No dia 15 de julho de 2002, segunda-feira, tomamos nosso banho matinal e, logo depois, tomamos o café, gentilmente oferecido pela sra. Lori. Quando eram 10h e 30min, fomos passear com o pastor Metzger pelo centro de Moscou. Trocamos Euros por Rublos (€1,00 = 30 Rublos). De repente, divisamos a Praça Vermelha. Depois de passearmos pelo local, voltamos ao Centro Comunitário. Almoçamos um sanduiche que havíamos trazido de casa para, depois, descansarmos até às 13h e 45min. Ato contínuo, visitamos o bispo Springer. Como estava ocupado, pediu que voltássemos em 10min. Passado esse tempo, fomos recebidos por ele em seu gabinete. Disse-nos dispor de só uns poucos minutos para conversar. Durante o diálogo descobrimos que o mesmo foi colega de estudos de um pastor brasileiro da IECLB, hoje aposentado, que conhecemos muito bem (Joao Pedro Brückheimer), quando morávamos no Brasil. Os poucos minutos acabaram alongando-se para 40 minutos de um bom "bate-papo". Antes da despedida, marcamos hora na agenda. Iríamos relatar nossas experiências em Wladivostock no dia 29 de julho, quando retornaríamos a Moscou. Tomamos mais um café com o casal Metzger para, logo depois, às 15h, arrumarmos as nossas malas. Era hora de seguirmos adiante. Dois jovens da Comunidade, o Christian e o Alexander, assessoram-nos rumo ao aeroporto. O Christian falava Alemão e o Alexander só a Língua Russa. Dessa vez viajamos de metrô e ônibus. No ônibus precisamos pagar passagem pela bagagem. Tudo bem.
Ao chegarmos, percebemos que o "check-in" já havia iniciado. Antes de entrarmos na fila, despedimo-nos. O nome “Wladiwostok” aparecia no painel em Russo. De quando em vez, em inglês. Tudo indicava que estávamos indo no rumo certo. Depois de despacharmos as nossas malas, fomos novamente checados pelas pessoas responsáveis. Só nos restava esperar a chamada para o embarque no vôo previsto para às 18h e 30min. Um ônibus nos conduziu à aeronave da AEROFLOT. Sentamos nos assentos 25b e 26c, na segunda fila dos bancos centrais da segunda classe. A tela de TV era enorme e estava ali, bem à nossa frente. A empresa aérea divulgou ou seja, fez bom "marketing" da cidade de Moscou e isso, durante uns 90 minutos. Enquanto isso, serviram-nos o jantar: peixe e verduras. O cansaço nos visitou logo depois e, por isso, acabamos dormindo. O filme que nos foi apresentado tratava do tema guerra e esse, para nós, era um tanto desinteressante. Foi interessante notar que o sol não se pôs, durante as oito horas que a nossa viagem durou. Às 8h e 30min da manhã nos foi servido um gostoso café e, quando eram 10h, desembarcamos em Wladiwostok. De München até Moscou experimentamos um fuso horário de menos duas horas. De Moscou a Wladiwostok, menos 7 horas. Quer dizer, nosso horário biológico dizia-nos ser 1h da madrugada. Estávamos cansadíssimos.
O aeroporto mostrava-se muito antigo. Ao descermos as escadarias do avião, peguei a máquina fotográfica. Queria fazer uma foto, nada demais. Fui impedido de forma extremamente brusca por um dos homens que trabalhavam na segurança do local. Não entendemos muito bem aquela atitude. Embarcamos no ônibus que nos levaria até a sala onde apanharíamos as nossas malas. Já no portão, fomos recepsionados com outro cartaz por um moço que apresentava ares asiáticos e que, sorrindo, disse ser o Eduardo. Como só falava inglês, tivemos alguma dificuldade na comunicação. As bagagens demoraram 15 minutos para chegar às nossas mãos. Gostaríamos tanto de conversar mas estávamos impedidos pelas circunstâncias. Estudar inglês - estava ali descortinado um projeto para a nossa vida. Enfim, as malas.
