Busque Saber

13.1.14

SUICÍDIO II

As razões para o suicídio não são suficientemente exploradas até o momento. Uma coisa é certa. O suicídio é, muitas vezes, o resultado de uma crise psicológica. Para tal contribuem as crises traumáticas que são acionadas por experiências dolorosas, como a perda de uma pessoa querida e ou infortúnios que, de repente, acontecem. Lesões físicas e psicológicas graves causam traumas que, muitas vezes, podem levar ao suicídio. Além disso, as mudanças de vida podem causar enormes crises que também desembocam no desejo de suicídio. Aqui pode se pensar na perda que acontece quando os filhos saem de casa; quando a mudança para uma casa de repouso se faz necessário; quando acontece a separação da esposa e ou do esposo e também quando há problemas financeiros.  Nestes casos as vítimas estão se afogando nestas dificuldades. Hoje as causas mais comuns de suicídios são os diagnósticos de transtornos mentais. Cerca de 90% dos suicídios na sociedade ocidental são atribuídas a ele.

Medo

A palavra “medo” vem do verbo grego “agchain” e deriva do verbo latino “angere”. As duas palavras apontam para a ideia de “choque” ou “amarrar o pescoço” Na verdade, quase todas as pessoas têm em suas vidas pensamentos suicidas, mas isso ainda não é um sinal de doença mental. As pessoas que já sofrem de uma doença mental como depressão, são mais propensas a experimentação de uma crise. Para estas pessoas também aumenta o risco de suicídio.

A taxa de suicídio é altamente dependente da idade e do sexo. As pessoas mais idosas são, em média, mais suscetíveis ao risco de suicídio. Em média, os homens também são mais propensos ao suicídio do que as mulheres. Isso se explica, entre outras coisas, pelo fato que os homens, muitas vezes, usam de métodos brutais - como enforcar-se, por exemplo. Nesses casos, na maioria das vezes, a ajuda chega tarde. As mulheres quase sempre tentam se envenenar o que, muitas vezes, ainda possibilita ajuda que lhes permite a salvação.

O desejo de suicídio é, muitas vezes, a expressão de uma posição mental instável que não passa nenhuma réstia de esperança para que a pessoa adoentada seja liberta do seu mal. Aqui a morte parece ser a libertação; o fim para a crise psicológica; o momento do término do fardo que se carrega; que se suporta. Nestes casos a morte é considerada como um alívio. Se uma pessoa está presa nesta espiral de pensamentos, os pensamentos de suicídio podem ir sendo gradualmente concretizados a partir de um planejamento cuidadoso. Nesse momento ainda só ajuda uma “boa ajuda”; um bom apoio psicológico. Às vezes medicamentos de emergência podem ser usados nestes casos.

O que se pode fazer?

Na Alemanha existe a ARCHE que oferece prevenção ambulatorial às pessoas que pensam em suicídio e também intervenção em crise. Essa Instituição também auxilia parentes de pessoas que já se suicidaram a encontrar um novo norte. As pessoas que sofrem têm a chance de compartilhar sua crise em uma entrevista psicológica. O apoio emocional imediato pode, muitas vezes, evitar o ato do suicídio. Com a educação e conversas abertas sobre este assunto também se combate os tabus que cercam este tema.
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Suicídios impulsivos podem ser prevenidos se as vítimas recebem apoio de fora. Além disso, às vezes, é útil dialogar-se com a pessoa que vive uma crise psicológica ou tem pensamentos suicidas. Claro que sempre é preciso tato. Muitos evitam isso, mas pode ser uma grande ajuda para a pessoa que pensa em se suicidar se alguém se coloca ao seu lado e faz ela ver o peso que sua atitude pode trazer para as pessoas que ficam depois que ela se for.  


Que tal se nós organizássemos um grupo nestes moldes nos círculos onde Deus nos colocou para vivermos a Bela Vida? A propósito: Quem tiver tempo, assista ao Filme “Escafandro e Borboleta”. Às vezes não nos damos conta dos presentes que Deus nos alcança... Abraços!

10.1.14

SUICÍDIO

Quando uma pessoa próxima de nós falece de forma inesperada, ela sempre deixa um vazio na família; na roda de amigos. Essa realidade mexe conosco por causa da solidão que se experimenta e é claro: o medo vem a tiracolo. A verdade é que ninguém nunca está preparado para o enfrentamento de um momento destes.

No entanto, o enfrentamento da morte fica bem mais difícil quando a pessoa que está próxima de nós decide acabar com sua vida. Nestas horas nos perguntamos pelo “por que” dessa atitude. Neste instante a raiva também se instala em nós pelo fato de não entendermos este ato de nos deixar a sós.

O psicólogo Dr. Elmar Basse (Hamburgo - Alemanha) explica porque muitas pessoas optam por cometer suicídio; como podemos reconhecer os gritos silenciosos que estas pessoas dão e, depois, ajudá-las.

O que leva algumas pessoas a cometerem suicídio? O estresse duradouro e problemas como sentimentos de culpa; falta de dinheiro; pressão social; derrotas e amor não correspondido podem fazer com que uma pessoa enfraqueça muito o seu corpo físico e a sua psique. Uma vez que este sentimento de dor é constante, a pessoa começa a ficar esgotada. As pessoas que experimentam um vazio em sua vida mostram-se muito instáveis e isso quer dizer que estão gravemente doentes. Nestas horas importa muito o jeito de se lidar; cuidar delas. Isso é assim porque não existe receita pronta de como fazê-lo.

Como reconhecer pessoas potencialmente suicidas? Um sinal muito claro é quando a pessoa que quer suicidar-se muda seu comportamento emocional; muda o seu jeito de pensar e de relacionar-se. Ela sinaliza desejos de morte quando articula fantasias da não vida com representações bem plásticas. Além disso, os avisos que estas pessoas emitem também se mostram nos planos concretos que articulam de forma muito clara. Em muitos casos estes sinais externos não podem ser reconhecidos, porque a pessoa que os articula se fecha em si mesma. Cuidado, quando, de repente, a pessoa com tendência suicida começa a pensar positivamente. Este comportamento pode ser fruto do fato de que ela já tomou sua decisão de suicídio e não se encontra mais sob pressão de levá-lo a cabo.

