Busque Saber

26.9.13

Símbolos de Status!


Tenho reparado que tanto as pessoas mais jovens como as mais maduras buscam status. Para o pessoal mais jovem é bom poder ostentar um bom e moderno telefone celular entre as amigas e os amigos; vestir uma roupa de grife. Já as pessoas mais maduras gostam de deixar claro que tem tempo livre; que seu grupo de amizades é seletivo; que sua casa é bonita; que seu corpo é saudável. Outro dia, num debate, ouvi alguém dizendo que as pessoas, de um modo geral, precisam adquirir tudo o que desejam para só então se darem conta de que não necessitam daquilo pelo qual tanto se desgastaram.

Por que será que a mulher e o homem precisam de símbolos de status? Por que esse sentimento de que só se pode fazer algo quando se é dono disso ou daquilo? Por que essa necessidade de se querer despontar na lista dos mais, ao invés de se alegrar com uma vida simples? Os psicólogos nos respondem estas perguntas quando apontam para o amor próprio de cada uma; de cada um. Eles afirmam que os símbolos de status preenchem os déficits da autoestima das pessoas. Assim, elas buscam-no quando não conseguem se colocar como gostariam; quando não alcançam o brilho que gostariam de alcançar.

É por isso que algumas pessoas ostentam orgulhosos símbolos nas lapelas dos seus trajes e ou até fazem questão de usar um DR diante do nome. Vem daí alguns decalques na traseira de tantos automóveis. É por isso o relógio rolex e o carro caríssimo estacionado diante da residência. Isso mesmo! Símbolos de status ajudam a pessoa a melhorar sua autoestima. Daria até para se afirmar que a função de um símbolo de status seja lavar a insatisfação constante de não se chegar lá onde se desejou.

Seria tão bom se as pessoas não precisassem aparecer diante das outras como especiais. Claro que as pessoas têm o seu preço. Algumas se deixam comprar, outras não. A verdade é que os símbolos de status sempre trazem à luz alguma informação sobre as suas donas; os seus donos que carecem deles para sobreviver.  

22.9.13

Deus me ajunta do Chão - Marcos 4.26-29


Tu e eu – somos semeadura!
Quase não nos damos conta
dessa ideia de grande monta
que brota da boa semente.
Quer acordados ou dormindo
a dita cuja cresce.
Como é que isso acontece?
Simples – Deus Onipresente!

Tu e eu – somos terra!
Chão onde a semente cai.
Ali – enterrada – ela se esvai
para gerar os bons frutos.
Como pó e sopro de Deus,
acolhemos sementes ricas,
enchemos várias barricas,  
sempre ativos e argutos.

Tu e eu – somos sementes!
Espalhadas em mil lavouras,
roças morenas e ou louras.
Tempo escuro de solidão!
Hora de aquietamento,
experiência de cansaço
crises, derrotas e fracassos.
Deus nos ajunta do chão! 

17.9.13

E o lixo da minha vida?

Olá amigas e amigos. No domingo passado proferi uma reflexão sobre Mateus 11.28-30 no Culto que celebrei. Ontem a noite transformei aquele texto em versos, linhas que reparto. Abraços!

Olhei para o lado e senti tanta exigência.
Gente agindo sem nenhuma experiência.
Uns e umas gastando mais do que ganham, 
Essa arte insana que leva ao esgotamento, 
Sono, alimentação, férias e passatempo
São nossas rendas naturais que barganham! 

Nosso intelecto processa informações
E notícias negativas marcam corações.
Sim, há muitas pessoas cansadas de viver.
Elas vivem tristes, atormentadas de solidão.
O nervosismo e a apatia vêm de roldão
O que é que nós ainda podemos fazer?

Esta descrição não se aplica a você?
Agradeça a Deus por não ficar a mercê!
De viver, há quem já perdeu a alegria,
Este estado de espírito carece de cura.
Só dormir cedo me soa muito à secura.
Vitaminas e boa música – isso bastaria?

Não creio que nos ajudem estas receitas.
A dor interior vem de causas estreitas.
O filósofo cristão Agostinho tinha clareza:
Nosso coração sempre terá inquietude
Se não repousar em Deus amiúde.
Outro jeito não há para a sua leveza

Cadê o rumo certo, o nosso porto seguro?
Invoquemos um evangelista mais maturo:
Cristo carrega nosso lixo acumulado.
Descarregue-o todo no colo de Deus.
Viva mais contente consigo e com os seus.
Anime-se, vá em frente e não pare do lado!