Sim, as malas chegaram. Apanhamo-las e, logo depois, dirigimo-nos para o carro do Eduardo (Um sr. da Comunidade de Wladiwostock que trabalha com remuneração.) Tratava-se de um carro grande e, assim, as bagagens couberam todas no bagageiro. A Valmi sentou-se no banco de trás. Já eu, instintivamente, dirigi-me ao lado direito do carro. Abrindo a porta, fui surpreendido pelo volante. Percebendo a gafe dirigi-me, incontinente, para o outro lado. Uma vez acomodados, viajamos 50 km rumo a Wladiwostock. Nosso diálogo com o motorista foi mínimo uma vez que não entendíamos o seu inglês. Viajamos em torno de uma hora. Quando estacionamos no pátio da Comunidade percebemos que a sra. Irina B. também chegava com os braços abertos e dispostos a abraçar. Descarregamos nossos pertences e, imediatamente, fomos conduzidos para os nossos aposentos onde fomos alojados por um dia e uma noite.
Na sala de reuniões da Comunidade havia muita movimentação. Pessoas leigas, comprometidas com o Projeto, preparavam todo o material que seria usado quando do Seminário, a 500 km dali. Conhecemos todos os obreiros e as obreiras. O casal Walter da cidade de Kansas, nos EUA que, como nós, também eram palestrantes já se encontravam ali desde sábado, dia 13 de julho de 2002. Alan falava um pouquinho de alemão. Já a Kath não comunicava nada nessa língua, apenas em inglês. Aqui, novamente esbarramos na barreira da linguagem. Já as pessoas da Comunidade comunicavam-se um pouco em alemão e, foi com este “pouco” que conseguimos nos dizer as coisas.
Depois de todas as apresentações, levaram-nos ao quarto que nos serviria de aconchego. Após depositarmos nossas bagagens no mesmo, fomos tomar um chá com bolachinhas, junto com as demais pessoas que ali se encontravam. Ato contínuo, fomos descansar porque ninguém é de ferro. Além do mais, já administrávamos um fuso horário adiantado de 9h. Quando eram 13h e 15 min da tarde, bateram na porta. Era hora do almoço comunitário. Quando chegamos na sala de refeições, fomos apresentados ao P. M. Brookmann. Disse-nos que almoçava com todos os obreiros, sempre uma vez por semana. Achei muito interessante essa dinâmica. Serviram-nos batata inglesa decorada com carne picadinha.
Findo o almoço, fomos dormir novamente até às 18h e 15min. Estávamos cansadíssimos pelo fato de termos viajado a noite inteira. Nessa hora, decidimos tomar um banho. Primeiro problema: Como entender o funcionamento das torneiras? Como aquecer aquela água tão fria? Depois de alguma luta, pedimos ajuda. Novamente fomos auxiliados pelo Eduardo que, simpático, nos oportunizou mais essa alegria de podermos nos banhar. Asseados, fomos a grande sala onde já se encontrava o P. Brookmann. Ele nos acompanharia à sua casa onde sua, esposa, nos preparara uma janta. Chovia muito. De sombrinha e guarda-chuva em punho enfrentamos uns 500 metros a pé, dentro de muito barro. Tínhamos que ser bem cuidadosos por causa do terreno escorregadio e dos buracos que empoçavam água. Durante o trajeto, conhecemos o prédio da igreja luterana. Também mostrou-nos o terreno que a Comunidade sonha comprar para, no futuro, erigir a nova casa paroquail.
Logo na entrada do seu apartamento fomos exortados a tirarmos os sapatos. Deixou-nos claro que se tratava de um costume russo, ou seja: nunca se adentra numa residência com os calçados sujos da rua. Uma vez descalços, recebemos chinelos limpinhos e só então fomos apresentados à segunda esposa do pastor. Tatiana é russa, nascida na região de Ural. Ela serviu-nos um jantar muito apetitoso. Antes disso o Manfred brindou nossa presença com champagne. Nossa conversa girou sobre diveros temas.