Ao percebermos estes sinais frequentes, como devemos nos comportar? O primeiro passo é abordar a pessoa com carinho e compartilhar com ela que percebemos algumas mudanças no seu caráter. Nesta hora é bom perguntarmos pelo por que daquela mudança de espírito. Ou seja, devemos tentar construir uma ponte de contato com esta pessoa e, em seguida, trabalhar em conjunto para encontrar as devidas soluções. Se esta pessoa tem abertura com algum parceiro; amigo; parente; conselheiro ou psicólogo, este poderia perguntar-lhe sobre seu estado de espírito. Uma pessoa que sofre deste mal não pode ser colocada diante da parede. É preciso muita calma para dialogar-se com ela nesta situação. Há casos em que se deveria até chamar amigos ou parentes para ajudar. Se necessário, até uma ambulância.

Nestes casos vale a pena um tratamento psicológico? Sempre depende de como o paciente aceita um tratamento psicológico; se ele permite que alguém se aproxime dele. Esta realidade se assemelha com uma visita ao médico por causa de dor no braço – por exemplo. O fato de irmos até ele precisa somar-se com a atitude de que voltemos novamente para dentro do contexto onde vivemos com a esperança de que aquela dor vá melhorar.

As pessoas suicidas são mesmo mestres em esconder seus sentimentos? A maior parte dos homens tem uma postura mais defensiva; tem mais dificuldade de falar das suas dores e dos seus problemas. As pessoas do sexo masculino temem ser entendidas como pessoas fracas. No mundo masculino, muitas vezes, a auto - estima é definida pelo desempenho que se tem. Daí que, no ambiente profissional, os homens não têm muitos contatos aos quais poderiam recorrer. É em vista disso que eles preferem dissimular e ocultar seus problemas.

Por que muitos suicídios acontecem tempos depois da crise ocorrida? Em muitos casos o tempo realmente difícil só começa após a crise. O motivo desse comportamento? Ora, é que durante a crise o organismo da pessoa está ocupado com uma variedade de detalhes que estão intimamente ligados à luta contra os problemas experimentados; com a busca de possíveis soluções. Então, quando este indivíduo encontra a saída de todo este mal, o seu organismo ainda está preparado para a ação, mas agora os desafios sumiram. Aqui surge o perigo dele cair num buraco emocional.


O que o ato do suicídio diz a respeito da natureza de um homem? Os homens tendem a tirar sua vida com métodos mais agressivos do que as mulheres. Jogar-se na frente do trem, por exemplo, é um ato particularmente cruel. A vontade de viver construída dentro do seu organismo deve ter sido muito atordoada, pelo menos no referido momento. Quem vai suicidar-se não reflete racionalmente sobre o método pelo qual se suicidará. Trata-se muito mais de uma ação de emergência na percepção de desespero absoluto.

29.12.13

Esquecer o entardecer!

Sim, brinquei com os meninos,
Mas nunca suas fraldas troquei.
Até penso que não me inspirei
Naqueles dias meio inquilinos, 
Que alargaram minha história,
Marcada por sensibilidades,
Árvores frutificando saudades,
Raízes alimentando memórias!

Com o Natal veio companhia,
Diálogos, muita conversação.
Foi enorme a minha emoção!
Seria aquila uma nova via?

O Filho de Deus veio aqui
E misturou-se com a gente.
Ele quis ser nosso parente
Contextualizando-se guri!
Se era divina Sua natureza,
Abdicou desse bom legado 
E, chamando-nos pro lado, 
Doou-nos da Sua grandeza! 

Que vontade de agradecer;
Perdoar o gesto ausente;
Viver bem mais contente
E esquecer o entardecer!

Ano Novo de 2014 - Oração!


23.12.13

Jesus encheu Suas Fraldas!

Lembro dos meus dois meninos ainda crianças. Eu fazia gato e sapato com eles. Jogava bola, brincava na areia, levava eles para comer sorvete e também aos Cultos que eu celebrava. Uma coisa eu quase nunca fiz: trocar suas fraldas. Alguns de vocês se lembram. Elas eram de pano. Tinha que fazer um monte de dobras . Hoje tudo parece ser mais fácil com o advento das descartáveis.

Quando a Maria trouxe Jesus ao mundo ela o enrolou em fraldas – assim diz o evangelista Lucas. Tudo normal, mas notem que esta ação tem um grande simbolismo. 

O fato de que Jesus usou fraldas mostra que ele foi gente como a gente é e “funcionava” como as crianças recém-nascidas dos nossos dias funcionam. Ele também “molhava”, “enchia” suas fraldas diariamente. Ele era gente como nós, Emanuel - Deus conosco, conforme Mateus 1.23.

Não só isso. O fato de Jesus usar fraldas também mostra que Ele se rebaixou demais para estar conosco. O apóstolo Paulo chega a escrever que Jesus tinha a natureza de Deus, mas que Ele não tentou ficar igual a Deus no nosso meio (Filipenses 2.6); que Ele veio e tocou a Sua vida junto a nós na forma de natureza pecaminosa (Romanos 8.3). O evangelista João escreve que Ele abdicou da glória celeste para estar do nosso lado (João 17.5). Gente querida! Jesus veio do trono de Deus vestir fraldas aqui no chão onde tu e eu pisamos.  

Por outro lado esta atitude também mostra que o Filho de Deus se contextualizou por completo com o nosso jeito de viver. Ele experimentou tudo o que nós experimentamos. Problemas, tentações, tristezas e, por último até as nossas culpas e pecados.  Vamos e convenhamos! Isso é muito pior que fraldas cheias.

O que sempre de novo me impressiona é que com isso Ele nos libertou; limpou-nos de todos os nossos pecados. Por causa deste feito, nós podemos novamente usar fraldas limpinhas. Coisa boa deve ser uma fralda limpinha! A gente vê isso no rosto das criancinhas que fazem esta experiência.

Coisa boa poder experimentar o perdão completo onde nada fica retido (1 João 1.9). Coisa boa poder viver essa nova vida e não precisar mais de nenhuma limpeza por causa de pecados; de desvios.  

Reflitamos sobre esta questão. Agradeçamos a Jesus Cristo não só neste Culto de Natal, mas todos os domingos. De acordo com a Bíblia o domingo é um dia para louvarmos a Deus pelo perdão que Ele nos alcançou com sua morte na cruz; para festejarmos a Sua ressurreição e, por tabela, a nossa também. Que Deus nos abençoe! Amém!

Oração: Jesus Cristo, Senhor e Deus! Nós estamos aqui e jubilamos com os anjos e, tal como os pastores, também nos encontramos estupefatos. Da mesma forma que os reis magos, nós também não conseguimos tirar nosso olhar da Tua luz. Querido irmão Jesus Cristo! Nós nos alegramos de coração com o Teu nascimento. Amém!  

18.12.13

BOM NATAL E BOM 2014!