A Palavra de Deus nos promete descanso!
Se Jesus é paz e tranquilidade, eu danço,
Abro os braços e me adono desse presente,
Abdico de ser o timoneiro do meu barco,
Permito que Ele construa todo o meu arco.
A gratidão e a alegria – tudo é latente!

16.9.13

Você sentindo cansaço?

Ando por aí e percebo a solidão na vida de muitas e de muitos que comigo convivem. Daí então me caiu na vista este texto de Mateus 11.28-30. Foi em cima dele que resolvi dar umas "pinceladas".

28 - Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. 29 - Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. 30 - Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve. 

Hoje em dia se exige muito de nós. Todo mundo sabe que ninguém pode gastar, permanentemente, mais do que recebe. Quem assim se comporta logo acabará sofrendo um grande esgotamento em todas as áreas da sua vida. Sim, as "fontes de renda naturais” tipo sono, alimentação, férias e passatempo parecem não ser mais suficientes para muitas e muitos de nós. Se nos analisarmos bem, perceberemos que nem todas as informações que recebemos são processadas no nosso intelecto; no nosso corpo. As constantes notícias negativas nos atingem deixando suas marcas. Sim, há pessoas no nosso meio que estão cansadas de viver; atormentadas pela solidão; nervosas; apáticas; tristes...

Talvez esta descrição não se aplique a você. Se esse for o caso, agradeça a Deus. Mas eu sei que há pessoas no nosso meio que perderam a alegria de viver. Nós não conseguimos corrigir este estado de espírito simplesmente indo dormir cedo; tomando vitaminas e medicamentos ou simplesmente ouvindo boa música. Este sentimento ruim que faz casa dentro de nós aponta para uma causa mais profunda; uma espécie de inquietação interior se instalou em nós.

O grande filósofo cristão Agostinho estava certo quando disse que o nosso coração está inquieto enquanto não repousar em Deus. Quem uma vez encontra esta quietude experimenta rumo certo porque sabe que tem um amparo; um porto seguro. Quem se sente em casa na presença de Jesus Cristo descarrega o lixo acumulado em seu coração no colo de Deus. É esta a atitude que abre o espaço para novos e bons pensamentos. Não pare! Anime-se! Busque essa vivência e experimente isso que a Palavra de Deus promete: descanso!


Às vezes parece falhar o cumprimento da promessa de paz e tranquilidade que Jesus quer nos presentear. Essa falha pode ser fruto da nossa tendência de querer tomar o rumo da nossa vida inteiramente em nossas mãos. Quem age assim dá mostras de que não está muito a fim de se submeter ao senhorio de Jesus Cristo. Só a confiança em Deus e a vontade de viver sob Seu domínio são capazes de nos promover autoconfiança saudável. A partir daí, sem esforço, nos mostremos pessoas mais gratas. Ora, a gratidão é a chave para a alegria e justamente esta alegria que vai dar sentido e paz à nossa vida. Amém! 

12.9.13

Champignon se suicidou – Por quê?


Para início de conversa, convido à leitura de Romanos 5.1-5: 1 - Agora que fomos aceitos por Deus pela nossa fé nele, temos paz com ele por meio do nosso Senhor Jesus Cristo. 2 - Foi Cristo quem nos deu, por meio da nossa fé, esta vida na graça de Deus. E agora continuamos firmes nessa graça e nos alegramos na esperança de participar da glória de Deus. 3 - E também nos alegramos nos sofrimentos, pois sabemos que os sofrimentos produzem a paciência, 4 - a paciência traz a aprovação de Deus, e essa aprovação cria a esperança. 5 - Essa esperança não nos deixa decepcionados, pois Deus derramou o seu amor no nosso coração, por meio do Espírito Santo, que ele nos deu.

Há momentos na vida em que você chega a pensar que não vai aguentar a pressão. Nestas horas a maioria das pessoas não encontra mais força e nem vontade de lutar em busca de perspectiva. Se este estado de espírito persiste, esvai-se a esperança. As mulheres e os homens que experimentam este profundo estado de tristeza acabam entendendo que o caminho do suicídio seja sua única possibilidade. Isso é trágico!

