Busque Saber

19.10.12

Fé e Dinheiro!


Em Mateus 20.25-26 se lê: “Sabeis que os governadores das nações as dominam e os grandes as tiranizam. Entre vós não deverá ser assim. Ao contrário, aquele que quiser tornar-se grande entre vós, seja aquele que serve...”

Essa palavra me lembrou de um ditado popular que diz: “O dinheiro rege o mundo!” Está certo! É o dinheiro que dita os rumos do nosso sistema econômico. Quem tem dinheiro tem poder; pode comprar qualquer mercadoria. Sim, o dinheiro tem força descomunal no mundo em que vivemos. De um modo geral as pessoas podem aumentar seus bens e sua influência; explorar segundos e terceiros  com o dinheiro.

É isso! Com dinheiro se rege e se domina o mundo. O que diz a Igreja sobre este assunto? Será que as pessoas cristãs pensam de forma diferenciada? Será que a Comunidade Cristã não está acima destas questões que dizem respeito ao dinheiro? Às vezes eu carrego a impressão que nós, cristãs e cristãos, não nos diferenciamos das pessoas seculares, quando o assunto é dinheiro. Ouso fazer esta afirmação porque, aqui e ali, ouço palavras do tipo: “Não! Não podemos nos dar a esse luxo. Trata-se de uma boa ideia, sem dúvida, mas o nosso orçamento simplesmente não chega lá!” Muitas vezes, também é assim na Igreja que as nossas decisões se deixam determinar pelo dinheiro e não pela vontade de Deus. Quem tem olhos de ver, percebe que quando o assunto é dinheiro, as pessoas cristãs geralmente assumem o jeito de ser das não cristãs. Que jeito é esse? Ora, elas também se colocam como escravas de “Mamon”! 

Jesus diz: “Entre vós não deverá ser assim!” Aqui neste versículo Jesus se refere aos governantes que oprimem os seus povos. Penso que não seja errado aplicar esta mesma declaração à supremacia do dinheiro no mundo. “Não deve ser assim entre vós!” Isso mesmo! O dinheiro nunca deveria ter o primeiro lugar na Igreja, mas sim a proposta que Deus. O que sempre deveria estar ocupando o nosso foco é a tarefa que Deus deu à Comunidade; à Igreja. Onde focar nossa atenção? Ora, nas pessoas amadas por Deus. São elas que precisam ser objetivadas em todo e qualquer trabalho comunitário. Essa conversa de que “sem dinheiro nada funciona” não pode prevalecer na Comunidade. A confiança em Deus deve ser maior do que este detalhe!

Logo depois de ter declarado que não devemos servir às riquezas, Jesus ainda aprofunda a questão: “Não vos preocupeis com a vossa vida, quanto ao que haveis de comer, nem com o vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir... o vosso Pai Celeste sabe que tendes necessidade de todas estas coisas... (Mateus 6.25a e 32b). Quer dizer: É Deus quem cuida de nós - se confiarmos Nele. Como é que hoje, nós, pessoas comprometidas com o cristianismo, poderíamos sinalizar que não somos pessoas movidas pelo poder do dinheiro, mas pelo poder de Deus?


14.10.12

CREMAÇÃO OU SEPULTAMENTO?


Será que podemos cremar uma pessoa cristã? Pode um cristão permitir-se a cremação? Como fica a questão da ressurreição se de fato somos a criação exclusiva dos “dedos de Deus”? (Salmo 8.4-5) A imagem de Deus pode ser queimada? Sim, essa temática gera muitas perguntas.  

Muitas pessoas defendem o “verdadeiro sepultamento” como aquele que acontece sob alguma camada de terra. A verdade é que todo esse povo que defende essa ou aquela posição, também carrega suas incertezas. Isso é assim porque o tema da “morte” mexe com os nossos sentimentos. Porque isso é assim? Porque nos velórios sempre se percebe pessoas falando de assuntos “nada a ver” com o momento? Porque tanta distância; tanta desinformação a respeito deste tema?

A dor do luto machuca muito àquelas e àqueles que sempre estiveram próximos de quem, de repente, precisa “partir”. Sempre que oficio sepultamentos, percebo perplexidade, profundas perturbações em quem fica. As emoções das pessoas se mostram diferenciadas quando se deita um corpo morto num caixão; quando se o enterra sob a terra; quando se o queima em fornos especiais; quando se recebe a urna contendo as cinzas.  

A morte sempre foi, é e continua sendo um “tabu” (Uma ideia proibida de as pessoas se aprofundarem). Quase todos os indivíduos têm dificuldade para tratar deste tema. O fato é que não podemos controlar a morte. De repente ela vem definitivamente. Dá para se dizer que a morte é o último degrau de entrada na eternidade e o fato de sabermos disso, mexe muito com qualquer um de nós. É em vista disso que sempre tratamos os nossos mortos com extremo respeito.

Quando refletimos sobre o ato do sepultamento, precisamos nos perguntar sobre o que acontece com uma pessoa que falece. Jesus afirma que, num certo dia, a Sua voz se fará ouvir e todos os mortos ressurgirão de seus túmulos para a ressurreição e ou para o juízo. O ato de levantar-se de dentro da tumba é algo irracional; é um jeito poético de se falar do juízo ou da nova vida que vem. Jesus deixa claro que o cristão viverá, mesmo experimentando a morte.

Isso significa que o cristão morrerá; que o corpo voltará ao pó, mas que o espírito permanecerá com Cristo na eternidade. Nas cartas paulinas se explicita que vamos ganhar um corpo novo de presente, quando da ressurreição; que este novo corpo não será parecido com o corpo que carregamos aqui na terra; que o nosso corpo será “deificado”. Ora, essa perspectiva da ressurreição me leva a crer que tanto faz se o nosso corpo se degradar na terra ou no fogo.

Ou seja, ninguém de nós invadirá a eternidade com estes corpos que carregamos e que, por natureza, são marcados por defeitos. Sim, porque no novo Céu e na nova Terra não vão existir as substâncias carne, sangue, terra e cinza (1 Coríntios 15.50-55).

2.10.12

Casamento e Divórcio!



- Escuta essa pai! “A fidelidade não está para a natureza humana”.
- Eh! Eh! Então os carros, as casas, os aviões e os concertos musicais também não estão.
- Tem lógica...
- Sabe filho! Em todas as culturas do mundo a relação matrimonial é protegida por regras e rituais, mesmo nos países onde um homem pode ter várias esposas.
- Verdade?
- Sim! Nas relações de poligamia, é assim que a primeira mulher tem posição de destaque. É ela que ajuda na tarefa de escolher a segunda e a terceira esposa para o seu companheiro.
- Não sabia disso. Onde é que fica o amor nesta história?
- No mundo poligâmico o papel do amor é secundário.
- Que coisa! Não consigo entender uma relação matrimonial sem a presença do amor.
- Eu também não filho. A verdade é que há relacionamentos de marido e mulher que também se dão sem amor.  
- Para mim casamento sem a bênção de Deus é empreendimento sem chance de sucesso!
- É! Não é fácil manter-se uma relação matrimonial de pé!
- Por que isso pai?
- O trabalho atrapalha. Hoje marido e mulher trabalham em empresas diferentes e têm problemas diversos para resolver que ninguém deles toma conhecimento. À noite eles precisam de bom tempo e de boa dose de energia para viver a vida em comum que se prometeram diante do altar. Tempo e energia que eles não têm mais força para doar.
- Então é por isso que muitos matrimônios são difíceis de serem vividos na sua plenitude.
- É!

OLHA SÓ!