A
frase de Antoine de Saint- Exupery - Tu és responsável pela tua Rosa – no
livro “O Pequeno Príncipe”, soa nos nossos ouvidos no sentido de que “somos
eternamente responsáveis pela nossa flor; pelas pessoas que cativamos!” Ou
seja, as pessoas cativadas esperam o nosso engajamento em seu favor.
Aparentemente,
essa confiança e essa responsabilidade mútua se dão, especialmente, no
matrimônio. Vocês ainda se recordam da pergunta que a pastora ou o pastor lhes
fizeram quando da Celebração do seu Casamento? Ela ou ele perguntaram: -
“Queres recebê-la; queres recebê-lo das mãos de Deus? Queres caminhar lado a
lado com ele (com ela)? Os casais que disseram este “sim” diante de Deus
tentaram e continuam tentando fazer de tudo para que este Projeto dê certo. Se
ele não der certo, paciência. Tanta coisa não “rola” como pensamos. Todas nós;
todos nós estamos sujeitos ao erro. Então, por que não começar de novo? É por
isso que entendemos o matrimônio como uma bênção e não como um sacramento (que
é e ponto final). No entanto, é importante que, como Igreja Cristã, defendamos
a Instituição do Matrimônio. Ele, o casamento, a união de uma mulher com um
homem, é uma benção de Deus.
Essa
responsabilidade aumenta com a vinda das crianças. Para que as crianças se
desenvolvam com equilíbrio, elas precisam de uma boa base para a vida e esta,
geralmente, é dada pelas mães e pelos pais. Esse alicerce não se dá apenas com
a preocupação pelas necessidades materiais dos filhos, mas também com os
cuidados que alavancam o desenvolvimento mental e emocional saudável das
crianças que nos são confiadas. Neste desenvolvimento também está incluso a
educação cristã. Sim, nossas filhas e nossos filhos carecem de um
encaminhamento cristão. Caso isso não aconteça, elas correm sério risco de
terem que correr atrás do tempo sem nunca encontrar o verdadeiro sentido da sua
existência. Muitas mães e muitos pais até têm este sentimento quando batizam
seus filhos e suas filhas.
A
educação cristã não é apenas uma tradição igrejeira de se praticar a oração do
Pai-Nosso ou dos Dez Mandamentos. Ela inclui mais do que isto. No decorrer da
instrução cristã as crianças aprenderão a confiar. Elas aprenderão que Deus
está ao seu lado. Elas entenderão que Deus as ama tal como são e que Ele estará
sempre com elas. Elas se darão conta que a tolerância que Jesus praticou pode
ser imitada; que não há necessidade de ferir outras pessoas com opiniões. Elas
sentirão todas estas coisas em casa, enquanto praticam a fé cristã. Toda esta
aprendizagem se tornará importante num mundo que sempre se mostra incerto e
frágil, nestes tempos globalizados onde as mudanças são cada vez mais rápidas.
Esta mudança de comportamento é um caminho no qual as crianças precisam ser
acompanhadas. E este empreendimento é uma das tarefas fundamentais das mães e
dos pais; das madrinhas e dos padrinhos. Trata-se de uma tarefa que não pode
ser delegada às professoras de escola dominical ou ao pastor para quando dos
dois anos do período de preparo para a Confirmação.
É
pouco provável que as crianças mudem seu comportamento cristão com as
informações de terceiros, se elas não o vivenciarem em casa. As madrinhas e os
padrinhos se colocam ao lado dos pais nesta empreitada. Na hora do Batismo as
madrinhas e os padrinhos não são lindos simples acessórios para a beleza do
momento, mas pessoas co-responsáveis que assumem o grandioso desafio de levar
suas afilhadas e seus afilhados a vivenciarem a fé cristã verdadeira e
importante. De mães, pais, madrinhas e padrinhos responsáveis brota a vida de
fé que é mil vezes mais importante do que qualquer lição adquirida horas e
horas de ensino religioso. Penso que é maravilhoso receber de Deus tão nobre
tarefa. Devemos “informar” nossas crianças. Nós devemos lhes mostrar o caminho
que faz sentido e leva a Deus. Cabe-nos dar exemplo para elas do que significa
a ética cristã do agir e do decidir. Devemos ser gratos a Deus pelo fato Dele
aceitar as nossas crianças como Suas filhas.
“Tu és responsável pela tua rosa!” Sim, como
mães e pais nos cabe assumir esta responsabilidade com coragem. Talvez essa
intenção seja boa para o ano de 2014 que já está às portas. Que tal orarmos com
nossas filhas e filhos à mesa, ao lado da cama quando vem à noite. Acompanhemos
nossas filhas e nossos filhos ao Culto e mostremos a eles como é importante
adorarmos a Deus. Quando comprarmos um livro ou um brinquedo didático para as
nossas afilhadas e nossos afilhados, leiamos o mesmo, brinquemos com o mesmo,
para que, ao doá-lo, saibamos reagir e, junto, ensinar.
Tenhamos
coragem para realizar ou continuar realizando este projeto no novo ano que vem
aí. Que Deus abençoe vocês e todos nós na realização desta tarefa.
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