ele poderia se separar da Maria, pois Moisés tinha permitido dar “carta de divórcio” em casos de infidelidade. Sim, ele iria “dormir uma noite” para pensar melhor no que fazer...

José sonha: - Não temas receber Maria como tua mulher. O que o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Incrível! O tal Anjo lhe sugere que vá ao encontro da amada. José está confuso. Deus quer fazer acontecer Sua obra salvadora a partir das “entranhas” daquela que ele tanto ama. Sem essa! Estava tudo acabado! Fazer o quê? Denunciar Maria aos poderes constituídos? Não! Dar “carta de divórcio”? Não! Ela não merecia administrar aquela “vergonha”. Ele, sim, ele assumiria a “vergonha” da Maria “sumindo do mapa”. A Maria que seguisse o seu próprio caminho. Ninguém sabia que a criança não era dele. O momento é difícil, mas Deus se inclina para José e lhe explica o milagre. José entende que o Salvador nascerá do útero da sua amada. José percebe que a sua Maria carrega o fruto do Espírito Santo em si e adota, assume o Menino. José torna-se o pai de direito do Menino Deus. As dúvidas referentes à sua Maria eram infundadas. Se Deus tinha criado o céu e a terra, Ele também seria capaz de gerar um Filho daquela forma.

Sobre o José? Ora, Deus o viu homem temente, sensível à Sua Mensagem. Maria o vivenciou companheiro, amoroso e cuidadoso. Jesus o vivenciou pai, presenteador de segurança em meio às crises que a vida propõe. Viva o José!

Maria, você engravidou?


Coloquemo-nos na “pele” da Maria. Ela era uma moça centrada em Deus, mas também um tanto inexperiente. Ela era oriunda de boa família e, por isso mesmo, noiva de um homem maduro que exercia a profissão marceneiro, ali pelas redondezas. O seu futuro era seguro. Estava escrito que ela viveria todos os seus dias numa cidadezinha pacata do interior. De repente, muda a história. Um Anjo lhe propõe tarefa dificílima: Ela deve gerar uma Criança e isso, sem ter tido relação sexual com homem algum. O Gerador da criança que ela vai carregar no útero será o Espírito Santo e o Menino que ela vier a dar à luz será ninguém menos do que o Filho de Deus.

Quem é que acreditará nesta história? Será que o José “engoliria” suas explicações? Maria é mulher simples e não faz perguntas complicadas. Não sofre por antecedência. Ela só quer saber como isto tudo vai acontecer. Depois que o Anjo lhe explica o “projeto” nos mínimos detalhes, ela reage dizendo de forma espontânea: - Aconteça como você me disse. Será que Maria recebeu alguma ajuda para tomar esta decisão? Não! A única informação que ela obteve foi que sua parenta também estava grávida. Interessante isso! Só depois que o Menino nasceu e que ela, conforme exigia a tradição judaica, O apresentou no templo, foi que Simeão e a profetisa Ana falaram sobre o futuro que esperava aquele Menino.

Com o seu “sim” ao Filho de Deus, Maria tomou uma decisão contra a normalidade de uma vida feliz e pacata. Ela não sabia quanto medo e quanta dor ainda viria sofrer. Estas tais dificuldades já têm seu início no momento em que precisa fugir para o Egito junto com seu esposo José. Estas tais crises só culminam com a morte de seu Filho na cruz. O fato é que Maria se decidiu a viver uma vida comprometida com Deus. O que será que teria acontecido se ela tivesse reagido com um “não” a Deus?

Quantas e quantas vezes por dia, mulheres e homens são procuradas; procurados no nosso meio? Pessoas que estejam dispostas a viver uma vida inteiramente compromissada com o Pai dos Céus? Qual o tamanho da fé que uma pessoa precisa ter para comprometer sua vida no “Projeto de Amor” que Deus tem para com a humanidade? Maria é o exemplo de uma pessoa que se decidiu caminhar com Deus até as últimas consequências. O que hoje nós sabemos dela, ela, naqueles tempos, só podia se imaginar. O fato é que Deus estava com ela. Foi nesta palavra que ela se segurou. Mas, e José? O que será que passou pela sua cabeça naqueles dias?

5.10.11

Louvor e Compromisso!


Essa será a minha pregação nos Cultos do dia 09 de outubro de 2011. Boa leitura!

O profeta Isaías fez lindas profecias. Já estamos vivendo os maravilhosos tempos previstos pelo profeta. Alegremo-nos e cantemos louvores a Deus porque já podemos experimentar a Sua bondosa mão sobre as nossas cabeças...

Em Isaías 25.6 se lê: “No monte Sião, o Senhor Todo-Poderoso vai dar um banquete para todos os povos do mundo; nele haverá as melhores comidas e os vinhos mais finos.” O Reino de Deus é com uma Grande Festa. Deus quer nos satisfazer e é por isso que Ele nos convida para bebermos bebida deliciosa; alimentarmo-nos com alimentos saborosos – tudo de primeira qualidade. Sim, Deus nos quer festejar conosco; quer comunhão conosco; quer nos presentear com felicidade pessoal e comunitária. Lembram do primeiro milagre que Jesus fez quando transformou água em vinho? Lembram do relato da Criação de Deus em Gênesis? Quando o nosso Deus cria “algo” esse “algo” sempre é da melhor qualidade. A obra de Deus é perfeita e nós, os não judeus, também temos espaço nela porque Jesus Cristo nos oportunizou o mesmo.