Oi Pessoal! Obrigado por estarem comigo neste espaço de compartilhamento. Carrego vocês no coração. Abraços!

17.12.13

Alegria – Jesus já vem!

Ó vinde, ó vinde Emmanuel! Alegrem-se todas e todos vocês. Deus nos presenteia com Sua alegria. O mundo sempre esteve dependente da Filosofia Grega que, de certa forma, desencaminha a alegria. É por causa disso que a imagem de Deus, a Bíblia e a fé nos são apresentadas sérias e pesadas; são-nos relacionadas com Mandamentos e Proibições; tiram-nos as possibilidades de alegria.  

A Bíblia nos apresenta Deus como a Fonte da Alegria. Deus nos criou para sermos abundantemente alegres no Seu Paraíso. Parece mentira, mas abdicamos deste presente e optamos por uma vivência mais sisuda. Ora, Deus é a Fonte da Vida e isso já é um sinal de que Ele nos sonha alegres. Deus sempre mostra alegria santa e pura ao nosso lado. Perceberam? A verdadeira alegria vem de Deus e, por isso, não pode comungar com o que é pecaminoso prazer.   

Isso mesmo! A alegria de Deus é integral, sem mistura, e sempre nos faz alegres  a partir do que é bom. Todas as pessoas procuram substitutivos para a alegria perdida em pseudo-alegrias que se alicerçam sobre alguma dor. Dá para se dizer que a alegria de um sempre custa alguma coisa para o outro. A verdadeira alegria não se baseia na fraqueza da humanidade, mas do amor que Deus doou às pessoas.  

A gratidão e a alegria andam de mãos dadas. As pessoas que aprendem a agradecer percebem as situações vividas sob a ótica de Deus. Daí então elas são preenchidas da verdadeira alegria que só Deus promove. Em rodas de piadas sempre parece haver grande alegria, mas esta ainda não é a verdadeira alegria. As pessoas que atingem o potencial que Deus lhes pensou vivem a plenitude da sua vida e é isso que as leva à alegria duradoura.

A oração de gratidão nos leva à presença de Deus; muda os nossos corações e nos permite a visão de uma nova comunhão. A proximidade de Deus, somada à nossa gratidão, preenche o nosso relacionamento com as pessoas; promove-nos a mais pura alegria – a alegria que não tem nada a ver com a humilhação das pessoas, a alegria não destrutiva e sim criativa.

Alegrem-se! Jesus Cristo já vem libertar todas as pessoas que se encontram solitárias no exílio da tristeza; da depressão e do desconsolo. Sim, o tempo que vivemos é marcado por lamentos. Dificuldades que, em breve, não existirão mais. Acolhamos o Filho de Deus que vem nascer em nós; que vem vestir vestidos de carne; que vem se tornar gente conosco; que vem nos acarinhar; que vem nos apontar o caminho, a verdade e a vida. Amém!

15.12.13

Antipatia - Simpatia: Como é que estes dois estados de espírito surgem?


A psicóloga alemã Doris Wolf escreve muitos artigos para jornais e revistas na Alemanha. Outro dia ouvi um programa de rádio onde ela colocou boas palavras para os seus ouvintes. Confesso que me permiti ajudar por suas idéias. Abaixo um pouco daquilo que ela entende sobre o tema “antipatia”.

Às vezes você é apresentado para uma pessoa e logo percebe que sua “aura” não bate com a dela. Melhor, você já sabe de antemão que não vai existir a menor possibilidade de comunhão entre vocês dois.

Muitas vezes é assim que você também não vai com a “cara” do novo vizinho. Você olha para ele e pensa: Que sujeito arrogante! Você tem esta mesma sensação quando se encontra com o namorado da sua amiga. Não há a mínima chance de desenvolver a mesma amizade com ele, mesmo que sua amiga lhe queira bem.

Você tem clareza que não se deve ser preconceituoso; que deve tratar todas as pessoas com tolerância, mas mesmo assim algo o incomoda nesta ou naquela relação.

Feitas estas colocações, perguntemo-nos: O que pode estar escondido atrás da antipatia ou da aversão a certas pessoas?

O que se esconde atrás de uma aversão espontânea?

Há quem diga: - “Não posso chegar perto daquele sujeito!” - “Quando me aproximo daquela figura, dá vontade de vomitar!” - “Quando a fulana abre a boca, fico com vontade de sair correndo!” - “Quando preciso ficar perto do cicrano, me dá um frio na barriga!” Isso mesmo! É assim que, muitas vezes, descrevemos os nossos desagrados com certas pessoas.

Não é segredo que nossa aversão para com algumas pessoas é sentida fisicamente. A presença de alguns indivíduos simplesmente mexe conosco; arrepia os nossos cabelos; sentimo-nos desconfortáveis com o cheiro que exalam e o simples fato de ter que ouvirmos a sua voz já nos causa grande mal-estar. Dá a impressão que estas pessoas que nos causam tanto mal tenham grande poder sobre nós; que elas exerçam uma força que nos desestabilize.

É por isso que muitas pessoas evitam o contato com indivíduos que tenham este perfil. Se a prevenção deste contato se mostra impossível, reagimos com postura distante; hostil e até nos mostramos intratáveis e indispostos. Enquanto lidamos com estas pessoas na rua ou no supermercado sem compromisso, nada é trágico. No entanto, esse comportamento se complica quando a nossa antipatia se dirige a alguma pessoa com a qual precisamos conviver diariamente. Neste caso valeria a pena buscar-se as causas deste descontentamento e, depois, considerar como poderíamos melhor conviver com esta pessoa.

Causas da Antipatia

1. Nós rejeitamos àquilo que não gostamos em nós mesmos nas outras pessoas.

Por exemplo, se nós lutamos com o nosso peso ou odiamos as nossas rugas e encontramos uma pessoa que tenha os mesmos problemas que nós, isso pode ser uma causa da nossa antipatia. É como se esta pessoa nos fosse como um espelho. Uma vez que não suportamos essa visão, classificamos a pessoa que está à nossa frente como antipática e até evitamos contato com ela.

2. Nós detestamos perceber que os outros têm o que gostaríamos de ter.

De repente a pessoa que nos está próxima tem uma boa figura; ela vive uma relação matrimonial muito bonita com sua parceira ou seu parceiro e todas as pessoas gostam de estar com ela. Tudo muito bom, tudo muito bem, mas nós nos sentimos um tanto obesos e, em vista disso nos isolamos. Durante estes momentos de isolamento acontece um “fogo” em nós que extingue sempre mais essa nossa parceria. É o outro que nos faz lembrar as nossas fraquezas. Temos inveja dele e é por isso que o rejeitamos.

