Busque Saber
4.5.10
Dia das Mães!
Que bom que pelo menos no Dia das Mães todas as filhas e todos os filhos se lembram de agradecer às suas mães por aquilo que elas fizeram; por aquilo que elas representam. Sempre foi assim que as pessoas que nascem e crescem num contexto amoroso e seguro, acabam experimentando vida saudável, equilibrada.
Depois de seu nascimento todos os seres humanos precisam ficar longo tempo sob bons cuidados da família. A criança precisa do calor do ninho seguro. Ali ela se deixa presentear com a doação, com o cuidado e com o tempo dos familiares. Assim ela se desenvolve sem atropelos; percebe as armadilhas que o mundo propõe; desenvolve sua personalidade que, mais tarde, vai repartir com outros enquanto se doa em prol do bem comum. São pessoas assim que sustentam a nossa sociedade.
Quem sempre é responsável por essas mulheres e esses homens? As famílias e, dentro delas, de forma muito especial, as mães. Existe tarefa mais gratificante do que ser mãe; engajar-se; dedicar-se de corpo inteiro na tarefa maternal? No passado, lamentavelmente, se fez pouco caso das mães quando se insinuou que elas eram apenas “do lar”. Nada substitui a família; nada se compara em valor àquilo que as mães fazem pelos seus filhos e, por tabela, para a sociedade. Mas que elas, as mães, também não se esqueçam que também precisam repassar os conceitos de fé; que, junto com os pais, são os mensageiros mais importantes da fé em Jesus para os seus rebentos.
Não foi o pastor ou professor de ensino religioso que nos ensinou a dar os primeiros passos na fé. Isso nós aprendemos da nossa mãe que, à noite, se achegava à nossa cama para orar e nos contar histórias sobre Jesus. O fundamento da fé cristã sempre é construído nos primeiros anos da vida de uma criança. Daí porque sempre apelo aos pais jovens, quando dos batismos, para que levem essa tarefa a sério; para que não apliquem todas as suas forças apenas no bem estar material das crianças, mas também para no bem estar espiritual uma vez que “não vivemos somente de pão”...
Mães, vovós aqui presentes: Não desviemos nossas crianças da possibilidade de se relacionarem com Deus. Abramos espaços nas nossas famílias para a vida de fé dos pequeninos a partir da oração. Quem assim age promove alívio, bênção no seio familiar, uma vez que facilita a circulação de Deus que carrega no colo quando vêm preocupações.
Em João 15.5 Jesus nos diz: “Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim e eu nele produz muito fruto; porque, sem mim, nada podeis fazer.” Entendo que esta palavra seja excelente para o momento que vivemos. Se hoje muitas famílias estão implodindo, é porque falta o fundamento da fé. A família cristã não está edificada sobre a areia. Ela tem futuro no Senhor da Igreja! Uma família que ora junto também “segura as pontas” em conjunto. Esse é o meu desejo para as nossas famílias nesse Dia das Mães.
28.4.10
Paciência e fé!
Outro dia, na praia da Ilha de Patmos, o vidente João teve visão desta figura absurda, grotesca, hedionda e ridícula que sempre de novo mexe com a mente de muitas pessoas (Apocalipse 13.1-10): o Anticristo. Trata-se de um monstro com patas enormes; boca grande, agilidade felina e violência brutal. Trata-se de uma “figura” que consegue subir ao topo do mundo por causa de uma competência sem igual (2). Logo fica claro que se trata de uma “cópia” da morte e da ressurreição de Jesus Cristo (3). Essa “figura” acaba sobrepujando todas as listas de imitadores de Jesus Cristo; ela até se permite celebrar como salvador e bem-feitor do mundo. Pessoas de todas as nações, de todas as classes sociais, o louvam por causa dessa postura. Do seu lado (11), para auxiliá-la, se encontra o “profeta” mentiroso; o “propagandandista”; o “chefe” de uma igreja cujo culto tem o objetivo de idolatrar o Estado. É ele quem fomenta a crença; a adoração do ídolo como homem ideal. Sim! O Anti-Cristo e a Anti-Comunidade são uma farsa terrível que, com suas forças, objetivam fazer acontecer salvação, a partir de uma paródia (imitação cômica) de Deus. É hora de nos darmos conta da atualidade aterrorizante: O Inimigo de Deus agirá como o benfeitor da humanidade; como o salvador que encaminha o mundo a experimentar a felicidade. Quem é ele? Nós temos o seu misterioso número 666 (1.8) que, diga-se de passagem, sempre de novo é lembrado nos grandes momentos históricos e também nos contemporâneos: Nero, Domiciano, Napoleão, Hitler e Stalin já foram enquadrados. É de se perguntar por que este Anti-Cristo não se deixa identificar claramente (1 João 2.18). Só podemos dizer que seis é a metade de doze, o número da perfeição. Três números seis, um ao lado outro. Ele quer superar o que é perfeito, e mesmo assim sempre é meio, sempre está abaixo do que é perfeito. Só os fiéis sabem disso. A Comunidade está alertada para não cair nesta armadilha: O mundo pode ser desconcertado com a alegria e o entusiasmo, mas a cristandade não se deixará levar pela onda. Ela vai ficar firme. Não existe salvação em nenhum outro a não ser em Jesus Cristo. Pois é justamente aqui neste ponto que fica evidente a paciência e a fé dos santos. (10).
26.4.10
Optar pela vida!
O tanque ao lado da Porta das Ovelhas está lotado de gente doente que espera por cura (João 5.1-10). Cinco pavilhões protegem aquela gente do sol e da chuva. Ali vai um cego tateando entre as colunas. Lá uma mulher magra se debate quase que pedindo desculpas por continuar vivendo. No meio de tudo estão pacientes sobre cobertas e macas à espera do momento em que a mão do anjo vai mexer a água que traz a cura para suas enfermidades. O primeiro que mergulhar no tanque deverá experimentar saúde. Lá num canto está deitado um sujeito que é só pele e osso.
Ele está doente há 38 anos. Os sacerdotes dizem: “Colheu o que semeou!” Será que esta palavra é consoladora? O tal sujeito não tem a mínima chance de ser o primeiro a entrar no tanque. Os mais fortes sempre conseguem chegar antes na água. Para conseguir seu intento eles não têm escrúpulos e até usam os cotovelos. Será que ele ainda pensa em experimentar saúde? Será que ele já não se resignou com sua dor? Quando Jesus lhe dirige a palavra ele reclama: “Não tenho ninguém que me ponha no tanque”. Porque ele se encontra sozinho ali? Será que seus parentes estão todos mortos?
Será que ele escolheu falsos amigos que só sabem festejar juntos quando é tempo de sol; que se escondem quando é tempo de chuva? Será que durante sua vida ele só pensou em si? Será que sua autocomiseração e suas queixas excessivas não espantaram as poucas pessoas que tentaram se ocupar com ele? Jesus não dá a mínima atenção às suas queixas e lhe diz: “Queres ser curado? Então levanta e anda!” O doente do texto de João opta pela vida. Mesmo que ele não tenha uma prova para a sua cura em mãos, ele experimenta levantar-se. Ele está sadio. Ele se entendia como uma pessoa sem chances, pelo fato de não ter amigos que o carregassem no colo. Esse pensamento estava errado. Deus não o havia esquecido. Jesus tinha vindo até ele.
Ninguém de nós precisa caminhar só. Jesus está aí para nós. Ele limpa a nossa vida das manchas escuras e, junto, nos abre uma janela: “Não peques mais!” (14) Isso é mais do que um bom conselho; é muito mais do que uma ordem, mas trata-se de uma promessa também para mim e para ti.
23.4.10
Alto preço!
Outro dia li no jornal que uma mulher, financeiramente bem situada, perdeu todos os seus bens. Como? O jornal informa que ela, num momento de crise existencial, de grande aflição, optou por buscar aconselhamento numa “empresa esotérica”. Este tal “aconselhamento amoroso e competente” custou-lhe a quantia de R$ 98.280,00. O que será que leva uma pessoa a agir assim? O fato é que muitos tentam anular os problemas e os conflitos com grandes somas em dinheiro. Quem age assim está desesperado em busca de paz para a sua vida. Aqui parece que o princípio: “O que não é caro, não vale a pena” dita as regras. Muito me disse a leitura de Lucas 8.42-48...
43. E certa mulher, que tinha uma hemorragia havia doze anos e gastara com os médicos todos os seus haveres e por ninguém pudera ser curada, 44. chegando-se por detrás, tocou-lhe a orla do manto, e imediatamente cessou a sua hemorragia. 45. Perguntou Jesus: Quem é que me tocou? Como todos negassem, disse-lhe Pedro: Mestre, as multidões te apertam e te oprimem. 46. Mas disse Jesus: Alguém me tocou; pois percebi que de mim saiu poder. 47. Então, vendo a mulher que não passara despercebida, aproximou-se tremendo e, prostrando-se diante dele, declarou-lhe perante todo o povo a causa por que lhe havia tocado, e como fora imediatamente curada. 48. Disse-lhe ele: Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz.