Após o jantar, fomos convidados a sentar na sala. Dali, tínhamos uma bela vista do mar. Um verdadeiro cartão postal. Durante o nosso diálogo, descobrimos que Manfred foi colega de Teologia do nosso conhecido P. Dr. Gottfried Brakemeier, em Hamburgo, na Alemanha. Que sua turma o apelidara de “Schlaue Hund” (Cachorro Inteligente) pelo fato de ser muito estudioso. Outro aspecto interessante que nos chamou atenção foi que Manfred fumava charutos do Brasil. Disse encantar-se com o aroma e o sabor do fumo brasileiro. Descobrimos ainda que Manfred, além de ser pastor de Wladiwostock e cidades vizinhas, também é o Cônsul da Alemanha naquela região. Quando o relógio marcou 22h, despedimo-nos dos nossos hospedeiros e dirigimo-nos ao Centro Comunitário da Comunidade Luterana, onde pernoitamos. No outro dia viajaríamos para o local onde aconteceria o nosso Seminário e tínhamos que arrumar algumas coisas.
Ao chegarmos, percebemos que o "check-in" já havia iniciado. Antes de entrarmos na fila, despedimo-nos. O nome “Wladiwostok” aparecia no painel em Russo. De quando em vez, em inglês. Tudo indicava que estávamos indo no rumo certo. Depois de despacharmos as nossas malas, fomos novamente checados pelas pessoas responsáveis. Só nos restava esperar a chamada para o embarque no vôo previsto para às 18h e 30min. Um ônibus nos conduziu à aeronave da AEROFLOT. Sentamos nos assentos 25b e 26c, na segunda fila dos bancos centrais da segunda classe. A tela de TV era enorme e estava ali, bem à nossa frente. A empresa aérea divulgou ou seja, fez bom "marketing" da cidade de Moscou e isso, durante uns 90 minutos. Enquanto isso, serviram-nos o jantar: peixe e verduras. O cansaço nos visitou logo depois e, por isso, acabamos dormindo. O filme que nos foi apresentado tratava do tema guerra e esse, para nós, era um tanto desinteressante. Foi interessante notar que o sol não se pôs, durante as oito horas que a nossa viagem durou. Às 8h e 30min da manhã nos foi servido um gostoso café e, quando eram 10h, desembarcamos em Wladiwostok. De München até Moscou experimentamos um fuso horário de menos duas horas. De Moscou a Wladiwostok, menos 7 horas. Quer dizer, nosso horário biológico dizia-nos ser 1h da madrugada. Estávamos cansadíssimos.
O aeroporto mostrava-se muito antigo. Ao descermos as escadarias do avião, peguei a máquina fotográfica. Queria fazer uma foto, nada demais. Fui impedido de forma extremamente brusca por um dos homens que trabalhavam na segurança do local. Não entendemos muito bem aquela atitude. Embarcamos no ônibus que nos levaria até a sala onde apanharíamos as nossas malas. Já no portão, fomos recepsionados com outro cartaz por um moço que apresentava ares asiáticos e que, sorrindo, disse ser o Eduardo. Como só falava inglês, tivemos alguma dificuldade na comunicação. As bagagens demoraram 15 minutos para chegar às nossas mãos. Gostaríamos tanto de conversar mas estávamos impedidos pelas circunstâncias. Estudar inglês - estava ali descortinado um projeto para a nossa vida. Enfim, as malas.
Sim, as malas chegaram. Apanhamo-las e, logo depois, dirigimo-nos para o carro do Eduardo (Um sr. da Comunidade de Wladiwostock que trabalha com remuneração.) Tratava-se de um carro grande e, assim, as bagagens couberam todas no bagageiro. A Valmi sentou-se no banco de trás. Já eu, instintivamente, dirigi-me ao lado direito do carro. Abrindo a porta, fui surpreendido pelo volante. Percebendo a gafe dirigi-me, incontinente, para o outro lado. Uma vez acomodados, viajamos 50 km rumo a Wladiwostock. Nosso diálogo com o motorista foi mínimo uma vez que não entendíamos o seu inglês. Viajamos em torno de uma hora. Quando estacionamos no pátio da Comunidade percebemos que a sra. Irina B. também chegava com os braços abertos e dispostos a abraçar. Descarregamos nossos pertences e, imediatamente, fomos conduzidos para os nossos aposentos onde fomos alojados por um dia e uma noite.
