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9.12.11

Advento - Da escuridão à luz!


Em 2 Crônicas 33.12-13 se lê: “No seu sofrimento Manassés orou com fervor ao SENHOR, seu Deus; cheio de humildade, ele se arrependeu diante do Deus dos seus antepassados. Deus ouviu a sua oração e atendeu o seu pedido, deixando que ele voltasse para Jerusalém e fosse rei de novo. Aí Manassés declarou que o SENHOR é Deus.”

As noites começam a ser mais quentes, agora, em dezembro de 2011. Neste período do ano, já se pode ficar sentado ao ar livre, curtindo o silêncio das altas horas. Foi o que eu fiz um dia destes: sentei-me na área dos fundos da casa onde moro para ainda “curtir” o tempo de Advento. De repente, um barulho estranho me chamou atenção. Um inseto batia suas asas com extrema força no vidro do abajur que estava sobre a mesinha de centro. O problema dele era o vidro denso; aquele tapume fortíssimo que “matava” seu desejo de se chegar à luz; que lhe tirava a liberdade de se chegar mais perto da luz. Pensei em ajudar aquele inseto, encaminhando-o pelo grande espaço aberto na parte alta e na parte baixa do abajur. Por que é que aquele inseto insistia em se aproximar da luz através do caminho impossível pois, como eu já explicitei, havia uma abertura em cima e outra embaixo para ele acessar a lâmpada que iluminava meu ócio. O problema é que a claridade o enganava. As laterais do abajur precisariam escurecer para que aquele inseto compreendesse qual o caminho que deveria tomar.

Volto meu pensamento pro texto de 2 Crônicas e “mergulho na História de Israel. O rei Manassés foi um dos piores governantes da sua época. Quem não se encontrava próximo para deixar se deixar persuadir por suas palavras, era obrigado a crer nelas. O profeta Isaías e muitas outras pessoas passaram apertado com o jeito de governar desse rei. A vida de Manassés mudou somente no dia em que ele foi levado cativo pelos assírios; quando ele precisou amargar bom tempo numa prisão babilônica. Ali, no silêncio; no ócio; na solidão; na amargura foi que ele, o grande Manassés, entendeu que “Deus é Senhor”. (v. 13)

Porque é que isso sempre precisa ser assim? Porque é que, primeiro, nós quase sempre precisamos passar apertos, para só então percebermos o caminho certo a ser tomado? Será que nós também precisamos passar pela experiência do rei Manassés? Ele, durante anos, passava batido pelo conselho de Deus, mesmo que Deus o quisesse trazer de volta ao caminho certo.

Volto meu olhar pro inseto que continua a lutar com o vidro do abajur. Ele está exausto. Mesmo assim ele insiste em perfurar o vidro opaco. Daí então eu pequei uma toalha que estava pendurada no varal e enrolei o vidro do abajur. Naquele momento a luz brilhou tanto na parte baixa como na parte alta do abajur que a indicação do bom caminho ficou explícita. A luz que antes brilhava sem muita intensidade, estava apagada. O inseto entendeu as diferenças do contexto e, mais rápido do que eu imaginei, se achegou pertinho da luz pelo caminho de cima. Por que é que o tal inseto só tomou aquela decisão libertadora naquele momento? Será que a luz opaca lhe prometia mais liberdade?

Fiquei com a impressão de que o mesmo acontece conosco. Nós nos deixamos enganar por certas luzes que, na realidade, não nos oferecem boa claridade. Jesus Cristo disse que “Ele era a luz do mundo e que quem o seguisse não andaria nas trevas, mas teria a luz da vida.” (João 8.12) O que estamos esperando? Agora, eis a oportunidade de confiarmos em Jesus; de optarmos pela verdadeira luz. Nomino A vela de “verdadeira luz”!

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