O texto acima fala de uma mulher que viveu situação semelhante à que gastou quase R$100.000,00 para encontrar uma possível saída. A sra. retratada no Evangelho de Lucas gastou todo o seu dinheiro com médicos, mas a cura que buscava não veio. Quando ouviu falar de Jesus, pôs-se a caminho. No meio da confusão, do burburinho, tocou nas vestes do Filho de Deus e foi curada. Este ato não lhe custou sequer um centavo. A Bíblia ainda diz que de Jesus saiu uma “força”, um poder.
Hoje em dia continua sendo assim que a maioria das pessoas crê mais naquilo que se compra com dinheiros. Não se crê com facilidade na força, no poder de Deus que brota de Jesus Cristo. Talvez isso seja assim porque a cura promovida por Deus seja gratuita. Para se apossar da mesma não há como pagar, mas recebê-la humildemente como um presente. As pessoas que estendem suas mãos para pegá-la acabam experimentando milagres, curas e salvação em suas vidas. Isso é assim porque elas crêem em Jesus. Se elas são pobres ou ricas, isso não entra em questão.
15.4.10
Decepção!
12.4.10
Homero Severo Pinto
Eram os anos setenta. Estávamos jovens e, pelo menos duas vezes ao ano, nos encontrávamos para articulação de momento novo. Foi assim que crescemos para dentro da década de 80. Nunca trabalhamos juntos num mesmo Distrito Eclesiástico, Região Eclesiástica ou Sínodo - o Homero e eu. Lembro do seu jeito simpático, simples de ser. Seus olhos sempre brilharam quando dos nossos encontros oficiais e extra-oficiais. Ao meio dia não tinha conversa: radinho na orelha para ouvir esporte colorado na Rádio Guaíba, mais tarde Gaúcha.
Afastamo-nos... Encontramo-nos cada vez menos... Lembro que conversamos ao telefone em meados de 2006. No outro lado da linha falava o vice-presidente da IECLB que me ouviu; deu-me sugestões; tratou-me com o mesmo carinho de outrora. Vi-o mais grisalho, amadurecido, em Curitiba (PR) quando da Convenção de Ministras e Ministros. Suas falas e seus atos tinham um leve tom de campanha política para ser o presidente dessa Igreja na qual investimos nossas vidas. Compartilhou que, ainda guri, quase foi ser padre, mas que, graças a Deus, certa bela prenda, o animou, o canalizou ao pastorado. Sim, meu amigo continuava alegre, cheio de humor, sorridente, solícito.
Faz alguns meses, em outubro, festejamos a Reforma Luterana em Joinville (SC). Nosso pastor Homero repartiu enfoques sobre o mais nosso Lutero. Palavra fácil de ser compreendida, empreendida. Nos últimos meses precisou ir à África. Que pena! Ficou doente, acamado, diariamente lembrado nas orações daquelas e daqueles que vivem, que se alimentam da esperança. Ouço e leio que sua família luta junto atrás de uma bandeira re-simbolizada com rosa branca.
Levanta Homero. Caminha de novo. Abraça tua esposa, teus filhos, teu netinho que vem. Te aquenta nessa Comunidade que também tem teu cheiro, porque erguida com ferramentas “Made in Brazil”. E tu, vivente... Sim, tu que escondes malícia nos sulcos do rosto enquanto pensas em caminhos aplainados. Cuidado! Deus tem planos que perpassam os aramados e tu bem podes não ser o tal convidado...
9.4.10
Mãe – veste teu vestido bonito!
Sai incomodado da nossa reunião. Enquanto viajava pelas estradas de Santa Catarina ainda ouvia no fundo do meu ouvido a voz daquele participante que reclamava em alto e bom tom do descaso da nossa IECLB com o tema “comunicação”. Sim, sim, sim... Temos irmãs e irmãos dando tudo de si em prol da “vitrine” do Portal Luteranos. No Jornal Evangélico, no Jornal O Caminho e nas outras tantas publicações paroquiais e sinodais que se multiplicam no nosso território brasileiro também há pessoas engajadas nesse processo, mas isso não basta. Algo precisa ser feito. Ficar na minha ou chamar mamãe pro diálogo?... Daí que decidi tentar “não apenas sofrer a história”.
Ô mãe! Tu sabes que eu gosto de Ti. Todos nós gostamos de Ti. Eu, por exemplo, Te sou muito grato por ter sido parido por Ti, cuidado por Ti, lapidado por Ti. Tu estás sempre tão ocupada com tantos assuntos... Tu te dás conta que minhas irmãzinhas e meus irmãozinhos não ultrapassam o número 715.000. Outro dia o irmãozinho Leandro me passou que representamos menos de 0,5% da população brasileira e que crescemos num ritmo inferior ao do nosso país. Pode isso mãe?
Mãe! Por favor! Por um momento, pára de lavar toda esta roupa. Escuta! Tu não podes continuar te comportando de forma tão amadora. Tinhas rádios AM e FM e até uma gravadora sob teu comando. Ah sei! Foram os meus irmãozinhos que não souberam administrar aqueles projetos a contento? Tu amas a eles como amas a mim e estás deixando pra lá, presenteando teu perdão a eles. Ta bom! Sabe, as vezes carrego a impressão que tentas esquecer o teu passado te ocupando com esta roupa suja. Porque Tu não pões um vestido mais bonito e Te mostras no “mercado”?
Sabe mãe, eu cresci orgulhoso de Ti. Nas Comunidades por onde passei sempre abri o peito apontando pra Ti, pra Tua beleza, pro Teu perfil engajado. Lembras de quando Te cercavas de Secretários de Comunicação? Sete ou oito dos meus maninhos ocuparam esta tarefa. Lembro que eles plantavam notícias nos jornais. Eles doavam a sua vida pra Ti. Tu eras bem mais conhecida na nossa vizinhança. De repente, não sei por que, acabaste com a “festa”. É por que eles estavam saindo caro? Oh mãe! Eu não consigo acreditar que é por que eles conseguiam muito poder com o título que lhes davas...
Vamos lá mãe! Tua liderança vai mudar nos próximos meses. Estou ouvindo ventos de campanha política aqui e ali e Tu aqui, escondida, atrás deste tanque de cimento, debaixo da sombra deste plátano. Noto tuas mãos surradas de tanto esfregar estas “fraldas”. Vamos, tira esse “avental” velho e molhado! Eu Te ajudo a comprar, a instalar uma lavadora. Tens que Te comunicar, dialogar mais com as Tuas lideranças mãe. Para que esse povo que se doa venha a gostar de Ti, sem esperar nada em troca, ele precisa, primeiro, Te conhecer; saber quem Tu és; como Tu és; como Tu pensas...
Se minhas irmãzinhas e meus irmãozinhos crescerem longe de Ti; dos Teus conceitos; das Tuas posições e das Tuas propostas eles também não vão aprender a Te amar; vão crescer marcados por misturas teológicas. Sim, eu sei que Tu sabes do que estou falando. Mãe! Sai daí! Vêm! O mundo está exigindo outra postura de Ti no que tange à Comunicação. Vai! Veste aquele vestido bonito que a dona Teologia Te costurou. Mostra Tua simpatia na rua. Estás tão conservada. Fala do Evangelho, da Boa Nova de Jesus Cristo, com mais ousadia. Investe em recursos para a boa comunicação desta família bonita da qual és, continuas sendo Mãe.
Minha oração pelo Caminho!
Senhor Deus! Estamos olhando pra trás. Faz 25 anos que um vento animador soprou sobre esta região. Era Teu aquele vento que desinstalou lideranças encasteladas nos seus espaços para ousar momento novo; fazer acontecer mais vida e mais alegria a partir da comunicação escrita. Somos-Te gratos por aquelas mulheres e aqueles homens que se permitiram embalar pelo Teu sopro, pelo Teu vento e isso, noite e dia. Foi Tua vontade o surgimento do Caminho, esse canal de luz e amor que ora sempre foi colorido com parágrafos brandos, animadores, consoladores edificadores e ora também sempre foi tinturado com frases críticas, desafiadoras, curadoras. Obrigado por esses 9.125 dias. Obrigado por estas mulheres e estes homens que escreveram; que aclamaram; que decidiram “não sofrer e sim escrever história”. Obrigado pelo consolo que brotou de dentro das páginas deste jornal igrejeiro. Entregamos-Te nas mãos a nossa vida; esta festa; este momento. Consagra-nos; enche-nos de paz física e espiritual; continua a derramar do Teu amor e da Tua alegria sobre nós Senhor... E ouve nossa oração... Pai nosso que estás nos céus...
3.3.10
O poder do perdão!
