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13.2.13

Joseph Ratzinger - Bento XVI


Eu vi a alegria do povo alemão quando a fumaça branca fumegou no Vaticano em 2005... Surpreso com sua saída do Ministério Papal, fui me informar um pouco nos Jornais Alemães e descobri o seguinte: 

 Hoje Joseph Ratzinger está prestes a completar 88 anos de idade. Ele nasceu no dia 16 de abril de 1927 na Baviera – Sul da Alemanha. Moço inteligente, logo se destacou no estudo da Teologia. Homem feito, foi ser professor na Universidade de Regensburg. Mais tarde, tornou-se arcebispo de Munique. No dia 1° de março de 1982 foi eleito Prefeito da Congregação da Fé, no Vaticano, em Roma. Com a morte de João Paulo II no dia 19 de abril de 2005, Joseph Ratzinger se tornou o Papa da Igreja Católica com o nome de Bento XVI. Pasmem! Agora, no dia 11 de fevereiro de 2013, alegando motivos de saúde, o referido Papa pediu pelo desligamento das suas funções papais. 

O Papa Bento quase fechou oito anos de ministério à frente da Igreja Católica. Enquanto isso, não fez acontecer qualquer mudança na Igreja a partir de articulações políticas. Fazia e acontecia calçado em si só. Assim, escreveu alguns textos dos quais destaco três. No texto “Deus Caritas est”, ele filosofou sobre o amor de Deus para com as pessoas e sobre o amor das pessoas umas para com as outras. No escrito “Spe salvi” ele criticou a fé cega no progresso e os conceitos de salvação mundanos.  Já em “Caritas in Veritate” ele apontou para o comprometimento com uma ordem mais social justa.  

Bento XVI era um conservador que desconfiava das tendências de individualização da sociedade e do subjetivismo da Filosofia e da Teologia. Uma das grandes novidades que ele fez valer na Igreja Católica foi a Missa rezada em Latim. Uau! Falando um Português claro, dá para se dizer que ele frustrou muitas e muitos católicos que esperavam por reformas mais substanciais no seio da sua Igreja. Na temática da moral sexual, por exemplo, ele se mostrou conservador ao extremo ao não concordar com o uso do preservativo nas relações sexuais.

Enquanto Papa, João Paulo II preferia viajar a se ocupar com os pontos e vírgulas que moviam a Cúria. Assim, suspeitava-se que seu sucessor promoveria mudanças ali, mas estas ficaram esquecidas numa gaveta qualquer. Ainda hoje há carência de postura profissional; falta de transparência e competência entre seus assessores. Um exemplo disso foi o caso do Bispo Richard Williamson que, em 2008, deu uma entrevista onde negou o Holocausto. Benedito XVI, sem saber desse fato, tinha acabado de anular sua excomunhão por outros deslizes.

O Papa Bento XVI sempre se apresentou como um intelectual, mas volta e meia se comportou como um mau político. Num discurso proferido em Auschwitz (Antigo Campo de Concentração da 2ª Guerra Mundial) ele colocou os pés pelas mãos quando deu declarações inexatas sobre o Nazismo. No Brasil ele causou irritação aos indígenas, quando sugeriu que as nativas e os nativos ansiavam pelo Batismo no decorrer do século XVI. Num discurso em Regensburg ele deu a deixa de que deveria ter se informado sobre o Bispo Williamson na Internet. 

Quer dizer: Joseph Ratzinger é um sujeito como tu e eu. Sujeito a erros e acertos. Querido aqui, teimoso ali. Penso que ganha a Igreja Católica com a sua saída do papado. Que venha um homem com outro perfil, mais aberto para a vida... Quem sabe surge um Concílio Vaticano III... Vamos esperar!





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