O cerne da “diaconia” tem a ver com o amor. O
apóstolo Paulo ressalta que esse “amor diaconal” deve ser praticado “sem
segundas intenções”. A luta em prol da busca pela “sinceridade do amor” é a
idéia básica do Novo Testamento.
Hoje também importa a autenticidade deste “amor
ação”. Quem pratica a “diaconia” expressa a “essencia do amor” a partir da “ação
diaconal”. Paulo nos promove o aprendizado do que é o “amor autêntico”. Este
amor se molda no encontro com o outro, enquanto se “pratica o acolhimento”.
Na “diaconia”
ninguém se gaba dos trunfos. Nelas as pessoas tem prazer em honrar umas às
outras (10b). O “amor” exclui a inércia. Quem ama se mostra animado e serve de
forma “fervorosa” ao Senhor (v. 11b). O “amor” nunca está sozinho, mas sempre
se faz acompanhar da esperança, da paciência e da espiritualidade.
O apóstolo
nos desafia a alegrarmo-nos na esperança, a sermos pacientes na tribulação e
perseverantes na oração (v. 12). É desta forma que ele nos orienta a lançarmos o
nosso foco nas necessidades dos outros cristãos. A “forma especial” de se viver
o “amor cristão” sempre se dá num clima positivo porque este “amor” sempre se
faz acompanhar da alegria, da confiança e da perseverança. A “diaconia”
trabalha os problemas a partir do diálogo com Deus.
O
sofrimento da irmandade no mundo importa para a “diaconia”. Isto é assim porque
os olhos da “diaconia” sempre são globais. Quando o “Corpo de Cristo” está
sofrendo em algum lugar do planeta, os membros desse “Corpo” padecem em
qualquer lugar do globo terrestre. Assim, o destino dos coptas no Egito; dos
cristãos orientais no Iraque e a divisão do “Corpo de Cristo” na África do Sul
devem nos preocupar também.
Na
vida pessoal isso implica em se praticar a bondade; se praticar “diaconia”
abrindo as portas do próprio lar. O apóstolo Paulo resume isto com a expresão
“hospitalidade aos estranhos”(v. 13b). A abertura para outras pessoas se reflete
na abertura de sua própria casa para os visitantes. A “hospitalidade” é uma
forma de vida e a disposição de se hospedar visitantes e pessoas carentes é
indicadora se a pessoa que atua é auto-suficiente e e ou se ainda é dependente.
A prática da hospedagem sempre é um sinal do interesse pelos outros.
Li
de um dos grandes líderes da Igreja que “se alguém quer proclamar o Evangelho,
esse alguém precisa amar às pessoas a quem visa entregar a Boa Nova”. A pessoa
que queremos ajudar não pode ser entendida como um “objeto da nossa propriedade”,
mas deve ser amada com liberdade. O apóstolo nos recorda a atitude tomada por
Jesus que sempre ia ao encontro das pessoas motivado pelo “amor”. Jesus até se
mostrava amoroso na relação com seus inimigos. Ele sempre deixava esta postura
clara aos seus discípulos quando lhes dizia: “Abençoai os que vos perseguem,
abençoai e não amaldiçoeis” (v. 14).
Esse jeito de se viver é marcado pela simpatia; pela “compaixão”.
“Alegrar-se com aqueles que se alegram e chorar com os que choram” (v.15). A “diaconia”
prospera com a vontade que se tem de “entrar na pele” de quem precisa de ajuda.
As pessoas que praticam a “diaconia” precisam ter afinidade com as pessoas
oprimidas e marginalizados da nossa sociedade.
O apóstolo nos desafia a termos o mesmo sentimento uns para com os outros; a abrirmos mão do orgulho e a procurarmos a comunhão com as pessoas que se mostram inexpressivas e insignificantes (v. 16). Sim, a ação de diaconar é colocar-se ao lado das pessoas que procuram ajuda, a partir da fé e das articulações da Igreja.
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