Busque Saber
26.11.11
Advento!
O Advento, esta época de preparação para a Celebração do Natal, surgiu nos anos 400 a.C. Naqueles tempos a duração do Advento variava de sete e quarenta dias. Sabe-se que a Igreja Católica Apostólica Romana sempre só festejou quatro Domingos de Advento. Já a história nos confirma que as Igrejas da Reforma adotaram esse tempo de quatro semanas ssomente a partir do ano 600 d.C. É interessante observar que o Primeiro Domingo de Advento só começou a ser comemorado como início do Ano Eclesiástico, em meados dos anos 800 d.C. Assim, desde os primórdios da Era Cristã, o Advento foi caracterizado como um um tempo de penitência; de se fazer jejum; de se preparar para as Festas de Aniversário do nascimento do nosso Senhor Jesus Cristo.
O Tempo de Advento, assim como nós festejamos hoje, não é um tempo de só se pensar na vinda do Senhor Jesus, tal como nos ensinam as Histórias Bíblicas do Novo Testamento. O Tempo de Advento também nos desafia a olharmos, a nos ocuparmos com o futuro; com a vinda do Senhor Jesus Cristo que vem governar este mundo; fundar a Nova Jerusalém (o Novo Céu e Nova Terra). É nesta tensão entre o ontem e o amanhã que experimentamos o Advento; o Momento Daquele que está por vir novamente ao nosso encontro; o momento Dquele que sempre de novo se apresenta a nós de forma renovada; o momento Daquele que nos convida a arrepender-nos, a transformar-nos, a converter-nos dos nossos caminhos para o Seus caminhos.
O Advento abre o Ano Eclesiástico. Nos próximos dias nós só nos ocuparemos com a entrada de Jesus em Jerusalém e também com o Reino do Futuro que será instalado entre nós com a vinda de Jesus a este mundo. O Momento de Advento quer nos impulsionar na direção do caminho que conduz à vida. O Advento não é um recomeço repetitivo, mas, sempre de novo, uma nova experiência em nossas vidas.
A Palavra de Apocalipse 1.8 ganha forma no Advento: “Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que é, que era e que há de vir”. Se, por um lado, nos alegramos com a aparição de Deus em carne e osso, a partir do útero da Maria, por outro lado, nos conscientizamos da nossa indignidade para recebermos o Senhor dos Senhores. É por isso que, nestes tempos de 2011, somos chamados a nos lembrarmos do nosso Batismo; a nos arrependermos para alcançarmos a remissão dos nossos pecados; a irmos ao encontro de Jesus Cristo que nos torna dignos, enquanto rumamos à manjedoura que, no fim das contas, também conduz à cruz.
Porque nós podemos nos alegrar com a amor de Deus que brota da cruz, também podemos cantar com Maria, nesta época que antecede o Natal, o “Magnifcat”: “A minha alma anuncia a grandeza do Senhor. O meu espírito está alegre por causa de Deus, o meu Salvador.” (Lucas 1.47)
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