Busque Saber
4.1.12
2012 - Autoestima!
Era quinta-feira, dia 29 de dezembro de 2011. A Valmi e eu fomos fazer uma pequena viagem para Bombinhas, uma das praias mais bonitas de Santa Catarina. Havia muitos carros na BR 101. O trajeto que, normalmente, se faz em uma hora e trinta minutos, acabou “custando” mais do que o dobro do tempo. Menos mal que meus compadres nos esperaram com comida e bebida saborosa. O fato é que a nossa festa de fim de ano começava a ser excelente.
Num dado momento, o nosso assunto descambou pro lado da Psicologia. Meu afilhado, o André, sustentou que a “autoestima”, essa avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma, pode ser elevada e ao mesmo tempo frágil e ou baixa, porém segura. Não sou psicólogo e por isso pedi que me explicasse melhor...
- É simples tio. Pensa numa pessoa narcisista. Sua autoestima é elevada, mas ao mesmo tempo frágil. Agora imagina uma pessoa humilde. Sua autoestima é baixa e ao mesmo tempo segura.
A Camila que até então se dispunha só a ouvir a nossa conversa, atalhou com aquele seu jeito simples de dizer as coisas com sotaque maringaense:
- Entendo um pouco deste assunto. No semestre passado eu fiz uma “Cadeira” de Psicologia. A autoestima foi um dos nossos assuntos. Minha professora defende a tese de que a autoestima de uma pessoa pode ser constante através do tempo; pode ser independente diante das condições particulares e ou pode estar entranhada num nível psicológico básico...
Minha sobrinha estava querendo dizer que a autoestima tanto pode ser estável, como corajosa e ou automática. Sim, eu precisaria estudar aquele assunto com mais cuidado... Percebi que o André tinha mais a dizer e dei-lhe ouvidos...
- Outro dia li no Antigo Testamento que rainha Vasti foi dona de grande autoestima...
- Onde você leu isso André?
- Li isso no primeiro capítulo do livro de Ester.
- Verdade? Me conta mais...
- Deduzi da minha leitura que, muitas vezes é assim que encontramos os verdadeiros heróis em papéis secundários. Reza a história que esta tal de Vasti foi a primeira e a mais bonita esposa do rei Xerxes, o governante mais poderoso do Império Persa. Ela tinha tudo o que queria no palácio. O mundo simplesmente estava a seus pés...
- Maininho querido! O que você quer dizer com “mundo aos seus pés”.
- Olha só Camila. A rainha Vasti contava com um sem-número de empregados que estavam sempre à sua disposição. Daria para se dizer que ela vivia num destes palácios dos contos de fadas, como aquele que vimos lá na Baviera. Schwanscholl, se não me falha a memória.
- Ora, ora “Schwanscholl”. Presta atenção André: Neuschwanstein!
- Isso daí! Os vestidos que ela usava eram todos de seda macia e ela sempre se perfumava com os perfumes mais exóticos e, por isso mesmo, caríssimos.
- Continue afilhado!
- A tal rainha viveu três anos cercada de muito luxo. Daí então, num belo dia, ela e o “maridão” mandaram ver numa festa que duraria em torno de uma semana. Enfeitaram o pátio do castelo com cortinas de algodão brancas e azuis, amarradas com cordões de fino linho vermelho, que estavam presos por argolas de prata a colunas de mármore. O piso do castelo era feito de ladrilhos azuis, de mármore branco, de madrepérola e de pedras preciosas. Colocaram sofás de ouro e de prata no pátio, onde os convidados podiam tomar suas bebidas em copos de ouro, todos eles diferentes uns dos outros. O rei não poupou dinheiro e mandou que o vinho fosse servido à vontade também aos seus súditos na cidade. Todos podiam beber o quanto quisessem.
Nesse momento a minha comadre Carmem, o meu cunhado Ernani, a Valmi, todos nós embarcamos neste assunto... Alguém de nós sugeriu que o André continuasse desenvolvendo seus conhecimentos bíblicos e ele não se fez de rogado...
- Num dado momento da festança o rei, totalmente bêbado, quis mostrar a beleza de sua esposa aos convidados. Assim, ele ordenou que os seus funcionários trouxessem a “sua” rainha para que ela fosse apresentada para toda a sociedade.
- Conta mais, conta mais – sugeriu a Camila com olhar claro e suplicante...
- Sabem o que aconteceu?... A rainha Vasti recusou vir a aparecer em público. Para ela não importava o que o seu prepotente marido iria pensar da sua atitude. Ela não se exibiria diante daquela gente como se fosse um “produto” que se pode manusear daqui pra lá e de lá pra cá. Ela entendeu a sugestão do seu marido como insulto e humilhação à sua pessoa.
Meu compadre Ernani se mostrava orgulhoso da sapiência do seu menino. Lia-se este orgulho no seu jeito, enquanto de pé, recostado à mesa... Entrei na conversa.
- Pois é André! Podemos dizer que a Vasti foi uma mulher muito linda, mas, ao mesmo tempo, inteligente e confiante. Para ela estava claro que sua decisão colocava sua vida sobre o “fio da navalha”, mas e daí? Ela não precisava manter a sua posição social a qualquer custo. Era melhor ser colocada de lado; ter que divorciar-se e ir para o exílio, do que abdicar da sua dignidade interior.
- Concordo contigo Renato...
- Continua Valmi...
- A Vasti foi uma grande mulher. E ela se mostrou grande porque permaneceu fiel aos seus valores, mesmo em meio à crise. Para ela, a beleza do seu caráter era mais importante do que a beleza do seu corpo e todos os confortos palacianos.
O assunto da autoestima tinha mexido conosco. Ela, a autoestima é fator fundamental nas nossas vidas. Tínhamos refletido ali na sacada daquele prédio azul com profundidade leiga, sim, mas e daí? Nós tínhamos refletido. Vi que a Carmem queria dizer algo e não errei.
- Penso que para nos mantermos fiéis a nós mesmos; para conservarmos os nossos bons princípios e para ouvirmos nossa voz interior nem sempre é muito fácil. Há ofertas extremamente tentadoras batendo toda hora às nossas portas. No final das contas, depois da luta é que vem a hora da satisfação. A felicidade só se alcança com auto-estima e boa consciência...
Neste momento estourou um rojão dos grandes na vizinhança. Levantamo-nos e misturamos nossos assuntos. Faltava sol na praia...
27.12.11
2012 - Um bom ano pra Paola!
Neste final de 2011, fui visitar meu cunhado em São Gabriel (RS). Gosto muito daquela região da fronteira e tenho admiração pelo sotaque que transparece nas vozes daquela gente gaúcha. Foi na tarde do dia 31 de dezembro que me sentei debaixo da bergamoteira, na companhia da minha sobrinha Paola.
- Tio! A mãe disse que o senhor é pastor e que pode me dar uma “mãozinha” sobre a “palavra da Bíblia” que a professora de religião pediu para interpretar...
- Legal Paola! E que palavra bíblica é esta?
- Aqui ó Tio... Está escrita em Filipenses 3.13-14. Já li umas seis vezes, mas não entendo muito não: “Uma coisa eu faço: esqueço aquilo que fica para trás e avanço para o que está na minha frente. Corro direto para a linha de chegada a fim de conseguir o prêmio da vitória. Esse prêmio é a nova vida para a qual Deus me chamou por meio de Cristo Jesus.”