Em Isaías 25.7 se lê: “Deus acabará com a nuvem de tristeza e de choro que cobre todas as nações” Lembram do nosso tempo de crianças? Colocávamos um cobertor sobre as nossas cabeças e brincávamos de “fantasma”. Mesmo cobertos, sempre ainda víamos um pouquinho de claridade e escuridão, mas todos os detalhes não. São muitos os que carregam apenas uma “idéia religiosa” de Deus em si. Esse povo “sente” que não pode entender o mundo apenas com os cinco sentidos. Essas “nações” desconfiam que existe Alguém Maior a governar o mundo. Essas pessoas têm uma vaga percepção da Luz que é verdade sobre o tal “cobertor”. Sim, a maioria das pessoas só tem uma idéia parcial de Deus. Alegremo-nos! Foi Jesus quem nos ajudou a tirar o “cobertor” que cobria nossas cabeças. Foi Deus quem nos possibilitou que O reconhecêssemos como o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo; como o Deus que bem poderia nos condenar à morte por causa dos nossos pecados, mas que deixou esta idéia de lado; que investiu em nós, a partir da morte e da ressurreição de Seu filho amado.

Em Isaías 25.8 se lê: “O Senhor Deus acabará para sempre com a morte. Ele enxugará as lágrimas dos olhos de todos e fará desaparecer do mundo inteiro a vergonha que o seu povo está passando. O Senhor falou”. Gente querida! Isso já e verdade! Jesus Cristo “matou” a morte com Sua ressurreição (1 Coríntios 15.54). Nós fomos presenteados por Deus com a vida eterna. É em vista disso que podemos suportar as imperfeições; as doenças e os sofrimentos deste mundo. Sim, Deus vai enxugar todas as nossas lágrimas, aliás já está enxugando. Deus ouve as nossas orações! Claro que aqui e ali ainda há alguma razão para se chorar, mas temos a promessa de que Deus não vai nos sobrecarregar além das nossas forças. É só no “Novo Céu e na Nova Terra” que as nossas últimas lágrimas são secas.

Em Isaías 25.9 se lê: “Naquele dia, todos dirão: — Ele é o nosso Deus. Nós pusemos a nossa esperança nele, e ele nos salvou. Ele é o Senhor, e nós confiamos nele. Vamos cantar e nos alegrar porque ele nos socorreu.” É feliz quem pode dar glórias a Deus com cânticos de louvor e de gratidão. Somos participantes da glória de Deus e por isso: adoremos e louvemos ao Senhor!

Quem leva a Palavra de Deus a sério percebe que glorificar a Deus é mais do que só fazer e cantar boa música. O louvor a Deus também é uma confissão. Quem diz: Este é o nosso Deus, Jesus, que morreu por nós e depois ressuscitou; este é o Filho de Deus, verdadeiro homem e verdadeiro Deus; este é Aquele que deu acesso ao Pai; este é Aquele que me presenteou com a salvação dos pecados; este é o meu Salvador; este é o nosso Redentor, está louvando, glorificando a Deus. É esta a confissão que deve ser o conteúdo permanente do nosso louvor. Quem louva sem compromisso está desconectado de Deus; que faz uma confissão sem louvor demonstra secura; teoria; filosofia; teologia pela teologia. Adoração sem ensino; sem conteúdo, sem qualquer declaração de comprometimento, não passa de música de entretenimento. A nossa música pode ser leve e alegre, mas sempre estará ligada à confissão: “Este é o nosso Deus, Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, por meio do Qual a morte foi derrotada.” Amém!

3.10.11

Fitoterapia x Apocalipse!


Humm... “Travamos” em Apocalipse 22.2b onde se lê: “...e as folhas da árvore são para a cura dos povos”. Alguém reagiu: - Ué! Haverá doenças no “Novo Céu e na Nova Terra”? Pra que “Fitoterapia”?

Não, as tais “folhas” não são para corrigir males, uma vez que a “desobediência a Deus” já é coisa do passado na “Cidade Santa”. As tais “folhas” servem apenas para que os “moradores” (judeus e não judeus) do “Reino de Deus” desfrutem plena “saúde física e espiritual”. Isso mesmo! O autor de Apocalipse não entende a “salvação” apenas para um “punhado” de pessoas.

Ah a Fitoterapia! Em 2012, vigorará uma lei que oportunizará a produção de remédios medicinais a baixíssimo custo em Joinville. Pesquisou-se 482 agricultores na nossa região. Descobriu-se que 96% deles já utilizavam plantas para tratar da saúde; que 91% obtiveram o resultado esperado com esse tratamento; que 93% gostariam que os médicos que atendem nos Postos de Saúde prescrevessem plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos aos pacientes.

Não deu outra! A Câmara dos Vereadores aprovou a lei. O prefeito já a assinou. Agora é investir na vida; enfocar o indivíduo e não a doença; implantar a primeira “Escola de Saúde” com suas 800 vagas; aprender o uso dos produtos naturais e das ervas medicinais na prevenção, na cura de doenças e na melhor qualidade de vida.

Sim, por aqui já se experimentará um “pequeno sinal” do que será “bem-viver” na esperada “Nova Jerusalém”.

OLHA SÓ!