3.  O outro nos faz lembrar de experiências ruins com outras pessoas.

Nosso cérebro armazena todas as experiências negativas e positivas que vivenciamos. Nós salvamos estas impressões em inúmeras “caixinhas”, sempre de acordo com odores; com momentos; com o tom de voz; com sotaque; com postura; com expressões faciais; com gestos ou com as roupas que uma pessoa usa.

Se uma pessoa nos lembra de alguém com o qual tivemos experiências ruins, tem tudo para dar errado o relacionamento. Essa pessoa passa a ter a sensação de que não tem nada a ver com o sujeito que está à sua frente e acaba sendo vítima dos seus preconceitos.

Por exemplo, se você tinha uma amiga com voz suave que, mais tarde, se comprovou ser uma pessoa limitada intelectualmente, você, provavelmente, vai se mostrar cético e desconfiado ao ouvir uma voz suave. 

4. Nós rejeitamos o outro porque é completamente diferente de nós.

Você vive pelos princípios: “Poupar e nada de dívidas!” “Trabalho antes do prazer!” Já seu vizinho faz dívida e dá o seu dinheiro prodigamente. Em vez de cuidar do seu jardim, ele se senta na sua cadeira de praia e bebe um copo de vinho. Esse jeito de ser ameaça os seus princípios e, por isso, você o rejeita.

5. Nós nos sentimos rejeitados pelo outro.

Às vezes interpretamos alguns sinais que algumas pessoas próximas dão como de arrogância; de negação. Nestas horas dizemos: - “Ele quer se colocar!” - “Ele não me atura!” ou - “Ele não quer nada comigo!” Ora, nem sempre isto é o caso. Por trás de um comportamento arrogante, muitas vezes, se esconde uma pessoa insegura e tímida.

É assim que se nós classificamos uma pessoa de antipática, isso sempre tem a ver conosco. Não somos nós que tomamos a decisão de classificar alguém como simpático ou antipático. Se alguém nos é simpático ou antipático isso é o nosso inconscientes que decide, a partir de experiências passadas. Sim, porque o nosso inconsciente necessita de apenas 100 milissegundos para fazer um julgamento sobre uma pessoa que nunca vimos antes.

Como você pode “des-influenciar” a sua Antipatia.

Mesmo que nossa mente inconsciente decida por nós sobre a simpatia e a antipatia, isso não significa que precisamos ficar à sua mercê. Nós podemos resistir conscientemente.

DICA 1: Leve a sério a primeira impressão, mas certifique-se de que o seu julgamento é correto.

Dica 2: Pergunte a si mesmo, quando você não pode suportar alguém: - “O que me incomoda nesta pessoa?” - “Por que esses aspectos me incomodam?” - “Essa pessoa me faz recordar alguém da minha infância que não ia com a minha “cara”!”

DICA 3: Essa pessoa lhe faz recordar de experiências ruins de seu passado que não têm nada a ver com ele? Se esse for o caso, deixe claro: - “Esta pessoa não tem nada a ver com minha história e eu vou lhe dar uma chance.”

Dica 4: Essa pessoa possui qualidades ou características que você não tem, que você poderia aprender, que você poderia vir a aceitar? Se você se aceitar da forma como você é, então você também pode aceitar outras pessoas com estas mesmas características.

Dica 5: Se você pede para que as outras pessoas sejam como você gostaria que elas fossem, então aprenda a ser mais tolerante. Desenvolva a atitude: - “Ele tem o direito de ser do jeito que é, mesmo que eu não goste que seja assim.”

Dica 6: Direcione o seu olhar deliberadamente sobre as características positivas da pessoa que o incomoda.


Dica 7: Desenvolva a compreensão para com a pessoa que está ao seu lado. Procure as razões para essa pessoa ser como é. 

10.12.13

Os Três Reis Magos!

Quem não se lembra de momentos marcantes em sua vida? Nunca me esquecerei da excursão com minha esposa em 1971; do nosso casamento em 1977; do nascimento dos nossos filhos em 1980 e 1982; da minha formatura há 31 anos; da minha Ordenação em 1985; dos encontros pessoais com amigas e amigos e das tantas experiências que me foram dadas viver!

Todas; todos nós fomos educados dum jeito especial; temos nossas experiências individuais; seguimos esta ou aquela religião; optamos por tradições distintas e nos orientamos desta ou daquela maneira. No meio disso nos vêm pequenos relâmpagos de luz que trazem lembranças à mente. Percebemos os mesmos? Será que nos damos conta desses flashes? Não estamos por demais ocupados com os nossos afazeres, a ponto de nos sentirmos engaiolados como um pássaro que só percebe o que acontece bem pertinho dele?

O profeta Isaías define a religião de uma maneira muito genial: Levanta os olhos e vê! (Isaías 40.26a) As pessoas que perderam a capacidade de perceber estes “relâmpagos da vida” já se encolheram em si mesmas. A Bíblia define esta postura como “pecado”! Não se trata de uma falha moral, mas de uma falha na percepção de que Deus que está próximo; da falta de vontade de ter um contato mais estreito com o Mesmo. Para mim a religião significa abdicar das tradições implantadas; abrir os horizontes; levar a sério o que Deus diz.

Os três reis magos citados no começo do Evangelho de Mateus eram a personalização disso que eu acabei de lhes informar: Pessoas sensíveis que perceberam o brilho da estrela no horizonte.

Há regiões do Brasil onde as pessoas se vestem como os três reis magos se vestiam e saem a cantar por entre a vizinhança. Depois dos cânticos entoados esse povo dá sua bênção e deseja bom ano novo às pessoas visitadas. Nós até conhecemos o nome dos tais três reis: Gaspar, Belchior e Baltazar. Na verdade sabemos pouco sobre os mesmos. Seus nomes são oriundos das siglas latinas CMB - Cristus Manisionem Benedikat, ou seja: Jesus Cristo abençoe esta Casa! É atrás desta bênção que os três reis magos se tornam indivíduos.  

Sua simbologia é muito rica. Na França, na catedral de Autun, existe uma obra de arte que já tem seus 900 anos de idade. Ela retrata os três reis dormindo numa cama, sob uma única coberta. Isso quer simbolizar que eles eram unidos num só pensamento. Quem presta atenção percebe que eles têm idades diferentes: um moço, um adulto e um idoso. Assim eles se mostram como o nosso espelho! Sim, eles nos representam nas nossas idades com seus corpos; com seus pensamentos e com seus espíritos. O fato é que a Estrela de Belém brilha sobre os três reis que dormem na catedral de Autun.