Na sala de reuniões da Comunidade havia muita movimentação. Pessoas leigas, comprometidas com o Projeto, preparavam todo o material que seria usado quando do Seminário, a 500 km dali. Conhecemos todos os obreiros e as obreiras. O casal Walter da cidade de Kansas, nos EUA que, como nós, também eram palestrantes já se encontravam ali desde sábado, dia 13 de julho de 2002. Alan falava um pouquinho de alemão. Já a Kath não comunicava nada nessa língua, apenas em inglês. Aqui, novamente esbarramos na barreira da linguagem. Já as pessoas da Comunidade comunicavam-se um pouco em alemão e, foi com este “pouco” que conseguimos nos dizer as coisas.
Depois de todas as apresentações, levaram-nos ao quarto que nos serviria de aconchego. Após depositarmos nossas bagagens no mesmo, fomos tomar um chá com bolachinhas, junto com as demais pessoas que ali se encontravam. Ato contínuo, fomos descansar porque ninguém é de ferro. Além do mais, já administrávamos um fuso horário adiantado de 9h. Quando eram 13h e 15 min da tarde, bateram na porta. Era hora do almoço comunitário. Quando chegamos na sala de refeições, fomos apresentados ao P. M. Brookmann. Disse-nos que almoçava com todos os obreiros, sempre uma vez por semana. Achei muito interessante essa dinâmica. Serviram-nos batata inglesa decorada com carne picadinha.
Findo o almoço, fomos dormir novamente até às 18h e 15min. Estávamos cansadíssimos pelo fato de termos viajado a noite inteira. Nessa hora, decidimos tomar um banho. Primeiro problema: Como entender o funcionamento das torneiras? Como aquecer aquela água tão fria? Depois de alguma luta, pedimos ajuda. Novamente fomos auxiliados pelo Eduardo que, simpático, nos oportunizou mais essa alegria de podermos nos banhar. Asseados, fomos a grande sala onde já se encontrava o P. Brookmann. Ele nos acompanharia à sua casa onde sua, esposa, nos preparara uma janta. Chovia muito. De sombrinha e guarda-chuva em punho enfrentamos uns 500 metros a pé, dentro de muito barro. Tínhamos que ser bem cuidadosos por causa do terreno escorregadio e dos buracos que empoçavam água. Durante o trajeto, conhecemos o prédio da igreja luterana. Também mostrou-nos o terreno que a Comunidade sonha comprar para, no futuro, erigir a nova casa paroquail.
Logo na entrada do seu apartamento fomos exortados a tirarmos os sapatos. Deixou-nos claro que se tratava de um costume russo, ou seja: nunca se adentra numa residência com os calçados sujos da rua. Uma vez descalços, recebemos chinelos limpinhos e só então fomos apresentados à segunda esposa do pastor. Tatiana é russa, nascida na região de Ural. Ela serviu-nos um jantar muito apetitoso. Antes disso o Manfred brindou nossa presença com champagne. Nossa conversa girou sobre diveros temas.
Após o jantar, fomos convidados a sentar na sala. Dali, tínhamos uma bela vista do mar. Um verdadeiro cartão postal. Durante o nosso diálogo, descobrimos que Manfred foi colega de Teologia do nosso conhecido P. Dr. Gottfried Brakemeier, em Hamburgo, na Alemanha. Que sua turma o apelidara de “Schlaue Hund” (Cachorro Inteligente) pelo fato de ser muito estudioso. Outro aspecto interessante que nos chamou atenção foi que Manfred fumava charutos do Brasil. Disse encantar-se com o aroma e o sabor do fumo brasileiro. Descobrimos ainda que Manfred, além de ser pastor de Wladiwostock e cidades vizinhas, também é o Cônsul da Alemanha naquela região. Quando o relógio marcou 22h, despedimo-nos dos nossos hospedeiros e dirigimo-nos ao Centro Comunitário da Comunidade Luterana, onde pernoitamos. No outro dia viajaríamos para o local onde aconteceria o nosso Seminário e tínhamos que arrumar algumas coisas.
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