Por que é que tendemos a calar; a não nos informar; a não dialogarmos sobre este assunto? Alguém de vocês, alguma vez, já ouviu alguma prédica num Culto ou já participou de algum Estudo Bíblico onde este tema do suicídio tenha sido colocado sobre a mesa? Sou testemunha de que, em nível de Igreja, se aborda esta temática por alto quando é tempo da Quaresma. Nestas oportunidades se medita sobre o tema do sofrimento pessoal e também comunitário. Dessa forma procura-se entender; encontrar-se um sentido para este tópico tão doloroso a partir da cruz. Notem que nos últimos dias esse foi o assunto quando pipocaram as notícias sobre o suicídio do ex-baixista do Grupo Charlie Brown Jr. conhecido pelo apelido de Champignon.

Quase todas as famílias são, diretamente ou indiretamente, afetadas por suicídios. Em Blumenau (SC), de janeiro a agosto de 2013, foram onze (11) as pessoas que se suicidaram. Pasmem! Setenta e nove (79) não conseguiram levar seu intento a cabo. Esse dado é apenas a ponta do iceberg. De acordo com uma pesquisa levantada nos EUA, a maioria dos jovens americanos acredita que algumas das amigas; dos seus amigos já tenham considerado a possibilidade de suicidar-se. Esse estudo diz que 27% dos jovens consultados afirmaram já ter pensado em suicídio. Isso não deve ser muito diferente entre nós aqui no sul do Brasil. Que coisa!

Tu e eu, nós conhecemos ou já ouvimos falar de famílias que experimentaram o suicídio de uma querida e ou de um querido das suas relações. Essas experiências sempre deixam um rasto de muita dor, mas sobre isso quase não se fala. Será que é por causa de vergonha e ou de culpa; da possível falta de compreensão e ou até mesmo do medo de que isso possa acontecer novamente? A Bíblia não diz muito sobre este tema. Será que seus autores foram preconceituosos a respeito desse assunto? Será que a Igreja é preconceituosa? Notem que na Bíblia a palavra suicídio só aparece sete (7) vezes. Lê-se nela que o suicídio não é aprovado e nem tampouco condenado, mas só se comenta a respeito dele. Moisés, Elias e Jonas oraram, certa vez, para que Deus lhes tirasse a vida e, assim, pusesse fim aos seus sofrimentos. Graças a Deus isso não aconteceu e eles viveram muitos anos depois desse pedido.

Que a Bíblia seja relativamente imparcial nesse assunto se deve ao fato que ela compreende esta dor que leva à auto-execução. Tomemos o exemplo de Saul e Judas. É assim que quando a dor e o desespero de uma pessoa atingem níveis insuportáveis, o suicídio não se mostra como um ato voluntário, mas como uma reação a esta dor. Foi embasado nessa compreensão que Karl Barth, um grande teólogo do século passado, ousou dizer: “Também o suicídio é um pecado perdoável”. Dietrich Bonhoeffer, pastor luterano e ex-prisioneiro da Segunda Guerra Mundial, alertou nos seus escritos para que não “superestimássemos o último momento”. Ele entendia o ato do suicídio como uma “baixeza”, mas, ao mesmo tempo, tinha clareza de que uma pessoa que passasse por tão extrema experiência também poderia ser perdoada pela graça de Deus.  

Saul, o primeiro rei de Israel, contribuiu grandemente para o seu país, mas também precisou suportar sofrimento inimaginável. Ele, certo dia, no campo de batalha, tirou sua vida com a própria espada. Ele tinha sido vitorioso em tantas batalhas e até foi ovacionado por sua gente, mas mesmo assim acabou não vendo futuro para si. Ele era um homem que amava a Deus, mas isso não lhe oportunizou todas as forças necessárias para vencer sua crise. Como já frisei, a Bíblia não toca com profundidade no assunto suicídio, mas diz muito sobre o perdão, sobre a compaixão e, acima de tudo, sobre a esperança. Que esperança?  Não! Não se trata de uma esperança etérea, mas de uma esperança alicerçada na terra; na vida; na morte e na ressurreição de Jesus Cristo. Paulo foi claro: Foi Cristo quem nos deu, por meio da nossa fé, esta vida na graça de Deus. E agora continuamos firmes nessa graça e nos alegramos na esperança de participar da glória de Deus. Porque nós somos salvos pela fé na esperança.

