Busque Saber
13.4.11
Cadê as testemunhas?
Dois alunos da sétima série estavam conversando. O primeiro desafiou o segundo com estas palavras: - Prove-me que Deus existe! O menino pensou um pouco e respondeu: - Eu não consigo provar que Deus existe. Foi aí que o primeiro menino se saiu com esta: Eu posso provar que Deus não existe. Queres ver? Em todo o mundo há pessoas de guerra. Os jornais noticiam que mais de trezentas mil pessoas morreram em terremotos no Haiti, no Chile e no Japão. Meus pais estão em fase de separação. Na semana passada um jovem solitário tirou a vida de mais de 11 meninas e meninos de 13 anos de idade numa escola do Rio de Janeiro. Só com estas quatro constatações eu já consegui provar pra vocês que Deus não existe. Viu como foi fácil? Alguns colegas que ouviam aquela conversa acenaram suas cabeças afirmativamente. O menino que tentava provar que Deus não existia continuou: - Agora não me venham dizer que devemos acreditar em Deus porque as coisas sempre foram assim. Nós não somos bobos! Com esta história na cabeça eu as convido para a leitura de 1 Coríntios 15.1-11...
15.1 - Agora, irmãos, quero que lembrem do evangelho que eu anunciei a vocês, o qual vocês aceitaram e no qual continuam firmes. 15.2 - A mensagem que anunciei a vocês é o evangelho, por meio do qual vocês são salvos, se continuarem firmes nele. A não ser que não tenha adiantado nada vocês crerem nele. 15.3 - Eu passei para vocês o ensinamento que recebi e que é da mais alta importância: Cristo morreu pelos nossos pecados, como está escrito nas Escrituras Sagradas; 15.4 - ele foi sepultado e, no terceiro dia, foi ressuscitado, como está escrito nas Escrituras; 15.5 - e apareceu a Pedro e depois aos doze apóstolos. 15.6 - Depois apareceu, de uma só vez, a mais de quinhentos seguidores, dos quais a maior parte ainda vive, mas alguns já morreram. 15.7 - Em seguida apareceu a Tiago e, mais tarde, a todos os apóstolos. 15.8 - Por último, depois de todos, ele apareceu também a mim, como para alguém nascido fora de tempo. 15.9 - De fato, eu sou o menos importante dos apóstolos e até nem mereço ser chamado de apóstolo, pois persegui a Igreja de Deus. 15.10 - Mas pela graça de Deus sou o que sou, e a graça que ele me deu não ficou sem resultados. Pelo contrário, eu tenho trabalhado muito mais do que todos os outros apóstolos. No entanto não sou eu quem tem feito isso, e sim a graça de Deus que está comigo. 15.11 - Assim, não importa se a mensagem foi entregue por mim ou se foi entregue por eles; o importante é que foi isso que todos nós anunciamos, e foi nisso que vocês creram.
Cadê as testemunhas?
Somos pessoas críticas. Não só os jovens procuram provas da existência de Deus. Observem que não são somente os jovens que estão à procura de provas da existência de Deus. Às vezes também nós desejaríamos ver e ouvir as testemunhas que Paulo menciona em sua Carta à Comunidade desconfiada: Uma; doze; quinhentas pessoas tinham visto Jesus Cristo. Ah como seria bom se nós também pudéssemos conversar com esta gente toda.
“Cadê as testemunhas de Jesus Cristo?”. Cadê as testemunhas que viram e ouviram; que viveram e que sentiram a ressurreição do Filho de Deus de perto? Para Paulo a fé não tem sentido sem a comunhão com as irmãs e com os irmãos; sem a Comunidade; sem testemunhas. Vivamos a nossa fé; mostremos a nossa fé a partir das experiências que fazemos. A ressurreição de Jesus Cristo liga pessoas normais como tu e eu à Comunidade Viva e, assim, a Páscoa deve ser mais do que apenas uma data no nosso calendário de 2011.
“Cadê as testemunhas de Jesus Cristo?”. Conta-se que um homem idoso estava experimentando muita tristeza. Ele, durante toda a sua vida, tinha gastado o seu tempo seguindo lideranças erradas e isso o deixava extremamente triste. Agora, no final de sua vida, ele estava conseguindo dar a “volta por cima”, enquanto se empenhava em promover aos jovens uma convicção diferente daquela que tinha sido sua. Para ele essa experiência era como começar de novo. Os jovens podiam tocá-lo; entender a sua vergonha; compreender a sua mudança de vida. Sim, a graça de Deus não passa batida por nenhuma, por nenhum de nós!
Outro dia uma professora me falou que estava entusiasmada pelo fato de perceber que as crianças da sua creche tinham plena capacidade de resolverem suas contendas, suas briguinhas. Como é difícil se resolver problemas de relacionamento. Como é gratificante quando dois “brigões” se tornam novamente amigos. Nada de fazer de conta que está tudo bem. Nada de acumular raiva dentro do peito, mas presentear o opositor com doses de renovada confiança. As crianças são o melhor testemunho de que um novo começo pode ter sucesso entre duas pessoas.
“Cadê as testemunhas de Jesus Cristo?” Claro que poderíamos desistir de procurar por testemunhas de Jesus Cristo no meio dos tantos desastres que experimentamos. Às vezes estas catástrofes que ouvimos falar nos tocam no fígado e na mente. Elas nos machucam tanto que é quase impossível resolvermos os nossos problemas com força própria. O peso destas questões parece ser esmagador.
“Cadê as testemunhas de Jesus Cristo?” A Páscoa é uma festa para as pessoas que não negam a sua dor; que não engolem a sua raiva e que não escondem o seu fracasso. Mas a Páscoa também é uma festa para aquelas pessoas que abrem seus olhos para uma nova vida. Coisa boa quando se aprende a lidar abertamente com a própria culpa e também com o perdão do outro; com o presente da fé comunitária e não apenas com palavras bonitas, polidas, ensopadas de espiritualidade. Os que conseguem dizer palavras claras, corajosas e amorosas, alicerçadas em gestos brandos, conseguem viver e celebrar a Festa da Ressurreição e não se deixam derrotar.
Conclusão
Uma; doze; quinhentas pessoas – hoje essas testemunhas não podem mais ser contadas. Eu as encontro a toda hora. Conviver com elas é para mim uma bênção porque não podem e nem precisam provar nada. Elas, com sua vida; sua confiança; sua honestidade e seu otimismo são testemunhas vivas de que Jesus Cristo ressuscitou! Isso me basta!
Oração:
Jesus Cristo, Ressurreto, Tu nos presenteias com liberdade. Enquanto cremos nisso, Te esperamos. Presenteia-nos com a Tua força para continuarmos vivendo dessa forma. Amém!
12.4.11
Pedro subornando Jesus?
- Alô! Oi Rosa.
- Conversei a pouco com a Aninha. Ela queria saber sobre “superstição”.
- Ouvi a conversa Mano. Ela saiu. Liga daqui meia hora.
- Vou escrever-lhe um e-mail. Lembranças pro João!