- Hummm! Interessante...
Ali, bem à minha frente, estava uma menina com olhos negros, cheia de curiosidade e expectativa para ouvir explicações de um tio pastor em férias num recanto gaudério. Acomodei-me na cadeira preguiçosa, sorvi mais um gole do verde chimarrão e reli o texto de Paulo. Ela, a minha sobrinha, me olhava, esperando resultados...
- Vamos lá Paola... O Natal passou – certo?
- Certo tio!
- Agora há pouco vi tua mãe jogando os restos dos ramos de cipreste que formavam a coroa de advento que estava sobre a mesinha da sala de vocês no lixo – certo?
- Certo tio!
- Os presentes que você recebeu no dia 24 já perderam um pouco do encanto – certo?
- Os senhor está certo tio!
- Agora, reflete comigo. O novo ano de 2012 já começa hoje à meia-noite. Sabe Paola! Por um lado eu me sinto um pouco entristecido pelo fato de já ter passado mais um ano de vida. Por outro, me sinto animado em relação ao futuro que vem aí.
- É! Eu já notei que o senhor tem certa dificuldade de se desfazer daquilo que conquistou. Ouvi a tia dizendo pra minha mãe que o senhor sofre com mudanças; que é meio conservador.
- Você é uma menina perspicaz. Sim, é verdade. Gosto de segurar algumas das minhas conquistas. O problema é que a “roda do tempo” continua girando implacavelmente e, tanto eu como você, nós não temos a mínima chance de ficarmos parados.
- Minha professora falou que precisamos dar passos à frente; deixar coisas velhas para trás; articular novos começos.
- E ela está certa Paola. O problema de quase todas as pessoas é que elas gostariam muito de fazer as duas coisas: Abraçar-se ao que deu certo e não poupar esforços no sentido de continuar conquistando o que lhes agrada.
- Tio! Ainda não estou entendendo o texto de Filipenses 3.13-14...
- É verdade Paola. Ficamos filosofando e tudo continua um pouco obscuro... O Paulo escreve que “esquece aquilo que fica para trás e que avança para o que está à sua frente.” (Filipenses 3.13)
- Será que daria para se dizer que o apóstolo está se declarando uma pessoa aberta para novas idéias e, ao mesmo tempo, focado no seu objetivo?
- Muito bem Paola! Paulo deixa claro que o passado não é capaz de detê-lo. Essa palavra sempre me impressiona.
- Por quê tio?
- Porque nela Paulo mostra toda a força; toda a energia que ele aplica para enfrentar os fatos que ainda virão pela frente. Nada pode detê-lo no seu intento.
- Acho que entendi. Quando o apóstolo escreve que “esquece”, ele não está comunicando o “esquecimento” dos fatos passados, mas deixando claro que estes fatos ocorridos não vão impedí-lo de continuar nos seus propósitos.
- Ótimo Paola. Paulo está abdicando dos acontecimentos passados e, ao mesmo tempo, avançando; investindo todas as suas forças e energias naquilo que, para ele, vale a pena.
- Tenho a impressão que o apóstolo esteja se mostrando um tanto ansioso para “mergulhar de cabeça” no novo projeto que tem pela frente.
- Isso! Isso Paola... Tua conclusão se mostra correta na leitura de Paulo: “Corro direto para a linha de chegada a fim de conseguir o prêmio da vitória.” Explique assim o texto na aula de Religião e vais te dar bem - odes ter certeza.
- Mas ainda falta alguma coisa tio...
- Você ainda pode colocar uma “cereja no bolo”.
- Como assim?
- Desafia tua professora e teus colegas a se perguntarem: Como é que isso é comigo? Onde é que eu me seguro para sobreviver no dia-a-dia? Quais são os meus objetivos? Eles perderão sua validade em um, dois ou 10 anos? Persigo um objetivo que valha a pena ser perseguido?
- Nossa tio... Deixa eu anotar isso...
- Sabe Paola. O Paulo sempre foi um sujeito que perseguiu “o prêmio da vocação celestial de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3.14 b). Ou seja, ele sempre foi em busca da vida eterna que Deus reservou para ele. Esse sempre foi o seu foco de vida. Para ele, os outros objetivos se mostravam pequenos, quase inúteis. Paulo queria viver ao lado de Deus, o resto era história.
- Tio! Também tenho vontade de fazer isso: viver minha vida com Deus e gastar meu tempo; minha energia para alcançar este “prêmio”. É sério... Eu gostaria de investir tudo de mim para alcançar este objetivo. Como eu faço?
Eu estava estupefato. Ali, diante de mim, estava uma menina de 13 anos de idade, inteligente como ela só. Por um momento imaginei-a teóloga, atuando numa das Comunidades da IECLB como missionária; como catequista; como diácona ou como pastora. Neste instante nosso diálogo foi quebrado pela sua mãe, minha comadre que, mesmo simpática, acabou quebrando nosso diálogo.
- Paola! O tio está de férias. Vá terminar as tuas tarefas.
- Vá Paola! Continuamos a nossa conversa amanhã...
26.12.11
Consegue um quarto pra gente?
Quando José bateu à porta da estalagem em buscfa de abrigo para ele e sua Maria, o dono da mesma deve ter pensado: - “Esta mulher está para dar a luz e eu detesto gritaria de mulher no meu albergue. O que é que eu vou fazer? Não sou uma pessoa sem sentimentos, por isso vou abrir uma excessão. Sim, vou permitir que esse casal passe a noite na estrebaria. Lá eles terão a companhia de burros e camelos, mas em contrapartida a palha é quentinha. É isso daí!”
Assim, Maria e José não tiveram outra escolha, senão acomodar-se naquele espaço insalubre. Logo depois que a criança nasceu, puseram-na dentro de um cocho (mangedoura) para não ser pisoteada pelos animais.
Passaram-se os anos e Jesus ficou conhecido em toda a Palestina. O tal dono daquela estalagem deve ter se atormentado com acusações do tipo: - “Meus canecos! Por que é que naquela noite eu não liberei um bom quarto para aquele casal? Se eu tivesse tomado essa decisão, certamente o nascimento do Filho de Deus teria sido mais tranquilo...”
O fato é que o proprietário teve as suas razões para decidir daquele jeito. Agora, será que isso também não acontece conosco? Ando por aí e percebe que muitos se desculpam por não terem tempo para Jesus; por não darem espaço para o Filho de Deus em suas vidas.
O dono da estalagem perdeu boa oportunidade de promover um bom lugar a Jesus Cristo no seu pequeno hotel. Ora, O Salvador veio ao mundo com o objetivo de encontrar lugar em nossas vidas para nos oferecer paz. Ele não veio ao mundo porque os filhos de Deus eram queridos, mas porque Deus nos ama.
24.12.11
Quero asas em 2012!
Falar de cura e de salvação é referir-se a Jesus Cristo. Lembram do Bartimeu - o cego de nascença que foi curado por Jesus? Como ele, somos “pessoas cegas” quando estamos no escuro; quando não vemos mais saída; quando só nos envolvemos com nossos próprios problemas; quando só permitimos espaço ao passado em nós; quando não damos mais importância ao dia de hoje.
Importa “ver a vida” com outros olhos. Não penso em sanar deficiências visuais, mas em oportunizar boa reocupação às pessoas que estão à margem; promover perspectivas para quem vive tateando em lúgubres buracos de depressão. Sim! Estou apontando para um novo caminho; para uma nova rota que fica evidenciada na afirmação que se faz sobre Bartimeu: - “Ele seguiu Jesus”!