Na cena seguinte um anjo se aproxima da cama onde os três reis magos dormem. Ele toca de leve na mão de um dos três. O rei mago tocado acorda do seu sono egoísta; do seu sono de destruição e vingança; acorda do sono dos seus medos e das suas depressões. O rei abre seus olhos! Com a outra mão o anjo aponta para as estrelas que brilham no céu. Esse rei que tem os olhos abertos, simboliza o espírito humano. Enquanto o seu corpo descansa e se recupera com o sono, a sua mente é capaz de perceber o céu aberto. O rei com os olhos abertos simboliza a capacidade do ser humano de poder orar, conversar com Deus; de perceber a presença de Deus mesmo na escuridão da noite. O anjo diz: - Levantem-se e sigam aquela estrela. Saiam de dentro da escuridão do seu dia-a-dia e sejam luzes. Os três se levantam e seguem a tal estrela. Na Bíblia eles não são retratados como reis, mas como astrólogos; como pessoas que tem a capacidade de ver além do horizonte; como pessoas que percebem os sinais da natureza e da vida.

Eles carregam presentes consigo. Ouro, incenso e mirra. Estes três presentes também são simbólicos. O ouro representa a segurança material que precisamos para sobreviver: trabalho, salário justo e o pão de cada dia. O incenso representa a nossa vida espiritual. Uma vida de oração é crucial na vida de quem é cristão. Não vai longe quem não dialoga teti-a-teti com Deus. Claro que esta oração não deve se resumir em simples atos de pedir por quaisquer favores celestes. Orar é mais do que isso. A oração é a vida na presença de Deus. É uma conversa de amigos. Jesus mesmo definiu a oração como uma conversa que se tem com o “paizinho”. O ouro está para as nossas relações aqui no chão e a mirra para as nossas relações com Deus. Mirra! Sim, a mirra é uma espécie de remédio. Somos chamados a cuidar de nós mesmos. Ninguém pode amar o céu ou o mundo se não se ama a si próprio. Quando Jesus acessa nossa vida, ali acontece o amor. Amar os outros como a si mesmo é o desafio que Jesus nos faz neste início de ano!

Eu desejo que todas; que todos possamos nos abrir para a vida em 2014, tal como os três reis se abriram para a mesma. Ali onde a luz de Deus brilha através de uma pessoa, essa pessoa passa a ser bênção para a outra; passa a ser bênção para a humanidade. Amém!



PAPAI NOEL?

Vocês já devem ter ouvido falar do Bispo Nicolau. Ontem, dia 06 de dezembro, nós festejamos o seu dia. Esse homem viveu no século 3 e era uma pessoa muito respeitada por causa do seu compromisso com a proposta cristã. Depois da sua morte o povo passou a festejar o dia 06 de dezembro como a data na qual se dá presentes. 

O reformador Martin Luther tentou melhorar esta tradição. Ele articulou o povo luterano a dar presentes no Dia de Natal. Qual era o seu objetivo? Ora, usar a ideia da troca dos presentes para, com eles, apontar para a querida criança deitada na mangedoura. Daqueles tempos em diante ficou estabelecido que Nicolau ainda só traria pequenos presentes para as crianças. Os grandes presentes ficavam reservados para serem entregues na Noite de Natal e tinham o objetivo de apontar para Jesus Cristo - o Filho de Deus.

Hoje é assim que, em muitas famílias, se confunde o Filho de Deus com o Papai Noel. É lamentável, mas este, desde o século 19, vem assumindo gradativamente o lugar do Filho de Deus nas Festas Natalinas. Suas barbas brancas e seu manto vermelho são fruto de uma propaganda criada pela fábrica de refrigerantes da coca-cola, em 1931. Pena que poucos saibam disso!

Como é mesmo o perfil do homem que, verdadeiramente, quer nos presentear no Natal? Em Mateus 27.27-30 nós lemos que este homem veste um manto escarlate sobre o corpo e uma coroa de espinhos sobre a cabeça; que Ele tem nas mãos um pedaço de taquara que usa como cetro e é ridicularizado pelo populacho; que, um pouco mais tarde, Ele é pendurado numa cruz, enquanto oferta Sua vida para nos alegrar com o maior presente que se pode receber: A vida eterna!

Os pequenos presentes são dados no dia dedicado ao Bispo Nicolau – 06 de dezembro. Os presentes maiores são dados na Noite de Natal. Todos estes presentes são apenas para demonstrar o nosso amor uns pelos outros; para demonstrar o amor de Deus em relação a nós. Isso mesmo! Em última análise eles vêm de Deus; eles apontam para Àquele que demonstrou o Seu amor por nós morrendo na cruz. Nós, cristãs e cristãos, cremos que, no final dos tempos, este Jesus que morreu na cruz voltará a nós. Naquele dia ninguém mais poderá fazer piada sobre Ele, uma vez que Ele reinará sobre a humanidade por toda a eternidade. Isto é certamente verdade!

Oração: Querido Pai do Céu! Nós ficamos estupefatos quando nos paramos a pensar no grande amor que o Teu Filho demonstrou por nós. Sim, porque quando Ele morreu na cruz, deu de Si para que nos alegrássemos com o maior presente que se pode receber – a vida eterna. Amém!

26.11.13

ADVENTO - DUAS AMIGAS SE ENCONTRAM!

Esta reflexão passa pelo texto de Lucas 1.39-56... No referido texto se lê que duas mulheres se encontraram. Maria subiu um morro a pé com o intuito de visitar Isabel. Isabel, por sua vez, tinha que cuidar de seu marido, Zacarias, que tinha ficado mudo depois de ter se encontrado com um anjo de Deus. As mulheres se alegraram muito com seu reencontro. A tal visita não deixava de ser uma homenagem recíproca que as amigas se prestavam. 

As duas tinham seus corações repletos de esperança. Esperança de serem libertadas da vergonha de engravidarem naquelas circunstâncias misteriosas. Elas certamente seriam alvos de fofocas que, certamente, durariam algumas semanas. No meio de todas estas questões crescia a vida em seus úteros; cresciam dois filhos de Deus. É assim que Lucas nos descreve o encontro de Maria e Isabel no primeiro capítulo do seu livro.

Naquela época, tal como hoje, uma mulher também não podia caminhar só pelos interiores da região montanhosa. Também não poderia se ausentar de casa pelo período de três meses. Tais atitudes não eram viáveis no Mundo Antigo que ladeava o Mar Mediterrâneo. Os tempos eram duros. Se uma mulher não conseguisse gerar uma criança sentia muita vergonha. Ter um filho ilegítimo? Nem se fala. Era uma afronta aos bons costumes. Sim, era como se a honra do clã fosse atacada.   

