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1.7.11

Pessimismo!


É sexta-feira e chove; faz frio na nossa Joinville cinzenta. O hinário luterano (HPD 1) está aberto diante de mim. Canto piano o hino n° 98 intitulado “Qual barco singra pelo mar”. O som que emito está destoado da alegria. Com o “rabo do olho” leio que se trata de letra e melodia de Martin Gotthard Schneider (um octogenário nascido em Constança no ano de 1930).

Sempre gostei de cantar. Enquanto canto me vem a sensação de que estamos enfrentando esses “temporais de medo, angústia e dor”; de que não “resistiremos”; de que “afundaremos” diante destas propostas teológicas esdrúxulas que estão sendo copiadas aqui e ali, sem o mínimo de contextualização.

Do jeito que a história está se desenvolvendo o nosso “Barco” (IECLB) não vai chegar ao “alvo prometido”. O nosso problema até não são os ventos fortes que dobram mastros e ou que rasgam velas, mas os “furinhos” que cabeças menos densas insistem em fazer no “casco”.

Sim, estamos desunidos. Os cômodos da nossa “Canoa” têm, todos eles, cores diferenciadas. A verdade é que estamos “mui sós em alto mar”. Eu até já mergulhei para tentar fechar um dos furos que se agranda, mas meu braço é pequeno. Sério! Penso que não chegaremos ao “alvo prometido”. Socorro!

Um comentário:

RENATO LUIZ BECKER disse...

Seu pessimismo aumentou minha esperança!

Esses dias, acompanhando o sepultamento do pai de um presidente de nossa Paróquia ouvi a palavra do Pastor que dirigia a celebração a respeito da ESPERANÇA. Para exemplificá-la, usou ele de uma história passada com um missionário em Papua-Nova Guiné que não achava vocábulo naquele vernáculo para explicá-la.
Apenas após o sepultamento de sua própria filha de 5 anos, diante do caixãozinho da qual ele não chorou, mas pregou de sua fé que nasce da experiência do amor de Deus, é que achou a palavra. Após a cerimônia, alguém chegou e disse: "Não entendo como o senhor conseguiu falar sem chorar! O que sei é que vocês, cristãos, enxergam além do horizonte."

Aí ele achou a Palavra: Esperança = Enxergar além do horizonte.

Renato! Você renasceu para uma viva esperança no dia 04.07.54. Todo barqueiro sabe que furos fazem naufragar... e alertam que ali o barco não pode ficar. Então? Força nos braços e olhar para frente, até para além do horizonte...
Norival

OLHA SÓ!