O ato de “perdoar” é difícil. Muitos não perdoam porque entendem que o “perdão dado” contribua para a injustiça. Plantou-se na nossa cabeça que “quem causa dano não merece perdão”. Tenho observado que o tempo não reduz as ofensas e os desgostos sofridos. Podemos permanecer enfurecidos com nossos pais pelos erros que cometeram durante nossa infância; com quem já abusou da nossa boa-fé; com o parente que nos chamou de “gordo” quando da ceia de Natal há dez anos... Aqui me vem à mente o texto de Mateus 18.21-22...
Gente! Temos a capacidade de guardar uma ferida dentro da alma como se fosse um tesouro precioso. Às vezes tiramos a dita cuja da memória para fitá-la como se fitássemos um álbum de fotografias; uma jóia de vitrine. Nesse momento, mais uma vez, assistimos, revivemos na tela da nossa mente, o filme triste do episódio que foi imperdoável. E assim o desgosto experimentado no passado vai se alimentando das grandes porções de vida do presente. E temos aí rancor...
Por que perdoar? Por que a Bíblia nos pede? Por que é nobre, bonito? Existe algo impossível de ser perdoado? Nestes tempos os especialistas estão se dedicando a estudar cientificamente o tema perdão para nos brindar com boas respostas.
Do que é feito o perdão?
Os problemas pessoais não solucionados são como “aviões” que voam dias, semanas sem pousar. Esses tais “aviões” consomem muita energia para se manter no ar. Se poupassem estas energias, teriam muito mais força para gastar em caso de emergência. Os “aviões do rancor” se convertem em fonte de estresse dentro de nós e, muitas vezes, o resultado é caótico. Ouso dizer que o ato de perdoar é equivalente à tranquilidade que sentimos quando o “avião” pousa.
Perdão não é aceitar a crueldade praticada contra nós; não é esquecer que algo doloroso aconteceu; não é aceitar o mau comportamento dos outros em relação a nós; não precisa ser a reconciliação com a pessoa que agride. Guardem isso: o ato de perdoar sempre beneficia a pessoa que perdoa, não a que ofendeu. Aprendemos a perdoar tal como aprendemos a chutar uma bola... Aqui e ali todos nos incomodamos. Ao invés de desperdiçarmos nossa energia, enredando-nos em redes de fúria e de dor, que tal perdoarmos, admitirmos que nada poderemos fazer para corrigir o passado? Tal postura poderá ser extremamente libertadora. O ato de perdoar ajuda o “avião” a pousar para que se façam os ajustes necessários. O perdão serve para relaxarmos. O ato de perdoarmos não significa que o nosso agressor “se deu bem”; não significa que aceitamos algo injusto. Nada disso! O ato de perdoar significa que não vamos mais sofrer eternamente pela ofensa ou pela agressão que nos foi repassada.
Podemos trabalhar “feridas” antigas de forma positiva, usando a força da dor para nos tornarmos fortes durante as crises. Dentro de nós há “forças de liberdade” que nos ajudam a não nos submetermos às graves feridas, um dia plantadas dentro do nosso peito. Pessoas que conseguem superar tragédias ou sair de períodos difíceis marcados pela dor emocional têm tudo para abandonar o papel de vítimas; para começar uma vida nova. Há indivíduos que, oprimidos pelo desamparo na infância, caem na delinquência e se tornam agentes de agressão, já outros se recuperam, tornam-se pessoas de bem e são felizes, fortes, prósperas e bem-sucedidas. Por que isso? Creio que o perdão foi ingrediente muito importante neste processo.
Não podemos crescer, sermos pessoas flexíveis, nos robustecermos a partir da adversidade sem o perdão. Algumas pessoas “cozinham” a dor em fogo brando para mostrar ao mundo como foram maltratadas. Essa atitude é prejudicial à saúde. Ao mundo, não interessa o nosso passado, só o que somos capazes de fazer e dar aqui e agora. Quando nos apegamos à dor antiga, à autocomiseração (dó de nós mesmos) embota a nossa capacidade de nos doarmos ao próximo. Quando assumimos o papel de mártires, ficamos à espera que alguém resolva de forma milagrosa a nossa vida. O perdão nos aju¬da a reconhecermos e a admitirmos que somos pessoas frágeis; que não precisamos esconder nossa fragilidade. A consciência dos nossos limites nos ajuda a não cairmos nesse poço de dor.
Conclusão
O perdão traz saúde espiritual. Mais do que isso: As pessoas que deixam a hostilidade para trás, protegem sua saúde física. O ato de aprender a perdoar pode ajudar indivíduos de meia-idade a evitar doenças cardíacas. Quanto maior a capacidade de perdoar, menos problemas nas artérias coronárias surgem no decorrer da vida. Por outro lado, quanto menor a capacidade de perdoar, mais frequentes serão os episódios de doenças cardiovasculares.
Ainda em relação à recordação das “feridas” passadas... Quem gasta cinco minutos de sua vida pensando nos “desgostos passados” auto-provoca agitação e raiva dentro de si. Esse desgosto diminui a variabilidade da frequência cardíaca e desacelera a reação do sistema imunológico que defende o organismo. Ora, o coração humano precisa dessa flexibilidade para o enfrentamento do estresse que o dia-a-dia oferece. Enfim, o corpo humano precisa que aprendamos a perdoar.
Os benefícios do perdão (tanto os que protegem o corpo quanto os que aliviam e “limpam” a alma) vem à nós, quando, apesar dos erros e culpas, somos capazes de nos perdoarmos; nos deixarmos de sentir merecedores de castigo... Perdoar não é esquecer e nem persistir no erro, mas começar de novo sem os rancores a sobrevoar e a confundir as possibilidades do presente. Assim como o amor, o perdão não é algo que se dê ao outro, mas um presente vital que damos a nós mesmos.
O pão nosso de cada dia!
Gente querida! Conta-se que um sujeito comprou um terreno repleto de pedras. Vocês não imaginam como ele trabalhou para limpar aquele espaço... Deu tudo de si em prol do seu projeto e, de repente, o chão estava preparado para acolher as sementes que ele semeou. O resultado não podia ser diferente: uma bela horta, um jardim vistoso que todos admiravam. Certo dia um amigo que ia passando lhe dirigiu a palavra: “É maravilhoso o que Deus pode fazer com um terreno tão impróprio para o plantio, não é mesmo?” “É verdade” – respondeu o homem que tinha dado de si até não mais poder – “tinhas que ver o estado deste terreno quando Deus ainda trabalhava sozinho nele.” Com esta história na cabeça, proponho a leitura de Mateus 6.11... “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.”
Cinco aprendizados
Primeiro aprendizado: Deus se interessa pelo teu, pelo meu corpo. Jesus deixou isso evidente quando dedicou muito do seu tempo na cura de toda sorte de enfermidades físicas das pessoas que se relacionavam com Ele. Jesus também deixou isso claro em várias oportunidades, quando satisfez a fome física dos Seus seguidores que tinham ido ouvi-Lo naquele lugar solitário (Pessoas que tinham ficado sem comer pelo fato de não terem condições de buscar alimento em suas casas distantes). Faz bem pensar que Deus se interessa pelos nossos corpos. Todo e qualquer ensino que deprecie e que diminua e ou ainda que denigra o nosso corpo é mau ensino. Sim! Deus deu importância ao nosso corpo. Isso ficou evidenciado quando Deus presenteou Jesus Cristo com um corpo igual ao nosso. O alvo do cristianismo não é somente a salvação da alma, mas a salvação da pessoa inteira: corpo, mente e espírito.
Segundo aprendizado: Esta petição do Pai Nosso nos ensina a orar pelo pão do dia de hoje. Ela nos ensina a viver o nosso dia-a-dia sem a ansiedade pelo dia de amanhã que é distante e desconhecido. Aqui, certamente, Jesus lembrou do povo judeu que caminhava pelo deserto quando ensinou esta petição aos seus discípulos. No deserto, o povo judeu recebia “maná” diário. Em Êxodo 16.1-21 se lê que os filhos de Israel estavam morrendo de fome e que, naquela oportunidade, Deus lhes enviou “pão do céu”. Observem a condição que Deus lhes impôs: deveriam recolher a quantia de “maná” suficiente para suas necessidades imediatas, nada mais e nada menos. Quando o povo juntava mais “maná” do que o necessário para a sobrevivência, este se deteriorava. Cada dia eles deviam recolher a porção do dia, uma vez que o Criador do próprio dia também tinha criado o sustento de cada dia. Entendo que a pessoa que tem o que comer hoje e que se pergunta pelo que comerá amanhã seja uma pessoa de pouca fé. Ora, esta petição nos ensina a viver o nosso dia-a-dia sem aquela preocupação ansiosa tão característica das pessoas que não aprenderam a confiar em Deus.