Eu fico imaginando aquelas duas mulheres conversando entre si. Como elas se abraçaram e se alegraram; o quanto elas dialogaram sobre as suas pequenas e grandes preocupações; sobre as dificuldades e as alegrias da gravidez. Elas devem ter tomado chá, comido cuca, cochichado e rido bastante. Depois de um tempo também devem ter ficado novamente sérias pelo fato de não entender bem a fundo as promessas que diziam respeito àquelas crianças que carregam dentro do seu corpo. No meio de toda esta comunhão elas sempre colocavam suas mãos sobre a barriga. Quanta esperança! 

Assim também poderia ser o nosso Advento: Tempo bom de esperança! Esperar por alguma coisa da vida e de Deus! Caminhar sobre o morro de preocupações diárias às quais estamos submetidos. Rir com amigas e com amigos. Experimentar a boa esperança e crer no impossível. Sim, crer nas idéias que vieram habitar as nossas cabeças; crer na nossa vitalidade; nesse fruto da maravilhosa bênção que Deus sempre de novo nos alcança. 

Eu desejo um bom Tempo de Advento para nós. Um tempo no qual possamos cantar com Maria: “A minha alma anuncia a grandeza do Senhor. O meu espírito está alegre por causa de Deus, o meu Salvador. Pois ele lembrou de mim, sua humilde serva! De agora em diante todos vão me chamar de mulher abençoada, porque o Deus Poderoso fez grandes coisas por mim. O seu nome é santo, e ele mostra a sua bondade a todos os que o temem em todas as gerações. Deus levanta a sua mão poderosa e derrota os orgulhosos com todos os planos deles. Derruba dos seus tronos reis poderosos e põe os humildes em altas posições. Dá fartura aos que têm fome e manda os ricos embora com as mãos vazias. Ele cumpriu as promessas que fez aos nossos antepassados e ajudou o povo de Israel, seu servo. Lembrou de mostrar a sua bondade a Abraão e a todos os seus descendentes, para sempre.” Abraços!

22.11.13

QUEM É TUA ROSA?


A frase de Antoine de Saint- Exupery  - Tu és responsável pela tua Rosa – no livro “O Pequeno Príncipe”, soa nos nossos ouvidos no sentido de que “somos eternamente responsáveis pela nossa flor; pelas pessoas que cativamos!” Ou seja, as pessoas cativadas esperam o nosso engajamento em seu favor.

Aparentemente, essa confiança e essa responsabilidade mútua se dão, especialmente, no matrimônio. Vocês ainda se recordam da pergunta que a pastora ou o pastor lhes fizeram quando da Celebração do seu Casamento? Ela ou ele perguntaram: - “Queres recebê-la; queres recebê-lo das mãos de Deus? Queres caminhar lado a lado com ele (com ela)? Os casais que disseram este “sim” diante de Deus tentaram e continuam tentando fazer de tudo para que este Projeto dê certo. Se ele não der certo, paciência. Tanta coisa não “rola” como pensamos. Todas nós; todos nós estamos sujeitos ao erro. Então, por que não começar de novo? É por isso que entendemos o matrimônio como uma bênção e não como um sacramento (que é e ponto final). No entanto, é importante que, como Igreja Cristã, defendamos a Instituição do Matrimônio. Ele, o casamento, a união de uma mulher com um homem, é uma benção de Deus.

Essa responsabilidade aumenta com a vinda das crianças. Para que as crianças se desenvolvam com equilíbrio, elas precisam de uma boa base para a vida e esta, geralmente, é dada pelas mães e pelos pais. Esse alicerce não se dá apenas com a preocupação pelas necessidades materiais dos filhos, mas também com os cuidados que alavancam o desenvolvimento mental e emocional saudável das crianças que nos são confiadas. Neste desenvolvimento também está incluso a educação cristã. Sim, nossas filhas e nossos filhos carecem de um encaminhamento cristão. Caso isso não aconteça, elas correm sério risco de terem que correr atrás do tempo sem nunca encontrar o verdadeiro sentido da sua existência. Muitas mães e muitos pais até têm este sentimento quando batizam seus filhos e suas filhas.

A educação cristã não é apenas uma tradição igrejeira de se praticar a oração do Pai-Nosso ou dos Dez Mandamentos. Ela inclui mais do que isto. No decorrer da instrução cristã as crianças aprenderão a confiar. Elas aprenderão que Deus está ao seu lado. Elas entenderão que Deus as ama tal como são e que Ele estará sempre com elas. Elas se darão conta que a tolerância que Jesus praticou pode ser imitada; que não há necessidade de ferir outras pessoas com opiniões. Elas sentirão todas estas coisas em casa, enquanto praticam a fé cristã. Toda esta aprendizagem se tornará importante num mundo que sempre se mostra incerto e frágil, nestes tempos globalizados onde as mudanças são cada vez mais rápidas. Esta mudança de comportamento é um caminho no qual as crianças precisam ser acompanhadas. E este empreendimento é uma das tarefas fundamentais das mães e dos pais; das madrinhas e dos padrinhos. Trata-se de uma tarefa que não pode ser delegada às professoras de escola dominical ou ao pastor para quando dos dois anos do período de preparo para a Confirmação.

É pouco provável que as crianças mudem seu comportamento cristão com as informações de terceiros, se elas não o vivenciarem em casa. As madrinhas e os padrinhos se colocam ao lado dos pais nesta empreitada. Na hora do Batismo as madrinhas e os padrinhos não são lindos simples acessórios para a beleza do momento, mas pessoas co-responsáveis que assumem o grandioso desafio de levar suas afilhadas e seus afilhados a vivenciarem a fé cristã verdadeira e importante. De mães, pais, madrinhas e padrinhos responsáveis brota a vida de fé que é mil vezes mais importante do que qualquer lição adquirida horas e horas de ensino religioso. Penso que é maravilhoso receber de Deus tão nobre tarefa. Devemos “informar” nossas crianças. Nós devemos lhes mostrar o caminho que faz sentido e leva a Deus. Cabe-nos dar exemplo para elas do que significa a ética cristã do agir e do decidir. Devemos ser gratos a Deus pelo fato Dele aceitar as nossas crianças como Suas filhas.

