Do
texto do Evangelho de João 15.9-17, destaco o verso 13: - Ninguém tem maior
amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos.
Estamos em maio, em plenas celebrações da Semana de Oração
para a Unidade dos Cristãos. Para tal, me reporto ao mês de abril de 1912. Aquele mês ficou na História.
Sabem por quê? É que, naqueles dias, afundou o grande navio de passageiros
“Titanic”, que fazia sua viagem ianugural. Na época se dizia que aquele grande
transatlântico era inafundável. O fato é que não foi sso que se viu, pois um
“iceberg” fez um rasgo de vários metros no seu casco. Essa rasgadura permitiu a
entrada de muita água nos porões da embarcação. Daí então, aquele peso
desproporcional fez com o navio desaparecesse nas águas escuras e geladas do
Atlântico Norte. Hoje sabe-se que o referido sinistro selou a morte de 1500
passageiros por afogamento.
O filme “Titanic” nos conta a história desse
desastre do ponto de vista de um jovem casal apaixonado. A Rosa, uma moça de 17
anos de idade, nos é apresentada como uma menina mimada da “classe alta”. Ela
estava viajando com o objetivo de se casar com um homem muito nobre e rico nos
EUA. É que a família da Rosa tinha perdido todos os seus bens e seus pais
esperavam que aquele casamento arranjado os reabilitasse financeiramente. A
jovem Rosa viajava com medo do futuro que lhe esperava e, nas suas reflexões,
ela não encontrava nenhuma saída para os seus desassossegos. Esse sentimento
fez com que ela se encaminhasse à popa do navio com o intuito de jogar-se ao
mar para morrer e, assim, fugir do problema. Neste momento Jaques, um jovem
pintor, a impede, a partir de uma boa conversa sobre o sentido da vida, de
praticar aquele ato. Como não podia deixar de ser, o casal se apaixonou.
Quando o “Titanic” bateu no “iceberg” e o navio se
encheu de água, Jaques se colocou ao lado da sua nova namorada. Saltou com ela
para dentro da água. Ali, perto deles, no mar revolto, flutuava uma porta de
madeira. Esta porta, no entanto, só suportava o peso de uma pessoa. Jaques
colocou Rosa sobre a mesma e ficou com seu corpo imerso na água gelada. Rosa
sobreviveu.
Anos mais tarde ela testemunhou que seu namorado
tinha lhe salvado a vida. Que, para salvá-la, ele teria “plantado” nela a
vontade de viver novamente; que ele lhe teria ensinado a optar pelo verdadeiro
valor da vida, enquanto descartasse as propostas de superficialidade que a
enredavam; que ele teria se importado com ela, apesar da sua morte ser
iminente; que ele teria permanecido sempre corajoso ao seu lado, sempre
animando-a a lutar pela sua vida, durante todas aquelas dramáticas horas, antes
do afundamento; que ele a teria colocado sobre a porta flutuante para que ela
pudesse se salvar; que ele, antes dele morrer, a teria desafiado a viver uma
vida livre e feliz pois, caso contrário, aquele seu sacrifício estaria sendo em
vão.
Nesta história nós encontramos muitos paralelos com
o que Jesus fez por nós, cristãs e cristãos do mundo todo. - Como é que vai o
nosso “caso de amor” pessoal com Jesus Cristo? - Como foi que Ele nos salvou? -
Ele também nos libertou de hábitos negativos? - O que mudou na nossa vida,
desde o momento em que nos achegamos a Ele? - Já permitimos que o Senhor Jesus
nos mostrasse o que realmente vale a pena nesta vida? - Estamos felizes e livres,
enquanto atuamos alicerçados nas nossas Igrejas? Estamos aproveitando as
oportunidades que Deus nos dá nas cidades em que moramos? - Cremos que Jesus
está sempre ao nosso lado, embora raramente sintamos Sua presença?
Sim, o sacrifício de Jesus Cristo também não deve
ser em vão para nós, cristãs e cristãos!
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