Terceiro aprendizado: Esta pequena petição da oração do Pai Nosso dá a Deus o lugar que Lhe pertence. Quem a profere admite que o alimento que recebemos para mantermos a nossa vida vem de Deus. Ninguém jamais conseguiu criar uma semente que cresça; que se desenvolva. Um cientista até pode analisar uma semente nas suas muitas partes, mas ele nunca conseguirá fazer com que uma semente sintética se desenvolva. Tudo o que tem vida provém de Deus. O alimento que consumimos é um presente direto de Deus.
Quarta aprendizado: As pessoas que oram esta petição e, depois, ficam esperando que o “pão caia do céu” como caiu o “maná” morrerão de fome. A oração e o trabalho devem andar de mãos dadas. Depois de orarmos temos que ir trabalhar com o objetivo de convertermos as nossas orações em realidade. Estou certo que a semente viva é um presente de Deus, mas também tenho a convicção que a mulher e o homem devem semeá-la para depois cultivá-la. Lembram da história que contei na introdução desta prédica? Gente, a onipotência de Deus e o trabalho humano devem caminhar de mãos dadas. Quando proferimos as palavras desta petição, estamos reconhecendo duas verdades fundamentais: a) Que sem Deus não podemos fazer nada e b) que sem nosso esforço e cooperação, Deus não pode fazer nada por nós.
Quinto aprendizado: Notem que Jesus não nos ensina a dizermos “Dá-me hoje o meu pão cotidiano”, mas Ele nos ensina a orarmos “Dá-nos hoje o nosso pão cotidiano”. No mundo há pão suficiente para todas as pessoas. O problema não é a produção daquilo que é essencial para a vida, mas a distribuição desta produção. A petição do Pai Nosso sobre a qual estamos refletindo e que também é o lema da nossa IECLB para 2010 nos ensina a não sermos egoístas nas nossas orações. Esta petição é uma oração que, em parte, podemos fazer acontecer quando colaboramos com Deus; quando repartimos das sobras com aqueles que têm falta disso ou daquilo. Esta petição do Pai Nosso não somente objetiva o suprimento das minhas e das tuas carências diárias, mas ela também nos desafia a compartilharmos com as outras pessoas aquilo que de Deus recebemos.
Conclusão
“Bom dia!... Olhando para este jardim que é a São Mateus me dei conta de que é maravilhoso o que Deus pode fazer com um terreno tão impróprio para o plantio, não é mesmo?” “É verdade! Tinhas que ver o estado deste terreno há quarenta nos atrás quando Deus ainda trabalhava sozinho nele.” Vamos continuar o nosso trabalho? Vamos, juntos, continuar nosso trabalho aqui nesta Paróquia?
26.2.10
Escuridão!
Que caminho tomar?
Olá! O dia 5 de março se aproxima e nele a Igreja Cristã celebra o Dia Mundial de Oração. Foram as mulheres da República de Camarões que organizaram a liturgia deste Culto que será celebrado em todos os cantos e recantos do mundo. Pois vou ter o privilégio de fazer a pregação naquele que acontece na minha Paróquia, aqui em Joinville - SC. Abaixo compartilho a mesma com vocês. Abraços!
Enquanto me preparava para este momento da prédica, lembrei daquele hino que cantávamos na década de 70: “Oh quão cego andei e perdido vaguei, longe, longe do meu Salvador...” Lembram? Pois é com esta pequena estrofe nos subconscientes que eu os convido à leitura de Isaías 42.10-17...
10 - Cantem ao SENHOR uma nova canção! Que ele seja louvado no mundo inteiro: pelos que navegam nos mares, pelas criaturas que vivem nas águas do mar e pelos povos de todas as nações distantes! 11 - Que no deserto e nas suas cidades Deus seja louvado, e que os moradores de Quedar o louvem! Moradores de Selá, alegrem-se e cantem no alto das montanhas! 12 - Que o SENHOR Deus seja louvado, e que a sua glória seja anunciada no mundo inteiro! 13 - O SENHOR se prepara para a guerra e sai pronto para lutar, como um soldado valente. Com toda a força, ele solta o grito de batalha e com o seu poder derrota os seus inimigos. 14 - O SENHOR diz: "Por muito tempo, eu não disse nada, fiquei calado e não respondi; mas agora vou gritar como uma mulher em dores de parto, vou me lamentar e clamar. 15 - Vou destruir os morros e as montanhas e fazer secar todas as plantas e árvores. Farei com que os rios virem desertos e com que todos os poços fiquem secos. 16 - Guiarei os cegos por um caminho que não conhecem, por uma estrada que eles nunca pisaram antes. A escuridão que os cerca eu farei virar luz e aplanarei os caminhos ásperos. São estas as minhas promessas, e eu as cumprirei sem falta. 17 - Mas serão derrotados e humilhados todos os que confiam em ídolos, todos os que dizem às imagens: 'Vocês são os nossos deuses'.
Deficientes visuais por natureza
Faz tempo que as pessoas passam pela vida lutando, entendendo que são elas próprias que definem os seus objetivos, que conseguem chegar aqui e ali pautadas, única e exclusivamente, na força do seu braço; na força da sua inteligência. Pobre gente! Todas elas sofrendo de deficiência visual espiritual...
Deus observou este comportamento doentio nas Suas queridas e nos Seus queridos. Foi pensando em curá-los que enviou Jesus Cristo ao mundo. Ele deveria informar as pessoas sobre o Seu amor; curar as pessoas de todas as suas doenças; indicar o caminho às pessoas, caminho este que conduziria ao Reino de Deus. E assim, de uma forma mansa e tranquila, Jesus cumpriu Sua parte sem nunca controlar com mão de ferro a vida das pessoas. Sua pregação se resumia no respeito e no amor ao próximo. Ele tinha clareza que o mundo poderia mudar se as pessoas mudassem o seu modo de vida.
Sim, Jesus se deixou absorver completamente por esta tarefa de divulgação do reino de Deus. Alguns O silenciaram por causa dessa mensagem, mas Deus fez com que o fogo vivo da ressurreição brilhasse. Esse fogo vivo se reflete no meio de nós americanos, europeus, asiáticos e africanos a partir do Espírito Santo, da Palavra de Deus e isso mesmo que o dia-a-dia seja nervoso; mesmo que os interesses, os planos privados e coletivos das gentes sejam obscuros e queiram calar Sua mensagem. Sim, a Boa Palavra de Jesus se impôs no passado e continuará se impondo no futuro. Não é o show, cheio de brilhos e alto-falantes, que vai mudar o mundo para melhor, mas é o crescimento silencioso e persistente da nova vida que Deus nos presenteia que fará isso.
Quantas pessoas com deficiência visual espiritual! Todo dia, temos a possibilidade de visualizarmos a paisagem que nos rodeia. Vivemos dentro de um belo jardim cheio de flores; de um pomar repleto de árvores carregadas de frutas; de um campo onde as ovelhas e as vacas estão a pastar, mas, cegos, nos entendemos dentro de um deserto ora com muito frio, ora com muito calor. Assim, nem percebemos que Deus criou o céu colorido e a terra com todas as cores possíveis; nem nos damos conta que fomos presenteados com tanta beleza. Umas vezes com frio, outras com calor, cegos, vamos pela vida sem percebê-la; sem nos darmos conta de que somos chamados a servir, a continuarmos mudando o mundo de forma suave, modesta e persistente tal como Jesus o fez.
Conclusão
Em Isaías 42.16a se lê que “Deus guiará os cegos por um caminho que não conhecem.” Gente querida! Tu e eu nós somos pessoas cegas e mesmo assim Deus nos guia. Ele nos aceita assim como somos. Pessoas cegas não vêem o caminho por onde trilham. Mesmo que elas conheçam o trajeto que precisam percorrer, lhes é difícil caminhá-lo. Imaginem sua dificuldade quando precisam andar por estrada desconhecida. Tu e eu, nós somos cegos para caminharmos pelo caminho que conduz à salvação, mas que coisa boa: o Senhor nos orienta os passos na direção do Reino de Deus. Felizes eternamente são as pessoas que agarram na mão do Grande Guia; que confiam plenamente no fato de que Deus pode bem nos conduzir. Quando estas pessoas tiverem alcançado o objetivo final, Deus lhes abrirá os olhos para que, finalmente, possam ver o caminho pelo qual Ele as guiou. Nesta hora elas haverão de louvar como nunca louvaram... É isso que estamos ensaiando aqui neste dia Mundial de Oração de 2010...
17.2.10
O logo!
22.1.10
Perdão!
Andei lendo aqui e ali. Confesso que o momento que atravesso é de muita reflexão. Entendi, percebi que durante mais de 2/3 da minha vida ando carregando "pesos" dentro de mim. Aqui lembro do saudoso ex-professor Richard Wangen que já me alertou para este fato em 1977. O texto abaixo é fruto de leituras marginais misturadas com sentimentos pessoais que transmito sem qualquer hipocrisia neste blog. Vou refletir com a minha Comunidade sobre este conteúdo no Culto de domingo, dia 24 de janeiro de 2010. Compartilho mesmo com vocês. Abraços de mim...
