Esta reflexão passa pelo texto de Lucas 1.39-56... No referido texto se lê que duas mulheres se encontraram. Maria subiu um morro a pé com o intuito
de visitar Isabel. Isabel, por sua vez, tinha que cuidar de seu marido,
Zacarias, que tinha ficado mudo depois de ter se encontrado com um anjo de
Deus. As mulheres se alegraram muito com seu reencontro. A tal visita não deixava de ser uma
homenagem recíproca que as amigas se prestavam.
As
duas tinham seus corações repletos de esperança. Esperança de serem libertadas
da vergonha de engravidarem naquelas circunstâncias misteriosas. Elas
certamente seriam alvos de fofocas que, certamente, durariam algumas semanas. No
meio de todas estas questões crescia a vida em seus úteros; cresciam dois
filhos de Deus. É assim que Lucas nos descreve o encontro de Maria e Isabel no
primeiro capítulo do seu livro.
Naquela
época, tal como hoje, uma mulher também não podia caminhar só pelos interiores da região montanhosa. Também não poderia se ausentar de casa pelo período de três meses. Tais atitudes não eram
viáveis no Mundo Antigo que ladeava o Mar Mediterrâneo. Os tempos eram duros. Se uma mulher não conseguisse gerar uma criança sentia muita vergonha. Ter um filho
ilegítimo? Nem se fala. Era uma afronta aos bons costumes. Sim, era como se a honra do clã
fosse atacada.
Eu
fico imaginando aquelas duas mulheres conversando entre si. Como elas se abraçaram e se alegraram; o
quanto elas dialogaram sobre as suas pequenas e grandes preocupações; sobre as
dificuldades e as alegrias da gravidez. Elas devem ter tomado chá, comido
cuca, cochichado e rido bastante. Depois de um tempo também devem ter ficado novamente
sérias pelo fato de não entender bem a fundo as promessas que diziam respeito
àquelas crianças que carregam dentro do seu corpo. No meio de toda esta
comunhão elas sempre colocavam suas mãos sobre a barriga. Quanta esperança!
Assim
também poderia ser o nosso Advento: Tempo bom de esperança! Esperar por alguma coisa da vida e de Deus! Caminhar sobre o morro de preocupações
diárias às quais estamos submetidos. Rir com amigas e com amigos. Experimentar
a boa esperança e crer no impossível. Sim, crer nas idéias que vieram habitar as
nossas cabeças; crer na nossa vitalidade; nesse fruto da maravilhosa bênção que
Deus sempre de novo nos alcança.
Eu
desejo um bom Tempo de Advento para nós. Um tempo no qual possamos cantar
com Maria: “A
minha alma anuncia a grandeza do Senhor. O meu espírito está alegre por causa
de Deus, o meu Salvador. Pois ele lembrou de mim, sua humilde serva! De agora
em diante todos vão me chamar de mulher abençoada, porque o Deus Poderoso fez
grandes coisas por mim. O seu nome é santo, e ele mostra a sua bondade a todos
os que o temem em todas as gerações. Deus levanta a sua mão poderosa e derrota
os orgulhosos com todos os planos deles. Derruba dos seus tronos reis poderosos
e põe os humildes em altas posições. Dá fartura aos que têm fome e manda os
ricos embora com as mãos vazias. Ele cumpriu as promessas que fez aos nossos
antepassados e ajudou o povo de Israel, seu servo. Lembrou de mostrar a sua
bondade a Abraão e a todos os seus descendentes, para sempre.” Abraços!
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