Jesus entende a cura como um caminho que leva à re-orientação. Essa cura não é fácil quando se faz da doença um vício. Muitas gentes optam por carregar doenças em suas vidas porque veem as mesmas como um “peso” mais leve do que a própria existência. Aqui, o novo caminho para a cura física e psicológica passa por uma decisão: - Chega! Vou mudar!
Li sobre uma jovem que sofreu um grave acidente, logo após a sua formatura em Medicina. Paraplégica, escreveu um livro intitulado: A dádiva da dor. Ela conta que pediu “pés” a Deus e que Este lhe deu “asas”. Asas que lhe promoveram maior aptidão para compreender e se envolver com seus pacientes leprosos.
19.12.11
16.12.11
Fome Saciada - 1 Reis 17.4 e 6!
Deus cuida de nós, mesmo quando não estamos contando com o Seu cuidado. Às vezes, Ele permite que passemos por situações difíceis. Quem já não passou por momentos complicados? No final das contas, certamente poderemos computar as dificuldades sofridas como boa escola onde muito aprendemos. Em 1 Reis 17.4 e 6 está escrito: - “Eu mandei que os corvos levem comida para você, Elias. E eles, os corvos, trouxeram, todas as manhãs e todas as tardes, pão e carne para você.”
A Bíblia dá atenção à animais. Se na Palavra de Deus os mesmos são pintados como queridos e ou assustadores – isso não vem ao caso. O que sempre importa é o valor simbólico da participação dos mesmos...
No texto em questão não são os corvos que ocupam o lugar central da história, mas o profeta Elias. Aqueles tempos eram difíceis para o povo de Israel. O rei Acabe tinha acabado de implantar, com “mão de ferro”, a idolatria no seu reino e, agora, estava forçando o povo a praticá-la. A vida estava simplesmente insustentável. Quase não havia perspectivas e o pior de tudo é que Jesabel, a rainha com a qual ele acabara de se casar, era muito dominadora; tinha sede de poder impressionante. Foi para dentro deste difícil contexto que Deus chamou o profeta. Deus o comissionou para anunciar ao rei Acabe que, doravante, não cairia mais nenhuma gota de chuva; não se formaria mais nenhuma gota de orvalho nas terras por ele governadas.
Elias deveria levar a sério o mandado de Deus. Ir viver contextualizadamente naquele inferno de seca e de necessidades. No verso 3 se lê a ordem de Deus: “Saia daqui, vá para o leste e esconda-se perto do riacho de Querite, a leste do rio Jordão.” Sim, Elias foi alimentado por corvos durante todo o tempo em que passou ali naquele lugar. Esquisito isso, não é? Será que, quando em dificuldades, também poderemos ser alimentados por corvos? Nossa cultura vê os corvos como aves imundas. Para nós é difícil pensar numa situação como a retratada na Bíblia, mas foi isso que aconteceu: Na história bíblica Deus mandou corvos levarem pão e carne ao profeta Elias. Por que Deus pediu ajuda justamente aos corvos? Ora, isto não vem ao caso. O que importa é que Deus matou a fome do seu servo Elias.
Livremo-nos desta imagem dos corvos tratando Elias com pão e com carne. Há momentos em que a Palavra de Deus se mostra como um pão duro, difícil de ser mastigado, indigesto até. Mas dura ou não, é a Palavra de Deus – sim senhor! Para Elias, os corvos pareciam não ser obstáculo para que ele aceitasse aquele alimento. Em Jeremias 15.16 lemos o profeta dizendo: “Comi as Tuas palavras. Elas encheram o meu coração de alegria e de felicidade.” Isso acontece tanto em tempos bons quanto em tempos difíceis. Na história, Elias ainda precisará mergulhar mais na pobreza e na privação, mas no final da mesma quem lhe trará pão será um anjo. Porque Deus cuidou dele, ele pode seguir sua jornada até o fim. Acontece o mesmo conosco...
15.12.11
Maria - Teste de gravidez positivo!
A pintura é inusitada. Nela percebemos que Maria leva um grande susto. Susto que pode ser percebido nas feições do seu rosto. Notem que na mão direita ela segura o “teste de gravidez positivo”. Com o choque, ela leva a mão esquerda à boca. Eis aí uma pintura da “Virgem Maria” como nunca vimos antes.
O pintor “batizou” este quadro de “Maria está viva e bem”. O cartaz foi pendurado numa das paredes da Paróquia São Mateus da Nova Zelândia.
Para Maria, a descoberta da sua gravidez é um choque porque é mulher jovem; pobre e solteira – argumentam as lideranças da Igreja. Ela certamente não foi a primeira nem a última mulher a experimentar esta situação.
Com a exposição deste quadro os cristãos neozelandeses tiveram a intenção de fazer frente ao “sentimentalismo banal” que sempre de novo se mostra nos tempos de Natal. Mais do que isso: A Igreja quer estimular a reflexão e a discussão sobre este assunto no seio da Comunidade.
13.12.11
Deus e Jesus estão aqui - 2 Samuel 7.1-16!
Eu vou pregar assim no próximo domingo. Vou pedir que pessoas se levantem na hora da prédica e façam perguntas; questões que vou responder do púlpito. De repente ajuda na reflexão destes tempos de Advento. Abraços!
Adamastor: Ô pastor! Vi nas Senhas Diárias que hoje a sua prédica vai se alicerçar sobre o texto de 2 Samuel 7.1-16... Nós já lemos o texto que fala do rei Davi e do profeta Natã. Sabe pastor, li que este rei foi muito competente, também em termos militares; que ele conseguiu unir todas as Doze Tribos de Israel num só Reino; que ele resgatou a “Arca da Aliança” de mãos inimigas para, logo depois, guardá-la com toda segurança em Jerusalém. É isso mesmo?!
Pastor: Muito boa sua leitura Adamastor. Sim, Davi foi um grande rei. A maioria dos Salmos o exalta como tal. O Antigo Testamento também testemunha que Davi tinha talento de sobra para a música. Só uma coisa lhe faltava para estabilizar o seu reino... Como você bem disse, Davi centralizou o poder em torno de si; do palácio seguro onde morava. Agora ele queria edificar um grande “santuário” com o objetivo de proteger a tal “Arca” da qual você falou há pouco. Mais do que isso, Davi tinha a intenção de concentrar a fé das pessoas que compunham o seu o Império, naquele referido “santuário”. Tudo estava se encaminhando para isso até que, de repente, o profeta Natã fez uma visita a Davi. O pessoal do “Acolhimento” passou para as mãos de vocês o texto bíblico de 2 Samuel 7.1-16, que vocês já devem ter lido...
Godofredo: Li o texto pastor! Entendi que Deus não quer um templo para Si. Que o “negócio” de Deus não é se “encastelar” num determinado lugar; numa determinada região; numa cultura pré-estabelecida... Fiz a leitura correta desta Palavra?
Pastor: Corretíssima Godofredo! Deus não simpatiza com afirmações do tipo: - “Olhem! Ele está aqui” ou “Prestem atenção! Ele não está ali!” Deus sempre se mostrou ao Seu povo como um Deus que conduz pelo meio do deserto; como um Deus que está desinstalado; como um Deus que é intinerante; como um Deus que prefere a instabilidade da barraca;como um Deus que não quer ser adorado num santuário; como um Deus que não quer ser acomodado num templo. Godofredo e Adamastor: Deus sempre se mostra mais preocupado em promover vida abundante às pessoas que vivem no mundo, do que se concentrar em lugares específicos.