 “Tu és responsável pela tua rosa!” Sim, como mães e pais nos cabe assumir esta responsabilidade com coragem. Talvez essa intenção seja boa para o ano de 2014 que já está às portas. Que tal orarmos com nossas filhas e filhos à mesa, ao lado da cama quando vem à noite. Acompanhemos nossas filhas e nossos filhos ao Culto e mostremos a eles como é importante adorarmos a Deus. Quando comprarmos um livro ou um brinquedo didático para as nossas afilhadas e nossos afilhados, leiamos o mesmo, brinquemos com o mesmo, para que, ao doá-lo, saibamos reagir e, junto, ensinar.


Tenhamos coragem para realizar ou continuar realizando este projeto no novo ano que vem aí. Que Deus abençoe vocês e todos nós na realização desta tarefa.

20.11.13

Morte e Eternidade!


Aí vem o dia 24 de novembro, último Domingo do Ano Eclesiástico, no qual a cristandade festeja o Domingo da Eternidade. Antigamente este Domingo era chamado de Domingo dos Mortos. Trata-se de uma data dedicada à lembrança das pessoas queridas que precisaram partir para estar junto de Deus. Nós também fazemos uso deste dia para refletirmos sobre a nossa própria morte que, um dia, também haverá de nos encontrar. Sim, a morte e eternidade caminham de mãos dadas. 

O Salmo 90 é um dos textos mais importantes do Antigo Testamento. Ele nos informa que o nosso Deus é eterno (2); nos deixa clara importância de pensarmos sobre este assunto (12). Coisa boa que mais e mais pessoas estão se dispondo a tratar dessa temática. Para que fugir dela, se a morte é onipresente? A morte se dá a conhecer pela fome, pelas doenças, pelas guerras e também pelos acidentes. Ela se mostra sempre presente, mesmo que, como brasileiras e brasileiros, estejamos vivendo um pouco mais.

É assim que quase ninguém gosta de refletir sobre o tema da morte. O fato é que, de repente, ela nos alcança. Nessa hora, muitas e muitos de nós, estaremos despreparados se, a toda hora, fugimos do assunto. Pois o salmista nos desafia a esquentarmos nossa cabeça quando nos informa que “o ato de refletir sobre ela é sinônimo de sabedoria”; quando nos faz saber que só vive verdadeiramente quem sabe que vai falecer; quem sabe que sua vida é limitada. 

Não consumamos os nossos dias como se eles fossem um conto de fadas. Enfrentemos os nossos problemas e os nossos medos de cabeça erguida como Jesus Cristo os enfrentou. Se agirmos assim, viveremos uma vida cheia de alegria; carregada de satisfação. Saborearemos uma vida eterna na presença de Deus desde já.

Nosso salmista se reporta a Deus e à Eternidade num fôlego só. Ele escreve: - “Tu és Deus de eternidade a eternidade.” - “Mil anos, aos teus olhos, são como o dia de ontem que se foi.” No momento em que ouvimos estas frases, daí então nós chegamos ao limite da nossa compreensão. Que coisa! A eternidade proposta por Deus já clareia a nossa vida a ponto de parecermos minúsculos grãos de areia diante da sua grandeza majestosa. Não esqueçam nunca disso: Nós temos um Deus que caminha do nosso lado; um Deus que nos ajuda e nos salva da morte; um Deus que nos oferece abrigo no meio da dor do luto. Amém!

14.11.13

TUFÃO HAIYAN - FILIPINAS

Pastor Renato! Porque Deus permitiu o Tufão Haiyan nas Filipinas? Dá-me dó ver tanta gente sofrendo por causa do seu luto. O sr. tem uma palavra sobre este assunto?

 

Caro Marcos!

Não existe pessoa que não se faça esta mesma pergunta. Confesso-te que me é difícil respondê-la. Para os cientistas a Criação do Mundo se deu a partir de uma explosão que eles chamam de “Big Bang” e que, depois disso, teria havido a evolução das espécies. Já o autor do livro de Gênesis nos escreve que o Mundo foi criado em sete dias. Queres saber de uma coisa? Eu creio que Deus criou o mundo. Como? Ora, isso continua sendo um mistério! 
  
É um fato que as catástrofes climáticas foram formatando o mundo tão fértil e tão rico em que vivemos. Poucas pessoas sabem disso, mas um vulcão que, de repente, irrompe faz acontecer novas plantas que nunca existiram em outro lugar. Se não fossem as ondas gigantes que, aqui e ali, assolam as nossas encostas, não teríamos o privilégio de conviver com alguns animais que se adaptaram também na terra firme (gelo). Penso nas focas, por exemplo.

Claro que a mulher e o homem também criam problemas. A população mundial cresce em demasia e as pessoas acabam buscando as grandes metrópoles para viver. Em cidades como São Paulo, por exemplo, ocupam-se todos os espaços e assim todas as possibilidades ficam exíguas. Muitas destas grandes cidades foram construídas em lugares sujeitos às forças da natureza. Há alguns anos atrás nós não ouviríamos falar de tantas mortes oriundas de catástrofes. Deus criou a terra assim como ela é e nós, Suas filhas e Seus filhos, continuamos com a responsabilidade de administrá-la.  

Tudo é muito complicado, mas às vezes a gente mesmo pode garimpar uma resposta simples que nos ajuda a não desesperar. É óbvio que sempre vão existir contra-argumentos. Mesmo assim ouso explicitar que as catástrofes que nos assolam são uma espécie de recados que Deus nos dá. Isso mesmo! Porque tanta poluição? Ora, a terra reage ao nosso descompromisso para com ela. Se hoje pensamos muito mais em como melhor proteger o globo terrestre, essa postura já é fruto dos recados que Deus nos emite. Pense nisso Marcos!    

P. Renato Luiz Becker


 

11.11.13

Um e-mail fictício!


Caríssimo Paulo!

Tu me pedes para que eu vença o mal pelo bem (Romanos 12.21). Eu, quase sempre, só percebo o mal quando ele já me envenenou minha vida. Daí então já estou induzido a não cumprir esta ou aquela tarefa; a dizer uma mentirinha aqui e ali; a fazer pouco caso da vontade Deus. Quer dizer, quando me dou conta, o mal já colocou seu pé na porta. Eu sei que o mal separa as pessoas; que ele divide o mundo em ricos e pobres, em justiça e em injustiça e que muita gente comunga de suas idéias por medo e até por convencimento. Olha Paulo! Sinto-me pequeno para dar conta da tarefa que me propões. Tua palavra é boa, mas os fazedores do mal não dão a mínima para mim. O que é que eu faço?
Renato


Querido Renato!

