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12.3.12

HUMILDADE - QUE TREM É ESTE?


Andei folheando a Bíblia e me detive neste verso de 1 Pedro 5.5b: “Cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça.” O assunto me interessou e fui estudá-lo. Olha só o que eu aprendi.

Dá para se dizer que o termo “humildade” saiu de moda. Essa palavra se origina do Latim “humus” que significa “filhos da terra”. Ela se refere à qualidade das pessoas que não tentam se projetar sobre as outras, nem mostrar-se superior as mesmas. Daria para se dizer que ela aponta para uma postura mais serviçal. Sim, a humildade é a disposição; a coragem para servir; um estado de espírito; um conceito com o qual as pessoas podem encarar a vida na relação com os outros.

Pedro viu a humildade como o oposto da arrogância. A ética do Antigo Testamento entende a humildade como uma expressão da dependência fundamental do povo de Deus, o Criador (Miquéias 6.8). No Novo Testamento e no cristianismo as pessoas se miram no exemplo humilde de Jesus (Mateus 11.29). Para esse povo a humildade é uma expressão da atitude cristã constantemente trabalhada na cabeça, para ser traduzida nas atitudes do dia-a-dia que transcorre sob a graça de Deus. Não se trata de obediência passiva, mas de ação ativa e corajosa.

No Novo Testamento há uma série de exemplos sobre “humildade”. Foi em Filipos que Paulo e Silas foram açoitados por causa de uma suspeita que pesava sobre eles. Lê-se na Bíblia que eles foram julgados a revelia e depois jogados na prisão. Mais tarde se verificou que os dois prisioneiros eram cidadãos romanos, daí então o Governo Municipal tomou a decisão de deportá-los em silêncio. Paulo não embarcou nesta “canoa furada” e se saiu assim: “Sem ter havido processo formal contra nós, nos açoitaram publicamente e nos recolheram ao cárcere, sendo nós cidadãos romanos; querem agora, às ocultas, lançar-nos fora? Não será assim; pelo contrário, venham eles e, pessoalmente, nos ponham em liberdade. (Atos 16.37) Esta não foi a única vez que Paulo invocou seus direitos. Em Atos 22.25b se lê: “Ser-vos-á, porventura, lícito açoitar um cidadão romano, sem estar condenado?”

O próprio Jesus, exemplo ímpar de humildade, não concordava com tudo o que Lhe aprontavam. Ao ser interrogado com brutalidade diante do sumo sacerdote, Ele se saiu assim: “Se falei mal, dá testemunho do mal; mas, se falei bem, por que me feres?” (João 18.23)

A humildade, como a Bíblia a vê, não deveria ser confundida com submissão. Quando uma pessoa se coloca como um “capacho” diante do outro, não há nesta atitude qualquer exemplo de humildade. Podem crer, às vezes as fronteiras entre a humildade cristã piedosa e a estupidez são um tanto fluídas. Ora, este tipo de humildade não é bíblico e não implanta nenhum bom sinal no Reino de Deus. Pensem nisso!

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