Busque Saber
15.11.11
Palavras de maldição ou de bênção?
É sabido que a fala, que o discurso tem muito poder. Com uma “boa fala” pode-se convencer multidões de que “esta” ou de que “aquela” proposta valem a pena. As pessoas, uma vez convencidas a partir de um “bom discurso”, não medem mais esforços para ir em busca do objetivo apontado. O nosso passado testemunha isso que acabei de expressar. Um exemplo clássico do poder da sedução do discurso foi o regime nacional-socialista, liderado por Adolf Hitler e seus assessores. Aquela gente soube articular suas idéias com muito sucesso, a partir do poder das suas palavras. Era dessa forma que eles manipulavam; que eles induziam o povo ao erro. O nosso ex-presidente brasileiro também soube articular muito bem os seus verbos, enquanto no poder. Lembram das “arapucas” que tanto os amigos como os inimigos lhe aprontaram? Ele saiu ileso de todas elas, sempre articulando boa comunicação. Sim, um manipulador pode fazer uso deliberado das palavras e, com isso, chegar onde quiser chegar; induzir quem quiser induzir. Isso também acontece nos quadros da Igreja. Foi pensando nela que reli Tiago 3.5-8...
3.5 - É isto o que acontece com a língua: mesmo pequena, ela se gaba de grandes coisas. Vejam como uma grande floresta pode ser incendiada por uma pequena chama! 3.6 - A língua é um fogo. Ela é um mundo de maldade, ocupa o seu lugar no nosso corpo e espalha o mal em todo o nosso ser. Com o fogo que vem do próprio inferno, ela põe toda a nossa vida em chamas. 3.7 - O ser humano é capaz de dominar todas as criaturas e tem dominado os animais selvagens, os pássaros, os animais que se arrastam pelo chão e os peixes. 3.8 - Mas ninguém ainda foi capaz de dominar a língua. Ela é má, cheia de veneno mortal, e ninguém a pode controlar.
Hoje há muitos que disseminam ódio a partir das palavras que proferem. Não é segredo de ninguém que, nestes dias, alguns poucos líderes islâmicos seduziram e continuam seduzindo pessoas e grupos para que doem suas vidas em prol da dor de terceiros. Ora, o poder da palavra está aí. Se diz que não existe arma com poder de fogo igual ao exercido pela palavra. É muito simples destruir-se uma pessoa com o uso da palavra. O texto de Tiago nos desafia a prestarmos muito mais atenção à língua, depois de todos os sofrimentos que experimentamos na última década. Ele explicita que a “lígua é fogo”; que ela tem o poder de infernar a vida das pessoas e dos grupos, quando inflamada pelas propostas do inferno. Sim, podemos dizer que a língua tem a força de “organizar” o inferno na face da terra.
Não importa a ideologia que esteja por detrás da língua que fala. Os demagogos se multiplicam no nosso meio e isso, desde a queda do homem. O que eles fazem? Simples! Eles infligem danos devastadores, a partir das palavras que proferem. A mentira e o discurso de alguns são como o veneno que destrói o pensamento; o coração e a vontade das pessoas. Esse veneno mortal exalado pelo inimigo faz com que as pessoas se tornem escravas das trevas. Daria para se dizer que este veneno é a maldição do pecado e da morte em plena atividade. Sim, este veneno afeta grandes e pequenos. Mesmo pequenas doses diárias da mentira que dizemos, têm efeitos devastadores. Daí porque temos que prestar atenção às nossas falas; que estar atentos aos nossos discursos. Que tal não usarmos mais a nossa língua para maldição, mas para bênção. É nosso propósito trazer a vida e não a morte às pessoas.
A nossa fala pode nos auto-adoecer. Ela também pode adoecer a outros. Mas ela também pode curar. É nosso desejo trazer palavras boas, palavras curativas, palavras que salvam; palavras embasadas na verdade? Nada de demagogia! Nada de manipulação! Nada de hipocrisia. Só com propósitos assim é que as nossas palavras terão a capacidade de promover a fé em ação.
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