O ato de “perdoar” é difícil. Muitos não perdoam porque entendem que o “perdão dado” contribua para a injustiça. Plantou-se na nossa cabeça que “quem causa dano não merece perdão”. Tenho observado que o tempo não reduz as ofensas e os desgostos sofridos. Podemos permanecer enfurecidos com nossos pais pelos erros que cometeram durante nossa infância; com quem já abusou da nossa boa-fé; com o parente que nos chamou de “gordo” quando da ceia de Natal há dez anos... Aqui me vem à mente o texto de Mateus 18.21-22...
Gente! Temos a capacidade de guardar uma ferida dentro da alma como se fosse um tesouro precioso. Às vezes tiramos a dita cuja da memória para fitá-la como se fitássemos um álbum de fotografias; uma jóia de vitrine. Nesse momento, mais uma vez, assistimos, revivemos na tela da nossa mente, o filme triste do episódio que foi imperdoável. E assim o desgosto experimentado no passado vai se alimentando das grandes porções de vida do presente. E temos aí rancor...
Por que perdoar? Por que a Bíblia nos pede? Por que é nobre, bonito? Existe algo impossível de ser perdoado? Nestes tempos os especialistas estão se dedicando a estudar cientificamente o tema perdão para nos brindar com boas respostas.
Os problemas pessoais não solucionados são como “aviões” que voam dias, semanas sem pousar. Esses tais “aviões” consomem muita energia para se manter no ar. Se poupassem estas energias, teriam muito mais força para gastar em caso de emergência. Os “aviões do rancor” se convertem em fonte de estresse dentro de nós e, muitas vezes, o resultado é caótico. Ouso dizer que o ato de perdoar é equivalente à tranquilidade que sentimos quando o “avião” pousa.
Perdão não é aceitar a crueldade praticada contra nós; não é esquecer que algo doloroso aconteceu; não é aceitar o mau comportamento dos outros em relação a nós; não precisa ser a reconciliação com a pessoa que agride. Guardem isso: o ato de perdoar sempre beneficia a pessoa que perdoa, não a que ofendeu. Aprendemos a perdoar tal como aprendemos a chutar uma bola... Aqui e ali todos nos incomodamos. Ao invés de desperdiçarmos nossa energia, enredando-nos em redes de fúria e de dor, que tal perdoarmos, admitirmos que nada poderemos fazer para corrigir o passado? Tal postura poderá ser extremamente libertadora. O ato de perdoar ajuda o “avião” a pousar para que se façam os ajustes necessários. O perdão serve para relaxarmos. O ato de perdoarmos não significa que o nosso agressor “se deu bem”; não significa que aceitamos algo injusto. Nada disso! O ato de perdoar significa que não vamos mais sofrer eternamente pela ofensa ou pela agressão que nos foi repassada.
Podemos trabalhar “feridas” antigas de forma positiva, usando a força da dor para nos tornarmos fortes durante as crises. Dentro de nós há “forças liberdade” que nos ajudam a não nos submetermos às graves feridas, um dia plantadas dentro do nosso peito. Pessoas que conseguem superar tragédias ou sair de períodos difíceis marcados pela dor emocional têm tudo para abandonar o papel de vítimas; para começar uma vida nova. Há indivíduos que, oprimidos pelo desamparo na infância, caem na delinquência e se tornam agentes de agressão, já outros se recuperam, tornam-se pessoas de bem e são felizes, fortes, prósperas e bem-sucedidas. Por que isso? Creio que o perdão foi ingrediente muito importante neste processo.
Não podemos crescer, sermos pessoas flexíveis, nos robustecermos a partir da adversidade sem o perdão. Algumas pessoas “cozinham” a dor em fogo brando para mostrar ao mundo como foram maltratadas. Essa atitude é prejudicial à saúde. Ao mundo, não interessa o nosso passado, só o que somos capazes de fazer e dar aqui e agora. Quando nos apegamos à dor antiga, à autocomiseração (dó de nós mesmos) embota a nossa capacidade de nos doarmos ao próximo. Quando assumimos o papel de mártires, ficamos à espera que alguém resolva de forma milagrosa a nossa vida. O perdão nos ajuda a reconhecermos e a admitirmos que somos pessoas frágeis; que não precisamos esconder nossa fragilidade. A consciência dos nossos limites nos ajuda a não cairmos nesse poço de dor.
O perdão traz saúde espiritual. Mais do que isso: As pessoas que deixam a hostilidade para trás, protegem sua saúde física. O ato de aprender a perdoar pode ajudar indivíduos de meia-idade a evitar doenças cardíacas. Quanto maior a capacidade de perdoar, menos problemas nas artérias coronárias surgem no decorrer da vida. Por outro lado, quanto menor a capacidade de perdoar, mais frequentes serão os episódios de doenças cardiovasculares.
Ainda em relação à recordação das “feridas” passadas... Quem gasta cinco minutos de sua vida pensando nos “desgostos passados” auto-provoca agitação e raiva dentro de si. Esse desgosto diminui a variabilidade da frequência cardíaca e desacelera a reação do sistema imunológico que defende o organismo. Ora, o coração humano precisa dessa flexibilidade para o enfrentamento do estresse que o dia-a-dia oferece. Enfim, o corpo humano precisa que aprendamos a perdoar.
Os benefícios do perdão (tanto os que protegem o corpo quanto os que aliviam e “limpam” a alma) vem à nós, quando, apesar dos erros e culpas, somos capazes de nos perdoarmos; nos deixarmos de sentir merecedores de castigo... Perdoar não é esquecer e nem persistir no erro, mas começar de novo sem os rancores a sobrevoar e a confundir as possibilidades do presente. Assim como o amor, o perdão não é al¬go que se dê ao outro, mas um presente vital que damos a nós mesmos.
O ato de “perdoar” é difícil. Muitos não perdoam porque entendem que o “perdão dado” contribua para a injustiça. Plantou-se na nossa cabeça que “quem causa dano não merece perdão”. Tenho observado que o tempo não reduz as ofensas e os desgostos sofridos. Podemos permanecer enfurecidos com nossos pais pelos erros que cometeram durante nossa infância; com quem já abusou da nossa boa-fé; com o parente que nos chamou de “gordo” quando da ceia de Natal há dez anos... Aqui me vem à mente o texto de Mateus 18.21-22...
Gente! Temos a capacidade de guardar uma ferida dentro da alma como se fosse um tesouro precioso. Às vezes tiramos a dita cuja da memória para fitá-la como se fitássemos um álbum de fotografias; uma jóia de vitrine. Nesse momento, mais uma vez, assistimos, revivemos na tela da nossa mente, o filme triste do episódio que foi imperdoável. E assim o desgosto experimentado no passado vai se alimentando das grandes porções de vida do presente. E temos aí rancor...
Por que perdoar? Por que a Bíblia nos pede? Por que é nobre, bonito? Existe algo impossível de ser perdoado? Nestes tempos os especialistas estão se dedicando a estudar cientificamente o tema perdão para nos brindar com boas respostas.
Os problemas pessoais não solucionados são como “aviões” que voam dias, semanas sem pousar. Esses tais “aviões” consomem muita energia para se manter no ar. Se poupassem estas energias, teriam muito mais força para gastar em caso de emergência. Os “aviões do rancor” se convertem em fonte de estresse dentro de nós e, muitas vezes, o resultado é caótico. Ouso dizer que o ato de perdoar é equivalente à tranquilidade que sentimos quando o “avião” pousa.
Perdão não é aceitar a crueldade praticada contra nós; não é esquecer que algo doloroso aconteceu; não é aceitar o mau comportamento dos outros em relação a nós; não precisa ser a reconciliação com a pessoa que agride. Guardem isso: o ato de perdoar sempre beneficia a pessoa que perdoa, não a que ofendeu. Aprendemos a perdoar tal como aprendemos a chutar uma bola... Aqui e ali todos nos incomodamos. Ao invés de desperdiçarmos nossa energia, enredando-nos em redes de fúria e de dor, que tal perdoarmos, admitirmos que nada poderemos fazer para corrigir o passado? Tal postura poderá ser extremamente libertadora. O ato de perdoar ajuda o “avião” a pousar para que se façam os ajustes necessários. O perdão serve para relaxarmos. O ato de perdoarmos não significa que o nosso agressor “se deu bem”; não significa que aceitamos algo injusto. Nada disso! O ato de perdoar significa que não vamos mais sofrer eternamente pela ofensa ou pela agressão que nos foi repassada.