“Oi Ana! Abre tua Bíblia em Lucas 18.28-30. Dá a impressão que Pedro está expressando “pensamento supersticioso” – não verdade? Carrega-se a impressão que os discípulos fizeram um “sacrifício” para seguir seu Mestre. Parece que Jesus Cristo esteja se prestando a fazer “negócio” com os discípulos.
Nada disso! Os discípulos têm grande devoção por Jesus. Não existem “segundas intenções” nas suas palavras. Não há nenhum resquício de qualquer idéia de que estejam almejando algum “presente”. Eles confiaram; se “jogaram de cabeça” no “colo” do Filho de Deus. Não lhes passou pela idéia a conquista de algum “lucro” com aquela decisão.
Mas que fique bem claro: Quem, desde o início, espera por alguma recompensa da parte de Deus está, na realidade, querendo subornar Deus; está dando claras mostras que não confia em Deus e que, portanto, é supersticioso. Beijo!”
Acanoados na magia!
O telefonema da minha sobrinha me fez pensar sobre o assunto “superstição”. É assim que hoje muitos jovens misturam conceitos de fé com idéias exotéricas. Agindo assim, buscam saber sobre o futuro a partir da magia, da astrologia, das cartas de tarô, do ocultismo, da terapia com pedras, dos curandeiros espirituais, da clarividência e outros.
Na Alemanha, de cada sete pessoas, uma se envolve com magia e bruxaria; de cada cinco, uma crê na reencarnação; de cada três, uma entende que o futuro pode ser sabido. Aqui no Brasil estes números são maiores e a prova disso são as nossas livrarias. Nelas, as prateleiras especializadas em tais assuntos ocupam duas, três vezes mais espaço do que para os temas religiosos.
Porque é que a superstição se enraíza tanto entre nós? Ora, a magia é a rejeição da onipotência de Deus e aí só vale a pessoa. Acanoados nessa idéia são muitos os que buscam a autodeterminação que, no final das contas, capturará com novas regras; com cartas; com novas leis ditadas pelas estrelas; com pêndulos; com dúbios livros milenares. Ai que tristeza!
8.4.11
Superstição!
- Oi tio!
- Como vai "gatinha"?
- Bem obrigada!
- O tio já sabe que sou confirmanda?
- Que legal!
- Pois é tio. Estou pesquisando sobre "superstição". O que é “superstição”?
- Ana! "Superstição" é a crença de que Deus se corrompe. Há pessoas que tentam viver uma vida super correta para receber alguma recompensa de Deus. Isso é tentar “negociar” com Deus; é colocar-se no mesmo nível e ou até num nível mais alto do que Deus. Isso é "superstição".
- Muito difícil essa resposta tio...
- Aninha! Presta atenção. Lembra daquela senhora adoentada que vizinhava com vocês? Quantas e quantas vezes nós a ouvimos dizer: - “Eu sempre fui uma pessoa honesta e útil. Por que é que Deus permite essa doença tão difícil na minha vida? Eu não mereço isso!”
- Lembro sim.
- Querida! Quando as pessoas barganham com Deus com o objetivo de influenciá-Lo a tomar uma posição ideal para elas mesmas, fica claro que essas tais pessoas são supersticiosas.
- Tio! Escreve isso daí num e-mail para eu poder ler uma, duas vezes e depois entender. Beijo pra tia! Vou desligar...
- Beijo Aninha!
6.4.11
Pratos limpos!
Deus tem um jeito bem especial de resolver problemas complicados. Para fazê-lo, Ele promove clareza e transparência onde há desacordo entre palavras e ações.
As pessoas cristãs se permitem atingir pelos raios da misericórdia; da justiça e da verdade de Deus. Quando elas são atingidas por estes atributos acontece a “boa radiação”, ou seja: bondade; integridade e honestidade. É assim que o mundo todo se beneficia dos “raios” da luz de Deus que se refletem nas Suas filhas e nos Seus filhos. Enquanto a maioria das pessoas só busca fama, lucro e diversão, a cristandade se auto-examina com perguntas constantes: - Será que Deus quer isso de mim? Será que o que vou fazer é bom? Será que continuo comprometido com a Verdade? Será que o que vou fazer é honesto?
Quem desenvolve a capacidade da auto-examinação vê a vida com outros olhos: percebe seu egoísmo; nota quando “marionetiza” os fatos em benefício próprio; se dá conta se suas atitudes só visam “lucros” exclusivos. Resumindo, pessoas expostas à luz de Deus aprendem a “olhar no espelho”. A autocrítica, muitas vezes, nos induz a só vermos as sombras que são produzidas à nossa volta. Carrego a impressão que Deus não se alegra com a nossa participação nestes fóruns.
O fato é que Deus usa de outra abordagem para desestabilizar o erro. Quando a maldade vem anuviar, Ele desafia a reagirmos com honestidade, bondade e retidão. Isso não quer dizer que vamos deixar passar o mal dito em brancas nuvens; que vamos engolir em seco as ofensas que nos imputaram. O enfrentamento das crises leva à introspecção; ao autoconhecimento; à maturidade. É nestes momentos que os atos de injustiça são colocados sobre a mesa para, só então, serem desmascarados; expostos à luz. Deus, ao Seu jeito, põe todas as crises em “pratos limpos”, a partir da Verdade.
1.4.11
Streuselkuchen
A atendente serviu-me uma fatia de “Streuselkuchen”. A Êlla também estava junto a uma das mesas da “Vila”. Sentei-me com ela para saborearmos uma “média” de café com leite.
– Oi Êlla! Que alegria te ver de novo!
– Oi pastor! Li sua coluna no Caminho.
– O pessoal gostou de saber da tua experiência.
– Minha mãe leu e se preocupou comigo...
– Verdade? Mas o que é esse documento? Tua Certidão de Batismo! Hummm... batizada no 17 de dezembro de 1978...
– É! Minha mãe pediu que eu o guardasse com carinho. Disse-me que a “luz” de Deus brilha sobre mim e que isso já é razão mais do que especial para eu viver alegre e disposta.
– Tua mãe está certíssima. Gostei do versículo bíblico: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue nunca andará na escuridão, mas terá a luz da vida.” Ótimo!
– É pastor... Já meditei muito sobre este verso de João 8.12. A minha fé não é garantia contra as experiências de escuridão que, volta e meia, me atingem.
- Certo! Também as pessoas cristãs podem vir a experimentar tempos de tristeza e dificuldades. No entanto, quem crê em Jesus Cristo tem o privilégio de saber que existe Alguém que é maior do que os problemas a serem enfrentados.
– Sei disso. Hoje já experimento mais da “luz” e do “calor” de Deus.
– Êlla! Lamento. Estou sendo chamado pelo telefone. Continuamos esse “papo” noutra oportunidade. Segue teu caminho. Se precisares da minha ajuda, liga. Continuo torcendo por ti.
9.3.11
A Êlla foi à luta!
A Êlla se viu só e sentiu medo da solidão. Foi à luta. Vestiu-se. Desceu até a garagem. Encastelou-se no seu “Kasinho” e foi “dar umas bandas”. Estacionou rente ao meio-fio, debaixo do flamboyant florido. Dali viu a festa de estilos e cores, sob o sol do dia de praia. Algumas pessoas sempre tão alegres e outras tão deprimidas...
