O dia 25 de abril amanheceu nublado. Logo que saí de Joinville, percebi que eram inúmeros os carros de estados
vizinhos que me ultrapassavam na BR 101. Cheguei a Florianópolis às 16h. Uma hora depois a Vanessa, o Áquila e eu já
estávamos no Bolsão do Estacionamento, na Beira Mar Sul. Já na parada de ônibus, vimos um helicóptero e
muitos Batedores da Polícia Militar que, montados em suas motos verdes, conduziam o ex-Beatle e sua Nancy num carro de cor
prata rumo ao Evento Musical. E não é que de dentro daquele carro prateado ele nos abanou!
Agora era preciso enfrentar a fila para entrarmos no estádio da
Ressacada. Crianças, jovens, adultos, pessoas da Terceira Idade mostravam
brilho constante nos olhares. Lá dentro, atrás dos muros, ouvíamos Paul que aquecia sua voz
com músicas recentes, mas também antigas. Ficamos na fila durante quatro horas. Eu
conversava, mas meus pensamentos insistiam em voar para o final dos anos sessenta. Sim, eu estava ali e não iria perder um
segundo sequer daqueles Momentos Mágicos.
Sentamo-nos nas cadeiras. Você que me lê, preste atenção no pontinho preto, na arquibancada em cor roxa. Ali nós estávamos. O palco ficava na parte alaranjada. Anunciava-se chuva. Faltava meia hora para o espetáculo de duas horas
e 45 minutos. Nos telões “rolavam” imagens; manchetes e velhos recortes
de notícias de um passado marcante. O tempo parecia não passar para as 32 mil
pessoas que tinham vindo aplaudir aquele artista que não se ostenta como tantos
outros.
De repente começou show. A emoção estava ali, presente, tomando conta
de todo povo. Sua primeira música foi “Magical Mistery Tour”. Nessa hora
começou a chover. Depois dela se seguiram mais 36 lindas canções. A chuva era
torrencial, mas ninguém queria que aqueles momentos se acabassem. Era difícil
bater palmas porque a água escorria pelas mangas da capa plástica. Mesmo assim
se ovacionou o artista e sua Banda.Aliás, diga-se de passagem, músicos de primeira linha.
Fiquei emocionado quando um dos assessores de palco entregou uma
guitarra diferenciada a Paul. Ele acariciou-a e disse: - Essa foi minha
"companheira" na época dos Beatles. Era hora de ir embora. Caminhávamos sob a aura da emoção. Fomos para para casa agradecido pela possibilidade
de assistir tão belo e majestoso show. Vou poder contar aos meus netos que vi e ouvi este artista que
marcou a História do Rock no mundo inteiro. Sim, vou sentir saudades do dia 25
de abril de 2012... Depois disso, cheguei no apartamento da minha nora e do meu filho. Tomei banho e deitei na cama. Era alta madrugada, mas eu não conseguia dormir por causa da adrenalina.
4 comentários:
Realmente, Renato...o dia 25 de abril de 2012 vai ficar marcado!! Que bom que vieste aproveitar este momento. Vanessa Kretuz
<e arrepiei só de ler!!!! Que experiência!!!! - Cibele Piva Ferrari
Uauuuuuuu!! Sério?! Que legalllll, como dizem os gauchos! Brincadeirinha.... - Haide Jetka
A Música é o dom que Deus dá aos homens de falar à alma... Legal o texto Renato, não conhecia esse seu lado "rockeiro" hehehe. - Dieter Pfeifer
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