Palavra interessante! Cada verdade precisa de uma pessoa
que a pronuncie. E
essa pessoa também precisa ser corajosa a ponto de “subir no telhado” e, de lá,
proclamar o que está ardendo dentro do seu coração.
Jesus estimulou os Seus doze discípulos dizendo-lhes: -
Olha pessoal! “...o que se vos diz ao ouvido, proclamai-o de sobre os
telhados.” (Mateus 10.27b)
Na minha família sempre de novo se comenta sobre a
história vivida pelo meu sobrinho, o Arthur. Era seu primeiro dia de aula e
todas, todos os coleguinhas eram estranhos entre si, mas, ao mesmo tempo, se
mostravam curiosos: - Como seriam aqueles primeiros dias de aula? Logo que a
sineta bateu, a professora levou a classe a conhecer o prédio e também o pátio
do referido colégio. Todas as meninas e todos os meninos analizaram o
auditório; o ginásio esportivo e o parque infantil daquele Estabelecimento de
Ensino no qual iriam viver bons anos de suas vidas. Feito isso, foram
encontrar-se com a Diretora da Escola. Todas as crianças correram na sua
direção e claro, foram muito bem recebidas pela mesma.
Logo que a algazarra do primeiro momento terminou, o
nosso Arthur se dirigiu à Autoridade Escolar com palavras indignadas. Ele
disse: - Cem menos três é igual a noventa e sete, mas isso, não interessa a
ninguém!...”
Rimos muito a respeito desta piada, quando de um encontro
familiar na casa do meu irmão, em Santana do Livramento. O fato é que, no peito
do meu sobrinho “ardia” o desejo de dizer aquilo que disse. Foi por isso que
ele tomou coragem e, na primeira oportunidade, proclamou, “aos quatro ventos”,
aquela verdade. Nós não podemos saber se o meu sobrinho escolherá a profissão
de pregador, mas nos ficou evidente que ele não tem vocação para ficar calado
na vida. Ele disse: - “Matemática não interessa a ninguém – nós queremos
brincar!”
Essa irreverência do Arthur soou um tanto engraçada no
contexto do Ensino Fundamental. No entanto, essa experiência ousada de dizer o
que vai no coração nos é um exemplo de como podemos disseminar as verdades
cristãs que “queimam” dentro do nosso peito; que nos foram sopradas pelo
Espírito Santo nos ouvidos. São muitas as pessoas, e eu me encontro entre elas,
que sonham com uma Igreja que mostre mais o seu rosto dentro da sociedadade
brasileira. Mas será que a Boa Mensagem que proferimos, que estamos proferindo
e que ainda vamos proferir ainda chega às pessoas?
No dia 31 de outubro, Dia da Reforma, nós nos lembramos
das mulheres e dos homens que “subiram no telhado”, a fim de proclamar a
mensagem libertadora da graça de Deus. Essas pessoas, as assim chamadas
“reformadoras”, deram o seu recado ao povo com palavras claras e simples,
conforme a vontade que “ardia” nos seus corações: Não somos nós que articulamos
a salvação, mas é Deus quem nos fascina; anima-nos e nos conforta nesta tarefa.
Foi desta forma que os clamores dos reformadores encontraram guarida nos
corações das pessoas. A Boa Mensagem da Salvação que, primeiramente, foi sendo
repartida nos corredores das Universidades, veio até às pessoas de “sobre os
telhados” das cidades. Foi dessa forma que o mundo acabou conhecendo o
Evangelho.
Aquilo que os reformadores fizeram, expor-se sobre o “telhado”
e pregar, nós também estamos tentando fazer, mas, para tal,
precisamos estar alicerçados numa boa base. Se não existir um bom apoio, então corremos
o risco de perdermos o equilíbrio e cair.
A Igreja se auto-examina, se “olha no espelho”, vê quem é
e em que ponto está, quando lembra da Reforma. É Deus quem nos apoia; quem nos
sustenta; quem nos dá coragem e boa base para espalharmos a Mensagem Daquele
que levanta Pessoas com Deficiência; que anima Pessoas Deseperadas; que dá
coragem às pessoas que se perceberam
Imperfeitas.
Sim, são muitas as
mulheres e os homens que pregam a Boa Nova de Deus em nosso país e no mundo.
São inúmeras as pessoas cristãs que vivem essa Boa Nova, que lhes foi soprada
no ouvido, a partir de palavras e atitudes. Quem é que se importa com isso? Certamente todas,
de todos nós!
Nenhum comentário:
Postar um comentário