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26.11.13

ADVENTO - DUAS AMIGAS SE ENCONTRAM!

Esta reflexão passa pelo texto de Lucas 1.39-56... No referido texto se lê que duas mulheres se encontraram. Maria subiu um morro a pé com o intuito de visitar Isabel. Isabel, por sua vez, tinha que cuidar de seu marido, Zacarias, que tinha ficado mudo depois de ter se encontrado com um anjo de Deus. As mulheres se alegraram muito com seu reencontro. A tal visita não deixava de ser uma homenagem recíproca que as amigas se prestavam. 

As duas tinham seus corações repletos de esperança. Esperança de serem libertadas da vergonha de engravidarem naquelas circunstâncias misteriosas. Elas certamente seriam alvos de fofocas que, certamente, durariam algumas semanas. No meio de todas estas questões crescia a vida em seus úteros; cresciam dois filhos de Deus. É assim que Lucas nos descreve o encontro de Maria e Isabel no primeiro capítulo do seu livro.

Naquela época, tal como hoje, uma mulher também não podia caminhar só pelos interiores da região montanhosa. Também não poderia se ausentar de casa pelo período de três meses. Tais atitudes não eram viáveis no Mundo Antigo que ladeava o Mar Mediterrâneo. Os tempos eram duros. Se uma mulher não conseguisse gerar uma criança sentia muita vergonha. Ter um filho ilegítimo? Nem se fala. Era uma afronta aos bons costumes. Sim, era como se a honra do clã fosse atacada.   

Eu fico imaginando aquelas duas mulheres conversando entre si. Como elas se abraçaram e se alegraram; o quanto elas dialogaram sobre as suas pequenas e grandes preocupações; sobre as dificuldades e as alegrias da gravidez. Elas devem ter tomado chá, comido cuca, cochichado e rido bastante. Depois de um tempo também devem ter ficado novamente sérias pelo fato de não entender bem a fundo as promessas que diziam respeito àquelas crianças que carregam dentro do seu corpo. No meio de toda esta comunhão elas sempre colocavam suas mãos sobre a barriga. Quanta esperança! 

Assim também poderia ser o nosso Advento: Tempo bom de esperança! Esperar por alguma coisa da vida e de Deus! Caminhar sobre o morro de preocupações diárias às quais estamos submetidos. Rir com amigas e com amigos. Experimentar a boa esperança e crer no impossível. Sim, crer nas idéias que vieram habitar as nossas cabeças; crer na nossa vitalidade; nesse fruto da maravilhosa bênção que Deus sempre de novo nos alcança. 

Eu desejo um bom Tempo de Advento para nós. Um tempo no qual possamos cantar com Maria: “A minha alma anuncia a grandeza do Senhor. O meu espírito está alegre por causa de Deus, o meu Salvador. Pois ele lembrou de mim, sua humilde serva! De agora em diante todos vão me chamar de mulher abençoada, porque o Deus Poderoso fez grandes coisas por mim. O seu nome é santo, e ele mostra a sua bondade a todos os que o temem em todas as gerações. Deus levanta a sua mão poderosa e derrota os orgulhosos com todos os planos deles. Derruba dos seus tronos reis poderosos e põe os humildes em altas posições. Dá fartura aos que têm fome e manda os ricos embora com as mãos vazias. Ele cumpriu as promessas que fez aos nossos antepassados e ajudou o povo de Israel, seu servo. Lembrou de mostrar a sua bondade a Abraão e a todos os seus descendentes, para sempre.” Abraços!

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