Essa esperança da qual Paulo nos fala em Romanos 5.1-5 só pode se desenvolver em nós através da provação e do sofrimento. Paulo tinha ciência disso e nós também podemos tê-la. Ele escreveu: Os sofrimentos produzem a paciência, a paciência traz a aprovação de Deus, e essa aprovação cria a esperança. Essa esperança não nos deixa decepcionados. Então, não desanimemos se porventura tivermos que experimentar sofrimento. O sofrimento pode nos enraizar na fé, fortalecer, aprofundar a nossa esperança. Por isso, estendamos a nossa mão àquelas e àqueles que, por decepção ou separação, estão precisando suportar grande dor. Lembremos a estas pessoas que também elas podem experimentar a esperança apontada porJesus Cristo.

Ouso dizer que é nesta esperança que repousa a nossa melhor esperança. Na Carta aos Romanos nós lemos sobre o amor de Deus do qual nada, absolutamente nada, pode nos separar: Em Romanos 8.38-39 nós lemos que nada pode nos separar do amor de Deus: nem a morte, nem a vida; nem os anjos, nem outras autoridades ou poderes celestiais; nem o presente, nem o futuro; nem o mundo lá de cima, nem o mundo lá de baixo. Ora, isso também quer dizer que nem as nossas falhas e até mesmo os nossos momentos de desespero podem nos afastar do amor de Deus. Isso é assim porque o amor e a esperança que estão em Cristo Jesus nos mantém firmes na vida e na morte, inclusive na vida eterna.  


9.9.13

Primavera!


O inverno, quase acabado
A vida um tanto cinzenta
E eu, no fim dos cinqüenta
Esperando pelo sol
Pra me aquecer no arrebol
Levantar o meu astral
Extrair de todo o mal
Que esse frio promove
É água que desce e chove
Um tempo nada ideal...

Tirar o casaco não dá 
Proíbe a meteorologia 
Mas eu, cheio de mania
Mostro minha objeção
A droga do casacão
Que pesa no meu corpo
Me traz algum desconforto
Chega de usar capuz
Eu careço de mais luz
Preciso doutro horto...

Ói aí a primavera
A perspectiva da flor
Que vem gerar amor 
Sonho sempre querido 
Momento não comprimido 
Época de alegria
Vivência da magia
Adeus sapato apertado
Nada de cadarço amarrado
Vou passear com ousadia...

Sim, vem aí o regozijo
travestido em esplendor
Meus ossos já sentem o vigor
Nada mais parece simplório
É Deus quem se faz notório
E me desafia a louvar
Coisa boa poder cantar
Hinos na Teologia urdidos
Orações, graças, pedidos
Não posso me apequenar...

Parabéns Comunidade Evangélica de Itoupava Central!

Coisa linda a Festa Comemorativa aos 130 anos da Comunidade Evangélica de Itoupava Central que vivenciamos no último final de semana. Tudo começou às 18 horas do dia 07 de setembro de 2013. As pessoas foram chegando, uma a uma, ao pátio da nossa Comunidade. Depois de um pequeno discurso proferido pelo nosso vice-presidente, Sr. Waldir Voigt, iniciaram-se os festejos.  


A Banda do nosso 23º Batalhão de Infantaria de Blumenau tocou lindas músicas ao nosso povo luterano que reagiu aplaudindo muito. Ouvimos músicas clássicas, músicas populares, músicas alemãs e, depois de tudo, dirigimo-nos para frente do nosso templo, da Igreja do Salvador. 


Aquele momento, enquanto ao nosso lado ainda era escuro, relembrei o apóstolo Paulo. Ele escreveu na Bíblia que nós, Comunidade Cristã, somos o Corpo de Cristo, do qual Jesus Cristo é a cabeça. Que o testemunho dos nossos antepassados precisa continuar sendo escrito pelas nossas mãos, a partir dos nossos talentos e dos nossos dons.


Depois dessa breve palavra, nossa presidente, sra. Nadir Voigt, apontou para a história das mulheres e dos homens que, movidos pelos seus sonhos construíram toda a história de 13 décadas da nossa Comunidade no Vale do Itajaí (SC). Logo que ela terminou de falar acenderam-se as luzes que definiram a torre do nosso templo dentro da noite. Ouviu-se um ohhhh das pessoas presentes e, praticamente junto, os sinos da nossa Comunidade. 