Sentimentos de medo não são ruins, pois podem advertir de perigos. Tantos já se salvaram por causa do medo de dar mais um passo. O problema é a ansiedade que o medo pode gerar. É comum que ele restrinja e oprima como se fosse um torturador. A Êlla queria enfrentar seu medo. Sua mãe o reprimira e isso não foi bom. Ele, cedo, mostrou seu “rosto” numa doença de estômago.
Assim, sentada, balbuciou estas palavras: “Deus, o que quero segurar escapa das mãos. Perco o que quero possuir. Minhas esperanças não se concretizam. Meus sonhos me são negados. Meus bens se esvaem como fumaça. Olha pra mim nesta tarde de tristeza. Preciso de Ti. Envia-me uma estrela para clarear esta escuridão. Irrompe na minha noite e me oportuniza a descoberta do amor; da confiança.”
Olá Êlla! Deus não responde as nossas perguntas e nem resolve os nossos problemas com um “estalar de dedos”. Ele não é um feiticeiro; não é um místico; não é um mágico que simplesmente diz: - “Abracadabra”. O nosso Deus caminha conosco nos altos e baixos. Ele diz: - “Não temas, crê somente. Eu estou contigo!"
12.1.11
Por aqui ou por ali?
Algo está acontecendo comigo e não é de agora... Algumas pessoas me pedem para orar pela resolução deste ou daquele problema. Para elas tudo é tão simples. Eu, no entanto, não consigo caminhar com desenvoltura nestes caminhos calçados de simplismo. Talvez você pergunte: - Mas tu não és um pastor?
Por favor, tentem me entender! Conheço uma pessoa que luta para vencer na vida; que dá “murro em ponta de faca” para sobreviver; que investe tudo e mais um pouco no bem da sua filha que tem grave deficiência visual e que estuda na universidade.
Soube que no Natal essa pessoa ganhou uma cesta com bons produtos do seu empregador. Entre outros produtos, nela também havia um bom vinho espumante. Na hora da ceia a estudante perguntou ao pai se ele não aproveitaria a ocasião para servir a boa bebida.
Não – disse ele – vamos guardá-la para quando da tua formatura, daqui dois anos. E agora? O que é que eu faço com essa informação? Devo orar lembrando Deus das dificuldades enfrentadas pela referida família e, depois, descansar na “rede” do dever cumprido? Devo me envolver com estes irmãos para melhorar o seu “status”?
Tenho clareza que Deus me chamou para refletir Seu amor aqui no chão. Ora, isso implica em tomar atitudes. Confesso que me sinto pequeno. Não é tão simples ser cristãos como alguns apregoam, alicerçados em informações teológicas parciais. Ajude-me a responder esta questão: Agir não é orar?
Por favor, tentem me entender! Conheço uma pessoa que luta para vencer na vida; que dá “murro em ponta de faca” para sobreviver; que investe tudo e mais um pouco no bem da sua filha que tem grave deficiência visual e que estuda na universidade.
Soube que no Natal essa pessoa ganhou uma cesta com bons produtos do seu empregador. Entre outros produtos, nela também havia um bom vinho espumante. Na hora da ceia a estudante perguntou ao pai se ele não aproveitaria a ocasião para servir a boa bebida.
Não – disse ele – vamos guardá-la para quando da tua formatura, daqui dois anos. E agora? O que é que eu faço com essa informação? Devo orar lembrando Deus das dificuldades enfrentadas pela referida família e, depois, descansar na “rede” do dever cumprido? Devo me envolver com estes irmãos para melhorar o seu “status”?
Tenho clareza que Deus me chamou para refletir Seu amor aqui no chão. Ora, isso implica em tomar atitudes. Confesso que me sinto pequeno. Não é tão simples ser cristãos como alguns apregoam, alicerçados em informações teológicas parciais. Ajude-me a responder esta questão: Agir não é orar?
3.1.11
Outono!
A noite cedeu o dia.
Passei, não a beijei.
Ela se foi – arredia.
Manhã, tarde, noite...
Desgasto é desgosto.
A vida – um açoite?
Oh tempos outonais...
De galhos desnudos.
Parece tarde demais!
Busco uma condução.
Não tenho muita sede.
Ufa – eis à estação.
A noite cedeu o dia.
Passei, quase abracei.
Vida que tanto queria.
2.1.11
Com os pés descalços no outono da vida!
Se observarmos bem, vamos nos dar conta que a vida, geralmente, se divide em quatro etapas. Estou vivendo a terceira.
Os primeiros vinte anos nós investimos no crescimento; no amadurecimento; no “garimpo” do espaço na sociedade. Esse momento vai culminando com o abandono da casa do pai e da mãe e aí chega a hora de colocar os pés no mundo; de buscar o amor e viver a vida...
Dos 21 aos 40 nós aplicamos na construção do “status”. Queremos ser reconhecidos como pessoas. Investimos nossa energia na formação da família; procuramos “com unhas e dentes” pelos melhores caminhos; esforçamos-nos para “passarmos a borracha” para apagarmos os resquícios das caminhadas não tão boas...
Aí vem o espaço compreendido entre os anos 41 e 60. Este é o terceiro quarto da nossa vivência e nele estamos encharcados de maturidade; de estabilidade. Quase todos os nossos objetivos foram alcançados e nos encontramos como que solidificados. Nossos vizinhos e parentes nos vêem como pessoas confiáveis, mas estamos lutando conosco mesmos para abdicarmos da companhia das nossas filhas e dos nossos filhos. Aqui e ali ajudamos os mesmos, mas sem muita proximidade...
Por fim vem o último quarto da nossa “passagem”. Alguns ultrapassam os 80. Esse tempo se deixa marcar pelo “ir” das amizades; pelo “vir” das novas gerações; pela postura de agradecimento; pela esperança trabalhada nas fases anteriores; pelo reconhecimento; pela não teimosia; pelo fortalecimento das velhas amizades; pelo entendimento do próprio “apequenamento” e pela bênção de Deus...
Tudo na vida é primavera, verão, outono e inverno. No momento ando descalço sobre as folhas de outono, enquanto o ano de 2011 “engatou sua primeira marcha”.
31.12.10
Feliz Ano Novo!
Feliz ano novo – essas são as palavras que repartimos, que, ontem e hoje, estamos repartindo uns com os outros. Quando nos desejamos “bom ano novo” estamos “sonhando” que tenhamos um bom início em 2011. É assim que cada ano novo tem a ver com recomeços. Os primeiros dias chegam a ser sedutores porque apontam para a novidade; para o desafio do enfrentamento do que ainda é desconhecido. Do texto de Lucas 2.1-20 que relata sobre o nascimento de Jesus Cristo, destaco o versículo 19: “Maria guardava todas essas coisas no seu coração e pensava muito nelas.”
