Olá! Faz algum tempo, recebi um presente. Curioso,
desembrulhei-o e vi que o seu conteúdo era Graça Preciosa. Por que aquilo? –
pensei! Pois refleti sobre o assunto e percebi que Deus, sempre simpático, me
alcançava o privilégio de viver a vida, mesmo em meio às decepções; aos
objetivos não alcançados; ao sofrimento e a toda dor que, porventura, viesse me
visitar.
Andei e continuo andando por aí.
Na brincadeira, ouço da boca de muitas pessoas que elas são ricas de preocupações,
de dívidas, de problemas, de trabalho e até da falta do mesmo. Nosso bate-papo
se aprofunda e elas deixam transparecer que não são portadoras de muitas
posses.
É interessante! O povo afirma que
não é infeliz a pessoa sem bens. Ora, a felicidade nos visita quando deixamos
de nos concentrar nas pessoas milionárias. Ela se torna real na nossa vida
quando nos concentramos naquelas e naqueles que mal e mal tem o que comer. Coisa
boa poder libertar-se do “mais, mais, mais”; desse jeito de pensar que sempre
gera convulsões sociais, desastres ecológicos, crueldades em massa e
desperdícios mil.
Ao nos criar, Deus não pensou que
algumas “cédulas verdes” trariam brilho aos nossos olhos. Para Ele esse tal brilho
seria verdade a partir da percepção de um mundo marcado por riachos, poços, lagos,
montanhas, mangues, trigo, cevada, videiras, figueiras, romãzeiras, oliveiras,
mel, pão, casas, gado, ovelhas, prata, ouro. Que bela riqueza esta que se dá
longe do luxo e da avareza que só se pautam na acumulação.
Quem lê o capítulo 8 de
Deuteronômio, percebe que a escravidão e o deserto são assuntos passados para o
povo de Israel. Agora as mulheres e os homens israelitas só têm um objetivo em
mente: caminhar para a terra prometida. Antes de morrer, Moisés adverte o povo de
Deus para que preste atenção naquilo que verdadeiramente importa. O problema é
que este assunto foi ficando velho e os tempos difíceis vividos no deserto foram sendo esquecidos.
Quando nos esquecemos do presente de Deus, começamos a nos lembrar diuturnamente
do nosso trabalho duro; a nos desentender sobre a renda
familiar com nossas esposas e nossos maridos; a olhar por cima dos muros para
ver como há vizinhos que se dão bem e então sentir inveja. Se nos avaliarmos,
perceberemos que estamos vivendo na Terra Prometida como se vivêssemos
cotidianamente em qualquer lugar do planeta.
Fazer o quê? Mudarmos o jeito de
encarar a vida sendo pessoas gratas. Gratos pelo que somos e por tudo o que
ainda desfrutaremos se não estivermos com os nossos pensamentos plantados noutro
lugar. A dificuldade de agradecer se origina na não percepção da preciosidade
da vida; da concentração no presente que Deus continua dando (pão, casa,
esposa, esposo, empregados...); da não visualização do Doador de toda a
riqueza. Aqui, preciso citar o texto de Deuteronômio 8.11: “Nunca esqueçam o SENHOR, nosso Deus, e tenham o
cuidado de obedecer aos Seus mandamentos e às Suas leis, que hoje eu estou
dando a vocês.”
Aha! Quem se submete às “Regras do Jogo”, expressa gratidão
a Deus. Já quem só vê a si como o senhor da situação nunca agradecerá; nunca se
submeterá a Deus. É essa a sua lei; o seu deus. Quer dizer, o “não
agradecimento” é um ato de sobrevivência extremamente perigoso.
Creiam! A “gratidão” nos faz pessoas "ricas". Podemos dizer
"é lindo e suficiente" em vez de "quero mais, mais, mais!" Nada
de brigar com o mundo injusto que insiste nessa segunda opção? Libertemo-nos da
inveja, da satisfação venenosa que se acumula em nós. Agradeçamos a Deus pelas
nossas forças, mesmo mergulhados na fraqueza. Perdoemo-nos. Não nos sintamos menores se carecermos da força dos
outros. Que Deus nos dê da Sua alegria. Que Ele expulse de nós toda a inveja.
Que Ele nos faça perceber a benção que derrama sobre nossas irmãs e nossos
irmãos em suas casas. Que Ele queime o musgo mesquinho que se forma sobre as
nossas cabeças. Que Ele acabe com a disputa anti-cristã que faz ninho nos
nossos ombros. Que Ele renove os cômodos do nosso coração. Que Ele permita que
nos alimentemos; que ouçamos e que sempre renovemos nosso coração na Sua
Palavra. Que possamos perceber o Seu amor como o maior; o mais bonito e o mais
nobre de todos os tesouros! Amém!
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