Bernardino: Estava aqui ouvindo a conversa de vocês e decidi contribuir com a discussão: - Concordo com o senhor, pastor! No passado Deus conduziu o Seu povo da escravidão para a liberdade; deu-lhe os Mandamentos para ajudar na sua organização familiar e política porque sempre detestou a desordem e o caos...
Pastor: Excelente Bernardino! É exatamente por isso que Deus rejeita o “santuário” planejado por Davi. O sucessor de Davi, o Filho de Deus, é quem haveria de edificar este “Templo de Adoração”. Vocês estão percebendo a diferença entre a idéia de Davi e a idéia de Deus? O “Templo de Deus” deverá ser construído a partir do Nome de Deus. Este “Santuário” não deverá ser construído para Deus! Guardem isso Bernardino, Godofredo e Adamastor: Deus não se deixa domesticar. Ele sempre se faz presente lá o Seu Nome é pronunciado.
Edeltraud: Entendi pastor! É por isso que sempre iniciamos o Culto “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. Estas palavras nos deixam claro que “Deus está no meio de nós”.
Pastor: Grande Edeltraud! É em Nome de Deus que batizamos crianças e que nos compromissamos no sentido de acompanhá-las na sua caminhada cristã. No momento do Batismo, quando mencionamos o nome de Deus, as crianças batizadas se convertem em filhas e filhos de Deus. Maquele momento o Nome de Deus é santificado - como testemunham os Mandamentos – porque Deus está no meio de nós, não porque estamos em um “santuário” ou porque participamos de uma Igreja. Deus está conosco porque invocamos o Seu Nome e nos reunimos em torno Dele; porque ouvimos a Sua Palavra; porque dirigimos as nossas orações a Ele; porque nos deixamos renovar por Ele. Jesus Cristo disse que Ele e Deus estão ali onde “dois ou três estiverem reunidos em Seu Nome”. Para nós, cristãos, está claro que Jesus Cristo é o Filho de Deus, Aquele que veio fazer do Nome de Deus um “Templo de Adoração”. O Reino de Jesus Cristo é de eternidade a eternidade, tal como o profeta Natã prometeu.
Ana Rita: Puxa pastor. Nunca aprendi tanto como hoje. Quer dizer que Jesus imita o Seu Pai quando não se permite o aprisionamento; quando se faz presente no pão e no vinho; quando se coloca ao nosso lado no dia-a-dia.
Pastor: Você Ana Rita, como os outros que usaram a palavra aqui neste lugar, me anima por causa do seu raciocínio claro. Sim, se Jesus não estivesse presente aqui e agora, a nossa fé não teria sentido. Jesus Cristo caminha de forma contextualizada conosco, no nosso tempo e se mostra interessado em cada uma, em cada um de nós. Ele se autodenomina “Templo Sagrado”. Templo “que será demolido e reconstruído depois de três dias”. Para Jesus também não é importante que Deus habite num lugar particularmente sagrado. Para Ele importa, isto sim, que Deus esteja conosco. Quando celebramos a Santa Ceia em nome de Jesus, como vamos celebrar daqui a pouco, então poderemos “saborear” a Sua presença como só a cristandade pode fazê-lo.
Arquimedes: Deduzi deste diálogo que Deus se permitiu a pregação na cruz para estar presente conosco na Santa Ceia, onde temos o privilégio de participarmos do Seu Corpo Vivo. Que coisa! Isso é um mistério da fé... Deus não se permite prender ou se deter num espaço “x” ou “y”, mas nós podemos incorporá-Lo em nós.
Pastor: Sim Arquimedes! Podemos incorporar Deus em nós, baseados na Sua Palavra que diz que “somos santos porque Ele é santo”. Onde Deus é chamado de Deus; onde orações e batismos são feitas em Seu Nome; onde se louva em Seu nome; onde a Santa Ceia é celebrada, ali está Deus. Nós temos esta promessa. Deus não está aqui porque construímos este templo há quarenta anos. Não! Este templo até pode nos ajudar a concentrarmo-nos Nele, nada mais. Deus está aqui porque nos ama. É como diz a canção: “Deus está presente, todos o adoremos, com respeito nos prostremos! Deus está conosco, tudo em nós se cale, Deus a nossas almas fale! Quem o ouvir ou sentir, baixe os olhos, crente! Vinde ao Pai clemente! Deus vem a nós no pequeno Menino Jesus.” Amém!
9.12.11
Jeremias - o entrevistado!
A nossa querida IECLB está fazendo deferência ao profeta Jeremias quando, na proposta de edificação da Igreja para o ano de 2012, nos desafia a trabalharmos o pequeno texto escrito em Jeremias 1.5a, onde se lê: “Antes que eu te formasse no ventre, te conheci.” Pois refleti e pesquisei sobre este profeta. Ói uma entrevista dele pra mim:
Entrevistador: Grande profeta Jeremias... Seja bem-vindo aqui na nossa Paróquia. Muitas pessoas se reportam ao senhor como sendo um masoquista. Há alguma razão para classificá-lo como masoquista?
Jeremias: De uma certa forma todos os profetas são masoquistas... É assim que as verdades inconvenientes que proclamamos ao mundo quase nunca trazem alegria a quem às ouve. Um teólogo do seu tempo escreveu que “aquele que ousa carregar a tocha da verdade não deve ser surpreendido com as fagulhas que possam vir a queimar suas barbas.” Hoje, tal como ontem, os profetas continuam sendo punidos com desprezo pelas pessoas. Na pior das hipóteses eles até são apedrejados. A vida é assim.
Entrevistador: Convenhamos! Este parece ter sido o seu caso. O senhor precisou se esconder durante anos por cusa das verdades que trouxe à luz.
Jeremias: É! Às vezes o preço que se paga por se ser profeta é altíssimo. O fato é que Deus não me prometeu um “jardim de rosas” quando me comissionou para pregar a Sua mensagem.
Entrevistador: Andei pesquisando um pouco sobre sua vida. O senhor tinha apenas 13 anos de idade quando foi chamado por Deus para ser profeta... Estou certo?
Jeremias: Sim, você está certo! Eu mesmo me sentia muito jovem naquela época. Minha vida era normal e eu me imaginava viver a mesma sem muitos percalços. A verdade é que o Plano de Deus foi diferente para mim do que para os outros da minha geração.
Entrevistador: O senhor poderia ter se poupado de muitos problemas e tristezas. Num dado momento o senhor optou em carregar uma canga pesada sobre os ombros. Reza a História que naqueles tempos o senhor sofria de uma terrível depressão que o corroía por dentro.
Jeremias: Sim, sim, eu poderia... Claro que a minha vida nunca foi um piquenique, mas mesmo assim posso dizer que experimentei felicidade. O meu sofrimento sempre teve um sentido. Nunca guardei segredo da verdade. Sempre expressei minha opinião de forma muito clara e transparente. Se eu quisesse me livrar da dor, então teria que ter me curvado diante dos poderosos da minha época. A questão é que se eu tivesse feito isso, então eu teria me sentido o mais infeliz de todos os homens.