Nós, no ano novo, colocamos todas as nossas esperanças e medos no colo de Deus – o Senhor do Tempo. O “novo tempo” já começou e nós não sabemos o que vem pela frente. Como será a administração da Dilma Rousseff no Brasil? Como se comportará o P. Inácio Lemke no Sínodo Norte Catarinense? Como se pautará o colega Nestor Friedrich na presidência da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - IECLB? Será que as nossas finanças “andarão em terrenos planos”? E quanto à nossa saúde – será que vai correr tudo bem? E no que diz respeito aos nossos filhos; nossos netos? E, e, e...
Gente querida! Deus veio ao mundo para promover cura; saúde; perspectivas; recomeços dentro do “tempo certo”. Deus é o Senhor da História e o que Ele pensou não pode ser mudado. Gosto demais da palavra do apóstolo Paulo em Gálatas 4.4: “Mas, quando chegou o tempo certo, Deus enviou o seu próprio Filho, que veio como filho de mãe humana e viveu debaixo da lei. ”Todos os nossos recomeços se baseiam neste “tempo certo”; neste início divino. Porque isto é verdade, cabe agradecermos a Deus pelo fato Dele estar conosco desde o primeiro dia.
Agora reflitamos sobre o comportamento da Maria – mãe de Jesus. Essa mulher teve uma atitude de fé que fica muito evidenciada em Lucas 2.19. Leio o mesmo texto numa outra tradução: “Maria, porém, guardava todas estas palavras, meditando-as no coração.” Notem que Maria não entendia tudo o que se passava à sua volta, mas dava de si, se esforçava por entender enquanto refletia e meditava quando das suas “horas tranquilas”. Maria não usava apenas o seu raciocínio para meditar sobre as “Coisas de Deus”. Para tal ela fazia uso do seu coração, a sede de todos os nossos sentimentos e emoções; da vontade e do amor. Maria usava toda a sua força mental para apreciar as “Boas Obras” que Deus tinha trabalhado com tanta maestria. Maria tinha carregado Jesus Cristo nove meses debaixo do seu coração com todo amor e carinho. Agora ela fazia o mesmo, deixando-se preencher de Deus, a partir da visão e da audição. Essa sua nova reflexão não durou apenas nove meses, mas sua vida toda. É claro que esse comportamento promoveu grande sabedoria à Maria.
Como poderemos fazer de 2011 um ano bom? Muitos pensam que a saída é ter mais dinheiro; um melhor emprego; um Plano de Saúde mais completo; e assim por diante... Isso tudo são detalhes que deveríamos classificar como de segundo plano. Em primeiro lugar está a necessidade de nos assenhorarmos de sabedoria. Pessoas que têm sabedoria sabem discernir melhor entre o que é bom e ou é ruim; entre o que se apresenta como claro e ou escuro; entre o que é correto e ou duvidoso. Essa “sabedoria” não cai do céu. Ela também não pode ser aprendida na Escola ou na Universidade. A “sabedoria”, a capacidade de olhar a vida do ponto de vista de Deus, é o resultado de longas reflexões e meditações sobre os principais momentos da História que Paulo nominou como “tempo certo”; como “plenitude do tempo”.
O poeta descreveu esse tipo de meditação; de reflexão testemunhada pela Maria com palavras simples: “Eu quero mergulhar completamente no Seu amor.” Cada um de nós pode fazer isso. Não há necessidade de muito estudo para tal. Sabem o que é verdadeiramente preciso? Um estado de espírito tal como o de Maria – isso é preciso! Lembram da estrofe três do hino número 26 do nosso HPD I (Hinário do Povo de Deus I)? Ali o poeta Paul Gerhardt resume exatamente isso que acabei de dizer: “Contemplo-te em exultação e não me canso disto, detenho-me em meditação, pensando em Ti, ó Cristo! Que a mente viesse a se tornar abismo, e a alma um vasto mar, que assim eu te abrangesse!”
A fé sincera exercitada pela Maria fez dela uma pessoa profunda e sábia. Ela é o nosso modelo neste início de Ano Novo. Miremo-nos no seu exemplo para alcançarmos profundidade e sabedoria em 2011. Não entremos absortos no mesmo, mas carregados da esperança que Deus levará a cabo tudo aquilo que Ele já iniciou conosco. Ele conduzirá a nossa vida a bom termo. Podem ter certeza disso!
23.12.10
17.12.10
E Deus se fez gente...
Oi Pessoal!
No dia 24 de dezembro, às 19h, eu vou celebrar mais um Culto de Natal na Paróquia São Mateus. Trata-se de um Culto Especial - o Culto de Natal. Minha prédica será esta. Boa leitura; boa reflexão; bom Natal!
Quem “sintoniza” sua alma com a Boa Notícia que nos alcança nesta Noite Santa, celebra o Natal como ele verdadeiramente deve ser celebrado. Mesmo em meio a todos os barulhos que nos circundam, tentemos perceber Aquele que vem ao nosso encontro. Silenciemos diante do Menino Jesus. Ele, como nós, também nasceu de mulher; vivenciou os mesmos prazeres e dificuldades que vivenciamos, apesar de ser Filho de Deus. Deus se tornou gente como nós. A luz do Filho de Deus encarnado brilhou para os reis magos; guiou-os para irem ver a Criança; guiou-os para irem e prestar-Lhe Culto. Pois esta mesma luz brilha sobre nós, aqui e agora. Ela também já nos faz sentir o “choque da graça” que oportuniza o brilho inocente desta Criança que já está sob as ameaças da cruz. O texto de Gálatas 4.4-7 nos ajuda nesta reflexão. Ouçamos o que ele escreve à Comunidade dos Gálatas com os “ouvidos” do coração: 4.4 - Mas, quando chegou o tempo certo, Deus enviou o seu próprio Filho, que veio como filho de mãe humana e viveu debaixo da lei 4.5 - para libertar os que estavam debaixo da lei, a fim de que nós pudéssemos nos tornar filhos de Deus. 4.6 - E, para mostrar que vocês são seus filhos, Deus enviou o Espírito do seu Filho ao nosso coração, o Espírito que exclama: “Pai, meu Pai.” 4.7 - Assim vocês não são mais escravos; vocês são filhos. E, já que são filhos, Deus lhes dará tudo o que ele tem para dar aos seus filhos.
Novo Tempo
O texto que acabamos de ler nos faz entender que o Presente que nos foi alcançado por Deus pode ser sentido; vivido. Vocês não ficaram tocados; transformados pelas palavras do apóstolo Paulo que ainda ecoam em nossos corações; aqui neste templo? Carrego o sentimento de não ser mais a mesma pessoa diante da força que vem desta Criança. Estou me sentindo fraco; carente de ajuda. É assim que quando abrimos o nosso coração à Palavra de Deus, acabamos tocados pela verdade de que Deus nos quer como filhos; como filhos que confiam Nele; como filhos que esperam tudo Dele; como filhos que experimentem da Sua segurança; como filhos que O amem como se ama uma mãe, uma avó, um pai, e um avô.