Obrigado pela tua sinceridade. Só o amor é capaz de promover uma vida responsável. As pessoas que amam a Deus não conseguem pautar sua história no mal, na injustiça e isso, não porque são melhores. Tu sabes que eu sempre lutei contra toda e qualquer segregação. Deus sonha que as mulheres e os homens se respeitem mutuamente. Só assim haverá paz e cuidado recíproco com a criação de Deus. A verdade é que quem permite a entrada do bom Deus em sua vida não consegue mais comungar com o que é mal. Assim, fica esperto com teus sentidos. Abre os teus olhos e teus ouvidos para não dar nenhuma chance ao mal. Trabalha o bem em ti e reparte isso com quem está próximo. Desculpa se te coloquei sob pressão, mas minha Palavra tem o intuito de te libertar e te orientar no sentido de que não precisas construir o bem. Deixa-te apenas orientar por ele. Isso já será suficiente para gerar em ti uma a força capaz de mover o mundo.

Abraços!

Paulo

20.10.13

O sopro do vento!

Sim, o vento soprou e animou as ministras e os ministros da IECLB que ousaram participar da sua segunda Convenção, em Curitiba (PR). Quanta comunhão! Logo na chegada nos eram ofertados abraços e mais abraços. Quanta graça! O ambiente que construíamos ia se inundando de sorrisos, enquanto evocávamos boas lembranças e também perspectivas. E lá, bem no meio de tudo, nasciam os novos conteúdos. Era a utopia, essa ideia fortemente pensada que, certamente, viria a ser realidade: momentos ricos de paz, amor, justiça e perdão... Quase no finalzinho de tudo, quando celebramos a Ceia do Senhor, me permiti a emoção. Deus doou-nos o privilégio de experimentarmos o Seu envio. Hoje, em casa, escrevo animado. Obrigado Senhor pelo Teu chamado!

18.10.13

Pastoral Urbana

Quanta gente se perde, continua se perdendo na cidade? Faço esta pergunta por que experimentei essa realidade na carne. No final dos anos 50 minha família trabalhava na agricultura no interior de Tenente Portela (RS). Nossa vida era pacata. À noite olhávamos as estrelas e dialogávamos horas e horas sob a luz do luar. Lembro que as vezes ouvíamos o rádio na sala iluminada com uma lâmpada da marca Aladim. Já durante o dia, eu, menino, brincava com os filhos dos índios kaingang e a vida seguia seu ritmo lento, seguro e constante.

Foi de repente a nossa mudança para Porto Alegre (RS).Naquela época meu pai estabeleceu o seu negócio na Avenida Farrapos. O movimento constante de veículos me dava dor de cabeça. Estávamos vivendo uma crise familiar muito grande, por não dominarmos aquele contexto citadino. Num certo domingo, bem cedo, saí a caminhar sem rumo pelas calçadas do bairro onde morávamos: IAPI. Não demorou muito, me vi diante de um templo simpático; de uma igreja, cujas portas estavam abertas. Lá dentro a Comunidade reunida entoava hinos cristãos que eram do meu conhecimento. Ouvi a prédica do pastor, escorado no muro que separava o templo da rua. Não ousei entrar; participar daquela comunhão por causa da minha timidez. Pensei em voltar ali, mas na época não fui acolhido e assim o tempo foi passando; a nossa família foi se acostumando ao novo ritmo da capital e as coisas acabaram se sucedendo como sucederam. O fato é que estávamos sem Igreja. Ficamos sem Igreja.


Eu cresci. A vida deu suas voltas. Hoje faz alguns anos que eu, já pastor, quase fui dar de mim na Pastoral Escolar do Colégio Pastor Dohms, bem perto daquele templo que, um dia, tentou me abraçar, a partir dos seus cânticos cristãos. Outro dia, em visita à capital dos gaúchos, parei ali no início da Rua D. Pedro II, 676. Foi naquele espaço que eu bem poderia ter buscado apoio, já aos sete anos de idade. 

Todas estas lembranças acabaram direcionando os meus pensamentos para o Salmo 91.1-2 onde se lê que “a pessoa que procura segurança no Altíssimo e se abriga na Sua sombra protetora, experimenta um Deus defensor e protetor”. Na versão alemã está escrito: “Wer unter dem Schirm des Höchsten sitzt und unter dem Schatten des Almächtigen bleibt der spricht zu dem Herrn: Meine Zuversicht und meine Burg, mein Gott, auf dem ich hoffe.” Muito boa esta ideia. O salmista sugere que Deus é uma espécie de “guarda-chuva” que protege aquelas e aqueles que Nele creem. 

10.10.13

Mulher – Sexo Frágil!


Preciso urgentemente de ajuda. Passo os olhos na lista do voluntariado da Comunidade onde atuo e fico pasmo. As voluntárias são em número bem maior. Deixo me levar nas ondas da memória e constato que, por onde andei, sempre foi assim nessa Igreja amada por Deus. Foram e continuam sendo quase as mulheres que se colocam para ajudar neste Projeto de Paz, Amor e Perdão que assumi, depois de ler e entender a Bíblia.

Nós, homens, somos vistos, ouvidos e lidos. Agora, não fossem as nossas mulheres nos dando apoio, seríamos um tanto quanto inativos. Alguns de vocês não estão gostando do conteúdo que brota destas linhas? Lamento! Por que isso é assim? Não sei ao certo, o fato é que praticamente todas as Igrejas do mundo são carregadas por mulheres. São essas lindas pessoas que, um dia, o “tremendão” Erasmo Carlos classificou de “sexo frágil” que espalham a proposta da Boa Notícia para as gerações que se sucedem. Na Rússia, durante a “cortina de ferro” foi assim. No Brasil de tantos lamentos também o é.

Quando se pergunta pelos frutos que a fé gera, me vem à cabeça o nome de mulheres. Se pensarmos na proposta da Diaconia no seio da IECLB, surge o nome da Diácona Hildegart Hertel. Se ouvirmos falar do "Cantinho do Girassol" em Brasília, daremos de cara com o nome da Diácona Elli Emma Stoef. Se estudarmos a Reforma Luterana não vamos poder passar de largo da Diácona Katharina von Bora (esposa de Lutero). Se nos pararmos a pensar nos nossos Sínodos, nas nossas Comunidades e Paróquias, aí sim é que esta lista feminina não acaba mais.

É isso daí! São as mulheres que tocam o barco da Igreja. Elas fazem isso por causa da esperança que carregam, mais do que nós homens, em seus corações. Nestes dias quando comemoramos a Reforma, o nosso agradecimento a elas, às mulheres.

OLHA SÓ!