Entrevistador: Até aí eu consigo acompanhar o seu raciocínio. Agora, o que eu não consigo compreender direito é o por quê dos políticos e conterrâneos de sua época o terem perseguido tanto; porque é que eles lhe dificultaram tanto a vida? Ele machucaram o senhor e, como se isso não bastasse, até pediram a Deus que Ele mesmo o castigasse. Inconcebível isso! Logo com o senhor que se entendia como um Parceiro de Deus!
Jeremias: Tudo bem, mas eu também tinha as minhas manias e, às vezes, também devo ter incomodado a Deus...
Entrevistador: Incomodado a Deus? Ora, ora! O senhor era o Porta-voz de Deus! Sem o senhor Deus não poderia ter dialogado com o povo! Em vez de pedir que Deus lhe agradecesse, o senhor pediu que Ele “lhe corrigisse”! Explique melhor essa sua atitude.
Jeremias: É verdade, mas continue refletindo comigo... Eu disse: “Puna-me com moderação e não faça cair a Sua ira sobre mim a ponto de me destruir completamente”. Eu entendo que nós, você eu, tenhamos “idéias diferentes” a respeito de “disciplina”. Você provavelmente está pensando em flagelação ou algo parecido. Eu não quis isso para mim. Às vezes eu apenas me preocupava com o fato de que eu poderia ultrapassar o alvo que Deus queria alcançar. Eu tinha receio de pregar sobre as verdades desconfortáveis de Deus e, na pregação, torná-las maiores do que elas de fato eram. O pior pecado que um profeta pode cometer é ser presunçoso. Para mim o profeta presunçoso é aquele não consegue mais distinguir se a sua palavra vem de Deus ou de si mesmo.
Entrevistador: Entendo...
Jeremias: Foi para evitar este perigo que pedi a Deus que “me corrigisse”. Eu não queria ser um daqueles profetas “sabichões” que, naqueles tempos, pululavam à nossa volta. Dizia-se deles que eram nacionalistas; que eram pagos para falar o que falavam. A gente não se sentia seguro se as suas falas eram de Deus ou se provinham deles mesmos.
Entrevistador: Sei!... Esse tipo de profetas também existe no nosso meio, aqui no século 21. Eles sempre sabem exatamente a vontade de Deus e nunca se mostram dispostos a serem questionados.
Jeremias: Observe que, mesmo para estes profetas “nacionalistas”, eu desejo algum tipo de “correção”. Não que eles sofram de dor, mas que eles possam recuperar o que distingue os falsos dos verdadeiros profetas: a humildade.
Entrevistador: Obrigado pela entrevista Jeremias...
Advento - Da escuridão à luz!
Em 2 Crônicas 33.12-13 se lê: “No seu sofrimento Manassés orou com fervor ao SENHOR, seu Deus; cheio de humildade, ele se arrependeu diante do Deus dos seus antepassados. Deus ouviu a sua oração e atendeu o seu pedido, deixando que ele voltasse para Jerusalém e fosse rei de novo. Aí Manassés declarou que o SENHOR é Deus.”
As noites começam a ser mais quentes, agora, em dezembro de 2011. Neste período do ano, já se pode ficar sentado ao ar livre, curtindo o silêncio das altas horas. Foi o que eu fiz um dia destes: sentei-me na área dos fundos da casa onde moro para ainda “curtir” o tempo de Advento. De repente, um barulho estranho me chamou atenção. Um inseto batia suas asas com extrema força no vidro do abajur que estava sobre a mesinha de centro. O problema dele era o vidro denso; aquele tapume fortíssimo que “matava” seu desejo de se chegar à luz; que lhe tirava a liberdade de se chegar mais perto da luz. Pensei em ajudar aquele inseto, encaminhando-o pelo grande espaço aberto na parte alta e na parte baixa do abajur. Por que é que aquele inseto insistia em se aproximar da luz através do caminho impossível pois, como eu já explicitei, havia uma abertura em cima e outra embaixo para ele acessar a lâmpada que iluminava meu ócio. O problema é que a claridade o enganava. As laterais do abajur precisariam escurecer para que aquele inseto compreendesse qual o caminho que deveria tomar.
Volto meu pensamento pro texto de 2 Crônicas e “mergulho na História de Israel. O rei Manassés foi um dos piores governantes da sua época. Quem não se encontrava próximo para deixar se deixar persuadir por suas palavras, era obrigado a crer nelas. O profeta Isaías e muitas outras pessoas passaram apertado com o jeito de governar desse rei. A vida de Manassés mudou somente no dia em que ele foi levado cativo pelos assírios; quando ele precisou amargar bom tempo numa prisão babilônica. Ali, no silêncio; no ócio; na solidão; na amargura foi que ele, o grande Manassés, entendeu que “Deus é Senhor”. (v. 13)
Porque é que isso sempre precisa ser assim? Porque é que, primeiro, nós quase sempre precisamos passar apertos, para só então percebermos o caminho certo a ser tomado? Será que nós também precisamos passar pela experiência do rei Manassés? Ele, durante anos, passava batido pelo conselho de Deus, mesmo que Deus o quisesse trazer de volta ao caminho certo.
Volto meu olhar pro inseto que continua a lutar com o vidro do abajur. Ele está exausto. Mesmo assim ele insiste em perfurar o vidro opaco. Daí então eu pequei uma toalha que estava pendurada no varal e enrolei o vidro do abajur. Naquele momento a luz brilhou tanto na parte baixa como na parte alta do abajur que a indicação do bom caminho ficou explícita. A luz que antes brilhava sem muita intensidade, estava apagada. O inseto entendeu as diferenças do contexto e, mais rápido do que eu imaginei, se achegou pertinho da luz pelo caminho de cima. Por que é que o tal inseto só tomou aquela decisão libertadora naquele momento? Será que a luz opaca lhe prometia mais liberdade?
Fiquei com a impressão de que o mesmo acontece conosco. Nós nos deixamos enganar por certas luzes que, na realidade, não nos oferecem boa claridade. Jesus Cristo disse que “Ele era a luz do mundo e que quem o seguisse não andaria nas trevas, mas teria a luz da vida.” (João 8.12) O que estamos esperando? Agora, eis a oportunidade de confiarmos em Jesus; de optarmos pela verdadeira luz. Nomino A vela de “verdadeira luz”!
8.12.11
Advento - Luz no final do Túnel!
Sempre gostei de atravessar túneis. Quam vai de Curitiba a Morretes de trem atravessa um deles. Ouve-se gritos nesta travessia. O pessoal se diverte, mas no fundo muitos sentem uma pontinha de medo. Certa vez, na Europa, atravessei um túnel de 24 km. Num dado momento comecei a ansiar pela luz do sol. Confesso que, lá no meio, senti um friozinho na barriga.
É assim que quando se adentra num túnel, sempre transparece um pouco de ansiedade em mim. Entendo que o momento mais bonito da travessia é quando começo a divisar a abertura final; é quando, finalmente, percebo a luz do sol brilhando com intensidade. Estas são as duas pontas de um túnel. Mas ainda há a sua parte superior, lá bem acima do túnel; lá onde crescem as gramíneas; lá onde o gado pasta.
De repente é assim que as pessoas que passeiam por lá, acima do túnel, nem estejam se dando conta daquilo que é verdade logo abaixo dos seus pés. Sim abaixo dos nossos pés há túneis.