Com Jesus nasceu um “novo tempo”. Deus deu um grande passo em nossa direção quando se fez homem como nós na pessoa de Jesus de Nazaré. Este ato trouxe e ainda traz conseqüências na nossa relação com Deus. Nós fazemos parte do Projeto de Amor de Deus. Somos filhas e filhos de Deus com o direito de herdar o Reino de Deus, tal como o Menino da Mangedora herdou. Sinto-me um tanto tímido em dizer isso, mas sem dúvida é um grande presente esse que Deus nos dá nesta noite de Natal. Jesus, nosso irmão, nos mostra que a vida pode ser bem sucedida. Como irmãos que somos, temos o compromisso mútuo de trazermos a Glória de Deus a face da terra a partir da nossa ação; do nosso testemunho; do nosso engajamento; do reflexo da luz que brilha em nós.
É Véspera de Natal! Imagino que lá fora e que também aqui dentro ainda se chorem lágrimas solidão; de desamparo; de tristeza e de dor. Gente querida! Ainda não chegou o momento do próprio Deus enxugar todas as lágrimas – conforme a promessa. Deus se fez gente para estar com a gente; para, contextualizado, estar do nosso lado. Mais do que isso: Ele nos aceita como somos. Seu amor não está sujeito a condições; é absoluto. Nós sempre podemos voltar a Ele, mesmo que tenhamos nos afastado Dele. Claro que ninguém de nós é obrigado a aceitar este Presente, mas eu chamo a atenção: Jesus Cristo é o Maior Presente que podemos imaginar e creio que nos cabe valorizá-lo, sim.
Conclusão
Onde podemos encontrar esse Deus? Aqui entre nós! Deus nos procura entre os entristecidos e cansados; entre os que sentem medo e desprezo; entre os que estão sob pressão e os não sabem mais como andar adiante. Deus nos indica o caminho do amor e hoje, especialmente hoje, nesta Noite de Natal, esse caminho nos leva à libertação de todos os constrangimentos e opressões. Deus nos mostrou esse caminho no nosso irmão Jesus Cristo que nos dá forças para vivermos uma vida marcada pela liberdade; para ousarmos ir em busca de uma vida digna; para experimentarmos um “Feliz Natal”.
Nós somos filhos de Deus e essa é a herança que Ele nos dá: Não estamos mais sujeitos aos regulamentos e às restrições que o mundo usa para nos escravisar. Somos livres para presentearmos cada vez mais do nosso tempo; das nossas esperanças; das nossas alegrias e de nós mesmos àqueles que caminham conosco. É pautados nesta proposta de vida que queremos olhar para o Menino Jesus. Nele reside o “mistério” da Vida Eterna que carregamos em nós. Deixemos nos levar por este momento e, partir Dele, olhemos com liberdade para o Menino Jesus que nos traz a “Boa Nova do Natal” nos nossos corações.
14.12.10
“E agora José!”
Olá amigas!
Olá amigos!
No próximo domingo, dia 19 de dezembro de 2010 nós festejaremos o Quarto Domingo de Advento. No Culto a minha prédica vai ser baseada no texto de Mateus 1.18-25. Se quiserem lê-la; meditar em cima dos conteúdos apresentados; se comunicarem comigo... Fiquem à vontade. Abraços!
Hoje quero falar do carpinteiro José; do marido da Maria; do pai adotivo de Jesus Cristo que viveu momentos difíceis antes do seu casamento. Maria e ele tinham combinado abstenção sexual durante o namoro e o noivado. Que loucura! Maria lhe repassa a informação dada pelo Anjo de Deus: Está grávida. Só faltava essa! Para José os anjos tinham coisas mais importantes a fazer do que visitar jovens mulheres na terra. No seu entendimento os anjos eram assexuados e eternos; não precisavam se relacionar sexualmente para eternizar gerações. Não! Aquele tal Anjo não podia ser o pai da criança plantada no útero da sua Maria. Ah sim! Ela lhe tinha falado do Espírito Santo; que Deus mesmo a engravidara. Mas o que é que a sua futura esposa estava pensando? Deus só falara com profetas até então. Que história era aquela? Comunicar-se com a humanidade através da barriga da sua futura esposa... Isso não tinha cabimento! E se o povo ficasse sabendo daquela gravidez extraconjugal? Os amigos certamente fariam piadinhas do tipo: - Nenezinho prematuro esse – hein José! Os parentes iriam franzir a testa e, certamente, sugerir que ele denunciasse Maria às autoridades competentes. O problema é que daí ela seria apedrejada. Não! Ele não seria tão radical. Opa! Ele poderia se separar da Maria. Moisés tinha permitido dar “carta de divórcio” em casos de infidelidade. Ele iria “dormir uma noite” sobre aquele assunto...
Um homem temente
José acordou assustado com aquela voz que dizia: - José, filho de Davi, não temas receber Maria tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Incrível! O Anjo de Deus lhe sugeria que fosse ao encontro da Maria. José estava chocado. Sua mente estava confusa com a informação de que Deus iria fazer acontecer Sua obra salvadora a partir das entranhas daquela que ele tanto amava.
Naqueles tempos o noivado de um casal era entendido como o “primeiro ato” do casamento. O noivo repassava o “dote” ao pai da noiva e se seguiam oito dias de festa nos quais os noivos continuavam a viver separadamente. O casamento se consumava somente no final dos festejos. José deve ter ficado extremamente chocado quando descobriu que sua esposa estava grávida. Para ele estava tudo acabado! Fazer o quê? José só via duas possibilidades: 1- Denunciar Maria aos poderes constituídos, o que significaria a sua morte (Deuteronômio 22.23; João 9.1-11) e ou 2 - Dar “carta de divórcio” à Maria, o que significaria que ela teria que conviver pro resto da vida administrando “vergonha”; dificuldades mil.
É neste momento mais escuro da vida de José que Deus interfere fazendo brilhar esperança. Deus se inclina para José. Se no Antigo Testamento Ele só se comunica em sonhos com ateus para dar ordens, com José Ele faz diferente: Ele lhe explica o milagre daquele nascimento para dentro do contexto que se vive e José entende que Jesus, o Salvador, nascerá do útero da sua mulher (21). O filho que a Maria carrega no seu útero é fruto do Espírito Santo. José compreende Deus porque está atento (24) àquela mensagem que vai contra tudo o que é crível. Ele crê; ele tem sensibilidade para ouvir a voz de Deus.
Havia três possibilidades para José resolver o seu problema: - 1. O apedrejamento da Maria – 2. A “carta de divórcio” e ou – 3. Assumir a “vergonha” da Maria. José descarta as duas primeiras opções e opta pela terceira. Ele vai “sair de fininho” da relação. Agindo assim, como um pai desnaturado age, ele iria carregar a “vergonha” da Maria no próprio corpo; ele iria deixar Maria seguir o seu caminho. Afinal, ninguém sabia que a criança não era dele. Aqui Deus mostra a José um quarto caminho: 4. O caminho da obediência. José tem os ouvidos abertos e ouve a voz de Deus e assim, sem se dar conta, caminha pelos caminhos da fé, mesmo desconhecendo o que ainda vem pela frente. José reage positivamente ao Mandamento de Deus e faz a Sua vontade; se deixa conduzir.