Podemos trabalhar “feridas” antigas de forma positiva, usando a força da dor para nos tornarmos fortes durante as crises. Dentro de nós há “forças liberdade” que nos ajudam a não nos submetermos às graves feridas, um dia plantadas dentro do nosso peito. Pessoas que conseguem superar tragédias ou sair de períodos difíceis marcados pela dor emocional têm tudo para abandonar o papel de vítimas; para começar uma vida nova. Há indivíduos que, oprimidos pelo desamparo na infância, caem na delinquência e se tornam agentes de agressão, já outros se recuperam, tornam-se pessoas de bem e são felizes, fortes, prósperas e bem-sucedidas. Por que isso? Creio que o perdão foi ingrediente muito importante neste processo.
Não podemos crescer, sermos pessoas flexíveis, nos robustecermos a partir da adversidade sem o perdão. Algumas pessoas “cozinham” a dor em fogo brando para mostrar ao mundo como foram maltratadas. Essa atitude é prejudicial à saúde. Ao mundo, não interessa o nosso passado, só o que somos capazes de fazer e dar aqui e agora. Quando nos apegamos à dor antiga, à autocomiseração (dó de nós mesmos) embota a nossa capacidade de nos doarmos ao próximo. Quando assumimos o papel de mártires, ficamos à espera que alguém resolva de forma milagrosa a nossa vida. O perdão nos ajuda a reconhecermos e a admitirmos que somos pessoas frágeis; que não precisamos esconder nossa fragilidade. A consciência dos nossos limites nos ajuda a não cairmos nesse poço de dor.
O perdão traz saúde espiritual. Mais do que isso: As pessoas que deixam a hostilidade para trás, protegem sua saúde física. O ato de aprender a perdoar pode ajudar indivíduos de meia-idade a evitar doenças cardíacas. Quanto maior a capacidade de perdoar, menos problemas nas artérias coronárias surgem no decorrer da vida. Por outro lado, quanto menor a capacidade de perdoar, mais frequentes serão os episódios de doenças cardiovasculares.
Ainda em relação à recordação das “feridas” passadas... Quem gasta cinco minutos de sua vida pensando nos “desgostos passados” auto-provoca agitação e raiva dentro de si. Esse desgosto diminui a variabilidade da frequência cardíaca e desacelera a reação do sistema imunológico que defende o organismo. Ora, o coração humano precisa dessa flexibilidade para o enfrentamento do estresse que o dia-a-dia oferece. Enfim, o corpo humano precisa que aprendamos a perdoar.
Os benefícios do perdão (tanto os que protegem o corpo quanto os que aliviam e “limpam” a alma) vem à nós, quando, apesar dos erros e culpas, somos capazes de nos perdoarmos; nos deixarmos de sentir merecedores de castigo... Perdoar não é esquecer e nem persistir no erro, mas começar de novo sem os rancores a sobrevoar e a confundir as possibilidades do presente. Assim como o amor, o perdão não é al¬go que se dê ao outro, mas um presente vital que damos a nós mesmos.
13.1.10
O milagreiro do vinho!
Gente querida! Se perguntarmos aos nossos amigos qual o maior milagre que Jesus Cristo fez, eles, com certeza, responderão: - “A transformação de água em vinho!” Interessante! Esse milagre foi captado pela maioria das pessoas, mais até do que a própria ressurreição de Jesus Cristo. Vamos ler sobre este milagre em João 2.1-11...
1. Dois dias depois, houve um casamento no povoado de Caná, na região da Galiléia, e a mãe de Jesus estava ali. 2. Jesus e os seus discípulos também tinham sido convidados para o casamento. 3. Quando acabou o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: - O vinho acabou. 4. Jesus respondeu: - Não é preciso que a senhora diga o que eu devo fazer. Ainda não chegou a minha hora. 5. Então ela disse aos empregados: - Façam o que ele mandar. 6. Ali perto estavam seis potes de pedra; em cada um cabiam entre oitenta e cento e vinte litros de água. Os judeus usavam a água que guardavam nesses potes nas suas cerimônias de purificação. 7. Jesus disse aos empregados: - Encham de água estes potes. E eles os encheram até a boca. 8. Em seguida Jesus mandou: - Agora tirem um pouco da água destes potes e levem ao dirigente da festa. E eles levaram. 9. Então o dirigente da festa provou a água, e a água tinha virado vinho. Ele não sabia de onde tinha vindo aquele vinho, mas os empregados sabiam. Por isso ele chamou o noivo 10. e disse: - Todos costumam servir primeiro o vinho bom e, depois que os convidados já beberam muito, servem o vinho comum. Mas você guardou até agora o melhor vinho.11. Jesus fez esse seu primeiro milagre em Caná da Galiléia. Assim ele revelou a sua natureza divina, e os seus discípulos creram nele.
Sim! Podemos festar...
Jesus transformou água em vinho; caminhou sobre as águas; ressuscitou Lázaro e a filha de Jairo. Desses milagres quase ninguém se lembra. Porque será que o milagre da “transformação de água em vinho” se tornou tão popular? De repente não se esperava tal atitude de Jesus, depois da forte pregação de João Batista que veio preparar Sua chegada... Como imaginar o começo da obra deste homem que, três anos depois, teria que experimentar morte horrível na cruz? Será que cabe uma festa de casamento com comilança e alegria desenfreada nesta história?...
Será que as pessoas que, um dia, serão julgadas pelo Filho de Deus não deveriam ter outras preocupações do que dar pela falta de vinho? Será que o tempo de Jesus Cristo não deve ser um tempo de jejum, de seriedade, de introspecção, de arrependimento? Pois a Festa é, para mim, o maior milagre que a “transformação de água em vinho”. Jesus se sente bem entre os convidados. Ele também se sentiu à vontade na casa do cobrador de impostos, do pecador Zaqueu, com o qual, no nosso modo de pensar, Ele nunca poderia ter tido contato. Gente, a chatice, o tédio, o aborrecimento, o ar rarefeito que volta e meia se faz presente nas nossas Igrejas não tem origem na mensagem de Jesus Cristo.
Notem que Jesus usou “festas de casamento” como exemplo. Ele comparou-se com um noivo. Ele exaltou a abundância e a alegria em palavras e atitudes quando trazia Sua mensagem. Na Festa de Caná Jesus não apenas ajuda o noivo a não ser mal falado, mas lhe arranja vinho para o ano inteiro. Sim porque, vamos e venhamos, 600 litros de vinho deveriam ser mais do que suficientes para festejar as festas de casamentos de toda vizinhança naquele ano. Jesus deixa patenteado que o tempo da graça é tempo de alegria.
Um bom vinho só se degusta em tempos de paz. Na guerra é impossível a fabricação de vinho. Um parreiral precisa de três anos de cuidados para produzir boa uva. Isso não mudou desde os tempos de Jesus. Vai daí que este milagre é o certificado de que o tempo de Jesus começou; que o tempo do medo e da espera já passou; que as nuvens escuras do Deus Sisudo se dissiparam. Gente! Isto é motivo de festa. Em nenhum lugar da Bíblia está escrito que a cristandade não possa festar; que ela não possa ser alegre; que a cristandade não possa dar gargalhada e se divertir. Pena que essa informação ainda não é do senso comum, do domínio de todas as pessoas cristãs.
Quem leu o livro “O nome da Rosa” de Umberto Eco há de se lembrar que as pessoas condenadas à morte no mosteiro da Idade Média eram os monges que procuravam um manuscrito onde se lia sobre a possibilidade de que o ato de sorrir tinha raízes em Deus. Claro que os detentores de poder igrejeiro tentaram esconder esta realidade. Sim, também as pessoas profundamente comprometidas com Jesus Cristo, cristãos de boa cepa, podem festejar; alegrar-se; rirem a vontade. Que coisa boa!
Os potes de pedra do nosso texto eram para armazenar água. Aquela água era para a higiene dos festeiros. Não só para a higiene corporal, mas também para uma higiene, uma limpeza ritual, uma lavagem de toda a sujeira do pecado. Ao imaginarmos aqueles enormes jarros cheios d’água, lembremos da Santa Ceia. Para nós o sangue de Jesus Cristo, vertido na cruz, nos limpa de toda culpa. O vinho é fruto da videira. Foi com vinho que Jesus celebrou, antes da crucificação, Sua última janta com seus discípulos. Também com o vinho será festejada a vitória da vida sobre a morte. Festejemos! O mundo é passageiro e os poderes que o regem só têm força até por ali. Alegremo-nos! Somos cidadãos do reino de Deus. Jesus é a nossa esperança, a nossa certeza, o nosso Deus.