Certo dia Jesus ouviu uma pergunta e respondeu: — Os que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. (Mateus 9.12) Este verso bíblico deixa claro que Jesus não se dirige às pessoas que caminham sobre o túnel. Ele diz não dar muita atenção às pessoas que se mostram fortes e que sempre parecem estar de bem com a vida. Para que se preocupar com esse pessoal que leva sua vida na maciota; que não sabe absolutamente nada sobre escuridão; que nunca experimentou solidão e nem têm noção do que pode ser um abismo na vida?
Podem crer, grande é o exército de pessoas marcadas pela melancolia; de pessoas que são atormentadas pela tristeza e pelo medo. Os psicólogos nos confortam dizendo que estas tais pessoas carregam seus sentimentos mais à flor da pele; que elas são pessoas mais profundas no seu pensar. É neste contexto que muitos gostam de se lembrar de Gohte que, um pouco antes de morrer, pediu aos seus criados: “Abram a janela do quarto, para que entre mais luz”. Ele escreveu num dos seus poemas: “Tudo os deuses dão, os infinitos, A quem amam, por inteiro: Todos os prazeres, infinitos, Todos pesares, infinitos, por inteiro.”
Esta palavra não chega a ser um bom consolo para quem se mostra triste; ensimesmado. Para mim, o decisório é se eu fico parado na boca do túnel; se eu mergulho na escuridão solitária; se eu me encharco de tristeza ou se eu me carrego para a outra ponta do túnel, lá onde existe a luz; lá onde Jesus brilha dentro da escuridão.
É a partir de Jesus Cristo que eu acabo me dando conta que careço de ser abraçado e carregado. É a partir do Filho de Deus que eu sei que vou vê-Lo quando estiver do lado de fora, totalmente dentro da luz.
6.12.11
Introversão e extroversão!
- Parabéns pra ti Galego!
- Oh! Obrigado Otávio... É verdade! Estou diplomado. Agora é correr atrás da máquina.
- Ah, mas o que é isso? Você é um vencedor. Um sujeito extrovertido. Vais te dar bem na área da Psicologia. Disso eu tenho certeza.
- Você me vê mesmo como “extrovertido”?
- Sim! Outro dia andei lendo sobre o grande psicólogo Carl Gustav Jung. Ele foi o sujeito que mais estudou a personalidade humana no contexto das relações do homem com o mundo externo.
- Certo Otávio. Jung, como poucos, debruçou-se sobre o tema da “comunicação” entre as pessoas. Fale-me mais das tuas impressões. Fiquei curioso para ouvir um leigo falando sobre este assunto!
- Me corrige se eu estiver errado. Quando as pessoas preferem focar a sua atenção no mundo externo, lá onde acontecem os fatos, elas são “extrovertidas”. Agora, quando elas optam em focar sua atenção no mundo interno de representações e de impressões psíquicas, aí então elas são “introvertidas”.
- Muito bom Otávio! Fale mais...
- Entendi que a “introversão” e a “extroversão” representam a preferência natural do indivíduo no seu modo de se relacionar com o mundo, semelhante à preferência pelo uso da mão direita ou da mão esquerda. Quer dizer, o sujeito “introvertido” gosta de refletir. Já o “extrovertido” de agir. Mais eu não sei Galego!
- Puxa Otávio. Caiu-me o queixo. Vou te trazer mais algumas informações: A pessoa “extrovertida” tem uma energia que flui de maneira natural para o mundo externo dos objetos, dos fatos e das pessoas. Ela é mais impulsiva, ou seja, age antes de pensar; se comunica bem; se socializa com facilidade. Não vê dificuldade nenhuma pra falar em público.
- Estudei um pouco de Psicologia no meu curso de Filosofia. Sabia disso Galego? Meu professor sempre dizia que a mulher e ou o homem “extrovertido” deixam os seus desejos fluírem de dentro para fora.
- Certo! O indivíduo “extrovertido” vai confiante ao encontro do objeto e esse “ato confiado” favorece muito a sua adaptação às condições externas. O indivíduo “introvertido” não tem esta facilidade.
- Vivendo e aprendendo! Puxa Galego! Fiquei curioso para saber mais a respeito da pessoa “introvertida”. Conta aí cara!
- A pessoa “introvertida” direciona a sua atenção para o seu mundo interno de emoções e de pensamentos. Nela observa-se uma ação voltada do exterior para o interior. Se você observar bem, pessoas “introspectivas” sempre demonstram hesitabilidade; pensam muito antes de agir; têm postura reservada; retraem-se socialmente; retém suas emoções; mostram-se discretas e, geralmente, tem facilidade de expressão no campo da escrita.
- Galego! Tu és um grande professor!
- Menos Otávio, menos. Só permite que eu conclua minha linha de raciocínio. O “introvertido” ocupa-se dos seus processos internos que são suscitados pelos fatos externos. É dessa forma que o tipo “introvertido” se diferencia do “extrovertido”: Ele sempre faz a opção pelos fatores subjetivos, nunca pelos aspectos objetivamente dados.
-Galego! Que aula... Então, para o psicólogo Jung, “a extroversão e a introversão são duas atitudes naturais, antagônicas entre si”.
- Isso Otávio! E harmonizar estas duas tendências supõe uma suprema arte de viver... Podes crer!...
2.12.11
Advento - Cavar Poços!
Estou me ocupando com o tema Advento. Aqui reparto mais um texto com todas e com todos vocês. Começo o mesmo com este texto de 2 Reis 3..15-16 e 20: “E quando o harpista tocava nas cordas, a mão do Senhor veio sobre Eliseu, e disse: Assim diz o Senhor: - Façam neste vale covas e covas. Pela manhã ao apresentar-se a oferta de manjares, eis que vinham as águas pelos caminhos de Edom: e a terra se encheu de água.” (2 Reis 3.15-16 e 20)
Naquela época eu tinha uns 18 anos de idade. Meu melhor amigo precisava fazer uma vala de dois metros, rente à parede do porão de sua casa e me pediu ajuda. Trabalhamos o dia inteiro naquele buraco, enquanto chovia. O barro grudava na pá e assim ela ficava pesada. Volta e meia a terra caia de volta na vala. Nunca me esqueço daquele trabalho duro. É mais ou menos dessa forma que a gente vai se insinuando por dentro da vida, com luta dura.
Em 2 Reis 3 nos é contada a história de como o rei de Israel chamado Jorão e seu amigo, rei de Judá, chamado Josafá, lutaram contra o rei Moabe. Eles usaram todo o seu exército contra Moabe. Causa estranheza o fato de que os dois reis decidiram atacar justamente o flanco oriental daquele reino inimigo. Para levar a cabo o seu intento, eles teriam que viajar durante sete dias através do deserto. Vamos combinar que essa deve ter sido a melhor estratégia. O problema é que, de repente, se lê no texto que eles não tinham mais água para beber. Quando, hoje à tarde, eu li este texto pela primeira vez, pensei: - “Mas faça-me o favor. Quem articula um exército através do deserto deve se preocupar antecipadamente com grandes reservatórios de água.” Mas daí então, num segundo momento, eu olhei para a minha própria vida espiritual e fiquei pensativo. Quantas e quantas vezes eu decidi caminhar em frente e, de repente, me dei conta de que estou sem água para matar minha sede em meio as desertos espirituais pelos quais eu cruzo...