Conclusão
Deus planejou o crescimento de Jesus numa família integrada. José entendeu este recado e adotou o Menino Jesus que, a partir daquele momento da adoção, passava a ser também um descendente de Davi que desse continuidade à bênção. (Salmo 132.11; Jeremias 23.5; 33.15; Romanos 15.12). José assume Jesus como seu filho e assim se torna o pai de direito do Menino Deus. Hoje se diria que José é “um homem que faz”. Ele aceitou a direção de Deus no sentido de levar a cabo a tarefa que lhe foi sugerida e, junto, se tornou “uma só carne” com Maria que, por sua vez, também tinha uma tarefa a cumprir como serva de Deus (Lucas 1.38).
As dúvidas referentes à sua Maria eram infundadas. Ela não tinha lhe mentido. Se Deus tinha criado o céu e a terra, Ele também seria capaz de gerar um Filho daquela forma. Dá para se dizer que o aprendizado de José foi rápido: ele abandou os pensamentos obtusos que carregava dentro do peito e caminhou a caminhada cristã de forma flexível. Ele cuidou da família enquanto fugia para o Egito; preparou-se para o enfrentamento das dificuldades que ainda estavam por vir no estranho Egito; enfrentou o medo que sentia de Herodes – o matador de primogênitos; mostrou-se disposto a optar pelos caminhos que Deus lhe indicava; não se desgastou perguntando sempre de novo pelos porquês.
José foi um exemplo: - Para Deus, ele foi um homem temente que tinha ouvidos abertos para a vontade do seu Senhor. – Para Maria, ele foi um companheiro amoroso e cuidadoso. Para Jesus, ele foi um verdadeiro pai presenteador de segurança em meio aos conflitos e crises que a vida propõe. Sim, José foi um exemplo de fé para todos nós. Amém.
7.12.10
Tempo de Advento Cristão!
De um lado o Advento é o tempo de preparo para os festejos do nascimento de Jesus Cristo que nos foi enviado por Deus há dois mil anos. Por outro lado este tempo é oportuno para olharmos além do horizonte; para erguermos as nossas cabeças; para esperarmos o Filho de Deus que virá até nós uma segunda vez – conforme a promessa.
A Igreja não tem força para combater todo o comércio que enreda o tempo de Advento. Daí que uma coisa precisa ser dita: O Advento não é isso que se propagandeia na mídia; ele é mais.
No Advento temos a chance de avaliarmos a nossa vida; de tentamos melhorar os aspectos da nossa existência; de nos preparamos para receber o Filho de Deus que vem. Assim, vejo a Coroa de Advento e o pinheirinho enfeitado como bons símbolos a nos auxiliar na compreensão desse momento que vivemos.
Deus vem ser luz que se mostra na chama de uma vela. O verde da coroa e da árvore de Natal comunicam esperança. O corte destes dos ramos e da própria árvore apontam para a cruz. As cores das bolas que estão penduradas também carregam significados. Enfim, que todos possamos experimentar este Tempo de Advento Cristão.
Kaká e Caroline
Segundo notas publicadas na imprensa (Jornal “O Dia” – 05 de dezembro), o jogador Kaká e sua esposa Caroline romperam com a Igreja Renascer. A razão deste rompimento se deve ao fato de que o casal não estava mais satisfeito com a administração dada aos dinheiros arrecadados. A Instituição religiosa confirmou o desligamento destes dois membros ilustres, mas sem apontar motivos.
Segundo reportagem publicada na revista “Veja”, a ruptura já teria ocorrido em agosto de 2010. Caroline declarou que “Seu tempo na Igreja Renascer tinha acabado e que, a partir daquele momento, sua busca constante seria somente por Deus”.
Os motivos oficiais não foram explicados, mas supõe-se que houvesse discordância entre o casal e a administração da igreja, cujos líderes, Estevam Hernandes e sua mulher, Sonia, foram presos em Miami, em 2007, com US$ 50 mil não declarados, com parte do valor escondido em uma Bíblia. Segundo a reportagem de “O Dia”, em 2009 Kaká teria contribuído com pelo menos US$ 1,4 milhão de dízimo para a referida igreja.
Se isso é verdade, bato palmas. No entanto eu desconfio que, em breve, teremos uma nova Igreja; uma nova “liderança” eclesiástica; uma nova leva de gente buscando “razão para viver” em pessoas famosas, mas não em Jesus Cristo que optou pelos caminhos da cruz. Tempos difíceis.
3.12.10
Alcides Jucksch
Ontem à noite abri minha caixa de e-mails e fiquei sabendo que o missionário de quase cem anos está muito doente. Desliguei o computador e remeti meus pensamentos para o ano de 1960, em Tenente Portela (RS).
Na época eu tinha cinco anos de idade e meu pai articulava um emprego político na Reserva Indígena Kaingang. O pastor Norberto Schwantes nos visitava toda semana. Ele, auxiliado pelo “seo” Darci, levava turistas alemães para conhecer, “in loco”, aquela população indígena e seus costumes. Foi daquelas relações que nasceu o trabalho da IECLB com o povo kaingang no Toldo Guarita (RS).
Pois o pastor Alcides Jucksch estava lá quando este “trabalho missionário” começou. Eu, no colo do meu avô, vi um sem-número de kainganges assistindo a sua evangelização em Língua Alemã (pasmem). Ainda me lembro do filme que ele passou na tela (um lençol de casal engomado da minha mãe) sobre a vida e a morte de Jesus. Havia silêncio e emoção na sala quando da crucificação do Filho de Deus. Sim, eu me lembro. Sou testemunha ocular daquele fato.
Dois anos depois, em viagem definitiva para Santa Cruz do Sul (RS), fui participar dos últimos dias da minha bisavó em Ibirubá (RS). Enquanto ela sofria seus derradeiros dias no hospital, eu fazia amigos na vizinhança da família Born. À noite havia momentos de Evangelização no templo da IECLB e lá íamos nós dois, a minha avó e eu. O missionário tinha um copo cheio d´água no púlpito e convidava para que as pessoas viessem beber da “água da vida”. Eu estava com sede e fui... Incrível! Eu entendia aquela palavra que “mexia” comigo.
No final dos anos setenta eu, ainda estudante, trabalhava em Sapiranga (RS). Um dia encontrei o missionário no gabinete dentário do dentista Hoch. Fomos apresentados um ao outro. Para ele eu era um estranho. Já para mim o pastor Alcides era um ídolo. Imagino que milhares fizeram a minha experiência. O tempo foi passando e um dia me caiu na mão o seu livro “Amor sem fronteiras”. Já na Alemanha me assenhorei do seu conteúdo na Língua Alemã.
Faz dois meses que tive privilégio de ler um documento que “salvei” numa das minhas pastas. Nele o pastor Alcides se posiciona de forma muito clara sobre as idéias “alienígenas” que invadem o seio da nossa Igreja Brasileira para, com intuitos escusos, achincalhar a evangelização. Curiosos quanto ao documento? Interessantíssimo... Tem conteúdo profético.
Caríssimas Dorothea, Elisabeth e Ruth. Hoje, dia, 03 de dezembro de 2010, estou lembrando de vocês, sentado no meu gabinete, aqui em Joinville (SC). Coisa boa poder olhar para trás e se “orgulhar” de um pai. Abraços!