Quando tudo parecia ter acabado, nos deliciamos com três minutos de fogos de artifício. Todo o Bairro de Itoupava Central parou para ouvir aquele tributo que também coloriu o céu escuro de vermelho e alegria. Salve Comunidade Evangélica de Itoupava Central. Quando o céu, até então, coberto de luz, reassumiu suas vestes, cantamos o Parabéns a Você, ainda embalados pela Banda do 23º BI.


Continue festejando a vida! Continue testemunhando tua presença no lugar onde Deus te plantou! Continue fazendo a diferença! Continue te importando com as pessoas que Deus te colocou como próximas! Continue escrevendo a história para dentro dos próximos dez anos, ó Comunidade Evangélica de Itoupava Central!  

2.9.13

O Testemunho da Viúva!


 
Gente querida! Faz pouco, li a história da Viúva Pobre. A doação daquelas duas moedinhas sempre foi apontada como um ideal a ser seguido na vida cristã. Muitas irmãs e muitos irmãos já repartiram e continuam repartindo suas propriedades; sua força; seu tempo e até os seus nervos para ajudar pessoas em dificuldade. Sim, exemplos deste tipo são comuns desde o nascimento da Igreja Cristã.  

Será que é certo fazer assim? Vejamos: A Viúva Pobre foi ao templo e, lá, se deparou com uma Caixa de Ofertas. O dinheiro que ela depositou ali seria usado nas despesas com o Templo. O fato que, a partir de agora, depois de doar todo o seu dinheiro, aquela mulher não experimentará mais nenhuma segurança financeira. Isso mexeu com Jesus!

Se pensarmos em termos econômicos, teremos que deduzir que a Viúva Pobre foi irresponsável. Ora, não se doa tudo o que se tem. Um pouco antes de entrar no templo aquela mulher tinha alguma coisa nas mãos, mas, ao sair dele, ela não tem mais nada. Antes, mesmo em níveis mínimos, ela vivia uma “bela independência”, mas, logo que saiu, abdicou da mesma; transformou-se numa pessoa carente que precisa da ajuda de alguém para sobreviver. Alguém quer elogiá-la como Jesus elogiou? Tudo bem, mas todo e qualquer elogio não vai encher o seu estômago.

A oferta daquela Viúva Pobre foi sem sentido caritativo; foi economicamente insana e socialmente irresponsável e, mesmo assim, Jesus a elogiou. Sabem por quê? Porque no momento em que ela doou o seu bem, ela também se colocou como alguém que carece de doação e essa é uma atitude de fé.

A viúva entrou no pátio do templo como uma pessoa independente e saiu de lá com alguém dependente; passou pelo portão do templo como uma alguém que é senhora dos seus atos e voltou como uma pessoa que precisa ser carregada; pisou no pátio do templo com o peito cheio de alegria e, depois de fazer sua doação, saiu daquele lugar, movida pelo mesmo contentamento.
 
Notem que o ato de doar o que possuía não mudou o seu estado de espírito; não mexeu com os seus sentimentos; não indicou nenhuma conversão. Ela mostrou ser uma pessoa equilibrada, serena, antes e depois de doar. Tudo isso porque a sua doação foi motivada pela fé. Foi por isso que Jesus a elogiou.

É neste aspecto que a oferta da Viúva Pobre se difere da oferta das pessoas ricas. A diferença entre as duas ofertas está no sentimento que estas duas classes sociais têm, ao fazerem suas doações. Atrás daquela oferta menor se esconde uma vida de fé, uma realidade que Jesus não percebe na oferta das pessoas ricas que até podem dar mais, por causa do seu orçamento, mas isso não vem ao caso.

A Viúva Pobre nos dá o recado de que a vida sonhada por Deus para nós tem a ver com dar e receber. Os bons relacionamentos sempre dependem do dar e do receber. No matrimônio é assim; entre mães e pais com suas filhas e seus filhos é assim; entre amigas e amigos e entre as pessoas com as quais temos contatos é assim.
 
O “dar” não acontece sem o “receber”, assim como o “receber” não acontece sem o “dar”. Se alguém só “dá” e nunca recebe, algo está errado. Da mesma forma, se alguém só “recebe” e nunca “dá”, isso também não está correto. 
 
Assim como o ser humano não vive só, a partir de si mesmo, ele também não vive só para si mesmo. Para que a vida tenha sentido, é preciso mais do que se realizar apenas com “doação” e ou com “recepção”. Quem recebe ou dá confia. É na confiança que conseguimos descansar. Amém!

 

OLHA SÓ!