Quando fazemos experiências deste tipo, podemos reagir como rei Joram: - “Ai, ai ai... Deus está nos colocando na mão de Moabe porque quer nos punir.” (2 Reis 3.10)Pode ser que reajamos como Josafá: - “Não existe nenhum profeta de Deus aqui nestas paragens para que consultemos ao Senhor através dele?” (2 Reis 3.11) Depois de toda esta reflexão, eles vão ao encontro de Eliseu que os instrui a cavarem buracos no chão do deserto. Percebam que o profeta não faz nenhuma magia; não usa nem um nenhum pó de pirlimpimpim; não queima incensos, mas apenas os desafia a cavarem um poço, a trabalharem duro. Perceberam? Estamos novamente falando a respeito de “escavação”.
Às vezes Deus nos pede coisas que nós ainda não sabemos para que essas coisas são boas. Esta confiança para fazer as coisas sob a instrução de Deus, mesmo sem entender muito bem o seu significado, é uma das lições mais difíceis e ao mesmo tempo mais caras de serem aprendidas pelos seguidores de Jesus Cristo.
Felizmente as águas brotaram de dentro dos poços que foram cavados. Foi Deus quem fez acontecer a água ali naquele deserto. Ele, com certeza, também vai encher os poços que você cavar com a água do Espírito Santo. Aquele que cavou o poço maior, receberá mais água. Absorvam esta Palavra na vida de vocês. A vida de cada uma e de cada um aqui presente será inundada pela água de Deus. Neste dia, todo o teu trabalho; todo o teu suor; todo o teu desgaste; todo o teu esforço terá valido a pena...
1.12.11
Advento - e se faltar água?
Continuo refletindo sobre a água. No Salmo 36.9: “Tu és a fonte da vida, e, por causa da tua luz, nós vemos a luz.” Ora, a água é vida. Às vezes nós até podemos considerá-la como a nossa grande doadora de energia. Sempre foi assim que as pessoas tiraram “vantagem” da água. Nós aqui de Santa Catarina sabemos mais do que ninguém que a água tem muita força; que ela muito poder. Aliás, quem presta atenção na natureza, percebe isso que acabei de dizer.
Quase ninguém acredita, mas é verdade: O rio chinês “Huang He”, que também é chamado de “rio Amarelo” (veja a foto dele acima)transporta, a cada ano, em torno de dois bilhões de toneladas de lama até sua foz. As fotos e as imagens dessa região mais ao norte do Equador sempre de novo assustam. Elas nos deixam pasmos porque mostram grandes porções de terra que acabaram secando; acabaram se desertificando por falta de água. Nessas regiões banhadas pelo referido “rio Amarelo” se veem muitas pessoas passando por extremas dificuldades por cusa da falta de água.
Na Alemanha convive-se com um fenômeno bem diferente. Imagino que vocês já leram; já ouviram falar a respeito do escoamento do “rio Danúbio”. Num certo trecho este rio perde muita água nas rachaduras; nas fendas; nas entranhas das montanhas por entre as quais ele corre. Às vezes esta infiltração é tamanha que chega a baixar assustadoramente o seu leito. Aí então, depois de dois dias, essa mesma água “desaparecida”, reaparece a 12 km de distância, a 174 metros mais abaixo de onde tinha sumido. Daí então esta água passa pelo “Bodensee” e segue seu curso com “status” de água limpa, até o Mar do Norte. O restante da água do rio Danúbio acaba desaguando no Mar Negro.
Pois eu carrego a firme impressão de que na nossa vida existem situações bem semelhantes a esta que o rio Danúbio apresenta! Nós, muitas vezes, também perdemos as nossas energias vitais por causa de banalidades que se atravessam no nosso caminho. Isso não acontece com vocês? Às vezes sentimo-nos completamente “secos”; “esgaçados”, depois de “darmos duro”; depois de darmos conta de todas as nossas tarefas. Nessas horas eu me pergunto: - Será que essa nossa perda de energias não é muito maior do que a oferta de nova energia que nos é oferecida? Tal como a terra que se vai com o rio Amarelo, muitas das nossas energias também se vão na “correnteza” do cotidiano.
Em João 4.14 Jesus nos promete que “a pessoa que beber da água que Ele lhe der nunca mais terá sede. Porque a água que Ele lhe der se tornará nela uma fonte de água que dará vida eterna.” Jesus é a fonte que nunca seca e da qual podemos retirar a cada novo dia, as “substâncias” necessárias para a nossa vida. Hoje Jesus nos presenteia com “água viva”. Amanhã e depois Ele continuará nos presenteando com a mesma, se lhe pedirmos que o faça.
30.11.11
Água pro Advento!
Um cardume de peixes nadava num rio. Os peixes do cardume conversavam entre si. Um deles disse: - Eu carrego a forte impressão de que a nossa existência depende da água. O problema é que eu nunca vi água. Não sei se vocês pensam como eu. Eu simplesmente não sei o que é água. Vocês sabem?
Um peixe que nadava perto daquele que tinha aberto seu coração reagiu: - Olha! Eu ouvi dizer que no mar existe um Peixe muito grande e sábio. Ele conhece todos os segredos da vida. Quem sabe a gente nada até Ele. Quando O encontrarmos, vamos pedir-Lhe que nos mostre a água.
Assim fizeram. Nadaram longos dias a favor da correnteza do rio e chegaram ao mar. Lá encontram o enorme e sábio Peixe. Este ouviu a voz do cardume e disse: - Oh peixes incultos. Vocês vivem na água; se movimentam na água e mesmo assim não sabem o que é a água? Por favor!
Tal como os peixes que, sem saber, vivem na água, assim também a cristandade que foi batizada e, por isso mesmo, está ligada a Jesus Cristo, vive em Deus, no mar do Seu amor. Mesmo assim são muitos os cristãos que perguntam: Onde está Deus? O que é que deus tem a ver com a minha vida? O apóstolo Paulo respondeu esta pergunta a 2.000 anos em Atos 17.28: “Nele vivemos, nos movemos e existimos.”
Este versículo nos dá a impressão de que Paulo sabe do que está falando. Mais do que isso, de que Paulo conhece Aquele sobre quem está falando. Esta é a diferença entre opinião e testemunho. Paulo testemunha como ele experimentou e experimenta Deus. Ele foi tão preenchido por Deus que não conseguiu mais viver sem se doar para as pessoas a partir de viagens sem fim, prédicas e horas de oração.
Paulo não era um desses entusiastas fanáticos que se pautam em “Teologias Redondinhas”, mas um homem que teve contato com Deus; um homem que tinha ciência do que tal “contato” pode significar para uma pessoa. Ele também não era um destes “crentes egoístas” que circulam por aí e que só conseguem pensar que sua experiência os faz pessoas tremendamente “especiais”. Nada disso! Paulo queria que todos soubessem o quanto eles (as pessoas que lhe eram próximas) eram importantes para Deus. Daí que o pequeno texto que lemos a pouco não fala de destino, mas do fundamento da vida e do pensamento.
26.11.11
Advento!
O Advento, esta época de preparação para a Celebração do Natal, surgiu nos anos 400 a.C. Naqueles tempos a duração do Advento variava de sete e quarenta dias. Sabe-se que a Igreja Católica Apostólica Romana sempre só festejou quatro Domingos de Advento. Já a história nos confirma que as Igrejas da Reforma adotaram esse tempo de quatro semanas ssomente a partir do ano 600 d.C. É interessante observar que o Primeiro Domingo de Advento só começou a ser comemorado como início do Ano Eclesiástico, em meados dos anos 800 d.C. Assim, desde os primórdios da Era Cristã, o Advento foi caracterizado como um um tempo de penitência; de se fazer jejum; de se preparar para as Festas de Aniversário do nascimento do nosso Senhor Jesus Cristo.