15.10.10
Pelo fim da guerra santa nas eleições
Olá! Penso que que a "carta pastoral" escrita pelo P. Dr. Walter Altmann - Presidente da IECLB - nos ajude a melhor refletir sobre política nestes tempos de buscas... Abraços!
A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil – IECLB tem exercido na área pública e no cenário político uma postura de vigilância profética e de ação calcada no princípio do amor ao próximo. Não tem perseguido interesses próprios institucionais, mas tem buscado, no âmbito de sua responsabilidade, servir as pessoas em suas necessidades físicas e espirituais.
Em seu próprio nome e em sua Constituição, a IECLB adotou deliberadamente a designação de ser igreja no Brasil, com “todas as consequências que daí resultarem para a pregação do Evangelho neste país e a corresponsabilidade para a formação da vida política, cultural e econômica de seu povo”, como formulado pelo Pastor Presidente H. Dohms já em 1949, no Concílio constitutivo da então denominada Federação Sinodal. Marco histórico foi também o chamado Manifesto de Curitiba, adotado no Concílio Geral de 1970, quando em meio ao período mais sombrio do regime militar, a IECLB estabeleceu critérios claros de distinção entre Igreja e Estado, entre esferas pública e privada, sem, contudo, separá-los como autônomas ou estanques. Realçou, por isso mesmo, o papel de vigia da igreja, por exemplo, na denúncia de infrações aos direitos humanos.
Um princípio fundamental da Reforma, no século XVI, e parte integrante da confessionalidade luterana, é também o total respeito à consciência de cada pessoa e a suas próprias decisões de fé, ainda que a Igreja deva proclamar sempre e em todos os lugares os valores da Palavra de Deus. Entre estes se destacam o cuidado para com toda a criação, a dignidade de todo ser humano como criatura criada à imagem de Deus e a edificação de comunidades acolhedoras e fraternas, nas quais não haja exclusões e onde, por isso mesmo, gozam de especial carinho todas as pessoas pobres, as que padecem necessidades ou sofrem injustiças e opressão.
Esses são princípios básicos que norteiam quem é cristão em seu discernimento ético e também na avaliação das propostas políticas em debate na Nação. Repudiamos como incompatível com a fé cristã todas as tentativas de “sacralizar” o embate político, sobretudo qualquer tentativa de “satanizar” ou “demonizar” pessoas ou forças políticas adversárias. Quem o faz deve se perguntar e ser questionado se não está sendo ele próprio instrumento da injustiça e do mal. Já há quase cinco séculos, o Reformador Lutero repudiou completamente o conceito de “guerra santa” como falsificação da palavra de Deus. Devemos resistir à tentação de reintroduzi-lo em nossas consciências e na vida política.
Uma preocupação especial temos com o uso, melhor dito, o abuso da internet. Nesta campanha, ela tem se revelado como instrumento poderoso não apenas para a difusão de notícias e opiniões, bem como para análises da realidade, mas também, em larga medida, para disseminar calúnias e difamações, muitas vezes de forma acobertada pelo anonimato ou até mesmo fazendo uso indevido de nomes de pessoas ou entidades respeitáveis e conceituadas.
Exortamos, portanto, a todas as pessoas, em particular os membros da IECLB, a que não se deixem seduzir por acusações oportunistas ou temáticas diversionistas, nem se deixar levar por emoções artificialmente induzidas.Ao contrário, examine-se com sobriedade, à luz dos valores de nossa convicção evangélica, acima arrolados, a nossa realidade, suas mazelas e suas belezas, o momento peculiar que vivemos como Nação, a qualidade de vida que temos e pretendemos alcançar. Avaliem-se também as propostas de programa da candidata Dilma e do candidato Serra. Em que consistem? Qual seu alcance e resultado? Avançam a justiça e a solidariedade no país? São exequíveis ou apenas promessas de campanha?
Assim, decida cada qual em sua consciência.
Porto Alegre, 14 de outubro de 2010
Dr. Walter Altmann
Pastor Presidente
14.10.10
Los 33
Os mineiros chilenos continuam sendo salvos do soterramento que sofreram há 700 metros de profundidade, enquanto escrevo esta meditação. Eles experimentaram grande crise que durou mais de dois meses. Neste momento a mídia nos informa que todo esse “processo de angústia” começa a chegar ao seu final. Nada será como antes para aqueles 33 homens. Eles, como poucos, tiveram tempo para refletir sobre suas vidas. Não resta dúvida que seu “momento histórico” é estupendo.
Li que pediram bíblias para ler e estudar nas profundezas. Um pastor chileno reagiu ao seu desejo e “criou” pequenos livros sagrados de 8 x 12 centímetros. Essas eram as medidas que podiam ser repassadas pelo “túnel de contato”. Lá embaixo o ambiente era um tanto escuro e as letras muito pequenas, quase indecifráveis. O tal pastor resolveu o problema enviando pequenas lupas para facilitar a leitura. Na capa de cada uma das pequenas bíblias havia um decalque onde constava o nome do mineiro e um pequeno recado: - Estamos orando pela volta de vocês!
Outro detalhe que certamente chamou a atenção daqueles homens lá no fundo da mina foi o Salmo 40.2-3 que estava sublinhado em cada exemplar: “Tirou-me de uma cova perigosa, de um poço de lama. Ele me pôs seguro em cima de uma rocha e firmou os meus passos. Ele me ensinou a cantar uma nova canção, um hino de louvor ao nosso Deus. Quando virem isso, muitos temerão o Senhor e nele porão a sua confiança.”
Uma boa palavra, sem dúvida. Tu e eu vivemos inúmeras crises. Aqui e ali há “buracos” de injustiça, de discriminação e de exploração que nos “enlameiam”. Sair deste “estado de negação” é preciso. O problema é que enquanto a “cápsula fenix” sobe e desce, continuamos dando mínima atenção às pessoas que se engajam em “projetos de vida” isentos de “segundas intenções”. É que nossa educação sempre priorizou a visão na “força” do mais articulado; do que “vende” o seu “produto” com mais convicção. Quais são as razões que movem estes indivíduos que propõem ajuda?... O presidente do Chile fez um bom trabalho e, por causa disso, a sua aceitação pública subiu para a “estratosfera”. Ele é um ganhador! Esse “jeito de ser e fazer” muitos já importam para dentro da Igreja. Nela, quase sempre, “faz-se” e “doa-se” para receber algo em troca. Um exemplo: O Conselho de Pastores Evangélicos de Joinville (SC) articula doação de “sangue cristão”. Até aqui, perfeito! O problema é que a “segunda intenção” dessa ação já está indicada na propaganda subliminar “Marcha para Jesus”. Evento esse que, como pastor da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, não posso concordar.
Só a força e a ajuda de Deus é que valem. Nele experimentamos consolo dentro do desespero; resolvemos nossos “problemas” quando vem o sentimento do “afogamento nas águas do desespero”; quando somos rejeitados e discriminados. As “forças de fora” sempre visam nossa “implosão” como pessoas, mas Deus nos oportuniza mais “saúde” depois dessas tais crises. “Nada pode nos separar do amor de Deus”, mas para tal a cristandade deverá “acordar” seus dons e talentos no sentido de promover justiça, bem comum, sem esperar lucros.
