Estávamos de férias e nossos filhos nos visitavam. A
sombra da goiabeira estava aprazível, também por causa do chimarrão. Da
churrasqueira vinham estímulos que davam água na boca...
- Pois é pai! Então hoje, há 58 anos, tu foste batizado
no templo da IECLB de Santa Cruz do Sul (RS)...
- Verdade Daniel! Quem me batizou foi o P. Wilfrid
Buchweitz que, na década de 70, seria o meu professor de Teologia Prática na
Escola Superior de Teologia, em São Leopoldo (RS).
O Áquila, ouvinte, girava os espetos. Lavou suas
mãos, rearticulou a bomba na cuia, olhou com olhar cúmplice para a sua Vanessa e
se saiu assim:
- Pai! No Portal da IECLB se lê que Martin Luther
“rastejava, todos os dias, de volta ao seu Batismo”. Explica isso!
- Filho, o nosso Reformador não entendia o Batismo como um simples ritual, mas como “o” fato que
alimentava sua fé; que moldava sua consciência; que lhe dava força e coragem
para viver. Em tempos de luta interior, Luther escreveu com giz sobre a
sua escrivaninha: “Eu sou batizado!”
- Interessante - atalhou a Vanessa - quer dizer ele
ficava confortado sempre que lia aquela frase.
- Isso
mesmo!
O Pedro
se aproximou com seu boneco Aber. A Paula lhe deu colo e recolocou a conversa
nos eixos.
- Explica
melhor sogro!
- O Batismo se vive quando se dá, a cada dia,
um novo “sim” a Deus. É na Comunidade que ele se encorpa na vida das pessoas; que
se aprende sobre Deus que nos aceita com Seu “sim”; que acontece a reunião das
pessoas de todas as idades para falar, ouvir, cantar, orar e adorar a Deus; que
floresce a vida cristã, já semeada em nós quando do nosso Batismo.
- Então! Somos pessoas batizadas e, por isso, confortadas
e fortalecidas. Façamos festa - disse a Valmi!...
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