O Tempo de Advento, assim como nós festejamos hoje, não é um tempo de só se pensar na vinda do Senhor Jesus, tal como nos ensinam as Histórias Bíblicas do Novo Testamento. O Tempo de Advento também nos desafia a olharmos, a nos ocuparmos com o futuro; com a vinda do Senhor Jesus Cristo que vem governar este mundo; fundar a Nova Jerusalém (o Novo Céu e Nova Terra). É nesta tensão entre o ontem e o amanhã que experimentamos o Advento; o Momento Daquele que está por vir novamente ao nosso encontro; o momento Dquele que sempre de novo se apresenta a nós de forma renovada; o momento Daquele que nos convida a arrepender-nos, a transformar-nos, a converter-nos dos nossos caminhos para o Seus caminhos.
O Advento abre o Ano Eclesiástico. Nos próximos dias nós só nos ocuparemos com a entrada de Jesus em Jerusalém e também com o Reino do Futuro que será instalado entre nós com a vinda de Jesus a este mundo. O Momento de Advento quer nos impulsionar na direção do caminho que conduz à vida. O Advento não é um recomeço repetitivo, mas, sempre de novo, uma nova experiência em nossas vidas.
A Palavra de Apocalipse 1.8 ganha forma no Advento: “Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que é, que era e que há de vir”. Se, por um lado, nos alegramos com a aparição de Deus em carne e osso, a partir do útero da Maria, por outro lado, nos conscientizamos da nossa indignidade para recebermos o Senhor dos Senhores. É por isso que, nestes tempos de 2011, somos chamados a nos lembrarmos do nosso Batismo; a nos arrependermos para alcançarmos a remissão dos nossos pecados; a irmos ao encontro de Jesus Cristo que nos torna dignos, enquanto rumamos à manjedoura que, no fim das contas, também conduz à cruz.
Porque nós podemos nos alegrar com a amor de Deus que brota da cruz, também podemos cantar com Maria, nesta época que antecede o Natal, o “Magnifcat”: “A minha alma anuncia a grandeza do Senhor. O meu espírito está alegre por causa de Deus, o meu Salvador.” (Lucas 1.47)
25.11.11
Um desdentado no Estudo Bíblico!
- Ah Arthur! Não me diga que tua Comunidade Cristã só se limita aos Cultos.
- Sim, só aos Cultos. Algum problema?
- Amigão! Acorda... Toda e qualquer Comunidade Cristã tem o compromisso de se colocar ao lado das pessoas que, no cotidiano, experimentam tribulações.
- Me explica melhor isso!
- Vou dar um exemplo: Você respira com dois pulmões – certo?
- Claro! Não sou asmático...
- É isso. A Camunidade Cristã ama a Deus e ao próximo. Respira com seus “dois pulmões”.
- Interessante! Nunca tinha me dado conta disso daí.
- Guarda isso: Se uma Comunidade Cristã, a partir da Diaconia, mostrar compromisso social, daí então, naturalmente, o seu Culto será percebido como mais verdadeiro.
- Deixa eu ver se entendi: Não posso me sentir bem estudando a Bíblia, se um desdentado estiver sentado ao meu lado!
- Isso Arthur!
23.11.11
Agradecer!
Umas vezes me vi como um realejo, mas sempre quis me parecer com um órgão.
O realejo está programado para repetir sempre as mesmas músicas. Já no órgão dá para se musicar infinitos louvores.
Quem se dispõe a agradecer a Deus, sempre encontra boa inspiração para descobrir novas formas de louvor. Ofertas de gratidão nada tem a ver com coletas ou com caridades, mas com dor. Não é fácil ofertar algo a Deus, mas quem ousa ofertar, bênção especial alcança!
Quem oferta a Deus deixa claro que sempre exaltará o Seu nome, mesmo em momentos difíceis. O que oferta a Deus reflete sobre a atuação Dele em sua vida. Nesta hora só resta agradecer; louvar.
Só discirno a diferença entre claridade e escuridão quando me paro a agradecer. O agradecimento faz com que eu me paute em Deus que pode mudar todas as coisas. Quando olho para Deus, deixo de olhar para mim e isso me liberta de mim mesmo; me aproxima de Deus.
Deus me ama e pode me ajudar; pode me salvar! Por tudo isso, agradeçamos a Deus! Quem agradece; quem louva a Deus experimenta a promessa divina da vida nova. Eis uma boa "dica" para esse pré-advento que vivenciamos.
22.11.11
Marilyn Monroe – alô!
Gosto dos Salmos. No Salmo 50.15 se lê: “Se me chamarem no dia da aflição, eu os livrarei, e vocês me louvarão.”
Lembram da Marilyn Monroe? (1926-1962) Aquela artista de cinema tinha tudo o que uma garota pode sonhar: sucesso; fãs; publicidade; riqueza e beleza. Sabe-se que ela morreu por causa de uma overdose de medicamentos para dormir.
Um biógrafo testemunhou que a encontraram segurando o telefone em uma das mãos no leito de morte. Dele se ouvia: “Esse número não existe”. Não se sabe para quem Marilyn Monroe tentou ligar em busca de ajuda.
Penso que faríamos bem se nos contactássemos com Deus neste tempo de Advento que se aproxima. Quem não leva em conta este recado está vivendo perigosamente.
18.11.11
Síndrome de Burnout!
- Ô Gilberto! Você é um viciado em trabalho. Não tem mais nem tempo para os amigos.
- Pois é! Nem para os amigos, nem para a esposa e nem tampouco para os familiares. Não sei o que está acontecendo comigo. O fato é que ando me sentindo meio doente.
- Ih rapaz! Tens que tomar cuidado com isso. Li no Wikipédia que isso aí que tu estás sentindo se chama “Síndrome de Burnout”.
- O que é isso Rui?
- É a doença das pessoas que trabalham mais do que lhes é exigido. Lá na firma tenho um colega que sofre disso daí. Ele tem verdadeira compulsão pelo trabalho. Outro dia a esposa do patrão o aconselhou a baixar o ritmo, mas ele não consegue.
- Nossa mãe do céu! Às vezes me lembro que no começo eu trabalhava com satisfação e prazer. Hoje isso não é mais assim. Eu sei que algo está errado comigo.
- Tá vendo Gilberto. Primeiro o sujeito se esgota física e mentalmente. A “cavalo” deste problema vêm os distúrbios psíquicos de caráter depressivo que se instalam no organismo. É aí que a “vaca começa a ir pro brejo”.
- Que coisa! Nunca tinha ouvido falar...
- Pode crer. Esses dias eu comentei com alguns amigos lá da fundição sobre o nosso companheiro de trabalho sobre o fato de que ele sempre fica medindo a sua auto-estima na sua capacidade de realização; no seu sucesso profissional. O cara é um idealista; um perfeccionista - isso é o que ele é.
- Tua conversa está me preocupando Rui... “Síndrome de Burnout”... Em Inglês “burn out” quer dizer “queimar por completo”, certo?
- Isso mesmo Gilberto.
- Cara! Preciso de ajuda...
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