O que fazer depois de experiências complicadas vividas? O salmista faz duas sugestões: Não acomodar-se diante do que acontece, mas agradecer a Deus pela Sua ajuda e louvá-Lo pelos Seus grandes feitos. Colocarmo-nos com palavra e postura clara (profecia, agradecimento e louvor) diante do que é injusto, e isso em qualquer nível. Eis aí o perfil da “testemunha de Deus” que continua a agir dentro do mundo. Que Deus nos dê forças para sermos assim, a partir daqui deste grupo, deste lugar...
17.9.10
Para os nossos políticos de hoje!
Olá gente querida! Estamos em vésperas de eleições. Pensando nelas foi que criei a "entrevista" abaixo com o nosso Reformador Martin Luther. Vamos interpretá-la dentro de um dos Cultos do mês de outubro de 2010. Boa leitura...
Renato: Sr. Martin Luther! Eu carrego a impressão que as nossas lideranças, os nossos políticos não estão levando muito a sério o “código de ética” dentro da política brasileira. Só pode ser por disso que a “politicagem” sempre se avulta mais e mais no nosso meio. Nós, cidadãos, precisamos recuperar, o quanto antes, a convicção de que essas mulheres e esses homens que nos representam nas mesas de decisão política sejam pessoas dignas; referências para a nossa sociedade. Outro dia pensei com meus botões: - Será que o nosso Reformador Martin Luther não seria capaz de criar um bom “código de conduta” para os nossos políticos de hoje?
Dr. Martin Luther: Pois é! Não espere muito de mim. Eu vivi num tempo em que a sociedade se dividia em duas castas: o povo de um lado e a burguesia do outro. Se o meu conhecimento ainda estivesse à altura de escrever um código de ética para os políticos do século 21 eu confesso que me alegraria muito.
Renato: Mesmo assim, tente nos ajudar a refletir sobre esse assunto, temos muito interesse em saber o que o senhor vai nos dizer!
Dr. Martin Luther: Olha! Posso dizer que são poucos os dirigentes políticos que não podem ser acusados de tolos e ou “desviadores” do dinheiro público. Os cidadãos mais comuns percebem esse fato. Lideranças políticas que não temem a Deus são incapazes de levar o seu mandato a bom termo. Uma pessoa que não é cristã facilmente comete injustiça contra alguém. Ela nem se dá conta que, agindo assim, chama a ira de Deus contra si. Quem exerce cargo político precisa julgar e reger pessoas. Ora, nessa posição sempre se está em contato com indivíduos que brigam e disputam entre si. Essas discussões e discordâncias trazem inúmeros problemas aos mandantes do nosso tempo. Se julgarem com justiça, vão alegrar uma das partes e, ao mesmo tempo, oportunizar raiva à outra que, por sua vez, vai trabalhar contra. Na regra sempre é assim que esse mandante vai acabar se colocando ao lado dos ricos, dos poderosos, dos amigos e dos parentes. Estas atitudes serão bem vistas por uma minoria. Já a grande maioria vai se alienar e até começar a destilar raiva. Essa casta de gente grande sempre quer ter razão e espera que se vá ao encontro das suas vontades. Nessas horas seria muito bom que o governante se colocasse; que tomasse posição, mesmo que sua esposa; que sua honra e que sua vida corram riscos. Quem se assenta numa tal “cadeira” e não é corajoso também não é apto ao cargo que foi eleito. Políticos medrosos sempre acabam vendendo a sua alma. Sim, eles são compráveis. Vou ser muito claro: Ganha o povo quando um governante ama mais a Deus do que aos homens (Atos 5.29). Esse pode vir a dizer: Se o tal sujeito vier a se tornar meu inimigo, vou fazer o quê? Junto comigo, aqui no gabinete onde atendo, eu tenho um Amigo que é muito mais simpático e poderoso do que o tal sujeito que quer me ver pelas costas: seu nome é Deus!
Renato: O senhor quer dizer que um governante que quiser governar com postura cristã só poderá fazê-lo se tiver muita força de vontade e se alicerçar em cima de regras claras...
Dr. Martin Luther: Isso mesmo! Políticos que atuam buscando vantagens e benefícios para si nunca são queridos. Pior do que isso: são condenados e amaldiçoados pelo povo. Mas se eles agem a partir da máxima do amor e não a partir do seu próprio prazer; do seu próprio benefício; da sua própria honra e da sua própria segurança, mas abordam as pessoas com o intuito de beneficiá-las, aí sim vão experimentar honra. Quem quiser governar como um cristão governaria não deve pensar: - Este país e este povo são meus e é por isso eu vou fazer o que me der na cabeça... O contrário é que é certo: - Eu pertenço a este país e a este povo e vou trabalhar para eles no sentido de fazer o bem, de dar-lhes o melhor...
Renato: Nós aqui da São Mateus estamos encantados com as suas respostas!
Dr. Martin Luther: Ah é! (Risos) Um bom político deve encarar sem desprezo as pessoas que lhe fazem pressão de cima para baixo. O mesmo comportamento ele deve ter com os seus assessores. Ele não deve dar muita confiança para esta gente que o circunda. Ele não pode se colocar na mão deste pessoal uma vez que Deus não aprova tal conduta. O maior dos maus hábitos de um governante é quando ele terceiriza sua mente; quando ele se cala; quando ele se omite de dar opinião entre os homens “grandes” e “falantes”. Um bom governante confiará nos seus assessores até um determinado ponto. Ele sempre terá que permanecer com o poder na sua mão. Ele nunca deverá descansar na rede da confiança, mas exercitar o controle e fazer como Jeosafá fez em 2 Crônicas 19. Jeosafá viajou por todos os cantos e recantos do seu país, sempre fazendo verificações “in loco” para ver como o seu povo era governado. Só se deve ter confiança total em Deus, em ninguém mais.
Renato: Lamentamos muito, mas o senhor precisa finalizar esta entrevista. O Culto precisa continuar...
Dr. Martin Luther: É! Minha esposa “Kate” sempre diz que sou muito prolixo. Então... Pra terminar... Um político precisa dar atenção à proporcionalidade dos meios que dispõe. Ele não pode salvar uma colher e, ao mesmo tempo, quebrar a tigela ou ainda, por causa de uma cabeça trazer dificuldades pro país e pras pessoas carentes que nele vivem. Quer dizer: ele não pode seguir cegamente os seus consultores; as pessoas que querem provocá-lo e incitá-lo para que ele tome decisões e elas obtenham lucro a partir daí. Não é bom cristão aquele que, por causa de um “presente gordo” põe em perigo toda uma nação. Um bom governante precisa ter sensibilidade para governar. Esta sensibilidade é, muitas vezes, muito mais útil do que a esperteza.
Renato: Obrigado Dr. Martin Luther! Só nos resta orar para que a bênção de Deus esteja sobre os políticos brasileiros a partir de outubro deste ano...
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