Conclusão
Claro que Jesus também precisa ser respeitado como Deus. Num dado momento Ele dá resposta dura à Sua mãe, quando ela quer forçá-lo a resolver o problema do noivo: - “Não é preciso que a senhora diga o que eu devo fazer. Ainda não chegou a minha hora.” Ele não age assim pelo fato de se sentir incomodado porque vai ser apontado como o “milagreiro do vinho”, mas porque Ele não quer se deixar conduzir, comandar por nenhum partido; por nenhuma Igreja; por nenhuma pessoa; nem mesmo pela sua própria mãe. Ele deve caminhar pelos caminhos pensados pelo Seu Pai desde a eternidade. Jesus tinha clareza: Aquele primeiro milagre seria a primeira estação para o caminho da cruz. Todos teriam a chance de entender que Ele era o Messias, o Cristo, o Prometido. Não teria mias volta. O seu alvo era a salvação da humanidade. Por isso, alegria, mesmo dentro destes tempos difíceis. O caminho de e para Jesus Cristo sempre passa pela cruz, mas trata-se de um caminho de vitória, nunca de derrota. Amém!
11.1.10
Um bom convite!
Sei que muitos de vocês me acompanham aqui neste blog. Agradeço o seu carinho. Quero repartir com vocês que o tempo de Advento (29 de novembro a 24 de dezembro de 2009) foi muito importante pra mim. Toda noite, das 22.00h às 22.30h, nós nos reuníamos debaixo da Coroa de Advento (umas 18 irmãs e irmãos). Cada noite acendia-se uma nova vela. Nos primeiros dias o nosso templo se mostrava escuro. Nossos rostos estavam dentro da penumbra. Já em meados de dezembro ele já mostrava todo claro. Nossa comunhão era excelente. Era a luz que invadia os cantos escuros, também das nossas vidas. Foi numa daquelas referidas noites que tomei a decisão de escrever uma pequena reflexão diária sobre os 915 versículos do Livro de Provérbios do Antigo Testamento. Acabei de postar a reflexão para o dia de hoje, 11 de janeiro de 2010 agora mesmo. Se quiserem me acompanhar, só clicar em http://www.minhaspredicas.blogspot.com/ Abraços a todas e a todos...
7.1.10
Boa Pesca!
Decisões nunca são fáceis de serem tomadas. O texto de João 1.35-42 nos dá um exemplo que vale a pena ser refletido. Vamos nessa?...
35 - No dia seguinte João estava outra vez ali, e dois dos seus discípulos; 36 - E, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus. 37 - E os dois discípulos ouviram-no dizer isto, e seguiram a Jesus. 38 - E Jesus, voltando-se e vendo que eles o seguiam, disse-lhes: Que buscais? E eles disseram: Rabi (que, traduzido, quer dizer Mestre), onde moras? 39 - Ele lhes disse: Vinde, e vede. Foram, e viram onde morava, e ficaram com ele aquele dia; e era já quase a hora décima. 40 - Era André, irmão de Simão Pedro, um dos dois que ouviram aquilo de João, e o haviam seguido. 41 - Este achou primeiro a seu irmão Simão, e disse-lhe: Achamos o Messias (que, traduzido, é o Cristo). 42 - E levou-o a Jesus. E, olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, filho de Jonas; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro).
Pescar mulheres e homens
Os futuros discípulos devem ter ficado fascinados com a pessoa de Jesus Cristo. Deixam João Batista para trás e seguem Jesus que, de pronto, lhes pergunta: - Estão buscando o quê? Sua resposta é rápida: - Queremos ir contigo para Tua casa! Notem que a atração que Jesus exercia fica evidente, uma vez que eles O seguem sem fazer muitas perguntas. É interessante notar que os futuros discípulos até lembraram o horário em que o convite aconteceu: “a hora décima” (João 1.39) Observe-se ainda que, num primeiro momento, Jesus chama quase só pescadores para dentro do Seu Projeto de Paz, Amor e Perdão. Ele lhes disse: “Eu vos farei pescadores de homens”. (Marcos 1.17)
A profissão de “pescadores de mulheres e homens” não é só dos apóstolos, do clero e daqueles que têm algo a ver com pastorais deste ou daquele quilate. Todos nós que um dia fomos batizados e confirmados na fé, que já dissemos um sim para Jesus Cristo temos a “licença carimbada” para ganharmos homens e mulheres para Deus, no grande rio da vida. “Ganharmos” pessoas para Jesus Cristo... A tradução correta para esta palavra deveria ser: “colocar em segurança”. Há um sem número de pessoas paradas e até circulando a margem do abismo que precisam ser resgatadas, colocadas em local seguro. São gentes desesperadas, desesperançadas, jogada às traças.
Mas como é que conseguiremos ganhar, “colocar estas pessoas em segurança”? Não com métodos questionáveis (altos níveis de emotividade fabricada); com truques fora de contexto (testemunhos mirabolantes); com argumentações baratas (teologia do medo), mas sim com uma orientação que não se afaste da dinâmica traçada pelo próprio Jesus quando este salvou pessoas. Jesus salvava-as a partir da Sua força, da fascinação que brotava da Sua mensagem e da Sua pessoa. A Boa Nova que Ele proclamava era como um magneto que fazia com que as pessoas se aproximassem Dele.
Conclusão
Nós só conseguiremos “pescar” pessoas para Deus no momento em que nós mesmos nos permitirmos sermos “pescados” por Ele. Primeiro temos que cair na Sua rede, “mordermos” Sua isca. O peixe simboliza a pessoa que tem fé, que morde na “isca” colocada por Jesus.
Lancemos o anzol nas águas. O método mais eficaz de pesca é o do bom exemplo. Não nos resignemos se nenhum “peixe” morder nossa “isca”. Já notaram que os pescadores sempre são pessoas pacientes? E mesmo que durante nossa trajetória pesquemos um só “peixe”. Já imaginaram se este “peixe” se inserir no projeto de pescar outro, outros? Boa pesca!
35 - No dia seguinte João estava outra vez ali, e dois dos seus discípulos; 36 - E, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus. 37 - E os dois discípulos ouviram-no dizer isto, e seguiram a Jesus. 38 - E Jesus, voltando-se e vendo que eles o seguiam, disse-lhes: Que buscais? E eles disseram: Rabi (que, traduzido, quer dizer Mestre), onde moras? 39 - Ele lhes disse: Vinde, e vede. Foram, e viram onde morava, e ficaram com ele aquele dia; e era já quase a hora décima. 40 - Era André, irmão de Simão Pedro, um dos dois que ouviram aquilo de João, e o haviam seguido. 41 - Este achou primeiro a seu irmão Simão, e disse-lhe: Achamos o Messias (que, traduzido, é o Cristo). 42 - E levou-o a Jesus. E, olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, filho de Jonas; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro).
Pescar mulheres e homens
Os futuros discípulos devem ter ficado fascinados com a pessoa de Jesus Cristo. Deixam João Batista para trás e seguem Jesus que, de pronto, lhes pergunta: - Estão buscando o quê? Sua resposta é rápida: - Queremos ir contigo para Tua casa! Notem que a atração que Jesus exercia fica evidente, uma vez que eles O seguem sem fazer muitas perguntas. É interessante notar que os futuros discípulos até lembraram o horário em que o convite aconteceu: “a hora décima” (João 1.39) Observe-se ainda que, num primeiro momento, Jesus chama quase só pescadores para dentro do Seu Projeto de Paz, Amor e Perdão. Ele lhes disse: “Eu vos farei pescadores de homens”. (Marcos 1.17)
A profissão de “pescadores de mulheres e homens” não é só dos apóstolos, do clero e daqueles que têm algo a ver com pastorais deste ou daquele quilate. Todos nós que um dia fomos batizados e confirmados na fé, que já dissemos um sim para Jesus Cristo temos a “licença carimbada” para ganharmos homens e mulheres para Deus, no grande rio da vida. “Ganharmos” pessoas para Jesus Cristo... A tradução correta para esta palavra deveria ser: “colocar em segurança”. Há um sem número de pessoas paradas e até circulando a margem do abismo que precisam ser resgatadas, colocadas em local seguro. São gentes desesperadas, desesperançadas, jogada às traças.
Mas como é que conseguiremos ganhar, “colocar estas pessoas em segurança”? Não com métodos questionáveis (altos níveis de emotividade fabricada); com truques fora de contexto (testemunhos mirabolantes); com argumentações baratas (teologia do medo), mas sim com uma orientação que não se afaste da dinâmica traçada pelo próprio Jesus quando este salvou pessoas. Jesus salvava-as a partir da Sua força, da fascinação que brotava da Sua mensagem e da Sua pessoa. A Boa Nova que Ele proclamava era como um magneto que fazia com que as pessoas se aproximassem Dele.
Conclusão
Nós só conseguiremos “pescar” pessoas para Deus no momento em que nós mesmos nos permitirmos sermos “pescados” por Ele. Primeiro temos que cair na Sua rede, “mordermos” Sua isca. O peixe simboliza a pessoa que tem fé, que morde na “isca” colocada por Jesus.
Lancemos o anzol nas águas. O método mais eficaz de pesca é o do bom exemplo. Não nos resignemos se nenhum “peixe” morder nossa “isca”. Já notaram que os pescadores sempre são pessoas pacientes? E mesmo que durante nossa trajetória pesquemos um só “peixe”. Já imaginaram se este “peixe” se inserir no projeto de pescar outro, outros? Boa pesca!
30.12.09
Vou ser Avô!
Espero que o rebento da Paula e do Daniel seja curiosa ou curioso. Quem?... Como?... O quê?... Para quê?... Por quê?... Vocês já repararam que as pessoas que fazem perguntas se desenvolvem mais do que as que são tímidas, do que as que se recolhem nos cantinhos do silêncio?
Fazer perguntas é muito bom! O texto bíblico que acabei de sugerir para leitura explicita que Jesus foi à escola com perguntas a tiracolo (46). Lá, Ele, certamente, recebeu boas respostas. Pena que o evangelista Lucas não nos conte mais sobre o assunto. Interessaria-me saber quais foram as perguntas que o Filho de Deus fez, quais as boas respostas que Lhe foram dadas.
O fato é que também Jesus sofreu aprendizado, mudou de comportamento. Não avalio as meninas e os meninos que estão sob meus cuidados pela resposta certa que são capazes de dar. Penso que a “decoreba” não tenha muito valor em si. Adoro quando são curiosos. Esses, de respostas em respostas, vão construindo um mundo melhor para si e para os outros.
O ano novo vem aí. Vamos ter que, novamente, juntar todas as nossas forças para lutar. Novos caminhos já começam a se abrir. Certamente vamos ter que trilhar por estradas antigas, continuar tentando responder velhas questões: Quem sou eu? O que acontece com a minha vida? Claro que poderemos abdicar de nos envolver com tais perguntas. Até poderemos fechar nossos ouvidos para as mesmas, nos entupirmos de fórmulas prontas, decoradas, mastigadas por outros. Qual a graça disso?
Jesus crescia em sabedoria e, por isso, as pessoas e Deus mesmo gostavam Dele. Quero crescer em sabedoria. Me perguntar como ser um bom avô. Começo assim 2010. Abraços!
22.12.09
Quem sou eu?
O melhor espelho para vermos quem somos e como estamos interiormente são as irmãs e os irmãos na fé. Alguma vez você já perguntou a alguém das suas relações de conhecimento, qual a opinião que tinham a teu respeito?
Pois Jesus fez pergunta aos seus discípulos (Mateus 16.16-17). Ele queria saber o que as pessoas comentavam sobre ele; queria saber dos próprios discípulos quem eles achavam quem Ele era. Simão Pedro arriscou uma resposta e Jesus se alegrou com a mesma; alegrou-se pelo fato de Pedro tê-lo reconhecido a partir do conhecimento presenteado por Deus. Pedro estava cônscio de estar ao lado do Deus Vivo que age e não se acomoda, que é encarnado, que faz refeição com Zaqueu; que defende a prostituta; que chama crianças para o abraço.
Que dizem as pessoas; o que elas pensam a respeito de ti? Procure informar-se! Ouse fazer uma avaliação de si... Estamos sendo um “pequeno cristo” para os nossos próximos? Estamos sendo um “pequeno alguém” desencarnado, que escolhe muito bem as companhias para almoçar, que só toma atitudes que desembocam nas águas do “vou me dar bem”, que não se inclina...
17.12.09
Brincando com Títulos!
Nós, desde o dia 29 de novembro de 2009 (1° Domingo de Advento), celebramos, sempre das 22.00h até às 22.30h, um tempo de reflexão debaixo da Coroa de Advento. Cada dia acendemos uma vela a mais. Elas, à medida que os dias iam passando, eram "batizadas" pelos responsáveis pela reflexão. Foram 25 meditações, 25 momentos de reflexão. Pois copiei todos os “nomes” dados às velas e criei o texto que reparto...
Outro dia saí, “passo a passo”. Andei pelas ruas da minha cidade em busca de perspectivas, de luz, luz para mim, de “luz para todos”. Dialoguei com uma senhora que ansiava por “paz”, que queria saber onde encontrá-la, como encontrá-la. Encontrei um senhor que me disse estar encharcado de “esperança”, a partir da nova proposta que experimentava. Há se todas as pessoas pudessem experimentar o “toque de Jesus” em suas vidas. Com certeza explodiriam de “alegria” e, por tabela, experimentariam o “auxílio de Deus”; a “força de Deus” no âmago das suas histórias. Fui adiante, sentei no banco da praça e olhei com olhos de ver as pessoas que passavam por mim. Foi ali que, desenvolvendo minha “espiritualidade”, senti como nunca o “agir de Deus” em minha vida. O “arrependimento” é algo que precisa ser diário. Depois de entender isso, prestei “louvor” a Deus com meus pensamentos. Pedi-Lhe por “socorro” para não afundar nas águas dos meus medos. Sim, também pedi-Lhe por “tolerância”, para ser mais brando com aquelas e com aqueles que, longe do discipulado, optam pela ideologia do mais simplório, do mais ou menos. Ah a “misericórdia” de Deus, este amor que se doa sem esperar nada em troca. Careço exercitá-lo mais e mais para conscientizar-me da “presença de Deus”, do “amor de Deus” em minha vida. Levantei-me! Fui adiante e, enquanto caminhava, tomei a “decisão” de aprofundar-me mais no “conhecimento” de mim mesmo. Sim, não mais me olhar tanto no espelho que só mostra o que é externo, mas escutar o que os outros dizem de mim, perceber meu interior; manusear a realidade; desenvolver minha “visão” para poder olhar além do que é visível a olho nu; tirar mais tempo para a intercessão em prol dos outros enquanto pratico a “oração” no silêncio do meu quarto... Hummm! O sol estava se pondo. A luz já surgia no horizonte. Era hora de ir. Levantei-me! Meu olhar pousou no canteiro onde floriam lindas flores. Com certeza o jardineiro não teve a mínima preguiça para “semear” “vida” ali naquele chão público. Sim, O meu Criador semeou do Seu amor em mim. Caminhei, vi pessoas, vislumbrei seus semblantes. Quantas histórias indo e vindo a pé, motorizadas... Todas as pessoas têm a chance de experimentar “segurança em Deus”. Teria eu outra saída? Não! A mim só cabia prestar honra, “adoração” ao meu Senhor!
Outro dia saí, “passo a passo”. Andei pelas ruas da minha cidade em busca de perspectivas, de luz, luz para mim, de “luz para todos”. Dialoguei com uma senhora que ansiava por “paz”, que queria saber onde encontrá-la, como encontrá-la. Encontrei um senhor que me disse estar encharcado de “esperança”, a partir da nova proposta que experimentava. Há se todas as pessoas pudessem experimentar o “toque de Jesus” em suas vidas. Com certeza explodiriam de “alegria” e, por tabela, experimentariam o “auxílio de Deus”; a “força de Deus” no âmago das suas histórias. Fui adiante, sentei no banco da praça e olhei com olhos de ver as pessoas que passavam por mim. Foi ali que, desenvolvendo minha “espiritualidade”, senti como nunca o “agir de Deus” em minha vida. O “arrependimento” é algo que precisa ser diário. Depois de entender isso, prestei “louvor” a Deus com meus pensamentos. Pedi-Lhe por “socorro” para não afundar nas águas dos meus medos. Sim, também pedi-Lhe por “tolerância”, para ser mais brando com aquelas e com aqueles que, longe do discipulado, optam pela ideologia do mais simplório, do mais ou menos. Ah a “misericórdia” de Deus, este amor que se doa sem esperar nada em troca. Careço exercitá-lo mais e mais para conscientizar-me da “presença de Deus”, do “amor de Deus” em minha vida. Levantei-me! Fui adiante e, enquanto caminhava, tomei a “decisão” de aprofundar-me mais no “conhecimento” de mim mesmo. Sim, não mais me olhar tanto no espelho que só mostra o que é externo, mas escutar o que os outros dizem de mim, perceber meu interior; manusear a realidade; desenvolver minha “visão” para poder olhar além do que é visível a olho nu; tirar mais tempo para a intercessão em prol dos outros enquanto pratico a “oração” no silêncio do meu quarto... Hummm! O sol estava se pondo. A luz já surgia no horizonte. Era hora de ir. Levantei-me! Meu olhar pousou no canteiro onde floriam lindas flores. Com certeza o jardineiro não teve a mínima preguiça para “semear” “vida” ali naquele chão público. Sim, O meu Criador semeou do Seu amor em mim. Caminhei, vi pessoas, vislumbrei seus semblantes. Quantas histórias indo e vindo a pé, motorizadas... Todas as pessoas têm a chance de experimentar “segurança em Deus”. Teria eu outra saída? Não! A mim só cabia prestar honra, “adoração” ao meu Senhor!
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